sábado, 13 de novembro de 2010

Filme: LUA NOVA

Olá.
Hoje vou falar de filme - e estou de volta com a série de postagens sobre o fenômeno Crepúsculo.
Hoje vou comentar LUA NOVA, o filme.

LUA NOVA, produzido em 2009, foi dirigido por Chris Weitz, que substitui Catherine Hardwicke, que dirigiu o primeiro episódio da cinessérie baseada nos livros de Stephenie Meyer. Mas a roteirista do primeiro filme, Melissa Rosenberg, foi mantida. E é ela que garante uma adaptação fiel ao texto do livro - mas que flui melhor no cinema.
Quando assisti Crepúsculo, achei o filme bem melhor que o livro - pelo menos na tela, os personagens são menos artificiais, e o romance entre a estabanada Bella Swan e o vampiro Edward Cullen pareceu mais convincente.
Bem. LUA NOVA continua na trilha iniciada por Hardwicke. É bem melhor que o livro! Os efeitos especiais melhoraram em relação ao primeiro filme - o ponto alto foi a introdução dos lobisomens quileutes, que apesar de evidentemente digitais, são convincentes.
A história é a mesma do livro: após a desastrosa festa que Edward (Robert Pattinson) e a família Cullen de vampiros vegetarianos promove para comemorar o aniversário de Bella (Kristen Stewart) - a garota acaba cortando o dedo em um pedaço de papel e é atacada por Jasper (Jackson Rathbone), "irmão" de Edward - , o jovem vampiro decide se afastar da amada, para protegê-la. O problema é que a ida dos Cullen da pequena cidade de Forks deixa Bella em um estado de tristeza semi-catatônico, e ela descobre que pode evocar a imagem de Edward toda vez que corre perigo. Decidida a evocar a imagem de Edward, Bella se mete em enrascadas. Nesse ínterim, ela começa a se aproximar de seu amigo de infância, o índio quileute Jacob Black (Taylor Lautner). Forma-se aí o triângulo amoroso. O problema é que Jacob passa por intensas mudanças físicas e mentais, e guarda um terrível segredo: pode se transformar em lobisomem. Por isso, ele começa a andar com o bando de Sam Uley (Chaske Spencer), formado por lobisomens - inativos a princípio, os lobisomens quileutes começam a se transformar em lobos gigantes por conta da aproximação de vampiros em Forks. Trata-se de Victoria (Rachelle Lefrève), que quer pegar Bella como vingança pela morte de James, assassinado pelos Cullen no primeiro filme.
Mas desgraça pouca é bobagem na vida de Bella. Quando Alice (Ashley Greene), "irmã" de Edward, retorna a Forks, Bella fica sabendo que Edward pretende acabar com a própria vida, por julgar que Bella acabou morrendo ao pular de um penhasco dentro do mar. Ele pretende provocar os vampiros Volturi, um clã conservador, que mantém o segredo dos vampiros há seculos, e elimina qualquer ameaça ao segredo sagrado. Isso conduzirá Bella e Alice a uma corrida contra o tempo até a cidade italiana de Volterra, lar dos Volturi. E as duas são as únicas que podem evitar uma desgraça.
Bem. Este é o enredo básico. Todo mundo que leu a série literária já conhece o que vai acontecer.
Vamos aos aspectos técnicos.
Talvez um dos defeitos do filme ainda seja a interpretação de Kristen Stewart como Bella. Embora a moça saiba gritar e demonstrar desespero quando é necessário, Kristen não sabe chorar. Além disso, ela tem o mesmo problema do Tobey Maguire, o Homem-Aranha do cinema: parece que ela só tem uma expressão facial! Sério: em quase todo o filme, ela faz praticamente a mesma cara. Felizmente, isso ainda não estraga sua interpretação de garota sofrida.
Robert Pattinson continua bem como Edward - e o campeão de audiência com as meninas. Porém, a partir desse filme ele precisa dividir essa audiência com uma revelação: Taylor Lautner, o Jacob, que se tornou o novo favorito das meninas. E ele demonstra ser mais natural que Pattinson - com mais senso de humor. E ele denota bem as mudanças por que passa - principalmente quando seu penteado muda, do cabelo comprido para o curto. Ele praticamente muda de cara! O grandalhão acho que só não é maior do que Kellan Lutz, o ator que interpreta Emmett, o "irmão" de Edward.
