domingo, 21 de agosto de 2016

POPEYE CLÁSSICO - seja feita a justiça ao Sr. Sagendorf!

Olá.
Hoje, vamos continuar falando de quadrinhos. Depois, talvez, voltamos com as postagens sobre História e mídias de fundo histórico – e, claro, incluso está o pretexto para continuar publicando páginas de minha HQ experimental e folhetinesca, O Açougueiro.
Hoje, vamos falar de quadrinho clássico. A editora Pixel Media, selo do grupo Ediouro, da qual tantas vezes tenho falado neste blog, ainda não “morreu”, mesmo depois de ter encerrado sua linha de gibis mensais com personagens clássicos – agora se detém apenas nos álbuns mensais.
Uma das ausências mais sentidas dentre os fãs de clássicos foi a do gibi bimestral do marinheiro Popeye. Mas essa ausência foi compensada entre janeiro e fevereiro de 2016, ao lançar um álbum que, como diz o subtítulo, publica histórias clássicas do nosso marinheiro comedor de espinafre favorito.
O ÁLBUM
Apesar de ter encerrado sua linha de gibis mensais e bimestrais de banca, em formatinho – Luluzinha Teen, Luluzinha clássico, Bolinha clássico, Recruta Zero, Popeye, Gasparzinho, Riquinho e Brasinha – a Pixel Media continua investindo nos personagens da megacorporação King Features Syndicate (KFS) e em álbuns com quadrinizações de filmes da Disney/Pixar. Continua lançando, à proporção de um álbum por mês, álbuns de Recruta Zero, Hagar o Horrível, Fantasma, Garfield (que não é da KFS, mas tudo bem), Flash Gordon – e agora, com as opções capa dura e capa cartonada. O último, lançado em julho de 2016, foi do Príncipe Valente, trazendo de volta ao Brasil as aventuras do clássico personagem de Harold Foster.
Voltando ao Popeye. Após o encerramento do gibi bimestral de Popeye, em agosto de 2013, com apenas sete números publicados desde agosto de 2012, algumas histórias longas e sequências de tiras do personagem continuaram saindo no gibi do Recruta Zero, que também foi encerrado, em dezembro de 2015. Para compensar, a Pixel Media publicou, até o momento, dois álbuns de Popeye. O primeiro foi Super Popeye, de 2014, trazendo amostras das HQs para gibis produzidas a partir de 2011, com roteiros do neozelandês Roger Langridge e publicadas pela editora estadunidense IDW.
Já POPEYE CLÁSSICO, de janeiro/fevereiro de 2016 (em várias localidades, chegou às bancas no final de julho), volta às origens, ou ao mais próximo delas. Digo, às origens de quando a editora começou a republicar HQs de Popeye no Brasil. O álbum de 128 páginas (sem contar capa) coloridas, em papel couché, publica material produzido pelo “legítimo herdeiro” do criador de Popeye, Elsie Segar: seu assistente Bud Sagendorf. Aliás, mesmo nos gibis bimestrais, a Pixel só publicou, de material clássico do Popeye, as tiras, dominicais e histórias longas escritas e desenhadas por Sagendorf.
POPEYE CLÁSSICO traz o material de Sagendorf publicado nos gibis norte-americanos da editora Dell Comics entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1950. O livro inclui textos informativos do especialista brasileiro no personagem, o ex-editor e quadrinhista Otacílio “Ota” d’Assunção, atualmente fazendo sucesso no Facebook com suas novas empreitadas, a tira The Ota Adventures e sua derivada, GarOTA Bipolar.

JUSTIÇA SE FAÇA AO SR. SAGENDORF...
Me sinto no dever, nesse momento, de fazer algumas correções sobre a história do Popeye que fiz neste blog. Inclusive, das informações que levantei a respeito de Bud Sagendorf.
Propaguei, por exemplo, que Bud Sagendorf foi genro de Elsie Segar – descobri que não é verdade. Em minha defesa, alego que tal informação consta no verbete sobre Sagendorf na Enciclopédia dos Quadrinhos de Goida e André Kleinert (L&PM, 2011). Sagendorf foi casado, sim, mas com uma namorada de infância, Nadia Crandall. Aliás, nas biografias que consultei de Elsie Segar, não consta que ele teve filhas, e em nenhuma outra fonte consta que Sagendorf, mesmo em um segundo casamento, tenha se unido a alguma filha de Segar. É no que dá confiar em enciclopédias...
