sexta-feira, 10 de junho de 2016

Livro: PRISIONEIROS DOS BUGRES (em resgate da memória de Fidélis Dalcin Barbosa)

Olá.
Hoje, volto a falar de livro. Mas hoje vou falar de um livro que a maioria dos brasileiros nunca deve ter ouvido falar, já que seu autor tem sua vida e obra praticamente limitadas ao Rio Grande do Sul. Outrora, este autor tinha algum reconhecimento a nível local; hoje, quase 20 anos depois de seu passamento, ele já está praticamente apagado da memória geral. Sua obra interessa, a julgar pelas referências presentes na internet, a alguns poucos interessados. Como este que vos escreve.
Bão. O livro de hoje se chama PRISIONEIROS DOS BUGRES, e seu autor se chama Fidélis Dalcin Barbosa.

FREI FIDÉLIS
Fidélis Dalcin Barbosa (1915 – 1997) foi praticamente um estudioso completo. Em vida, publicou mais de 60 livros, de gêneros variados: romances, contos, crônicas, história, teologia (ele também foi padre). Mas sua fama literária praticamente ficou limitada à região serrana do Rio Grande do Sul. Sua obra é conhecida dos leitores mais velhos de cidades como Vacaria, Lagoa Vermelha e Caxias do Sul, todas no Rio Grande do Sul.
Nascido em Montenegro, RS, em 14 de dezembro de 1915, Fidélis Dalcin Barbosa fez seus estudos principais nas escolas dos Padres Capuchinhos. Ele começou a gostar de literatura aos 14 anos, quando, ainda no Seminário Seráfico São José, de Veranópolis, RS, ele leu a poética introdução do romance Iracema, de José de Alencar. Exerceu o ministério sacerdotal durante mais de 30 anos, mas foi dispensado dos votos religiosos em 1971, casando-se com Carmelina Camatti. Professor e jornalista, Frei Fidélis, como alguns ainda o conheciam, iniciou suas atividades na Faculdade de Ciências Econômicas do Colégio Gonzaga, em Pelotas, RS. Lecionou depois em Caxias do Sul, em Portugal, em Lagoa Vermelha e em Canela. Foi vice-diretor e secretário durante 18 anos do antigo Ginásio Duque de Caxias, de Lagoa Vermelha. Lecionou na escola estadual Danton Correia da Silva, na Escola Técnica de Comércio e no Ginásio Maria Imaculada, todas de Canela, RS. Posteriormente, lecionou na Escola Normal Rainha da Paz e na Escola Estadual “Lagoa Vermelha”, de Lagoa Vermelha. Como jornalista, foi redator de vários jornais e revistas no Brasil e em Portugal. Foi correspondente e colaborador, entre outros periódicos, dos jornais Correio do Povo e Correio Riograndense. Faleceu em Lagoa Vermelha, RS, em 10 de junho de 1997, vítima de enfarte.
(Fonte: http://www.projetopassofundo.com.br/principal.php?modulo=pessoa&detalhe=S&descricao=P&pes_codigo=254&pes_nome=Fid%C3%A9lis%20Dalcin%20Barbosa, com inserções de artigo publicado no jornal Correio Vacariense, Ano XXII, no. 1170, Vacaria, 14 de junho de 1997).
(Olhem só que coincidência: justo no momento em que publico esta postagem, faz 19 anos que ele faleceu! Juro que isso não foi planejado por mim, que só me dei conta agora...)
Seus livros já chegaram a 300 edições, com média de até 5 mil exemplares cada uma. Embora Fidélis Barbosa almejasse se candidatar à Academia Brasileira de Letras, ele achava que seria sempre “um escritor medíocre, do gosto popular”, um “modesto escritor autodidata”.
