Olá.
Hoje,
lá vou eu redigir mais uma longa matéria sobre um quadrinhista brasileiro (em
tempos de Copa do Mundo, nada como ser nacionalista).
Do
“homenageado” de hoje eu já falei uma vez (leiam aqui), mas de forma muito
irregular e pouco da forma como ele merecia. Hoje, iremos com calma: começo
aqui uma série sobre ele.
Hoje,
volto a falar de Laerte Coutinho, um dos maiores quadrinhistas brasileiros (se
não o maior).
BIOGRAFIA
DO PIRATA
Desde o final dos anos 70, Laerte se notabilizou pelo talento como quadrinhista, com um traço caricatural, porém cheio de detalhes, elegante, ora rigidamente próximo ao realista, porém estilizado, com um humor sofisticado, primando pelo nonsense e pelo inesperado em suas situações – na maior parte das tiras, Laerte pega o leitor de surpresa no último quadro, e nunca descamba para a sutileza pura e simples, como muitos de seus colegas. Uma arte que ele domina tanto nas tiras como nas histórias longas. Por isso, um dos quadrinhistas brasileiros mais reproduzidos em livros didáticos, mais publicados em jornais, mais requisitados em entrevistas e convenções.
Bão.
Laerte forma, junto com Angeli e Glauco Villas-Boas, a “santíssima trindade” do
quadrinho underground brasileiro dos anos 80 e 90. Já é difícil pensar nos
“três amigos” em separado. Mas temos de falar em apenas um deles.
Laerte
Coutinho nasceu em São Paulo, Capital, em 10 de junho de 1951. Apesar de
pertencer desde o início à classe média alta paulistana, Laerte fez, nos tempos
de juventude, um passeio pelo lado da rebeldia do proletariado – integrou o
movimento (quase) punk brasileiro da transição da Ditadura Militar para a
Democracia – e isso se incorporou no seu trabalho. Já viveu sua fase “sexo,
drogas e rock n’ roll”.
Laerte
cursou, sem se formar, a Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São
Paulo (ECA – USP), a partir de 1969, e naquela época começou a publicar seus
primeiros trabalhos em jornais e revistas da imprensa alternativa. Sua estreia
nas HQ foi na revista independente Sibila,
com o personagem Leão. Ele próprio já foi editor alternativo: em 1972, após
assistir a uma palestra do artista gráfico Zélio Alves Pinto, junto com o amigo
Luís Geraldo Ferrari Martins, o Luís Gê, Laerte cria a revista-fanzine Balão, nascida como um fanzine dentro da
USP – e financiada pelos centros acadêmicos da ECA e da FAU – USP. A Balão, que durou até 1975, com nove
números, revelou artistas notáveis, como os gêmeos Paulo e Chico Caruso,
Xalberto e o futuro amigo Angeli. Nas histórias da Balão, Laerte já revelava sua propensão para o surrealismo e a
visão incomum do cotidiano.
Em
1973, Laerte vence o I Salão de Humor de Piracicaba, com um conhecido cartum
político, em que o menino do conto infantil A
Roupa Nova do Rei, de Andersen, é torturado e obrigado a dizer que o rei
estava vestido.
Em
1974, ele colabora para os jornais O
Pasquim e Ovelha Negra e para a
revista Placar, com as tiras dos
personagens Crioulo e Baianinho. Também
elabora material para a campanha política do MDB, partido de oposição da Ditadura
Militar. Em 1975, vira correspondente da revista O Bicho. Colabora também para a Gazeta
Mercantil, fazendo ilustrações de economia. Ficou no jornal até 1985.
Em
1978, Laerte se torna um dos colaboradores das ilustrações para publicações
sindicais idealizadas pelo então líder grevista Luís Inácio Lula da Silva. Inclusive,
no ano seguinte, cria a editora Oboré, junto com Sérgio Gomes, para elaborar
material sindical. Parte de suas colaborações para as publicações sindicais,
onde ele desenvolveu o personagem João Ferrador, seria reunida no seu primeiro
livro de cartuns, O Tamanho da Coisa,
publicado pela editora Circo em 1985.