Bem, mas de todo modo, Sagendorf é considerado o melhor continuador da obra de Segar, e legítimo herdeiro de Popeye.
Well. Forrest Cowles “Bud” Sagendorf nasceu em Wenatchee, estado de Washington, EUA, em 1915. Aos três anos de idade, após perder o pai, Sagendorf mudou-se com a família para Santa Monica, na Califórnia. Ele trabalhava como jornaleiro quando, aos quinze anos de idade, foi contratado como assistente de Elsie Segar, com salário de 50 dólares por semana.
Na ocasião, Popeye, que havia sido introduzido na tira Thimble Theater em 1929, vivia o auge de seu sucesso. Os desenhos animados dos estúdios Fleischer viriam em 1933, fazendo a fama do marinheiro caolho e de braços disformes ir à estratosfera. Sagendorf prestou assistência para Segar até a morte deste, em 1938, de leucemia – e de forma precoce. Nessa altura, Segar já havia estabelecido grande parte do cânone da mitologia do marinheiro nos quadrinhos – os desenhos animados estabeleceram outros cânones, como, por exemplo, a presença constante do rival do marinheiro, Bluto, que Segar só havia usado uma vez em seu período na tira. O gosto do marinheiro por espinafre também foi outro cânone estabelecido pelos desenhos, não por Segar – os continuadores da obra dele é que tornaram, nos quadrinhos, o uso de espinafre mais constante. Mesmo assim, Popeye, de uma forma ou de outra, contribuiu para o aumento nas vendas de espinafre nos EUA, a ponto de agricultores da cidade de Crystal City, estado do Texas, EUA, lhe dedicarem uma estátua, erigida em 1937.
Por ter sido o mais próximo do criador do personagem, Sagendorf seria a escolha natural para assumir a tira, porém, a King Features Syndicate, a empresa proprietária de Popeye, considerou-o jovem demais para assumir a série, por isso Sagendorf acabou preterido. Por algum tempo, Doc Winner, desenhista curinga da empresa, assumiu as tiras do personagem até 1939, quando foram nomeados como continuadores do personagem a dupla Tom Simms (roteiros) e Bill (Bela) Zaboly (desenhos), que acabariam desvirtuando os conceitos estabelecidos por Segar.
Sagendorf finalmente assumiu as tiras de Popeye em 1959, após a saída de Simms e Zaboly, e devolveu Popeye às premissas originais de Segar. Assumiu as tiras diárias e as páginas dominicais. Ele ainda deu sobrevida a dois outros personagens criador por Segar, o cidadão comum John Sappo e seu inquilino, o cientista maluco Prof. Caracol – ambos faziam parte da tira topper (complementar de pé de página) de Thimble Theater, The Five-fifteen ou Sappo, na época em que os suplementos de quadrinhos nos jornais eram publicadas em formato tabloide, e sobrava espaço na página dominical para ser completado com uma outra tira do mesmo autor.
Entretanto, nessa tira complementar, Sagendorf limara a esposa de Sappo, a megera Myrtle – que seria ressuscitada nas HQ roteirizadas por Langridge. Deu meio que por entender que Sappo e Myrtle se separaram, ficando na casa apenas ele e Prof. Caracol. Mais tarde, o cientista maluco seria incorporado ao universo de Popeye, alugando um quarto em sua casa.
E Sagendorf continuou nesse ritmo de trabalho até 1986, quando parou de fazer as tiras diárias, por problemas de vista, e continuou apenas com as dominicais, que continuou produzindo até sua morte, em 22 de setembro de 1994, em Sun City, Flórida, EUA. Nos anos 1980, as tiras foram assumidas pelo polêmico Bobby London, que acabou demitido em 1992, obrigando a KFS a reprisar as tiras de Sagendorf nos jornais até 1994, quando o desenhista Hy Eisman assumiu.