Seus primeiros livros são de 1961: os livros de contos Semblantes de Pioneiros e O Primeiro Beijo e a novela O Prisioneiro da Montanha. Em vários de seus livros, Fidélis Barbosa tem por tema preferencial a história do Rio Grande do Sul e de sua religião. Entre relatos históricos simples (histórias de municípios e de congregações religiosas), biografias (principalmente de santos) e romances relatando fatos reais, Fidélis Barbosa sempre demonstrou preocupação com a história local – e, como professor, com o didatismo das informações que passou à posteridade. A cidade de Vacaria, RS, inclusive, foi tema de dois importantes livros historiográficos escritos por ele: Vacaria dos Pinhais (1978), o mais completo relato da história do município de então (e fonte até hoje para os historiadores locais), e A Diocese de Vacaria (1984), a história das ordens religiosas da região dos Campos de Cima da Serra. Ele também já escreveu sobre as histórias dos municípios de Antônio Prado (Antônio Prado e sua História, 1980), Lagoa Vermelha (Nova História de Lagoa Vermelha, 1981, e Lagoa Vermelha e sua História, 1982), Ibiaçá (Nossa Senhora Consoladora de Ibiaçá, 1986), Caseiros (Caseiros, 1989) e até de uma cidade do estado do Paraná (Realeza – PR – 20 anos de História, 1983), entre outros. E também do Rio Grande do Sul, de modo geral (História do Rio Grande do Sul, 1976; Os Fanáticos de Jacobina: os Muckers, 1976).
Dentre seus romances, destacam-se ainda: O Prisioneiro da Montanha (1961), Prisioneiros de Vila Velha (1964), Prisioneiros do Abismo (1966), Prisioneiros dos Bugres (1966), Campos dos Bugres: a vida nos primórdios da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul (1975), Luís Bugre: o Indígena Diante dos Imigrantes Alemães (1977) e Prisioneiros do Campo: a epopeia dos trigais de Passo Fundo (1977). No currículo, ele tem os seguintes livros de contos: os já citados Semblantes de Pioneiros e O Primeiro Beijo (ambos de 1961), O Rapaz que Não Fumava (1962), A Rebelião das Águas (1963), Anjos Prisioneiros (1964), Eu Fui um Marginal (1984), O Filho do Baby Doll (1992) e Tesouro Escondido no Campo (1995).
Mas a parte mais conhecida de sua obra é mesmo seus relatos biográficos, sendo os mais lembrados: A Mais Bela Miss (1962) e Rainha da Beleza (também de 1962), ambos sobre a vida da veneranda espanhola Maria Tereza González Quevedo; O Anjo de Cinzano (1962), sobre a vida de Luís Comolo, companheiro de São João Bosco; A Coloninha (1969), sobre a vida da então beata Madre Paulina, futura primeira santa brasileira; Uma Estrela no Céu (1969), sobre Maria Elizabeth de Oliveira, a menina santa de Passo Fundo, RS (este é o livro mais vendido do autor); Eu Morri Mas Continuo Cantando (1996), sobre a experiência de quase morte da cantora regionalista gaúcha Olívia Osório (1947 – 2011), que co-escreveu o relato; e o autobiográfico 80 Anos de Amor ao Trabalho (1996).

EU CONHECI FIDÉLIS BARBOSA
Eu, Rafael Grasel, já havia conhecido pessoalmente Fidélis Barbosa quando ele ainda estava vivo – na ocasião, eu tinha entre 9 e 10 anos de idade. E acreditem: ele quase foi meu padrinho literário!
Houve uma época em que eu realmente acalentava o sonho de ser escritor, precocemente. Um dia, por volta de 1993, 1994, resolvi escrever um livro. Lembro bem: era uma aventura passada na Idade Média – o livro, inclusive, se chamava, modestamente, Aventura Medieval, e era inspirado em algumas fotos de um kit de Lego com temática medieval. Pelo padrão de hoje, sei que esse livrinho era uma gororoba – tinha Rei Arthur, Mago Merlin, dragões, batalhas entre exércitos e muita licença poética no retrato da época medieval, que eu conhecia mesmo dos desenhos animados nonsense que passavam na TV – mas acreditei firmemente nesse manuscrito que eu mesmo escrevi e ilustrei, um moleque de 9, 10 anos, cursando a 3ª série do antigo 1º Grau. E, de certo modo, minha família também acreditou. Na ocasião, eu morava com a família em Lagoa Vermelha. O colégio onde estudava era o Frei Olivo, conhecido como Estadual de Lagoa Vermelha – e era, modéstia à parte, o aluno mais inteligente da classe, o que mais gostava de ler, o mais sujeito ao bullying por parte dos colegas (e o termo nem era usado na época).