Em
1982, Laerte começa a colaborar para a Folha
de São Paulo, desenvolvendo tiras e ilustrações humorísticas. Foi na Folha de São Paulo que começaram a sair
a sua mais apreciada série de tiras, Piratas
do Tietê. E, no Correio Braziliense,
Laerte desenvolve sua outra mais famosa tira a partir de 1986, O Condomínio, retrato de um
micro-universo povoado por figuras símbolo como o zelador, o puxa-saco, o
síndico, uma família de mafiosos, o grafiteiro e um casal de gatos.
Em
1986, Laerte começa a colaborar para a grande revista da década, a Chiclete com Banana, criada no ano
anterior por Angeli, seu colega na Folha
de São Paulo. Foi no número 4 da publicação que Laerte cria os Piratas do Tietê. E começou a fazer
sucesso, superando o período de vacas magras que até então vivia. Os Piratas do Tietê apareceriam em mais
números da Chiclete com Banana, onde
também apareceriam as anárquicas aventuras de Los Tres Amigos, feita em conjunto com Angeli e Glauco – na
verdade, Laerte fazia quase todo o trabalho, desenhando seu personagem,
Laertón, e todos os cenários e personagens secundários, cabendo a Angeli e
Glauco desenhar apenas os respectivos personagens, Angel Villa e Glauquito.
Pouco depois, Los Tres Amigos
ganhariam a adesão de um “cuarto” amigo, Adão Iturrusgarai, o Fanzueca. As
aventuras de Los Tres Amigos seriam
reunidas em dois álbuns, editados pela Circo em 1992 e 1994.
No
final da década de 80, Laerte começa a colaborar com a Rede Globo, escrevendo
scripts para programas como TV Pirata, TV
Colosso e Sai de Baixo, além do
quadro humorístico Vida ao Vivo, exibido
no Fantástico em 1997. Inclusive, ele
escreveu o script do filme Super Colosso
(1996), derivado do programa de TV infantil.
Laerte
ainda colaboraria para as revistas Circo
e Geraldão, da mesma editora Circo. E
essas colaborações marcaram época. Na Circo, publicou, dentre outras histórias,
o clássico A Insustentável Leveza do Ser;
e na Geraldão, publicou Minotauro,
séria e sem balões. Mas, na Chiclete com
Banana também há histórias marcantes de Laerte, como Asas e Aquele Cara.
Em
1990, durante a crise gerada pelo Plano Collor, Laerte resolveu criar sua
própria revista, Piratas do Tietê,
publicada pela mesma Circo. Foram 14 números com histórias longas de seus
anárquicos personagens, além de mais histórias próprias e mais introspectivas.
Pela mesma editora, Laerte lançaria ainda Striptiras,
compilando tiras da série O Condomínio
e de outros personagens, como Hugo.
Durou 15 números. A sua série de tiras de jornal também adota o nome genérico
de Striptiras.
Na
década de 90, Laerte não parou de produzir. Mas não se arriscou mais nas
revistas, preferindo as tiras e ilustrações. Criou mais personagens: as
infantis Suriá, a Garota de Circo,
para a Folhinha da Folha de São Paulo, e Carol, para a revista infantil Zá!; criou, dentro das Striptiras, Deus (fugindo da visão judaico-cristã tradicional) e o anti-herói Overman; e já reuniu tiras em diversas
coletâneas por diversas editoras.