Antes de assumir as tiras, em 1959, Sagendorf trabalhou, sim, com Popeye. Seu casamento com Nadia Crandall ocorreu em 1940, e, na época, Sagendorf trabalhava no bullpen da KFS – uma divisão interna da empresa para fazer ilustrações promocionais. Sagendorf fora contratado, em 1946, para fazer as histórias longas dos gibis de Popeye publicados pela Dell Comics. Inicialmente, de forma experimental, dentro da revista teste Four Color Comics – a mesma onde apareceram, pela primeira vez, as HQ de Luluzinha e Bolinha. Em 1948, a Dell reiniciou o gibi, agora com o título Popeye, com nova numeração, a partir do número 1, e continuou até o número 65. Em 1962, a Dell, distribuidora dos personagens, se separa da licenciadora dos personagens, a Western Printing; esta cria um novo selo, a Gold Key, e continua o gibi do Popeye a partir do número 66. Aí, a KFS cria sua própria editora, em 1967. E continua o gibi do Popeye, até o início dos anos 1970, quando a King Comics parou. Os gibis de Popeye foram encabeçados por Sagendorf durante todas essas fases até o fim da King Comics, quando foi substituído por George Wildman. Mas tudo bem, ele já era, nessa altura, o titular das tiras e das dominicais nos jornais. Ah: foi nos gibis que Sagendorf começou a “ressuscitar” os então esquecidos Sappo e Prof. Caracol, como histórias complementares – na época, era de lei que os gibis estadunidenses de um personagem contivessem histórias de outros personagens, além de pelo menos duas páginas de texto, para reduzir as tarifas de postagem do correio. Não se sabe o porquê... Mas talvez ajude a explicar o porquê da Pixel Media ter feito os gibis do Recruta Zero e do Popeye na forma de almanaque de personagens, completando os espaços com tiras de Hagar, Zezé & Cia, Zé Fumaça, Touro Sentado, Crock...
Em 1954, enquanto fazia as histórias para gibis, Sagendorf tenta emplacar uma criação própria, Spur Line, tira de curta duração distribuída por outro syndicate, a Associated Press.
Sagendorf, embora tenha sido o desenhista que trabalhou mais tempo com Popeye, nunca ficou rico com o personagem de seu ex-chefe: ele vivia modestamente de salário da KFS, sem direito à porcentagem das vendas das tiras que outros autores recebiam. Sagendorf só começou a ver dinheiro, mesmo, a partir de 1979, quando escreveu e publicou o livro Popeye: The First Fifty Years (Popeye: os primeiros cinquenta anos), um livro comemorativo ao cinquentenário do marinheiro, que inclui ainda o relato do desenhista sobre suas experiências com o personagem. Esse best-seller garantiu ao desenhista uma velhice mais tranquila.
Os gibis foram encerrados no final da década de 1970, voltando em 2011, pela IDW, com a equipe encabeçada por Langridge.

AO ÁLBUM, MARUJOS!
Bem. POPEYE CLÁSSICO traz uma seleção de histórias dos gibis produzidas por Sagendorf entre o fim dos anos 1940 e início dos anos 1950. Ao todo, são oito histórias longas, e o álbum é dividido em cinco partes, com textos informativos de Ota (no entanto, houve alguns erros de revisão em alguns textos, como na biografia de Sagendorf, no fim do álbum, que contém graves erros). O álbum também inclui ilustrações e capas originais dos gibis.
As histórias trazem alguns personagens do amplo elenco da mitologia do marinheiro: Popeye, a namorada Olívia Palito, o pequeno Gugu, o filão Dudu, a Bruxa do Mar. Tem ainda duas histórias de Sappo e Prof. Caracol. Só o núcleo essencial; não tem o Brutus, o Papai, o rei Blozo, Alice a Goon (até aparece um goon, mas não é esta), Eugene o Jeep...
