sábado, 13 de agosto de 2011

Animação: QUEEN'S BLADE - parte 3

Olá.
Hoje, para encerrar de vez a trilogia de postagens sobre a série animada QUEEN'S BLADE, uma das aventuras medievais mais safadas já produzidas, vou falar das duas séries de OVAs (Original Video Animation, as animações produzidas especialmente para o mercado de vídeo e DVD) da série.
Bem, para quem chegou agora, QUEEN’S BLADE apareceu pela primeira vez no Japão em 2005, como um jogo de RPG desenvolvido pela empresa Hobby Japan; a partir de 2009, ganhou adaptação para desenho animado, depois de ganhar uma série de garage kits (bonecas para exposição, tipo bibelô), livros, light novels (romances ilustrados), mangás e videogames. A animação foi produzida pelo estúdio ARMS, que cuidou de todas as séries animadas, inclusive das duas séries de OVAs.

É, eu disse DUAS séries de OVAs. Seguinte: quando se pensa nas séries de OVAs de QUEEN’s BLADE, se pensa logo na série mais recente, o segmento Utsukushiki Toushi-Tachi (As Belas Guerreiras), produzida entre 2010 e 2011. Mas existe outra: Queen’s Blade: Todos Comparecem – Loucura na Academia Gainos! (na tradução em português – não descobri o nome em japonês). Trata-se de uma pequena série de curtas-metragens das personagens, de 12 episódios de cerca de 3 minutos cada, que acompanham a versão em blu-ray das duas primeiras séries, lançadas em 2009.
O caso é que, como se tratam de desenhos feitos para vídeo, as duas séries de OVA, ao contrário das duas primeiras séries, produzidas para exibição na TV (esqueci de falar nas duas primeiras postagens), não contém censura. Por isso, são as mais safadas da franquia.
Bem. QUEEN’S BLADE trata das lutas de um grupo de guerreiras gostosonas e parcamente vestidas para definir quem será a próxima rainha de um mundo medieval fictício – isso é o básico. Para mais detalhes, consultem as duas primeiras postagens sobre a série: a parte 1 e a parte 2.
Se nas séries regulares, Rurou no Senshi (As Guerreiras Andarilhas) e Gyokuza no Tsugu Mono (A Sucessora do Trono) vemos uma sucessão de seios descobertos, closes nas bundas, roupas “estrategicamente” rasgadas e sugestões sexuais amarrados em um roteirinho de piiih, nas séries de OVAs vemos tudo isso, só que sem censura e ampliado. Bem, se nas séries exibidas na TV existia “censura”, imagine a versão “sem” a censura...
Bem. As séries.
Loucura na Academia Gainos, como eu disse, são 12 curtas de 3 minutos que acompanham o blu-ray das duas primeiras séries. O mote da série é que os combates do Queen’s Blade foram transferidos para o ambiente escolar! Desse modo, as garotas, que lutam dentro de um colégio (onde elas fazem de tudo, menos estudar), reafirmam a tara que os japoneses têm por uniformes de estudante. Bem. Além de vermos as personagens de uniforme, também vemos insinuações de sexo, roupas explodindo, seios nus e otras cositas mas. Mas é o seguinte: a grande disputa entre as estudantes é para ver quem conquista o posto de Presidente do Conselho Estudantil – o que, no Japão, confere poder quase político a um estudante. Enquanto, em um campeonato muito do safado chamado Queen’s Brassière – onde a regra é tirar o sutiã da adversária; quem ficar sem sutiã está fora – as estudantes procuram tomar o posto da atual presidente, a sádica rainha Aldra, acontece de tudo: as demônias Melona, Menace e Airi bancando as valentonas da escola (e suas primeiras vítimas são a sacerdotisa Tomoe e a ninja Shizuka, ambas estudantes estrangeiras); a incestuosa Elina atacando a irmãzinha, Leina, sob o olhar invejoso da meia-irmã Claudette; a cozinheira da cantina, Cattleya, gemendo na frente de cenouras, pepinos e nabos gigantes (o que é que ela vai fazer com eles, hein?!); a anã Ymir como uma professora incompreendida; a freira peituda Melpha como uma enfermeira da escola, tentando consolar a nervosinha Nyx (que carrega o demônio Funikura na forma de uma boneca); a elfa treinadora Alleyne se excitando enquanto exige mais de sua discípula, Nowa (em traje de ginástica); a assassina Irma como capanga de Aldra; todas as personagens de biquíni (e sem ele), numa disputa de vôlei de praia (e a elfa safada Echidna usando sua cobra de estimação para trapacear); e a anjinha Nanael esparramando leite para todo o lado! Tudo o que nunca teríamos imaginado ver num desenho animado não-hentai – nem mesmo no próprio Queen’s Blade! Ou melhor, quase. Esses curtas-metragens, pior de tudo, estão disponíveis para baixar na internet!!!