Depois
do ano 2000, já saíram os seguintes álbuns: Suriá,
a Garota de Circo (Jacarandá / Devir) e Deus
Segundo Laerte (Olho D’Água), em 2000; Classificados
(primeira coletânea das tiras publicadas na seção Classificados da Folha de São
Paulo – Jacarandá / Devir) em 2001; Classificados
2 (Jacarandá / Devir), A Pororoca
(FTD) e Deus 2 – A Graça Continua
(Olho D’Água), em 2002; Deus 3 – A Missão
(Olho D’Água), Suriá Contra o Dono do
Circo (Jacarandá / Devir) e Overman –
O Álbum, o Mito (Jacarandá / Devir) em 2003; Classificados 3 e Gatos –
Bigodes ao Léu (Jacarandá / Devir), em 2004; Hugo Para Principiantes (Jacarandá / Devir) em 2005; Piratas do Tietê – 1 e 2 (L&PM) e Seis Mãos Bobas (reunindo todas as
colaborações conjuntas de Angeli, Laerte e Glauco para as revistas da Circo,
Jacarandá / Devir), em 2006; Piratas do
Tietê – Completo (Jacarandá / Devir), Laertevisão
(série de tiras semiautobiográficas, Conrad) Fagundes – Um Puxa-Saco de Mão Cheia e a série Striptiras (L&PM) em 2007; Carol
(Noovha América) e Muchacha (Companhia
das Letras) em 2010. É tudo o que tem disponível dele nas livrarias.
Por
um período, Laerte se distanciou dos personagens e começou a fazer tiras
enigmáticas e introspectivas, talvez por influência da morte de seu filho,
Diogo em 2005 (Laerte já acumula três casamentos ao currículo, sendo que do
segundo casamento veio dois filhos, e do terceiro uma filha).
Atualmente,
Laerte tem causado alguma polêmica devido a um hábito peculiar: comparecer ao
eventos de HQ vestido de mulher. Ele é adepto do chamado crossdressing. O que
já reflete na defesa de sua posição quanto aos direitos dos transexuais,
criando até uma associação de defesa dos transgêneros.
Laerte
também já faturou muitos prêmios ao longo da carreira: foram sete HQ Mix
(Melhor Roteirista Nacional em 1989, 1990, 1991 e 1997; Melhor Desenhista
Nacional em 1991 e 2003; e Grande Mestre em 2010) e foi eleito Mestre do
Quadrinho Nacional do Ângelo Agostini de 2003.
Atualmente,
Laerte publica tiras no blog Manual do Minotauro (http://manualdominotauro.blogspot.com.br/),
mas mantém seu website oficial ativo (www2.uol.com.br/laerte).
Foto do autor extraída de: http://educarparacrescer.abril.com.br/
OS
PIRATAS DO PIRATA
Bem,
hoje começarei falando sobre os PIRATAS DO TIETÊ.
Como
eu disse, a primeira aventura dos PIRATAS foi publicada em 1986, na Chiclete com Banana no. 4. Depois disso,
os personagens aparecem em mais números do gibi, incluindo uma história com a
participação “especial” do Batman; migram para as tiras de jornal por volta de
1991; e, em 1990, começa a sair o gibi próprio dos Piratas, publicado até 1992, com 14 números. Do gibi, falarei mais
tarde. E, em 2003, os PIRATAS DO TIETÊ ganham uma adaptação para teatro, Piratas do Tietê – O Filme, pelo grupo
teatral La Mínima, e apresentado no Teatro Popular do Sesi.
Atualmente,
podem ser encontradas cinco coletâneas de desenhos dos PIRATAS: as compilações
de tiras da L&PM, lançadas em 2006 dentro da coleção L&PM Pocket, e os três álbuns da Jacarandá / Devir, lançados
entre 2007 e 2008, compilando todas as histórias longas dos personagens
publicadas no gibi Piratas do Tietê.
Hoje,
falaremos das coletâneas da L&PM. Saíram até o momento dois volumes: Piratas do Tietê – A Escória em Quadrinhos
e Piratas do Tietê – Histórias de Pavio
Curto.
Bão.
Quem são os Piratas do Tietê? É bom dizer, antes: com eles, Laerte se
notabilizou em usar referências fotográficas para compor cenários, e um traço
preciosista e detalhado, misturando passado e futuro, num nonsense notável e
violento.
Eu
disse violento. Porque a força motriz de PIRATAS DO TIETÊ é o humor negro,
sangrento e violento a ponto de ser engraçado.
