segunda-feira, 21 de maio de 2018

MACÁRIO - Capítulo 35: "Combinando uma Mudança"

Olá.
Passaram-se já quinze dias desde a segunda-feira da semana retrasada. De duas em duas semanas, vocês já sabem: é dia de meu folhetim ilustrado para adultos, MACÁRIO. Hoje, um capítulo mais enxuto em ilustrações. Algo que estou aprendendo a fazer.
ATENÇÃO: leitura não recomendada para menores de 18 anos. Contém cenas de insinuação, assédio, piadas de má qualidade e fraqueza masculina.



Era só o que me faltava.
Luce na faculdade!
Ele me encontrou ali, no campus. Vestindo roupa casual. Com uma bolsa a tiracolo. Sorridente. Custei a acreditar quando ele disse que ia cursar a faculdade.
- Você... vai cursar a faculdade também?!
- Vou sim, Macário. Aliás, já estou cursando.
- E... qual curso?!
- Estou no curso de Letras.
- Letras?!
- Sim, Macário, Letras. O de Medicina eu já fiz há anos.
Suspirei aliviado. Ah, pelo menos ele não ia estudar comigo!
- Você já fez o curso de...
- É a oitava faculdade que eu curso, na verdade.
- Oitava?!
- Sim, Macário. Um vampiro com tantos séculos de vida precisa se entreter de algum modo. No meu caso... ocupo parte do meu tempo cursando faculdades. Bem, mais por farra do que por necessidade. – e deu de ombros.
- Por farra?!
- Digamos assim, Macário. Sem falar que diplomas universitários são úteis na hora de fechar negócios. Provam que você é expert na área em que você vai atuar. E não me olhe com essa cara, Macário, na verdade é pouco perto de tantos outros vampiros que também fazem assim, se atualizam com a moderna ciência. A Andrômeda, por exemplo... já cursou dez faculdades diferentes.
- Dez?! – a cada vez eu me espantava mais.
- Bem, digamos que foi ela quem começou com a ideia. Diz que o estudo é importante, e tenho de concordar. E você, não concorda?
- Concordo sim, mas... acho estranho no caso dos vampiros.
- Vampiros não podem cursar faculdade, por acaso?!
- Não, não estou dizendo que não possam, que isso é errado. É que... é a primeira vez que vejo um vampiro na faculdade, amigo. – respondo com um sorriso meio sem jeito.
- Daqui para a frente, amigo – e Luce enfatizou o amigo – você vai descobrir que tem muita coisa a respeito dos vampiros que você não sabia. Vai saber que o Bram Stoker, a Anne Rice, a Stephenie Meyer e tantos outros que já nos descreveram na literatura, e deram as bases para o nosso retrato no cinema... vai descobrir que esse pessoal aí sempre empulhou você. – e, após uma pausa, onde ele só ficou sorrindo e olhando para mim: – Aonde você vai agora, para o teu curso?
- Nã... não, eu vou jantar antes. – respondi, ainda intimidado. – No... no Restaurante Universitário.
- Ah, então vamos juntos. Temos de conversar!
E ele foi andando ao meu lado.
Com tanta informação que entrava assim, por que eu não desmaiava ali mesmo? Mas algo me dizia que eu tinha de resistir. Andar até o Restaurante Universitário era, momentaneamente, a maneira de resistir ao excesso de informação, manter o sangue em circulação. Além do mais, eu ainda tinha muito a perguntar para aquele maluco... E perguntei:
- E... desde quando você está na faculdade? Entrou agora?
- Entrei com a última turma que entrou. Faz uns seis meses. Mas acho que você nunca reparou... Claro, os estudantes de Medicina e os de Letras não se cruzam muito.
- Você...
- Eu te disse, Macário, eu tenho vigiado você. Desde que você entrou na faculdade de Medicina, você despertou algum tipo de interesse em mim. – essa parte me causou arrepios. – E, bem, como eu uso tantos visuais diferentes, eu consigo me passar por um cara comum. Ninguém desconfiou até agora da minha verdadeira natureza.
- Puxa. – consegui soltar.
