sexta-feira, 3 de julho de 2015

MIRACLEMAN 7 - A pior sacanagem do Sr. "Escritor Original"

Olá.
Nos últimos tempos me encontro envolvido com diversos assuntos que estão ocupando meu tempo e minha mente, por isso estive reduzindo meu ritmo de postagens no blog. Mas, para não deixar a Rede Rafelipe parada por mais de uma semana, hoje trago a resenha mensal do gibi do Miracleman.
Para quem chegou agora, o super-herói em questão, inglês e que estava fora das bancas há décadas (suas histórias foram publicadas nos anos 1980), está sendo relançado no exterior pela Marvel Comics - e, no Brasil, a editora encarregada de traduzir e publicar a aclamada fase escrita por Alan Moore, ou melhor, "escritor original", é a Panini. Mais a respeito, vocês podem ler clicando no marcador "Miracleman", no menu ao lado.


MIRACLEMAN # 7
Lançado em junho de 2015.
Prossegue nesta edição o Livro Dois de Miracleman pelo "Escritor Original", A Síndrome do Rei Vermelho. E a fase de Miracleman publicada na revista Warrior, que lançou as aventuras publicadas até aqui a partir de 1982, está chegando ao fim - bem como a fase com arte de Alan Davis. Na última edição, o arqui-inimigo do passado do Miracleman, Emil Gargunza, que mantém como refém Liz Moran, a esposa do alter-ego do super-herói, Mick Moran, conta a ela seu passado. E a narrativa do passado de Gargunza prossegue aqui, no episódio Um Pedacinho do Paraíso (Warrior # 20, julho de 1984 - mês e ano em que este que escreve a vocês nasceu!). Neste episódio, Gargunza revela os detalhes do Projeto Zaratustra, que pretendia criar superseres a partir de um DNA alienígena - e suas pretensões com relação ao Miracleman, envolvendo a filha que Liz está esperando... do Miracleman. E ainda tem um easter egg com relação ao Capitão Marvel, o herói estadunidense que inspirou a criação do Marvelman, que depois se transformaria em Miracleman (saibam mais na primeira matéria, aqui). Bem, vamos dizer o seguinte para começar o próximo bloco: se vocês já estavam começando a amolecer com relação a Gargunza, achando que a idade avançada tornou o dentuço inofensivo, esta edição vai fazer vocês repensarem, pois o cientista aposentado começa a revelar seu lado maquiavélico - que o diga o episódio a seguir, ...E Todo Cão Tem Seu Dia (Warrior # 21, agosto de 1984). Miracleman e o assassino renegado Evelyn Cream finalmente chegam ao esconderijo de Gargunza no Paraguai, mas, justo quando o herói se prepara para punir o vilão... este apresentou uma salvaguarda: uma palavra secreta para desativar o poder de Miracleman e transformá-lo de novo no praticamente inútil Mick Moran. E outra para ativar sua arma secreta: a monstruosa criatura, o Miracledog. Os dois episódios tem arte de Alan Davis. E aqui termina a fase de Davis em Miracleman: o episódio seguinte, Todos se Viram Quando a Caçada se Inicia (Miracleman # 6, fevereiro de 1986) tem arte de Chuck Austen, que assume de agora em diante. Neste episódio, uma baixa importante, e um grande ato maquiavélico por parte do Sr. "Escritor Original": ele acaba, e de forma cruel, com Evelyn Cream, o assassino renegado do qual estávamos começando a gostar. Só adianto que o Miracledog tem a ver com isso - e que Mick Moran está na pior, impedido que se encontra de se transformar em Miracleman de novo. Só no próximo número, possivelmente, saberemos o que vai acontecer. Chegue logo, final de julho! Mas calma, o presente gibi ainda não terminou: temos a seção Bastidores, toda com pin-ups promocionais, esboços do episódio anterior e ilustrações inéditas, tudo de Chuck Austen; e mais uma aventura clássica do Marvelman, dos anos 1950, fase de Mick Anglo, seu criador: Marvelman e a 'Kimota' Roubada (Marvelman # 159, setembro de 1956).Com roteiro de Anglo e arte de Don Lawrence, o novo embate entre Marvelman e Gargunza está praticamente alinhado à presente edição, já que o plano do cientista feioso envolve impedir que o então foca de jornal Mick Moran se transforme em Marvelman. Pelo jeito, o "Escritor Original" pesquisou bastante antes de escrever as aventuras de Marvelman para a Warrior. Até o momento, é a melhor aventura clássica em termos de roteiro: desta vez, Anglo não força o final nem dá uma solução demasiadamente fácil para resolver a trama - que Mick Moran/Marvelman resolve na base da esperteza. E a arte de Lawrence chega a ser um deboche. Completam o gibi pin-ups de Alan Davis, Mike Deodato Jr. (ele mesmo, o brasileiro) e Alex Maleev. Mas cadê os créditos da capa? Quem desenhou a capa, pessoal da Panini?

Aproveitem que o preço do gibi não sofreu reajuste nestes tempos bicudos: R$ 7,50. E aguardem, pois as coisas prometem esquentar para o herói da era atômica de agora em diante. Que o Grande Desenhista do Universo permita-nos continuar lendo esta saga!
Para encerrar, outra pin-up minha, meio matada: desta vez, com Emil Gargunza e sua arma secreta, o Miracledog.
Teria ficado melhor, se eu dispusesse de mais tempo para desenho... mas, como falei, estou envolvido atualmente em uma série de coisas que andam ocupando minha mente. Posteriormente, dou mais detalhes a respeito. Torço apenas para que, a partir do momento em que publico esta postagem, as coisas comecem a se estabilizar e entrar nos eixos. Apenas isso.
Até mais!

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