Todo
mundo sabe: o rio Tietê, que corre pela capital paulista, é o rio mais poluído
do Brasil, se não um dos mais poluídos. Pelo menos, no trecho que passa pela
capital do estado de São Paulo. Apesar das ações de descontaminação, o Tietê
segue recebendo esgoto residencial e industrial. Imaginem então a situação em
1986, quando nem projeto de despoluição havia.
Cenário
propício para aparecerem esses seres cuja vocação é ser a escória da
humanidade. Os PIRATAS DO TIETÊ são piratas à moda antiga, cuja figura foi
resgatada, no milênio que entrou, pelo “elegante” pirata Jack Sparrow da
cinessérie Piratas do Caribe. Vivem
em um galeão a vela, flutuando permanentemente entre as pontes do Tietê; vivem
de saques, bebedeiras, orgias e matanças desenfreadas; se vestem como se
estivessem no século XVII, e alguns tem os adereços indispensáveis da moda
bucaneira – perna de pau, tapa-olho, papagaio no ombro, lenço na cabeça... Mas
fazem o que fazem adaptados à vida moderna, se dando ao luxo de usarem
aparelhos eletrônicos, jogarem fliperama...
A
figura mais proeminente das tiras é o Capitão, barbudo, com perna de pau e tapa-olho,
cara de mau e suas exclamações exóticas (“com mil chupacabras”! “Com mil lesmas
à vinagrete”!, etc.). Mau mesmo: tem um prazer enorme em matar, saquear,
colecionar cabeças, escravizar pessoas, extorquir empresários... Ao Capitão, só
interessam os tesouros, em moedas de ouro, joias ou dinheiro de hoje, mesmo
(que ele não se cansa, como bom pirata, de guardar em baús e enterrar no chão).
E nunca perde a oportunidade de se envolver em negócios que lhe garantam um tesourinho
a mais, lhe apetecendo mais os mais desonestos. Enfim, não muito diferente de
certas pessoas que detém o poder econômico e social que vêm à tona de vez em
quando... Por isso, algumas das ações dos PIRATAS DO TIETÊ parecem até banais
aos olhos do leitor: ele aceita a matança e a destruição dos piratas com
naturalidade, como se estivessem apenas lendo uma tirinha do Recruta Zero.
O
Capitão tem dezenas de subordinados, espalhados pelo navio. De todos, o mais
importante é o braço direito (ou melhor, “perna direita”) do Capitão, o
narigudo e meio tapado Jack. Depois do Capitão, é o que mais aparece nas tiras.
De vez em quando, outros piratas menos importantes dão as caras na tira, como
Aníbal, o Conquistador, sempre às voltas com a mulherada, Tobruk, Moscatel ou
um e outro pirata que aparece do nada em uma cena banal.
Os
piratas são vistos pelas pessoas “normais” como a escória da sociedade,
símbolos de tudo o que é ruim – sanguinários, machistas, escravistas,
pedófilos, corruptos, gananciosos, anti-higiênicos, antiecológicos – enfim,
tudo o que degrada a ordem que levamos anos para construir. Mas tem muita gente
que prefere se juntar à pirataria, num protesto contra a hipocrisia existente
na sociedade “normal” – afinal, os autores dos discursos moralistas são
geralmente os que menos seguem os exemplos de conduta. Talvez seja por isso que
os PIRATAS DO TIETÊ ainda sejam uma tira popular, apesar do grande volume de
cabeças decepadas, sangue, nojeiras...
Oh:
e nem adianta caçar os piratas: você mata um, ou vem outro no lugar, ou
ressuscitam, simplesmente. Possivelmente energizados pelas substâncias fétidas
em suspensão no Tietê, os piratas parecem ser imortais: vocês podem espetar
espadas em seu peito, dar tiros na cabeça, decapitá-los, esquarteja-los,
vaporiza-los com laser, mas não adianta: eles voltam na tira seguinte. Aliás,
para os PIRATAS O TIETÊ, matança entre eles mesmos é bem comum. Laerte,
inclusive, já sugeriu que os piratas podem ser mais velhos que o próprio
Brasil.