Minha mãe resolveu procurar o Fidélis Barbosa – não sei dizer como ela o conhecia. Mas ele se dispôs a me ajudar a publicar o livro. Mas não deu certo. Hoje sei por quê a editora FTD, de São Paulo, para onde o manuscrito datilografado foi enviado, não aceitou o material. Na época, eu não conseguia entender.
De todo modo, esta foi a ocasião em que quase tive um escritor reconhecido como padrinho literário. Com o tempo, refinei minha escrita, estudei mais, escrevi muito, exercitei a palavra escrita (e graças pela existência dos editores de texto), mas, mais que alguns pequenos contos em jornais (o primeiro foi justamente em um jornal de Lagoa Vermelha, na mesma época), participações em publicações e ilustrações publicadas em jornais e revistas, até hoje nunca publiquei um livro – não foi por falta de tentativas. O tempo me deixou mais realista. E hoje tenho o blog para levar a minha palavra escrita para milhares e pessoas do mundo todo. Se elas realmente leem o que escrevo aqui, nunca sei. Também não sei se meus leitores mais fiéis são mesmo sete, 17, 117 ou 17.000, na melhor das hipóteses.

NOS TEMPOS DOS ÍNDIOS HOSTIS
Bão. Para falar sobre Fidélis Barbosa, escolhi o romance PRISIONEIROS DOS BUGRES, publicado em 1966 pela editora Lar Católico, de Juiz de Fora, MG. Há motivos para supor o porquê deste romance nunca ter ganho, apesar das qualidades altamente literárias, novas edições posteriores. Talvez o mais forte seja o retrato do autor em relação aos indígenas.
Bem. PRISIONEIROS DOS BUGRES relata, na forma de romance, um episódio real ocorrido no Rio Grande do Sul. Um caso tão fantástico que parece ficção – mas o autor, apoiado em fontes, jura que o episódio foi real. Um relato que ele ouvia na infância em Montenegro. Que havia sido resgatado, antes, por um padre – o Monsenhor Matias José Gensweit, que a escreveu em livro, As Vítimas do Bugre, em alemão, mas com uma edição traduzida para o português.
O caso aconteceu em 1868, na região de São Vendelino, localizada próxima a Montenegro, Carlos Barbosa e Farroupilha, na região de Caxias do Sul, RS. A narrativa chega inclusive na região onde se fundou a cidade de Caxias do Sul, então chamada de Campos dos Bugres.
Os bugres eram a denominação, hoje considerada pejorativa, para os índios da etnia caigangue, que habitavam a região dos Campos de Cima da Serra. Nômades, vivendo basicamente da caça, da pesca, da coleta de frutas e do consumo de pinhões, os caigangues, também conhecidos como coroados, devido ao característico corte de cabelo, viviam, no século XIX, em conflito constante com os homens brancos que ameaçavam seu território – em especial com os imigrantes de origem europeia, que vieram se instalar no Vale dos Sinos e nos Campos de Cima da Serra. Eram comuns, no século XIX, os saques promovidos pelos índios às propriedades rurais de colonos.
A cidade de Vacaria teve um caso parecido ao narrado no romance: no episódio conhecido como “O Último Assalto dos Coroados”, ocorrido em setembro de 1851, na localidade do Turvo, antes pertencente à então vila de Vacaria, hoje pertencente ao distrito de André da Rocha, município de Lagoa Vermelha, um grupo de índios caigangues assaltou a propriedade do fazendeiro João Mariano Pimentel, enquanto este estava ausente, matou cinco pessoas a flechadas e raptou seis dos sete filhos de sua família. A esposa de João Pimentel, Bárbara, por pouco não pereceu ao ataque. Pouco depois, foram organizadas duas expedições para resgatar os prisioneiros – a segunda foi bem-sucedida, contando com a ajuda do Cacique Doble, chefe de uma tribo de indígenas inimigos dos “bugres” (e que hoje batiza uma cidade do Rio Grande do Sul). As vítimas, felizmente, foram resgatadas vivas, mas muitos índios acabaram morrendo no ataque final, ocorrido quatro meses depois do assalto. Tal episódio inclusive foi recontado por Fidélis Barbosa em um capítulo do livro Vacaria dos Pinhais.
