Olá.
Não tendo muito o que relatar por esses dias, resolvo, então, lançar mão de outro recurso para manter o blog ativo: divulgar mais uma de minhas aulas de artes. Quer dizer, baseado em experiências pessoais em sala de aula, compartilho com meus colegas, professores que acessam o Estúdio Rafelipe e o blog Educar é Viver (http://orientarpedagogos.blogspot.com.br/), onde esta aula também estará disponível, mais uma aula de artes, com teoria e sugestões de prática. O tema abordado nesta lição é um dos mais simples para aulas de artes.
Recentemente, a Viviane, autora do Educar é Viver, voltou a atualizar o blog com textos dela. E isso é bom considerar!
OP ART
O termo Op Art é uma abreviatura do inglês "Optical Art", "Arte Ótica", e trata-se de uma vertente da arte abstrata que ganhou pleno destaque a partir dos anos 60 do século XX. O termo não deve ser confundido com o movimento Pop Art, cujos conceitos são diferentes.
A Op Art baseia-se na exploração da falibilidade do olho humano e das ilusões de ótica, obtidas através do uso de formas geométricas e de cores contrastantes, inseridas nas obras de forma abstrata - em geral, sem formar uma figura exata e reconhecível, como a representação de um ser vivo ou de um objeto utilitário, como uma casa - que criam no observador a sensação de movimento, clarões e vibração.
Como vertente da Arte Moderna, desenvolvida a partir do início do século XX, já vinha sendo desenvolvida desde o início do referido século por diversos artistas que procuravam criar ilusões de ótica com o uso de grafismos e formas geométricas. Mas a Op Art como conhecemos hoje só seria "fundada" a partir de 1965, com a exposição "The Responsive Eye", aberta no Museu de Arte Moderna de Nova York. O termo "Op Art" havia sido criado um ano antes, 1964, em uma reportagem da revista Time Magazine, que referia-se ao trabalho do considerado pioneiro do movimento, o húngaro Victor Vasarely (1908 - 1997), que fazia grafismos em preto e branco, com influência do movimento Bauhaus da Alemanha. Vasarely e outros artistas integravam a exposição "The Responsive Eye" ("O olho que responde"), que lançou o novo conceito. Em breve, os quadros em op-art seriam usados em diversas peças comerciais.
Acima: Riu-Kiu (1960), de Victor Vasarely.
Dentre os expoentes do movimento Op Art, além de Vasarely, estão: o inglês Bridget Riley (que teria sido o precursor da op-art colorida, após um período produzindo quadros em preto-e-branco, sob influência de Vasarely), O venezuelano Jesús Soto, o israelense Yaacov Agam, e vários outros.
A Op Art baseava-se no princípio do "menos expressão e mais visualização", criando, através das ilusões de ótica, um mundo mutável e instável, que nunca mantém-se o mesmo, apesar do rigor dos artistas na elaboração de suas obras. Ou, nos dizeres de um crítico de arte da época, "now-you-see-it-now-you-not" ("agora você vê, agora não"). As principais manifestações desse estilo baseiam-se nas seguintes características:
- Uso de recursos visuais (cores, formas, etc.) para provocar ilusões óticas;
- As imagens parecem ter movimento, o que é proporcionado pela utilização de formas geométricas simples, linhas em geral paralelas, sinuosas ou retas, e poucas cores - em grande parte, preto e branco, criando um contraste que reforça a sensação de movimento;
- A aposta na interatividade com o espectador, ou seja, o observador da obra "participa" da mesma através da sensação de movimento criada.
Grande parte da Op Art é formada por telas ou instalações artísticas. O motivo favorito dos artistas é o xadrez, mas usado de forma a fugir do tradicional quadriculado reto. Pode ser em preto e branco, ou mesmo colorido. Alguns artistas "escondem" em um padrão aparentemente aleatório figuras definidas, que só podem ser percebidas pela variação nas linhas, o que exige do observador um olhar mais apurado.
Fontes:
pt.wikipedia.org/wiki/Op_art
http://suapesquisa.com/artesliteratura/op-art.htm
Imagens: internet
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
As obras em Op Art estão entre as mais simples com as quais os alunos podem trabalhar em sala de aula - aproveitando a preferência dos mesmos em pintar.
ATIVIDADE 1 - Criação de um padrão de pintura a partir de um diagrama pronto.
Ficando a critério do professor, que pode criar um diagrama ou usar o exemplo que expomos abaixo. Passa-se o diagrama ao aluno para que ele pinte.
A forma como esse diagrama pode ser preenchido fica à escolha do aluno. Pode ser, como nos exemplos apresentados abaixo, ou preto-e-branco...
...ou colorido.
A disposição das formas geométricas no diagrama permite inúmeras possibilidades de variações de cores, disposições... De modo que apareça o princípio básico da Op Art, a sensação de movimento.
ATIVIDADE 2 - Criação de um diagrama de Op Art.
Fica a cargo dos alunos a criação de um diagrama a ser preenchido com um padrão em preto-e-branco. Pode ser com linhas dispostas aleatoriamente, ou formando conjuntos simétricos a partir, por exemplo, de uma espiral. O exercício visa estimular a capacidade de criação e/ou de cálculo do aluno. Abaixo, alguns exemplos de criações em op art, em preto-e-branco...
...e colorido.
Em breve, mais relatos de experiências em sala de aula. Aguardem, e, enquanto isso, continuem acessando nossos blogs. É nossa contribuição à construção de uma melhor educação em nosso país.
Até mais!
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