Well.
Algumas tiras são pouco compreensíveis aos leitores menos habituados, devido ao
conteúdo enigmático e introspectivo. Em se tratando de Laerte, é preciso
atenção para captar o sentido escondido na tira – nonsense puro, piada
engraçada ou encheção de linguiça pura e simples. Algumas tiras podem soar
repetitivas, até. Em pirataria, nada é certo. Navegar é preciso, viver não é
preciso. Io-ho-ho.
Mas
tem mais: nas tiras também já apareceram personagens de menor relevância, mas
nem por isso ignoráveis, como o principal adversário dos piratas, Silver Joe, o
caçador (pirata bom, para ele, é pirata morto), e sua filha Graziela, que, ao
contrário do pai, adora piratas; e Rozy, a suposta filha bastarda do Capitão –
ou pelo menos ela diz que é, embora o Capitão negue.
Bem.
Nas coletâneas da L&PM, aparecem uma variedade de situações divertidas,
violentas e não recomendadas a quem tem estômago fraco para a HQ brasileira: os
piratas arrasando com o que encontram pela frente; as caçadas de Silver Joe; o
Capitão brigando com Papai Noel ou com o Capitão Gancho (aproveitando a comoção
gerada pelo filme Hook – A Volta do
Capitão Gancho, de 1991); os piratas organizando as atividades de seu
sindicato (sim, até isso eles tem – o Sindirata, Sindicato dos Piratas,
Corsários, Bucaneiros e Flibusteiros em Geral da Região Metropolitana); o Capitão
como apresentador de programa infantil; o Capitão escrevendo suas memórias em
folhas de pergaminho com pena e tinta; a aparição de Rozy, criando situações
inusitadas entre os piratas; matanças entre si; as paqueras de Aníbal, o
Conquistador; Jack e outro pirata mulherengo, Moscatel, tentando pegar mulheres
a bordo de um caminhão monstro; as interações dos piratas com o azarado Hugo;
Jack interagindo com a Morte em cima de uma lambreta; o Capitão com o mundo nas
mãos; gente tentando se juntar à pirataria; os piratas dentro de um carro
Karmanghia preto; os piratas interagindo com o principal bicho de estimação do
grupo, o Jacaré do Tietê (“pirata quando morre vira jacaré”); os piratas
buscando em enterrando tesouros; o Capitão interagindo com uma poetisa de
roupas mínimas; e até tiras com a versão “baby” dos personagens, com um Capitão
menino com barba na cara, vivendo pequenas aventuras em um reformatório
barra-pesada ao lado do menino Jack; e por aí vai.
É
possível notar, inclusive, mudanças no estilo do autor ao longo das coletâneas:
as tiras mais antigas tem linhas mais finas, farto uso de preto e traço mais
esguio; depois, vieram as tiras coloridas, com linhas mais grossas e traço mais
estilizado.
Bem,
a L&PM bem que poderia lançar um terceiro volume da coletânea de tiras,
cobrindo as que faltam. Tem tiras suficientes ainda para compor um terceiro
volume, certo?
É
possível ainda encontrar os livros em todas as livrarias que revendem os livros
da L&PM.
Na
próxima postagem: PIRATAS DO TIETÊ – o gibi, e as compilações das histórias nos
álbuns da Jacarandá / Devir.
OS MEUS NÃO-PIRATAS
Para
encerrar, já que falamos de tiras, hoje vou colocar tiras dos meus personagens
praianos, os Bitifrendis.
Hoje,
um ciclo se fecha: no blog deles, foi publicada a tira número 300, fechando
desse modo a terceira temporada de tiras deles (cada temporada tem 100 tiras).
Aqui,
vão algumas tiras da finaleira da temporada – as restantes serão publicadas,
aqui no blog, em outra ocasião.
E é
isso aí.
Até
mais!
Um comentário:
O Laerte na minha opinião é o melhor cartunista do Brasil imbatível embora tenhamos outros ótimos, estamos bem servidos nesse quesito.
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