Em São Vendelino não foi diferente – ou foi, levando em conta o desfecho do caso. Em janeiro de 1868, os “bugres” ameaçaram e capturaram a família de um imigrante alemão estabelecido na região.
Lamberto Versteg, descendente de nobres europeus – os Condes de von Ameringen – era casado com Valfrida Bloon e tinha dois filhos: Jacó Lamberto e Lucila, ambos nascidos ainda na Europa. Por volta de 1858, Lamberto e sua família migram para o Brasil, e se estabelecem na região de São Vendelino, onde constroem uma próspera propriedade à custa de muito sacrifício. Porém, em 1868, ocorre a tragédia.
O grande vilão da história é Luís Bugre, um índio criado entre brancos, mas de má índole: negociando tanto com brancos quanto com índios, é definido como um “velhaco e traidor”. É esse índio que não apenas inicia a desgraça da família Versteg como a prolonga ao longo da história.
Foi Luís Bugre quem, aproveitando a ausência de Lamberto da propriedade – ele fora visitar um amigo na região de São Sebastião do Caí, em 13 de janeiro de 1868 – levou os “bugres” para lá, e enganando Valfrida. Os índios assaltam a propriedade, matam os animais, incendeiam a casa e raptam Valfrida e os filhos – na ocasião, Jacó tem 13 anos, e Lucila, 11.
Ao chegar na propriedade e ver a devastação provocada, Lamberto entra em desespero e pede ajuda. São organizadas duas expedições para tentar encontrar os “bugres” e resgatar a família do imigrante, que, ao que tudo indica, ainda estavam vivos. Mas essas duas expedições não tem sucesso. Em uma delas, o grupo de expedicionários enfrenta uma onça; e, na segunda, um bando de porcos-do-mato, e, apesar dos prejuízos e dos ferimentos, abatem 700 animais. Mas essa segunda expedição acaba fracassando, por conta da traição de Luís Bugre, que estava orientando os expedicionários. Desgostoso com a perda da família, Lamberto vende o que lhe restou e deixa a região.
Enquanto isso, Valfrida e os filhos sofrem na tribo dos “bugres”. As tentativas de fuga são constantes, mas fracassadas; por estarem em região desconhecida, os sofrimentos são imensos: ferimentos provocados pela longa marcha, mosquitos, ter de ver a vaca da família, que fora levada também, ser morta e devorada em uma festividade da tribo, presenciar uma guerra entre tribos. Até certo ponto, os índios tratam bem os prisioneiros – a intenção de Luís Bugre seria pedir um resgate. Valfrida fica, com os filhos, em uma oca reservada às mulheres e viúvas, sob a proteção da velha índia Ceji, uma das únicas que poderiam impedir que a família fosse morta de imediato.
Mas o tempo passa, e as esperanças de um resgate praticamente vão se esvaindo. O velhaco Luís Bugre vai frustrando as tentativas de Valfrida de fugir. Para piorar, os índios migram para o norte, levando consigo os prisioneiros – uma de suas regiões de pouso é a atual região de Caxias do Sul. E, quando Ceji morre, e o chefe da tribo muda, os índios começam a ser mais hostis aos prisioneiros. Mas, enquanto isso, Lucila e Jacó acabam se incorporando, aos poucos, à vida na tribo. Jacó, inclusive, aprende a caçar e a pescar junto com os outros indiozinhos, e cogitou-se que ele seria o futuro sucessor do chefe da tribo.