Bem. Agora saímos da baixaria.
Queen’s Blade – Utsukushiki Toushi-tachi foi lançado entre 2010 e 2011. O lançamento começou em agosto de 2010, mas, devido a um atraso na produção, os dois últimos episódios, de um total de seis, só foram lançados em janeiro e fevereiro de 2011.
Utsukushiki Toushi-tachi é considerada, por muitos, a terceira temporada da série. Os seis episódios, de cerca de trinta minutos cada, são diretamente ligados à série anterior. Trata-se da revelação de o que aconteceu às personagens depois dos acontecimentos finais de Gyokuza no Tsugu Mono.
Atenção: spoiller. Se você ainda não assistiu as séries anteriores, pule este parágrafo!
O Queen’s Blade, no último capítulo de Gyokuza no Tsugu Mono, terminou com a luta entre Leina, a Guerreira Vagante, e a rainha Aldra, que possuía dentro de si um demônio, Delmora. A luta terminou com a vitória de Leina, que, além de conquistar o título de rainha, consegue, com a ajuda das amigas que fez durante o torneio, derrotar Delmora. E, no fim das contas, todas as guerreiras participantes sobreviveram, inclusive as que haviam sido encarceradas no âmbar pelo olho demoníaco de Aldra – sobretudo Cattleya, Owen (seu marido desaparecido), Menace e Funikura. Só uma guerreira morreu: a ninja Shizuka, em um combate terrível contra a amiga Tomoe – o objetivo da luta era despertar na sacerdotisa de Hinomoto uma força interior. Desde então, o espírito da ninja acompanha a amiga.
Bem. Este parágrafo fez revelações sobre os acontecimentos da série, mas é importante para entender Utsukushiki Toushi-tachi.
Só há um ponto estranho na série: quem venceu o torneio foi Leina, mas quem assumiu o trono foi a meia-irmã dela, a Generala da Tempestade Claudette!!! É de se pensar que Leina resolveu abrir mão do trono para continuar com o seu grande desejo: percorrer o mundo e conhecê-lo, destino que ela escolheu a ter de ficar trancafiada em um castelo, tal como era no comecinho da aventura.
Bem. Cada um dos episódios de Utsukushiki Toushi-Tachi é centrado em uma personagem, mas quase todas as guerreiras que apareceram na série fazem participações importantes.
O primeiro episódio é centrado em Elina, a irmã de Leina e Claudette, a loirinha que vive agarrando a nossa heroína. Em um complô de nobres inimigos da família Vance, descontentes pelo fato de a nova rainha ser dessa família, o castelo do Conde (pai de Leina, Elina e Claudette) é devastado e Elina, que ficara para defender o castelo, é aprisionada e torturada pela elfa Echidna – a que usa uma cobra como biquíni. A única esperança de salvação, à qual Elina se agarra firmemente, é que Leina volte para salvá-la antes que seja executada. Enquanto Elina espera a irmã, passam imagens em flashback da infância das duas, na qual Elina até mesmo questiona os verdadeiros sentimentos da irmãzinha para com ela – Elina é profundamente apaixonada por Leina, mas será que esta sente o mesmo pela loira? E, no fim, será que Leina voltará para salvar Elina?