- E, é claro, como só faz alguns dias que nós nos conhecemos, que nos demos as caras... você com certeza nunca reparou. E... ah, nem tinha como reparar, mesmo, pois meu curso é pela manhã, que cabeça a minha, ah, ah...
- Pela... manhã?!
- É, Macário, pela manhã. Mas é que vai haver uma aula extra agora à noite, uma palestra obrigatória aos alunos. Vou assistir, é claro.
- Ah, bom. – ah, agora as coisas encontravam sentido. – E, hã... não tem problema de você passar a madrugada acordado, no bar, e ir para o curso pela manhã? E você não tem seus negócios à tarde, e...?
- Não, não tem problema. Não para um vampiro. Eu tiro apenas um cochilo à tarde e vou cuidar de meus negócios. Só com um cochilo de uma horinha suporto um dia inteiro. Só uma vez por semana que eu necessito passar um dia inteiro dormindo em meu... caixão. – ele soltou uma risadinha. – A Andrômeda e eu. Um dia na semana, a cada sete dias... Entende?
- Entendo... – engoli em seco. – Bem... e como faz para que ninguém perceba que você é... milionário?
- Eu sei ser discreto, Macário. Dois ou três séculos são suficientes para aprender a nobre arte da dissimulação. Esconder minha verdadeira condição social. Quem me vê assim não pensaria que sou rico. Você só sabe que eu sou rico porque eu já lhe mostrei, mas, se nos encontrássemos pela primeira vez, e eu estivesse vestido assim, você diria que eu sou rico?
- Não, não diria...
- O hábito não faz o monge, é o que sempre digo.
Tive de dar uma risada. Quanto entusiasmo, e quanta ânsia de revelar os segredos dos vampiros a um humano. Por que ele quer tanto revelar os segredos dos vampiros para mim?
Aí, com horror, me lembrei de um detalhe: Geórgia também cursava Letras, e também entrou na faculdade recentemente. Portanto, Luce é seu colega!!! Um arrepio de mau pressentimento passou pela minha espinha.
- Ué, que cara é essa, Macário?
- Que cara?
- Você fez uma cara de susto, de repente!
- Fiz? Não reparei... – me fiz de desentendido.
- Que foi, Macário? Algo errado?
- Não, só que você faz o mesmo curso que...
- ...a garota do Breevort? Bem, estamos na mesma turma, sim. Mas não fique preocupado, Macário, a gente não conversa, se é isso que te causa receio.
- Não?!
Será que ele estava lendo minha mente?
- Ela não teve nenhuma alteração depois que suguei seu sangue. Nós garantimos. Ela ainda está meio ressabiada por causa das marcas no pescoço, aparentes, mas ela não desconfia ainda que fui eu. A... a garota... como é mesmo o nome dela?
- Geórgia.
- Geórgia. Ah, Geórgia. Ela não é de se enturmar muito. Ela tem boas relações com apenas três ou quatro colegas. Ela parece desconfiar de todo mundo. Isso transparece no jeito dela de arrumar. Ela parece que não tem escova em casa... E, cara... hoje ela estava irritada com você, hein?
- Você...
- Não, não espiei o que você e suas garotas estavam fazendo no seu apartamento, só vi elas entrando e saindo. Só dei uma passada ali perto, juro que só fiquei observando da esquina, e vi as suas garotas... e aí, o que vocês fizeram, hein? Você é mesmo um imã de mulheres, hein, Macário, garanhão, que inveja, ah, ah, ah... E só mulher bonita!!!
Fiz cara de azedume.
- Não rolou nada, Luce, se você quer saber. Só um... acerto de contas.
- É, dava para saber. As garotas saíram dali com expressão constrangida. Principalmente a Geórgia. Ela não deve ter gostado do que viu.
- E realmente não gostou.
- Mas tem certeza que...
- Vê lá se uma quinta-feira às quatro da tarde é horário para safadezas, mesmo sendo eu... quem sou. Além do mais, eu não costumo pegar várias garotas de uma só vez. Não por vontade minha, e não neste plano de realidade.
- Aham, sei.
Que ódio que eu estava tendo daquele sorriso sacana. Óbvio que ele esteve, sim, espionando a minha “reunião” com Valtéria, Viridiana, Geórgia, Créssida, Maura e Loreta. Mas preferi não esticar o assunto.