Na primeira parte, está a história mais longa do álbum, A Ilha dos Fantasmas (publicada nos EUA em agosto de 1948, em Popeye # 3). É um pequeno épico – tanto que a história abre com um mapa com a rota seguida por Popeye, Olívia e seu amigo Bill, um coadjuvante esquecido, ao longo da aventura. Nessa história, Popeye enfrenta um de seus maiores tabus: fantasmas, na forma dos famigerados bonecos cobertos de lençóis brancos com furos para os olhos. Ele não gosta de fantasmas, não por ter medo deles, mas porque não pode brigar com eles – afinal, fantasmas, se existirem, são “apenas ar”, e não se pode socar o ar. Bem: Popeye, após discutir com Bill sobre fantasmas – Bill foi encarregado de levar uma carga de armadilhas de fantasmas para uma ilha, e pediu ajuda para Popeye, mas este se recusa – chega à sua casa e encontra Olívia, que estava lá como babá do pequeno Gugu, desmaiada, e Gugu desapareceu. Olívia desmaiara porque havia visto um fantasma – e este levara Gugu. Outro fantasma não apenas ameaça Popeye como lhe dá uma surra – as convicções do marinheiro evitam que ele brigue com a alma penada. Só aí, a fim de salvar Gugu, Popeye concorda em ir para a Ilha dos Fantasmas com Bill. Na viagem, acontece uma série de contratempos: um grupo de fantasmas faz o barco de Popeye desviar da rota, indo para o Polo Norte, e provoca um desentendimento entre Popeye e Bill; e Olívia, que embarcara disfarçada de fantasma para ir até a ilha salvar Gugu, acaba caindo em uma das “armadilhas” de fantasma que Popeye e Bill armam. Já na ilha, habitada pelo Sr. K. Lafrio, um plantador de rabanetes que está sendo atormentado por fantasmas, Popeye, Olívia e Bill fazem descobertas: que o filão Dudu, disfarçado com outro nome, é o “inventor” das armadilhas de fantasma (e o homem por trás de um plano de “extorsão” do Sr. K. Lafrio); que Gugu nem está em perigo nas mãos dos fantasmas (pelo contrário, está até os ajudando); e que os “fantasmas”, é claro, não são o que parecem ser. Uma história muito bem bolada.
Na segunda parte, duas histórias com um personagem pouco utilizado na mitologia do marinheiro: o estranho bichinho conhecido como Zoop, criado por Sagendorf. O excêntrico animalzinho, que voa, tem grande força e parece um boneco feito com peças de montar, só foi utilizado duas vezes nos gibis – e as duas estão presentes neste álbum. Na primeira, O Presente do Tio Ben (Popeye # 4, novembro de 1948), Olívia recebe o bicho de presente. Popeye e Olívia tem alguns problemas com o bichinho, que é um pouco temperamental, porém, o Zoop acaba se encantando com o pequeno Gugu, e vice-versa. Olívia decide dar o Zoop de presente ao menino, mas, quando um homem vem à sua casa oferecer uma fortuna pelo animalzinho, a magricela deixa seu lado ganancioso falar mais alto e provoca um tumulto para reaver o bicho. Mas todo mundo aprende a lição antes que o pior aconteça.
Já na segunda, Eu sou o Prefeito! (Popeye # 8, agosto de 1949), Gugu e o Zoop vão a uma cidadezinha do oeste americano para resolver um problema no lugar de Popeye, que se encontra ausente, em alto-mar: o prefeito pouco competente da cidadezinha de Boghill estuda uma lei para garantir a paz na localidade – a proibição da venda de armas, já que uma parcela dos cidadãos não para de atirar para todos os lados, e o barulho dos tiros incomoda os outros cidadãos. Como principal opositor da venda de armas, está o vendedor de munições, o brutamontes Búfalo Bronco. Como o prefeito não quer enfrentar Bronco, ele chama Popeye para garantir o cumprimento da lei – mas, como ninguém em Boghill conhece pessoalmente o marinheiro, Búfalo Bronco resolve se aproveitar, e faz um capanga seu se passar por Popeye. E propõem com o prefeito uma forma de decidir a questão: em uma luta entre Búfalo Bronco e o falso Popeye. Mas Gugu consegue chegar a tempo para desmascarar o falso Popeye, e manda Zoop chamar o verdadeiro; mas, enquanto o marinheiro não vem, Gugu tem de quebrar o galho com Bronco... e como quebra!
Na terceira parte, duas histórias com o simpático patife Dudu Pimpão, o nosso comedor de hambúrgueres favorito – provavelmente as duas são de Popeye # 15, janeiro de 1953. Na primeira, A Firma, Dudu convence Popeye a ser seu sócio em um pequeno negócio: uma barraquinha de hambúrgueres. Popeye entra com o capital, e Dudu com a parte física do empreendimento. Porém, é claro que Dudu vai começar a consumir, ele mesmo, a mercadoria... e Popeye toma, do seu jeito, medidas para castigar a má gestão do “sócio”.
