sábado, 20 de abril de 2013

BLENQ 5 - lâmpadas no túnel escuro

Olá.

Hoje, quadrinhos de novo. Júpiter II de novo. Preciso buscar mídias novas para falar aqui no blog. Mas, como adquiri quadrinhos da Júpiter II recentemente, vai ser assim até terminar o lote.
Bem. Houve dois artistas brasileiros os quais declarei guerra, tantas vezes critiquei aqui no blog: Alexandra Mattos e Rod Gonzalez. Da última obra de Alexandra Mattos, a melhor pior desenhista de mangás do Brasil, já falei (sem ressentimentos...). Agora é a vez do Rod Gonzalez.

Recentemente, saiu mais um número do gibi de seu herói mais conhecido, o Blenq, o herói ecológico, a "mistura de Surfista Prateado com Super Mouse". Um dos heróis mais mal-concebidos do circuito alternativo nacional. Nós ainda não sabemos seu verdadeiro nome, sua origem, a origem de seu parceiro, o alienígena Luã, nem porque seu nome começa com "B" e o emblema em seu peito é um "E". Tudo o que sabemos é que ele segue perseguindo bandidos e defendendo a natureza. Já ataquei, digo, escrevi sobre os números anteriores do gibi do herói aqui no blog (leia aqui). Rod Gonzalez, roteirista e produtor musical, é tão polêmico quanto José Salles, o editor da editora que publicou este gibi...

BLENQ número 5
Lançado em junho de 2012.
Mas, surpreendentemente, depois de os números anteriores nos apresentarem histórias insossas, eis que o quinto número do herói ecológico nos apresenta uma boa história. Em termos de roteiro. Em No Fio da Navalha, um fato anteriormente apresentado ganha continuação. No número 1 da coleção, Blenq e Luã, o "cabeça de balde", prenderam o criminoso Chefe Rocha, líder de um esquema criminoso de venda de animais silvestres - as vítimas eram os bichos-preguiças da Mata Atlântica. E tudo com a ajuda de uma personagem real, Vera Lúcia de Oliveira, a Verinha, bióloga e coordenadora do projeto S. O. S. Preguiça, em Ilhéus, na Bahia. Bem, Verinha e Chefe Rocha estão de volta. Nesta edição do Blenq, o Chefe Rocha, no aguardo de seu julgamento, decide contratar um assassino de aluguel para raptar Verinha, a mais importante testemunha de acusação contra o mafioso. E o perigoso e habilidoso Adaga Vermelha não quer apenas garantir que Verinha deixe de comparecer ao tribunal, mas também quer eliminar Blenq. E o herói da prancha, e seu parceiro alienígena, partem para o resgate, sem saberem que estão prestes a cair em uma armadilha. Os poderes telepáticos de Luã e a supervelocidade de Blenq serão as armas fundamentais para salvar Verinha. O embate entre Blenq e Adaga Vermelha é emocionante, e pontuado com um bom humor, estilo Homem-Aranha. Pena que não foi entregue ao artista certo. O roteiro de Gonzalez foi desenhado por Darlei Nuñez, que já havia colaborado no gibi (desenhando a primeira história do herói, no # 1). O traço de Nuñez é desajeitado, mesmo se esforçando para fazer um estilo comics, deixando a aparência dos personagens desagradável. Isso estraga uma história que tinha tudo para ser a melhor do herói. O gibi é completo com uma seção de cartas (onde, finalmente, aparece uma pista para uma explicação sobre o herói, quando Gonzalez responde uma dúvida sobre a origem do herói); uma matéria de Mariana Lacerda sobre o projeto S. O. S. Preguiça, com uma ilustração de Jean Okada; uma entrevista de Rod Gonzalez com o artista Darlei Nunez, desenhista, publicitário e campeão de muai thai (boxe tailandês); e ilustrações pin-up de Carlos Henry (cores de Edi Santos), Márcio Rogério Silva e José Menezes (que desenhou duas, uma colorida e outra preto-e-branco). A capa é de William Cabral.

Para adquirir o gibi, ao custo de R$ 3,00, escrevam para: smeditora@yahoo.com.br. Conheça outras publicações da Júpiter II no blog http://jupiter2hq.blogspot.com.br/.
Para encerrar, outra ilustração minha do Blenq. Outra vez, desenhei com falta de jeito o Blenq e seu parceiro Luã. Mas, outra vez, não tenho pudor em dizer: é mais do que eles merecem.
Por favor, Sr. Gonzalez: na próxima edição, conte logo a origem do herói! E explique o "E" no peito dele!!!
Até mais!

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