Olá.
Já faz pouco mais de um mês, amigos leitores... pouco mais de um mês que saiu a última edição do gibi do Miracleman, digo, a última antes do presente número, que chegou a várias bancas brasileiras esta semana. Estava falando da edição 11; foi a de número 12 que chegou esta semana. Vocês me entenderam?
Bem. Foi com boa dose de atraso, e afetado pela desorganização na distribuição de gibis no Brasil que se observou no segundo semestre de 2015, que Miracleman # 12 chegou às bancas. Cada vez mais está valendo menos a pena acompanhar a saga do super-herói inglês criado por Mick Anglo e reinventado por Alan Moore, digo, "Escritor Original", e que a Panini Comics está trazendo ao Brasil. Ou continua valendo? Bem, discutimos isso depois...
MIRACLEMAN # 12
Com data de novembro de 2015, mas chegou às bancas, mesmo, em janeiro de 2016.
E a saga de Miracleman prossegue, conforme a versão publicada nos anos 1980, e que a Marvel Comics está republicando. O presente número traz um novo desequilíbrio: 16 páginas com a história principal, Afrodite (Miracleman # 12, setembro de 1987); 23 páginas de bastidores da produção; 4 de história clássica do Marvelman; e as restantes das 52 páginas do gibi são ilustrações pin-up e créditos. O modo como este gibi está sendo organizado já cria um desânimo, somado aos atrasos da chegada do gibi às bancas. Sem falar que o presente episódio da saga de Miracleman por "Escritor Original", segundo capítulo do Livro Três, Olimpo, nos traz "Escritor Original" tão verborrágico quanto na fase inicial da aventura: textos em excesso, prolixos (um Aurélio para quem precisar), com uma linguagem rebuscada e que pode chatear o leitor menos acostumado às HQ "cabeça", mesmo as de super-heróis. E a arte de John Totleben, desenhista do episódio, não ajuda a melhorar a situação, com seu desenho onírico e que enche a página de detalhes que o leitor mal consegue apurar em uma primeira lida. Essas características somadas acabam exigindo do leitor uma segunda leitura da HQ para pegar todos os detalhes. Bão: em Afrodite, o herói Miracleman prossegue, em seu momento no futuro, a narrativa sobre os acontecimentos dos anos 1980, antes de aparentemente assumir o controle mundial; voltando ao tempo real da história, o herói atua, nesse episódio, como um coadjuvante; o foco do capítulo é na personagem que foi introduzida no final da edição anterior, a exuberante Miraclewoman - a musa olímpica que aparece na capa acima, de Totleben. Ela aparece no apartamento da família Moran e impede um dos alienígenas Qys - que atacaram o herói na edição anterior - de atacar Liz Moran e a pequena Winter, respectivamente mulher e filha do alter-ego de Miracleman, Micky Moran. E, depois de debelada a confusão, já com o herói em casa, Miraclewoman começa a contar sua história - de como foi criada à parte do Miracleman pelo mesmo Dr. Gargunza que "criara" o herói, e ainda sofria abusos enquanto estava em animação suspensa; o primeiro encontro entre a heroína e seu correspondente masculino e seus parceiros Jovem e Kid Miracleman; e os embates violentos entre Miraclewoman e o Jovem Torpe, a versão negativa do Miracleman - e também criação secreta de Gargunza. Espere aí: quer dizer que nas HQ de Mike Anglo, dos anos 1950, também existia uma Marvelwoman, ou a heroína foi criada pelo "Escritor Original", assim como o herói insano Big Ben? Agora até eu mesmo fiquei confuso... Outro personagem que dá as caras no presente capítulo é Asa Chorn, o Ferreiro Cósmico (o alienígena especialista em teleporte a grandes distâncias, apresentado aos leitores na edição # 3), acompanhado de uma parceira. E mesmo os Qys se mostram incapazes, nesse momento, de prosseguir com as hostilidades - com tantas presenças poderosas, estão, na verdade, dispostos a uma trégua. Ainda temos um breve vislumbre do que está acontecendo com Jonathan Bates, o Kid Miracleman, no instituto onde está internado - e preferindo apanhar dos colegas de classe a deixar o alter-ego insano vir a tona. Esperamos que o episódio seguinte não nos seja decepcionante. Após as páginas de bastidores - com as capas e esboços de Totleben para o presente capítulo - temos o quarto episódio de Marvelman e o Grande Mistério de Gargunza (Marvelman 75, janeiro de 1955), história clássica de Mick Anglo. Enquanto Marvelman está à procura do insano Gargunza nas florestas da América do Sul, o cientista louco tem o funcionamento de sua máquina frustrado por um ataque dos índios locais. Não por muito tempo; resta saber se Marvelman chegará a tempo, mas, no caminho, terá um inesperado contratempo... Completam o gibi ilustrações pin-up, para as capas alternativas, de Pascal Ferry, John Totleben, Jae Lee e Mike Perkins.
Ao menos uma coisa não sofreu alterações no gibi; o preço, de R$ 7,50.
Resta saber se o que vem acontecendo não afetará a continuidade do gibi. Logo agora que a saga está chegando no seu clímax...
Para encerrar, eis minha ilustração conceitual da Miraclewoman. E até que não foi demorado fazer esta ilustração, pois o modelito da heroína é bem simplezinho... Pena que as canetas que usei para a arte-final deixaram a desejar...
Não percamos as esperanças, irmãos, de vermos publicada e concluída, no Brasil, a saga do Miracleman pelo "Escritor Original", e o início, quiçá a conclusão, da fase de Neil Gaiman na publicação. Oremos pela benevolência do Grande Desenhista do Universo.
Até mais!
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