Já na segunda história, A Visita, Popeye recebe, no meio da noite, uma curiosa visita: de um Goon da Lua. Dudu é chamado para traduzir o que a criatura diz. Mas é ela quem faz os estragos: como o Goon da Lua prefere comer madeira, ele começa a consumir os móveis da casa do marinheiro... Embora não vejamos, nessa história, Dudu sendo o Dudu de sempre, a história nem é ruim.
Na parte 4, uma única história, com a Bruxa do Mar. Sem data, Piratas do Deserto é a história do álbum que menos faz sentido. A começar pelo título – os vilões são apenas a Bruxa do Mar e um capanga, que atraem o espírito-fraco Dudu, com uma tentadora proposta de experimentar hambúrgueres, para uma armadilha – e cabe a Popeye, a única pessoa que realmente se importa com o gorducho, ir ao deserto resgatá-lo. A armadilha que a Bruxa do Mar arma para dar cabo do marinheiro é estapafúrdia, e o marinheiro consegue se safar graças ao seu espinafre, à ajuda de Dudu... e a uma deficiência de Sagendorf no timing entre a ativação da armadilha, o momento em que Popeye come espinafre, e o momento em que ele se livra do perigo.
E, finalmente, na quinta e última parte, as duas HQ com Sappo e Prof. Caracol. Ambas sem data. Na primeira, o barbudo, amalucado e convencido cientista faz Sappo de cobaia de uma de suas invenções – um cereal que alonga até demais partes do corpo. Como consequência, Sappo acaba ficando com o pescoço comprido. Enquanto Caracol trabalha numa maneira de arrumar o pescoço de Sappo, este dá seu jeito, como pode, para poder sair à rua...
Na segunda, uma ideia que não seria nada ruim em nossa realidade: Caracol desenvolve um jeito de comprimir objetos grandes em pílulas, para facilitar o transporte, e depois restaurá-las com um raio. Ele faz o experimento para mudar a casa de Sappo para outro terreno. Nada ruim... se Caracol não misturar as pílulas de cada cômodo da casa.
As histórias, em seu conjunto, garantem minutos de diversão aos fãs de Popeye, com sua ampla gama de movimentos dos personagens, onomatopeias por vezes exageradas – mas todas mantidas no original – e, bem, porque são HQs do Popeye, e todo mundo sabe como são as aventuras de Popeye. Porém, o álbum sofre um pouco com graves problemas de impressão. A Pixel, certamente, usou material diretamente dos gibis impressos, e não dos originais de Sagendorf, e o resultado é que algumas páginas ficaram com borrões, pretos muito carregados, esvanecimento de cores, sumiço de linhas... não deu tempo de tentar restaurar a arte impressa original? E nem vou falar dos erros presentes nos textos, que não são numerosos, felizmente, mas são graves, infelizmente...
Bem, de todo modo, fazia falta uma publicação com material original do Popeye. Agora, que tal começarmos a investir em álbuns com o material de Elzie Segar? Este está fazendo ainda mais falta aos fãs de quadrinhos.
POPEYE CLÁSSICO está nas bancas a R$ 24,90 na opção de capa cartonada. Também está disponível na versão com capa dura, encontrada nas livrarias.

PARA ENCERRAR...
...não tendo ideias para desenhos originais, opto por colocar para meus 17 leitores um trecho do recente arco de tiras dos Bitifrendis, meus personagens praianos, que há algum tempo iniciaram, no blog deles, a sexta temporada de tiras. Tal feito foi possível pela teimosia de seu autor, e pelo apoio dos leitores.
Estas aqui são as tiras que encerram a quinta temporada de tiras. E incluem, vocês podem ver, uma pequena aulinha de culinária! Bateu a fome à noite? Os quadrinhos também podem lhe dar uma dica!
Vejam as tiras mais recentes em https://bitifrendisblog.blogspot.com.br/.
E ficamos por isso, por um enquanto. Aguardem novidades. Vejamos se o nosso mercado de quadrinhos continuará trazendo-nos pitadas de otimismo em nossos dias de crise econômica, horário político e Pokémon Go.

Até mais!

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