quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Anime: TENJHO TENGE - again!

Olá.
Na última postagem, falei sobre o mangá de TENJHO TENGE, uma "obra-prima" de Oh! great (Oogure Ito).
Certa vez, escrevi aqui um artigo sobre o anime. Mas me arrependi mais tarde, pois o claro que não ficou bom - ainda maisque eu tinha assistido o anime apenas uma vez na ocasião e eu não me lembrei dos nomes de todos os personagens. Logo, agora vou fazer uma nova tentativa, analisando os aspectos técnicos do anime. Ainda mais agora que li o mangá, publicado pela editora JBC.
Bem. TENJHO TENGE anime foi produzido em 2004, pelo prestigiado estúdio Madhouse, com direção de Toshifumi Kawase. São ao todo 26 episódios - 24 da série regular e 2 de OVA. Ah, e um longa-metragem de animação.
Para quem leu o mangá, assistir o anime é uma experiência mais que surpreendente, pois este é bem fiel ao mangá. A mesma história. Os personagens todos que apareceram no mangá aparecem no anime, ninguém foi cortado, ninguém foi acrescentado. Os fatos são os mesmos. É possível reconhecer no anime algumas sequências presentes no mangá - até mesmo falas. Na história, pouco foi alterado. É a mesma saga dos delinquentes juvenis Nagi Souichiro e Bob Makihara, sua mestra Maya Natsume, a irmã Aya, o azarado Masataka Takayanagi e o conflito do clube Juken contra o Comitê Executivo, a força opressiva do colégio Toudou Gakuen.
Mas com pequenas diferenças.
O anime e o OVA engloba os oito primeiros volumes do mangá, na seguinte proporção: praticamente, cada três episódios equivalem a um volume do mangá - mas nem sempre.
Primeira grande diferença entre anime e mangá: no anime, as cenas de nudez e de sexo foram cortadas - entenda-se por cenas de sexo as entre Bob Makihara e Chiaki e as entre Takayanagi Mitsuomi e Kuzunoha, detalhadas no mangá. Talvez para que a classificação indicativa do anime fosse reduzida. Mas não totalmente. Logo, quem ler o mangá e assistir o anime vai notar logo de cara. A parte "sexualizada" do anime ficou mais por conta do "mostruário" de calcinhas das meninas. E as cenas de violência mais "fortes" foram "suavizadas", mas não cortadas - uma exceção à regra é a cena do estupro de Chiaki na lavanderia por Ryuzaki, que no anime foi cortada, mas que no mangá é mostrada em detalhes. De resto, há cenas violentas que foram mantidas, como a parte em que Shin Natsume espeta as pernas de Bunshichi Tawara com a espada Ryugan.
Segunda grande diferença: a fase do flashback. Até o final da batalha da pista de boliche entre os membros do clube Juken contra o Comitê Executivo, o anime é bem fiel ao mangá. Mas, ao chegar a fase do flashback, onde é contado o passado de Maya e Takayanagi Mitsuomi (o presidente do Comitê Executivo), a parte, apesar de ainda ser fiel ao mangá, é dividida em duas. No mangá, ela segue direto; no anime, a primeira parte da narrativa fica por conta de Maya, que conta desde quando ela atuou como o "caçador de katanas" até quando Mitsuomi, durante a cerimônia promovida pelo fim do clube Katana, perde o medo que sentia de Shin Natsume, o irmão mais velho de Maya, que estava sendo corrompido pelo próprio poder; daí, o anime volta ao presente, apresentando a parte onde Aya é caçada após ter roubado a espada Ryugan; só depois é que o flashback prossegue, e a segunda parte da narrativa fica por conta de Bunshichi Tawara - que conta a Nagi, Bob e Chiaki desde onde Maya parou - , que vai desde a fundação do clube Juken e segue até o final, com a morte de Shin.
Outra pequena diferença é que alguns personagens - como Eimi Isuzu e Bunshichi Tawara - nos são apresentados, no anime, bem no comecinho, ainda na parte em que Ryuzaki está atacando Nagi e Bob; no mangá, Isuzu e Tawara só dão as caras durante o combate da pista de boliche.
Só o último episódio é que é muito diferente do mangá, mas que ainda assim mantém a essência da história.
Aí, chegamos ao OVA, que dá prosseguimento à história a partir da parte onde ela parou. Mas a ordem dos fatos apresentados, ainda que fiel ao mangá, está invertida. No primeiro episódio do OVA, Nagi é apresentado aos novos mestres - sua mãe e Dogen Takayanagi (pai de Masataka e Mitsuomi, e co-causador da ruína de Shin Natsume) - que o ajudam a despertar seu novo poder; e no segundo, o combate entre Aya e Maya - aquela estava lutando pelo coração de seu "noivo" Nagi. No mangá, é ao contrário: primeiro, a luta das irmãs Natsume; depois, o despertar do novo poder ne Nagi.
E a história parou aí, enquanto que no mangá a história prossegue, e promete surpresas até a realização do grande torneio de artes marciais da Toudou, que pode representar a prometida batalha final entre o clube Juken e o Comitê Executivo. Quer dizer, SE esse torneio acontecer, o que foi prometido tanto no final do anime quanto no mangá.
Ah, mas nada que impeça de apreciar o anime. Ele complementa o mangá, pois permite visualizar algumas cenas que ficaram obscuras na mídia impressa. E a animação, belíssima, preserva o traço detalhado, cheio de energia e sensual de Oh! great. Só o que estraga é a irritante trilha sonora - as canções de abertura e de encerramento da série, a primeira em batida hip-hop bate-estaca, a segunda uma balada romântica numa vozinha irritante. A melhor de todas é o tema de encerramento dos OVAs, uma belíssima e poderosa balada.
Bem, a versão do anime legendada disponível na internet tem como principal problema a tradução, pois as legendas não mantém o linguajar irreverente dos personagens. Assim, o anime perde um pouco da emoção do mangá. Mas para quem não entende japonês... melhor que nada.
A versão que eu assisti foi baixada do Animes Shade (www.animeshade.com/). Legendas Fansubber Sharingan.
Para encerrar, já que falamos de animes, alguém se lembra do anime Tenchi Muyo, que passava na TV Bandeirantes? Era um ótimo anime, meu favorito da época - quando todos gostavam mesmo era de Dragon Ball Z.
Bem, foi numa esquete de Tenchi Muyo que a piada abaixo foi baseada. O "depois do Masaki Kajishima" quer dizer: Kajishima foi o criador de Tenchi Muyo. Logo, foi o primeiro a utilizar a piada. Bem, pensem na tira como uma homenagem a Tenchi Muyo.
Até mais!

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