E a história ganha contornos ainda mais trágicos: Valfrida, após ser denunciada por Luís Bugre em sua última tentativa de fuga, acaba chacinada pelos índios. Lucila acaba se tornando escrava do novo chefe e, posteriormente, desaparece – cogita-se que teve o mesmo fim da mãe. Mas Jacó consegue escapar, depois de uma fuga alucinada – e é resgatado por uma família de fazendeiros. Jacó Versteg é o único sobrevivente da trágica história. Reencontra o pai anos depois, no vale dos Sinos, próximo a Porto Alegre; casa-se, constitui família, propriedade, e vem a falecer aos 80 anos, em 1935. Seu túmulo, até onde sei, ainda está em Desvio Blauth, localidade hoje pertencente a Farroupilha, RS. Mas Luís Bugre, apesar de ter tido, posteriormente, uma morte trágica, nunca pagou, em vida, pelo que fez. Inclusive, Fidélis Barbosa chegou a escrever um livro exclusivamente a respeito do bandido (o já citado Luís Bugre: o Indígena diante dos Imigrantes Alemães, 1977).
Talvez o maior mérito literário de PRISIONEIROS DOS BUGRES seja a forma como ele relata a história. A narrativa é praticamente linear, cronológica, descrições detalhadas e preciosistas dos episódios, cheias de adjetivos, momentos de suspense e pura tensão. Mas a linguagem é de fácil compreensão, e os episódios são fáceis de visualizar. Fidélis Barbosa vulgariza (no bom sentido) uma história que, sob outro escritor de sua época, certamente teria uma linguagem mais rebuscada e menos acessível ao leitor em geral. Enquanto lê, o leitor vai torcendo para que haja um final feliz para as vítimas – mas acaba, claro, frustrado. Fica indignado com o bandido Luís Bugre. Fica indignado com os índios – até haveria uma razão de ser para o tratamento que eles dão aos brancos prisioneiros, mas Fidélis Barbosa os descreve como verdadeiros bárbaros, mais próximos da natureza que do homem: com hábitos violentos, principalmente nas caçadas aos animais – não poupam sequer os filhotes – não costumam guardar provisões para períodos de carestia, não plantam ou colhem, preferem a vida nômade, sem pensar no amanhã, com algum desprezo pela vida. Um contraponto a ideologia dos brancos imigrantes, estes sim previdentes, pensando no amanhã.
Bem, mas levemos em conta também a época em que o livro foi escrito. A causa indígena não tinha muita força. Hoje em dia, os grupos defensores dos direitos humanos repudiariam o livro, por retratar o índio como um vilão. Mas, se por um lado a nossa atual literatura indigenista retrata o índio como vítima, eis um exemplo de índio como algoz – eles não iriam aceitar passivamente a tomada das terras que lhes garantiram alimento por gerações. Os raptos, no século XIX, seriam uma forma de vingança contra os brancos. E, bem, hoje, praticamente, o processo de “pacificação” dos índios está completo. Para ter seus direitos garantidos, eles, de certa forma, ainda precisam contar com a solidariedade dos brancos sensíveis à sua causa.
O romance ainda tem epílogo do então Diretor do Departamento Municipal de Turismo de Caxias do Sul, Mário Gardelin. E, na contracapa, fotos dos familiares descendentes de Jacó Versteg.
O livro tem formato praticamente de bolso (13 x 18 cm), 168 páginas.
Merecia ser reeditado, apesar de tudo – e talvez adaptado para o cinema. É só alguém se interessar pela história. Por esta exceção à “História Oficial” dos índios riograndenses.

PARA ENCERRAR...
Vou deixar para vocês mais um trecho de minha HQ folhetinesca, O Açougueiro. E já colocando minha cabeça a prêmio, pois o que planejei para o episódio de hoje é polêmico, ainda mais que estamos em época de “pelo fim da cultura do estupro” e batalhas ideológicas nas redes sociais. Mas vamos: o agressor recebe sua punição quase que imediatamente!
E ainda não defini um destino exato para esta série, que vai aparecendo aos poucos – é um experimento de estilo, não deve ter sido diferente no tempo em que as HQ eram publicadas de forma seriada nos jornais e revistas, até por volta dos anos 1940, 1950 – mesmo que a continuidade comprometesse a unidade e a qualidade do conjunto narrativo final. Mas, em breve, pretendo republicar os episódios em sequência, em uma postagem só, para que o pessoal não se sinta perdido. Aguardem.

Até mais!

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