E entramos no RU. Pagamos os créditos e fomos nos servir.
Luce também se serviu do bandejão do dia – arroz, feijão, bife, salada, suco e um docinho de sobremesa. Ele já havia me dito que conseguia comer comida de gente, acondiciona-la no estômago para conseguir simular que realmente comia, mas depois teria de vomitar tudo. Aliás, eu já havia visto ele comendo. E não ia ser diferente.
Nos sentamos em uma mesa isolada do canto. Naquela hora, havia muita gente, e, o que quer que ele quisesse conversar comigo, teria de ser em uma mesa distante, mesmo. Não havia ninguém por perto, mas vi colegas meus olhando para nós.
E, enquanto comíamos, continuávamos a conversa.
- Então – puxei o assunto – você disse que queria falar comigo. Ainda ontem, no momento que eu fui sequestrado. Você ia falar e não conseguiu.
- Nem teria mesmo como falar, Macário. O que eu tinha para falar com você é eminentemente particular. Sem gente em volta.
- Mas tinha a Âmbar, a Andrômeda... e depois apareceu o MC Claus... e...
- Aqueles intrometidos. Eu esperava encontrar você sozinho, e encontrei-as no seu apartamento. Aí depois a Âmbar chamou o MC Claus. Eu podia ter ido encontrar você sozinho, na casa dos Animais da Rua. Mas parece que a Âmbar não queria me deixar falar com você. E, lá no bar... eu te liberei ontem de madrugada. Mas agora... não haverá nenhum tipo de interferência. Nenhum conhecido dos nossos por perto. Vamos tratar dos próximos passos de nosso acordo, Macário. Porque esses próximos passos haverão de ser importantes.
- Importantes por quê?
- Porque envolvem mudanças. Mudanças em seu estilo de vida.
- Co... como assim?! – assustado, deixei o pedaço de bife cair de minha boca.
- O próximo passo será uma mudança, Macário. Uma mudança... de endereço.
- Endereço?! – arqueei a sobrancelha.
- Ah, Macário. Naquele seu apartamentinho, que você está desde o início da faculdade... você é um homem visado. Você não sente isso, Macário? Aquele entra e sai constante de mulheres... E, para o que a gente está pretendendo, Macário, é necessário que você saia de lá. Se mude.
Quase engasguei com o arroz.
- Mas... mas me mudar para onde?!
Aonde aquele sacana estava querendo chegar?!
- Aí que é a melhor parte, Macário. Nós dois, eu e você, Lúcifer e Macário, vamos dividir um apartamento! – e ele deu um sorriso largo, me olhando com grandes olhos. Mas não aumentou o tom de voz, a última coisa que queria era que alguém ali, naquele refeitório, ouvisse.
- Como é que é?!
- Isso mesmo, Macário. Nós iremos aparentar sermos dois colegas universitários comuns, dividindo o aluguel de um apartamento. Vai ser uma experiência e tanto, tanto para mim quanto para você. Nunca cogitou dividir um apartamento com outro homem, Macário? Ou talvez com outra mulher? Enfim, dividir um apartamento, nunca cogitou?
- Hã... bem, já, sim. Mas acabei optando por morar sozinho, fica melhor para trazer mulheres para o meu apartamento. Mas...
- Mas o quê, Macário? Por que a relutância?!
Uma coisa não fazia sentido naquela proposta, e eu a tinha na ponta da língua:
- Mas, Luce, você é milionário. Tem mansão, tem automóvel próprio. Por que gostaria de dividir um apartamento com um simplório universitário?!
- Macário, não é a primeira vez que faço isso, em verdade. Já dividi apartamento com outros. Já simulei umas tantas vezes ser um universitário comum, que paga aluguel de apartamento, que se mantém através de bolsas oferecidas pelas faculdades... ou divide um alojamento em condomínio de universitários... Excentricidade de vampiro. Excentricidade de gente rica, aliás. Todo rico deveria dividir um apartamento com um pobre para conhecer o modo de vida deles... Sem revelar, é claro, que é rico. E, agora, eu quero conhecer você mais intimamente... – ele me olhou com lascívia, e me intimidou. – Digo, conhecer seus hábitos em casa. Claro que não haverá divisão de camas, ah, ah... Cada um terá seu quarto, seu espacinho só seu. Em troca, você conhecerá a minha intimidade. Meus hábitos... diurnos.
