quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Hoje é dia 11. Um dia para não esquecer.

Olá, pessoal. Hoje é dia 11 de setembro. Pode parecer pouco, mas desde 2001 este dia é muito significativo. Não fosse pelo grande atentado ao World Trade Center de Nova York, este poderia ser só um dia comum, como todos os outros. O que você estava fazendo neste dia?
Lembro que, no dia 11 de setembro de 2001, eu estava no colégio, assistindo aula como todo estudante que se preze. Quando voltei, meu primo, que na época morava em nossa casa, me recepcionou perguntando: "Sabe as torres gêmeas de Nova York?" "O World Trade Center?" perguntei. "O que tem elas?" "Não existem mais!", responde ele. E daí, foi só ligar a televisão para ver, com meus próprios olhos, o início do século XXI histórico.

Bom, eu lanço aqui uma teoria, baseado em leituras: a do século histórico. Todos conhecemos, e somos habituados ao século cronológico, o do calendário. O século histórico, pela passagem do tempo, difere-se do cronológico, em termo de marcos, pela sua delimitação guiada pelos acontecimentos. Assim, o século XXI cronológico iniciou em 1o. de janeiro de 2001, enquanto que o século XXI histórico iniciou em 11 de setembro de 2001. Eu ouvi falar que foi assim, através de fontes noticiosas, portanto tenho fundamentos para lançar a teoria do século histórico.
Bom, se o século XX histórico terminou naquele 11 de setembro, este começou, segundo muitos especialistas, em 28 de junho de 1914 - foi um século bastante breve. A data é esta porque foi nesse dia que iniciou a 1a. Guerra Mundial, com o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e sua mulher, quando estes estavam em visita à cidade de Sarajevo, na Sérvia - posteriormente Iugoslávia, hoje Sérvia-Montenegro. Aparentemente, não teria sido nada de mais, o assassinato do Francisco Ferdinando. Só que o cara era o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, então uma importante potência européia - a Europa de 1914 era um verdadeiro barril de pólvora, com potências - como a Inglaterra, a Alemanha e a Áustria - disputando territórios em diversos pontos do mundo - as ordens do dia, então, eram o neocolonialismo da África e da Ásia, a crescente industrialização e o crescente conflito de interesses. O assassinato de Francisco Ferdinando desencadeou uma reação em cadeia, pois como o assassino do arquiduque era um nacionalista sérvio - a Sérvia então estava sob domínio da Áustria - a guerra estava declarada: a àustria declara guerra à Sérvia, a Alemanha apóia a Áustria, a Rússia declara guerra à Áustria e à Alemanha, e por aí vai, uma verdadeira guerra de dominós.
Ah, comecei falando do 11 de setembro e fui falando da 1a. Guerra Mundial, hoje tão distante. Desculpem o desvio de assunto, mas não resisti a colocar em prática os conhecimentos adquiridos no curso de História da UFSM...
Bão, voltemos ao 11 de setembro. Em 2001, então, o mundo estava convulso: os EUA declaram guerra ao Oriente Médio, a população fica à mercê da 3a. Guerra Mundial e o "Imagine" de John Lennon não parava de tocar nos rádios, nas convenções anti-guerra, no Fórum Social... O mundo, conforme anunciaram, nunca mais foi o mesmo. A situação no Oriente Médio está ainda pior, o Iraque está arrasado, os EUA continuam ali embora seja inútil permanecer (apenas para demonstrar seu poder e assustar potenciais adversários), o Osama Bin Laden não foi localizado ainda (e há boatos de que ele esteja doente, mas continua escondido no Afeganistão), mas nem tudo é motivo de desespero: nós aprendemos, ainda mais, a voltar nossos olhos às diferenças, conhecemos culturas diferentes - leia-se, a cultura árabe deixou de ser esterteotipada - o Afeganistão está na moda, o regime fundamentalista Talibã caiu, já há um projeto para reconstruir o World Trade Center e, principalmente, em novembro teremos mais motivos para sorrir: o Bush vai ser substituído! Só esperamos que o seu sucessor não seja pior do que ele foi. Michael Moore pode respirar aliviado.
Bom, eu sei que devo ter falado muita bobagem. Mas não podia deixar o 11 de setembro passar em branco. Um dia para não esquecer. Um dia para lembrar. Um dia para não ser repetido. Afinal, já temos nossos próprios problemas - contas a pagar, preços altos, serviço (ou falta de)... - e ainda corremos o risco de entrarmos em guerra? Façam-me o favor! Se forem lutar, não me chamem!
Bem, paremos agora de pensar em coisas tristes. Para encerrar, e para descontrair, aqui estão mais duas tiras da Letícia. Nada como um pouco de humor para alegrar e colorir um dia tão cinza. Bem, pode ser que não tenha nada a ver com este texto, mas e daí?

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