Olá.
Já chegou às bancas o sétimo número do gibi do Popeye!
Pelo menos mais esse título a Pixel Media, selo do grupo Ediouro, não cancelou. Ainda continuam vindo todo mês os gibis clássicos da Luluzinha, do Bolinha e do Recruta Zero. Mas Gasparzinho, Riquinho e Brasinha foram suspensos. Mas, ainda, a editora anunciou recentemente que vai lançar um álbum do Fantasma, de Lee Falk e Ray Moore! É esperar pra ver.
Bão, assim como o Fantasma e o Recruta Zero, Popeye, como vocês já devem saber, faz parte do catálogo da megacorporação King Features Syndicate, que distribui as tiras e páginas dominicais para jornais e revistas do mundo todo.
Neste número, o gibi do Popeye já começa a seguir as diretrizes atuais de publicação do Recruta Zero: mescla as tiras assinadas com histórias longas, redimensionadas, e sem assinatura dos realizadores - não se sabe se as histórias foram produzidas pelo desenhista titular ou por "fantasmas", desenhistas anônimos que copiam o traço do titular - no caso, Bud Sagendorf, continuador direto do criador de Popeye, Elsie Segar.
E a variedade da tiras escolhidas para integrar este número está se reduzindo. Este mês, só temos: Popeye, por Bud Sagendorf; Recruta Zero, por Mort Walker; Hagar, o Horrível, por Dik e Chris Browne; e Zé Fumaça, por Fred Lasswell. Este mês não tem Touro Sentado, nem Blondie, nem Crock, nem Pinduca, nem Krazy Kat. Zezé & Cia ainda sai no gibi do Recruta Zero. Já está ficando chato, com relação aos primeiros números.
Mas, ao menos, um personagem pouco lembrado do universo clássico de Popeye faz sua estreia nesta coleção: o rei Blozo de Espinachia, que costuma pedir ajuda ao marinheiro comedor de espinafre para enfrentar ameaças ao seu reino. E, este mês, temos também o cientista maluco Prof. Narigão e Alice, a Goon, que já deram as caras nas edições anteriores.
Bem, as histórias.
O gibi começa com uma sequência de tiras de Bud Sagendorf, Olívia Rainha. A namorada do marinheiro, incomodada depois de ter tido um terrível pesadelo, vai consultar seu significado com a Bruxa do Mar, e tem uma revelação: em breve, se casará com um rei. Justo nesse momento, o rei Blozo procura Popeye: ele precisa se casar para acalmar os clamores do povo de seu reino. O comedor de hambúrgueres Dudu tem uma ideia controversa para escolher a candidata a rainha, e Olívioa acaba passando no teste - mas desiste depois de pensar bastante sobre seu relacionamento com Popeye. Entretanto, depois de receber uma ameaça de guerra do Rei Blozo, é a vez de Popeye ter uma ideia controversa para acalmar os ânimos. Se Popeye já não é exatamente um galã do jeito que é, imagine então... vestido de mulher! Talvez a sequência de tiras com o melhor timing entre situações já publicada até agora.
Depois de uma tira com o Recruta Zero, uma história curta com a Bruxa do Mar, que vê mais um de seus planos para derrotar Poperye saindo pela culatra.
Depois de uma história curta de Zé Fumaça, chega Hagar, o Horrível, com a sequência de páginas dominicais No Aconchego do Lar, por Chris Browne (filho do criador, Dik Browne). O viking pai de família lidando com alguns problemas domésticos, como a reforma da casa, a sogra em visita e a esposa, Helga.
A seguir, uma história longa e não assinada de Popeye: A Nova Empregada. Olívia, querendo agradar uma vizinha nova, acaba sendo confundida com uma empregada pela truculenta mulher. E a namorada do marinheiro vai usar espinafre para resolver essa situação.
Depois de outro curta de Hagar, o Horrível, por Dik Browne (pelo pai, desta vez), uma história longa com o Professor Narigão. Em O Grande Campeão, o cientista, cansado de ser humilhado no boliche, resolve inventar algo para acabar com isso. Alguém duvida que isso não vai dar certo?
Em seguida, uma história longa do Zé Fumaça. Zé Fumaça enfrenta Billy Bully coloca o caipirão tendo de encarar um valentão mal-humorado. Não por acaso o nome do cara lembra bullying, o ato condenável de intimidar pessoas fracas por diversão. Mas tem alguém que pode colocar esse cara no devido lugar, antes que Zé Fumaça seja massacrado.
Prosseguindo com outra história longa e não assinada de Popeye: Caça aos Goons (a história da capa). Alice, a Goon, pede ajuda ao marinheiro: mais uma vez, os esquisitos e pacíficos monstros da Ilha dos Goons estão sendo caçados por seus pelos dos braços e das pernas, usados para rechear travesseiros. Popeye, Dudu e Olívia voltam à ilha - e, desta vez, Popeye vai bater de frente com Brutus. E, novamente, ele vai fazer uso de disfarce. Será que outra vitória do Popeye não virá fácil demais?
E o gibi encerra com uma tira de Zé Fumaça.
Bem, o que mais posso dizer? Creio que a qualidade do gibi já está baixando. Nas edições anteriores, era melhor quando tinha uma maior variedade de personagens e situações. Agora... Possivelmente, vai até gastar todo o material produzido por Sagendorf.
De todo modo, são personagens clássicos a preços populares. Não dá pra desperdiçar. Ah: o preço continua a R$ 4,50. Quem perdeu alguma edição, pode procurar os encadernados que compilam edições encalhadas - também já estão disponíveis.
E é só.
Para encerrar, como já tenho feito há bastante tempo, mais uma sequência das tiras de meus personagens praianos, os Bitifrendis. Recentemente, a série já chegou a 200 tiras publicadas. Esta série se mantém mais pela insistência deste que vos escreve - eu não aprendo mesmo; além do quê, é uma das tiras que eu mais gosto de produzir - do que pelo sucesso de público: é evidente que os Bitifrendis têm menos repercussão do que Letícia e Teixeirão. Além disso, estas tiras aqui não são das mais recentes - ainda não colocaremos aqui, no Estúdio Rafelipe, a tira no. 200. Elas entram para completar a sequência que já foi publicada anteriormente (clique no marcador "Bitifrendis" ou nos marcadores "Recruta Zero" e "Popeye").
De todo modo, confiram as tiras mais recentes em http://bitifrendisblog.blogspot.com.br/.
É isso aí. Para breve, consigo achar outro assunto para tratar aqui que não seja quadrinhos. Aguardem.
Até mais!
Um comentário:
Já passei dos 40 há muito tempo, mas continuo adorando revistas em quadrinho, embora não os leia com frequência. Tenho saudade do tempo em que a gente costumava encontrar as bancas cheias de gibis. Cheguei pelo google. Parabéns pelo blog. Voltarei.
Postar um comentário