O segundo episódio é centrado nas elfas Alleyne e Nowa, respectivamente treinadora e discípula. A caminho da floresta dos elfos – depois de serem derrotadas no Queen’s Blade – as duas param em uma praia, por causa de Nowa, deslumbradíssima com um mundo que até então não conhecia. A aprendiz de guerreira, que não usava calcinha por baixo da sainha, é obrigada pela mestra a usar um minúsculo biquíni, como o dela (pedofilia implícita, visto que Nowa tem o corpo de uma menina de 14 anos). Porém, ambas acabam caindo numa armadilha de Nyx, a atual portadora da arma viva Funikura. E, no momento em que Nowa precisa salvar Alleyne do depravado demônio de tentáculos, a elfa treinadora revisa seus reais sentimentos pela sua discípula. Apesar de ser intransigente e de ficar atribuindo notas a todas as ações de Nowa, na verdade Alleyne ama a sua discípula. Mas será que vale a pena continuar mantendo-a junto de si?
O terceiro episódio é centrado em Airi, a vampira sugadora de energia vital. Nesse momento, ela está feliz na casa de Cattleya (muito feliz também por ter finalmente encontrado o marido), já que o filhinho dela, Rana, por assim dizer, gosta da fantasma. Porém, Airi decide largar essa chance de redenção para voltar a servir a Bruxa do Pântano, a misteriosa entidade maligna (e, mais uma vez, não temos a chance de vermos seu verdadeiro rosto ou corpo). Airi, frise-se, serve à Bruxa por convicção, e não por obrigação, ao contrário de sua parceirinha, a malucona Melona, a assassina de mil faces, que inclusive tortura Airi. O episódio também conta com a participação da freira peituda e desavergonhada Melpha, enviada por Nanael para investigar o pântano – e que cai numa armadilha de Airi e Melona.
O quarto episódio é centrado em Menace, a alienada Rainha dos Tempos Antigos. Ela e seu fiel cetro vivo Setra decidem largar a parceria que faziam com a Bruxa do Pântano e decidem reconstruir por conta própria o reino de Amara, o reino que a seminua rainha governava antes de ser mumificada. Melona e Airi, ao visitarem esse reino no deserto onde todos são aparentemente felizes com sua nova rainha (Menace nem precisou aplicar seus poderes de controle da vontade nos “súditos”), tentam convencer a Rainha a voltar para o pântano. Naturalmente, ela se recusa, feliz com a vida (aparentemente) luxuosa que está levando – e à qual Melona, por instantes, também se rende. Será que elas conseguirão convencer Menace a voltar com elas? Pequena participação da gananciosa anã Ymir.
Ah, um detalhe interessante: Menace, para reconstruir o reino, arranja dinheiro através de um acordo com um fabricante de brinquedos que produz bonecas das guerreiras do Queen’s Blade! O que podemos tomar como uma propaganda subliminar, visto que a empresa Hobby Japan, que produz a série, também fabrica as bonequinhas da série.
O quinto episódio é centrado em Nanael, a anjinha atrapalhada e arrogante, com uma asa menor que a outra e vestidinho curto. Inconformada por não ter sido ao menos premiada por tudo o que fez durante o Queen’s Blade, a anjinha, tomada pela ambição de montar seu próprio harém, decide roubar uma uva de uma videira sagrada do paraíso – que supostamente teria o poder de realizar qualquer desejo de quem a comer – e acaba castigada, enviada para o inferno. Porém, ela cai no pântano, e, a princípio, ela é torturada por Melona e Airi. Mas, ao comer a uva, que estava escondida em seu decote, Nanael fica muito poderosa, e, aos poucos, vai despertando um lado maligno. Tanto que suas asas e suas roupas ficam negras. Melona e Airi até tentam convencê-la a se aliar a elas, mas Nanael contraria seus planos. Será que Melpha, a única pessoa que nesse momento ainda acredita na anjinha, pode fazê-la voltar ao normal?