- Imagino que sim... – amarrei a cara.
- Nós continuaremos vivendo nossas vidas normais. Você continuará vivendo sua vida noturna, Macário. Dormindo durante o dia, estudando e trabalhando à noite. Te garanto que não serás perturbado durante teu sono e o de suas garotas. É, Macário, você ainda vai poder levar suas garotas ao apartamento. Se quisermos levar acompanhantes para passar a noite, um não invadirá a intimidade do outro. Você as suas, eu as minhas.
Tentei imaginar Luce levando garotas para o quarto dele. Provavelmente, ele também obtinha sangue humano assim... a garfada de salada desceu pesada no meu estômago.
- Sério?
- Sério. Entenda, Macário. Você, no seu apartamento, você ainda é muito visado. Nesse momento, todo mundo sabe onde você mora, e virão amolar você. Você está vendo, as garotas procurando você, querendo cobrar uma primeira parcela de pensão ou coisa aparecida... e a Âmbar e a Andrômeda entraram na sua janela, e... Chato, não é mesmo? Tanto garotas quanto monstros só te amolando. – ah, vejam só quem fala. – Para um pouco mais de tranquilidade, Macário, é melhor que você se mude. Para um endereço que, por enquanto, só eu e você saibamos onde é.
Não sei o que ele estava pretendendo, mas agora é tarde para voltar atrás. Fiz o pacto, só me resta ir em frente com ele. Fingi estar interessado, com meu melhor olhar bovino.
- Hm. E... onde é esse apartamento?
- Consegui um apartamento de dois quartos próximo ao campus universitário. Não é muito grande, mas também não é muito pequeno. Fica no alto de um prédio de quatro andares. Quanto mais alto, mais seguro.
- Oh.
- Concorda, então, Macário, que dividamos um apartamento?
Hesitei um pouco. Mas, no fim, dei a resposta:
- Está bem, concordo. Desde que você não tente me atacar durante a noite.
- Atacar você, eeeeeu?! Se eu já sei o gosto do seu sangue, Macário!
- Ok, mas você me entendeu. Eu acredito na sua proposta, Luce. Se é para que eu não seja procurado... Se não há outro jeito...
- Ótimo. – Luce sorriu. – A mudança será neste final de semana.
- Neste...?
- Neste final de semana, Macário. No sábado, providenciaremos a mudança dos seus móveis para o apartamento novo. E... o mais importante, Macário... não conte nada para ninguém, viu? Nem a Andrômeda está sabendo dessa história, e é melhor que fique apenas entre nós dois.
- Mas e se ela der um jeito de saber? Afinal, tem o portal mental, e...
- Darei um jeito de bloquear a sua mente até sábado, Macário. Eu posso dar um jeito de bloquear sua mente... por fora, de fora para dentro. Nenhuma garota das nossas vai invadir sua mente à noite. E nenhum segredo vai ser tirado. Espero que não. Afinal, sou um homem tão visado quanto você, Macário. Não sei por que a Andrômeda faz tudo para me atrapalhar.
Posso imaginar por quê.
Terminamos nossas refeições, e fomos devolver os pratos, talheres e bandejas (os copos do suco eram de plástico descartável). E, nesse ponto, nos separamos, em silêncio, cada um para o seu compromisso.

Eu estava meio atordoado. E mal conseguia me concentrar no meu curso, naquele dia, por causa daquela proposta.
Por que Luce queria dividir apartamento comigo? O que será que ele tinha em mente? Por que eu, aliás?
Por que ele queria se passar por um universitário comum, sendo ele rico? E por que estava cursando em uma universidade que nem era uma das melhores do país?
É claro que tal decisão tinha a ver, exclusivamente, comigo. Mas... por que eu fui o escolhido?!
Meu propósito seria, na verdade, o de ser punido por meus pecados?
Mas nem parecia punição, na verdade...