Outra grande atração são os quileutes, os lobisomens. Eles demonstram que os lobisomens têm mais senso de humor que os vampiros. O mais interessante: alguns dos atores são índios mesmo! É o caso de Kiowa Gordon (Embry), descendente de índios Hualapai, Alex Meraz (Paul), da nação mexicana Purepecha, e Chaske Spencer (Sam Uley), da tribo Lakota Sioux. A exceção é Bronson Pelletier (Jared), canadense. E todos donos de músculos invejáveis! A transformação dos atores nos lobos digitais é a grande atração do filme, que apresenta efeitos especiais realmente especiais. Ponto para Weitz.
Outra grande atração, que garante o clímax do filme, são os vampiros Volturi. Quem rouba a cena é Michael Sheen (Aro Volturi), que interpreta um vampiro bem-humorado para um conservador - um sujeito amigável, mas que esconde por dentro uma ameaça. Já os outros Volturi, Caius (Jamie Campbell Bower) e Marcus (Christopher Heyerdahl) não fazem quase nada! Quase que só ficam sentados olhando Aro conversando com os personagens. Porém, a guarda Volturi, formada por vampiros com poderes especiais e mortíferos, também é uma atração à parte. Traz de volta aos holofotes uma atriz mirim de grande sucesso: Dakota Fanning, que faz a assustadora Jane Volturi, capaz de inflingir dor apenas com a mente. Mas os outros tem grande expressão também: Alec (Cameron Bright), Demetri (Jamie Bewley) e Felix (Daniel Cudmore).
Também reaparecem no filme: a família Cullen, formada por Carlisle (Peter Facinelli), Esme (Elizabeth Reaser), Alice (Ashley Greene), Jasper (Jackson Rathbone), Emmet (Kellan Lutz) e Rosalie (Nikki Reed); o pai de Bella, Charlie (Billy Burke); e os nômades Laurent (Edi Gathegi, assustador) e Victoria (Rachelle Lefrève). Esses são só os destaques.
Há cenas de destaque no filme: uma das melhores é a que mostra a sucessão dos meses após Edward abandonar Bella: a câmera roda ao redor da garota, sentada no sofá curtindo a tristeza, e, quando ela dá a volta na janela, o cenário lá fora muda. Uma solução acertada e muito interessante.
Ah: e na cena em que Jacob atende o telefonema de Edward - antes de Bella e Alice irem para Volterra, prestem atenção no cenário onde Edward se encontra quando desliga o telefone: dá para reconhecer que se trata da cidade do Rio de Janeiro!!
LUA NOVA tem a mistura de romance e suspense que faz a alegria da moçada. Os cenários continuam maravilhosos e deslumbrantes. O problema é que os personagens fazem muitas pausas quando falam, o que desacelera muito o filme. Dá mais dramaticidade, mas em excesso acaba chateando.
Mas o roteiro é melhor que o livro. Muito mais convincente e com um ritmo muito mais ágil. Aprovei.
E que o próximo capítulo, Eclipse, não demore a chegar nas locadoras! E que também venha Amanhecer, o filme!

EXPLICAÇÃO DAS ILUSTRAÇÕES
Como ilustrações de hoje, fiz uma dos lobisomens quileutes - com Jacob incluído - e uma dos líderes do clã Volturi.
Para fazer os quileutes, havia um sério complicador: os atores que fazem os papéis de Paul, Embry, Jared e Sam são todos parecidos, ainda mais sem as camisas! Assim, o único dado que foi possível para diferenciar um por um foi o estilo de cabelo. Tomei outro cuidado de fazer um Sam com traços indígenas, para destacá-lo melhor como líder dos lobisomens quileutes.
Outra ilustração complicada foi a retratando os líderes dos Volturi. Complicado não foi desenhar o Marcus, o Caius e o Aro, mas os tronos deles, que não saiu nadinha parecidos com os do filme. Pior: como pintei a ilustração a lápis de cor, fiz um estrago nas roupas deles. Salvou o scanner, que ajudou a evidenciar s linhas do contorno. Mas eu deveria ter feito essa ilustração com mais paciência... buá!
E aguardem: em breve, resenha de Eclipse, o filme. Ainda não é o fim da série de postagens sobre Crepúsculo!
Até mais!

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