E o sexto e último episódio é centrado na sacerdotisa guerreira Tomoe e na ex-rainha Aldra, agora mais velha depois que se livrou de Delmora - e usando um hábito de freira em substituição do traje demoníaco, que mais parecia uma fantasia de carnaval. As duas, nesse momento, estão retornando a Hinomoto, lar da sacerdotisa – Aldra decide continuar as buscas pela irmã desaparecida por lá. Entretanto, o navio onde elas estavam é atacado por ninjas Kouma – o clã o qual a falecida Shizuka pertencia – que querem raptar Aldra para propósitos malignos. Entretanto, as duas agora amigas conseguem escapar, e começam a procura. Nessa busca, as duas acabam parando em uma casa de chá, que faz as vezes de prostíbulo, e quase são enganadas quando são convidadas a ajudar ali. Mas o pior é que os corruptos nobres de Hinomoto têm planos malignos, e esses planos incluem Aldra, que se vê ameaçada de ter Delmora em seu corpo novamente. Será que Tomoe conseguirá salvá-la?
Duas personagens ficaram de fora, e não tiveram seus destinos revelados: a insensível Irma, a assassina profissional, e a Bandida do Deserto, Risty.
Bem, a animação continua primorosa, a trilha sonora muito boa (desconto para a maluquíssima canção de encerramento dos episódios, com clipes muito safados), porém os roteiros ainda sofrem um pouco com a estrutura, que investe mais nas cenas de nudez e nas insinuações sexuais do que nas cenas de ação, aventura, drama e no (mínimo) núcleo de humor – e incontáveis erros de continuidade. Os dois últimos episódios, ao contrário dos demais, são arrastados, pois tentam comprimir em menos de 30 minutos o que talvez levaria um episódio a mais para contar. No mais, é aquilo de sempre: mulheres peitudas em roupas minúsculas, que são rasgadas aos poucos, insinuações de zoofilia, incesto, pedofilia, sexo e sadomasoquismo... continua assim a tal “diversão para nerds gordos e virgens” que os detratores da série gostam de classificá-la. Proibido para mulheres, cardíacos, homossexuais masculinos e menores de 18 anos.
Se mesmo assim vocês quiserem conferir (não recomendo, mas se vocês MESMO ASSIM quiserem conferir), os sites para baixar toda a série são o Anime House (www.an-house.net/) e o Sakura Animes (www.sakuraanimes.com/). Já os episódios de Loucura na Academia Gainos demandam um pouco de esforço para serem encontrados – mas eles podem ser baixados em sites como o Meikai Animes (www.meikai-animes.net/).
Para encerrar, eu resolvi fazer tipo um pôster, com as três heroínas da série: a Guerreira Vagante Leina, a Sacerdotisa Tomoe e o Anjo da Esperança, Nanael. Bem, desta vez revisei os detalhes da aparência das guerreiras, para conseguir algo próximo ao original, melhor que as ilustrações dos posts anteriores. Posso ter errado alguns detalhes, esquecido outros, porém acredito que é uma das melhores ilustrações que já fiz. E olha que eu tomei bastante cuidado!
E aguardem: foi anunciada para outubro uma nova série das bonecas guerreiras! Existe um segmento dos livros de RPG de QUEEN’S BLADE, no Japão, chamado Queen’s Blade: Rebellion. É esse segmento que a nova série de OVAs, em dois episódios, vai tratar. Aguardem, portanto, mais seios e bundas saltando aos olhos!
E, após quebrar a cara mais uma vez...
Até mais!

Um comentário:

ralado disse...

Opa valeu pela informaçoes de queens blade ! Na minha opiniao e um dos melhores anime Eichi tirando as utimas temporadas de OVAs que nao explica nada com nada ???
Mas vc que menja bastante de QUEENS BLADE... Por que PAROU o Anime se tava fazendo tanto susseço aq no Brazil ? Ha este anime Nao e para NERD NAO e para quem gosta de mulheres Peitudas kkkkkkkkkk Valeu !