Agora, sim, minha cabeça viraria geleia. Tudo tão inacreditável, tão absurdo. Adeus, vida que eu amava.

Saída da faculdade.
Eu estava pensando em ir para meu apartamento. Não ia trabalhar: ia para meu apartamento, enquanto eu ainda tinha um apartamento, ia para minha cama, enquanto tinha cama, e ia limitar meu mundo ao espaço entre o colchão e os lençóis.
Não ia mais sair da cama. Não ia mais ver o Luce e seus amigos. Não ia mais ver garota nenhuma. Ia ficar na minha cama até apodrecer. E meus pais só iam encontrar meu cadáver deitado na cama, na próxima ida ao meu apartamento...
Mas de que ia adiantar? Ficar na cama não ia resolver meus problemas. Não ia adiantar morrer na cama. Melhor que eu vá trabalhar. Que eu vá servir Luce e os Monstros lá no bar.
Ia ficar melhor se eu continuasse... vivendo. Já basta as diversas formas pelas quais morri nos sonhos. Luce me matou diversas vezes em sonho, antes mesmo de eu descobrir que ele é vampiro. Me lembro de cada uma dessas formas. E também teve as formas que as garotas me mataram. E aquela vez que o MC Claus me matou. Enfim, fui morto de diversas formas nos sonhos.
Seria sensato me trancar no meu apartamento, mas iriam me procurar. Talvez a proposta de Luce seja sensata: que eu me mudasse daquele apartamento, e...
Enquanto pensava, quem me aborda, quando eu caminhava em direção à saída do campus?
- Oi, Macário. E aí, como foi a aula? – pergunta Luce, com uma expressão entusiasmada.
- Foi chata. – respondi, de cara amarrada.
- Nossa, Macário, que desânimo é esse?!
- Ainda digerindo aquela tua proposta. Se não fosse por isso, a aula teria sido mais interessante. Como pelo jeito foi a tua palestra.
- Quê, vai voltar atrás, Macário?
- Não é isso, Luce. Eu que...
Mas acabei interrompido de novo. De repente, algo salta de trás de uma das árvores do meio do caminho, me puxa e me tasca um beijo na boca.
- Mas o que... – foi falando Luce, surpreso. – Morgiana!!
Até eu fiquei surpreso.
A morena, vestindo desta vez roupas claras, segurava meu rosto, e ficou me olhando com uma expressão apaixonada.
- Oi, Macário. Hoje você não vai fugir de mim.
- Morgiana! – falou Luce. – Mas que garota impulsiva! Não é capaz mais de deixar o Macário em paz?!
- Eu?! – ela exclamou. – Tem muito mais gente querendo o Macário tanto quanto eu, Luce! Vim pegá-lo antes que minhas irmãs passem a mão! Aquelas safadas... Aquelas...!
- Morgiana! – exclamei. – O que faz aqui?!
- Oh, Macário, sabe? Eu também curso esta faculdade.
- Vo... você... você... e o Luce...
- O que... – Morgiana voltou seu olhar de mim para Luce: – Luce, você também cursa...
- Ué, Morgiana, você não sabia que eu curso a faculdade também? – disse Luce, aparentando surpresa. – Pois eu também não sabia que você cursava, olhe só!
Morgiana soltou um palavrão.
- Pô, justo quando finalmente resolvo pegar o Macário na saída da faculdade... você... ele não estava sozinho?! Seu vampiro intrometido!! Quem mesmo que não é capaz de deixar o Macário em paz?!
- Sua sereia intrometida.
Agora que eu ia enlouquecer mesmo!
E, no fim, acabei fazendo a coisa mais sensata que podia fazer diante daquela loucura: desmaiei.

A última coisa que ouvi, antes de perder os sentidos, foi o grito de desespero de Morgiana, e eu pude ver Luce mudando de expressão, desmanchar aquele sorriso.

Próximo episódio daqui a 15 dias.
O episódio de hoje foi meio fraco, não acharam?
Como está indo até o momento? Devo continuar? Parar? Mudar? Voltar a colocar mais ilustrações? Deixem sua opinião!
E até mais!

Nenhum comentário: