sábado, 10 de setembro de 2011

Demoram sinaleiras na estrada...

Olá.

Semana passada, eu fiz uma viagem para Porto Alegre e Gravataí. Fazia muito tempo que eu não ia a Porto Alegre, mas não deu para excursionar pela cidade, pois tínhamos um compromisso em Gravataí.

Bem. Foi por um detalhe que eu vi de Gravataí que me inspirou a postagem de hoje: as sinaleiras.

Os tradicionais semáforos, ou sinaleiras como costumamos chamar em algumas partes do país, têm por função o controle do tráfego nos cruzamentos. Olhem, eu já vi muitos modelos de semáforos nesta vida - uns muito comuns para a necessidade de cada cidade. Inclusive, desenhei alguns deles abaixo. Vejamos:

Os modelos números 1 e 2 são os mais comuns nas rodovias. Existem muito sub-modelos destas duas: amarelos, pretos, horizontais, com "cobertinha" por cima das lâmpadas para melhor visualizar as luzes nos dias de sol forte... mas sempre com as características três cores: vermelho para parar, amarelo para alertar a mudança de sinal e verde para seguir. O modelo 2 só de diferencia por trazer duas lâmpadas vermelhas no alto - ainda não descobri por quê. Estes dois semáforos têm uma desvantagem: quando a gente chega no cruzamento, a gente nunca sabe o momento exato em que o sinal vai abrir ou fechar. A pior coisa que pode acontecer é o sinal fechar justo no momento em que estamos atravessando o cruzamento!! Comigo já aconteceu algumas vezes. E ainda tem gente que costuma acelerar o carro justo no momento em que, após o sinal verde, dá sinal amarelo na sinaleira - como se indicasse ao motorista que eles tem um ou dois segundos para atravessar antes de o sinal fechar. O que é perigoso: pode acontecer de o sinal fechar de repente e o motorista frear o carro em cima da faixa de pedestre. E isso pode dar multa se o guarda estiver por perto.

Os modelos de sinaleiras que dão mais tranquilidade ao motorista são aqueles com contador de tempo. Vejamos adiante.

O modelo número 3 é próprio para ruas com passagem para ônibus: a luz verde é substituída por uma seta, que indica quando é permitido dobrar para outra rua à direita. Geralmente, aparece em avenidas onde à direita do motorista aparece uma via para ônibus: geralmente, os ônibus têm de passar antes, e o motorista que quiser dobrar à direita terá de esperar.

Os modelos 4, 5 e 6 são os modelos com contador de tempo que falei - eles é que melhor informam os motoristas desavisados o exato momento em que um sinal vai abrir ou fechar.

O modelo número 4 conheci em viagem a Venâncio Aires, RS. As luzes vermelha e verde são aros de luz divididos em vários pedaços, e cada pedaço vai correndo para cima e sumindo, como em um relógio - e em sentido anti-horário. A luz verde gira mais rápido que a luz vermelha.

O modelo número 5 é bem comum na minha cidade, Vacaria, RS. É semelhante na forma àqueles semáforos da fórmula 1: cinco lâmpadas vermelhas e cinco lâmpadas verdes. Sempre que o sinal abre ou fecha, as luzes bem de cima e bem de baixo ficam acesas; quando se aproxima o momento de o sinal abrir ou fechar, a luz de cima desce até a de baixo. Há também uma lâmpada amarela, mas esta só acende quando ocorre um defeito no semáforo, e indica, portanto, que os motoristas devem redobrar a atenção no cruzamento.

É o modelo número 6 que eu vi em Gravataí, e ao qual me fascinei: um semáforo com contador de segundos. Como Gravataí é cortada por uma grande avenida, cheia de cruzamentos, em cada cruzamento tem um semáforo desses: quando dá sinal verde, todos os semáforos abrem, e um relógio ao lado da lâmpada verde indica ao motorista: ele tem, em média, 85 segundos para trafegar pela avenida. Pelo menos até chegar ao semáforo mais distante possível. O problema é que nem todos os semáforos são sincronizados, e alguns têm segundos adiantados, e outros, segundos atrasados em relação a outros.

Os modelos 7 e 8 são semáforos para pedestres. Para dar mais segurança ao pedestre, evidentemente.

O modelo 7 é o mais comum. Alguns submodelos têm, no lugar da mãozinha vermelha, um bonequinho vermelho. Ou a palavra "pare", em letras vermelhas (em alguns, que vemos nos filmes americanos, aparecem no lugar das figuras as palavras "don't walk" e "walk") Mas têm a desvantagem observada em 1 e 2.

O modelo 8 é bem comum aqui em Vacaria, e é muito interessante: tem contador de tempo - indicado pela faixinha amarela, que vai sumindo, e dois bonequinhos de luzes. E o bonequinho verde é animado: graças a um conjunto de lâmpadas internos - que ficam bem visíveis nos dias mais claros - o bonequinho verde "anda", indicando ao pedestre que ele pode atravessar a rua. E a faixinha amarela só acende junto com o bonequinho verde: quando acende o bonequinho vermelho, o que fica parado (e que, portanto, indica que o pedestre deve esperar para atravessar), a faixa amarela não acende.

Alguns problemas deste modelo é que, em algumas ruas, o bonequinho verde e a faixa amarela "correm" mais rápido do que em outras (o que representa desvantagem aos idosos com dificuldade para andar que estiverem atravessando naquele momento); e outro é que nem sempre os pedestres esperam o bonequinho verde aparecer para atravessar a rua: basta não ter carro passando na avenida que os pedestres "atacam", mesmo com o bonequinho vermelho aceso.

Cada cidade, como eu disse, tem uma necessidade que dita o modelo de semáforo. Mas ainda não vi, nas cidades que já visitei, aquele modelo com luzes dos quatro lados (como os que vemos nos filmes).

Mas o mais que podemos fazer, nesses casos, não é apenas admirar os variados modelos de semáforos que há nas cidades: antes de tudo, devemos respeitá-los. Vermelho é para parar (enfatize-se: PARAR), verde é para seguir.

E esta postagem só me ocorreu porque até então eu nunca tinha visto o modelo número 6, e achei interessante. Se você mora em uma cidade que possui um desses modelos de semáforo, pode achar esses pensamentos extremamente banais. Mas repare nas banalidades desta vida: às vezes, elas podem render muito assunto nas conversas com amigos. Certo?

Até mais!

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