Olá.
Hoje,
vamos continuar falando de quadrinhos. Depois, talvez, voltamos com as
postagens sobre História e mídias de fundo histórico – e, claro, incluso está o
pretexto para continuar publicando páginas de minha HQ experimental e folhetinesca,
O Açougueiro.
Hoje,
vamos falar de quadrinho clássico. A editora Pixel Media, selo do grupo
Ediouro, da qual tantas vezes tenho falado neste blog, ainda não “morreu”,
mesmo depois de ter encerrado sua linha de gibis mensais com personagens clássicos
– agora se detém apenas nos álbuns mensais.
Uma
das ausências mais sentidas dentre os fãs de clássicos foi a do gibi bimestral
do marinheiro Popeye. Mas essa ausência foi compensada entre janeiro e
fevereiro de 2016, ao lançar um álbum que, como diz o subtítulo, publica
histórias clássicas do nosso marinheiro comedor de espinafre favorito.
Apesar
de ter encerrado sua linha de gibis mensais e bimestrais de banca, em
formatinho – Luluzinha Teen, Luluzinha
clássico, Bolinha clássico, Recruta Zero, Popeye, Gasparzinho, Riquinho e Brasinha – a Pixel Media continua
investindo nos personagens da megacorporação King Features Syndicate (KFS) e em
álbuns com quadrinizações de filmes da Disney/Pixar. Continua lançando, à
proporção de um álbum por mês, álbuns de Recruta
Zero, Hagar o Horrível, Fantasma, Garfield (que não é da KFS, mas tudo bem), Flash Gordon – e agora, com as opções
capa dura e capa cartonada. O último, lançado em julho de 2016, foi do Príncipe Valente, trazendo de volta ao
Brasil as aventuras do clássico personagem de Harold Foster.
Voltando
ao Popeye. Após o encerramento do gibi bimestral de Popeye, em agosto de 2013,
com apenas sete números publicados desde agosto de 2012, algumas histórias
longas e sequências de tiras do personagem continuaram saindo no gibi do
Recruta Zero, que também foi encerrado, em dezembro de 2015. Para compensar, a
Pixel Media publicou, até o momento, dois álbuns de Popeye. O primeiro foi Super Popeye, de 2014, trazendo amostras
das HQs para gibis produzidas a partir de 2011, com roteiros do neozelandês
Roger Langridge e publicadas pela editora estadunidense IDW.
Já POPEYE
CLÁSSICO, de janeiro/fevereiro de
2016 (em várias localidades, chegou às bancas no final de julho), volta às
origens, ou ao mais próximo delas. Digo, às origens de quando a editora começou
a republicar HQs de Popeye no Brasil. O álbum de 128 páginas (sem contar capa)
coloridas, em papel couché, publica material produzido pelo “legítimo herdeiro”
do criador de Popeye, Elsie Segar: seu assistente Bud Sagendorf. Aliás, mesmo
nos gibis bimestrais, a Pixel só publicou, de material clássico do Popeye, as
tiras, dominicais e histórias longas escritas e desenhadas por Sagendorf.
POPEYE
CLÁSSICO traz o material de Sagendorf publicado nos gibis norte-americanos da
editora Dell Comics entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1950. O livro
inclui textos informativos do especialista brasileiro no personagem, o
ex-editor e quadrinhista Otacílio “Ota” d’Assunção, atualmente fazendo sucesso
no Facebook com suas novas empreitadas, a tira The Ota Adventures e sua derivada, GarOTA Bipolar.
JUSTIÇA SE FAÇA AO SR. SAGENDORF...
Me
sinto no dever, nesse momento, de fazer algumas correções sobre a história do
Popeye que fiz neste blog. Inclusive, das informações que levantei a respeito
de Bud Sagendorf.
Propaguei,
por exemplo, que Bud Sagendorf foi genro de Elsie Segar – descobri que não é
verdade. Em minha defesa, alego que tal informação consta no verbete sobre
Sagendorf na Enciclopédia dos Quadrinhos de
Goida e André Kleinert (L&PM, 2011). Sagendorf foi casado, sim, mas com uma
namorada de infância, Nadia Crandall. Aliás, nas biografias que consultei de
Elsie Segar, não consta que ele teve filhas, e em nenhuma outra fonte consta
que Sagendorf, mesmo em um segundo casamento, tenha se unido a alguma filha de
Segar. É no que dá confiar em enciclopédias...
Bem,
mas de todo modo, Sagendorf é considerado o melhor continuador da obra de
Segar, e legítimo herdeiro de Popeye.
Well.
Forrest Cowles “Bud” Sagendorf nasceu em Wenatchee, estado de Washington, EUA,
em 1915. Aos três anos de idade, após perder o pai, Sagendorf mudou-se com a
família para Santa Monica, na Califórnia. Ele trabalhava como jornaleiro
quando, aos quinze anos de idade, foi contratado como assistente de Elsie
Segar, com salário de 50 dólares por semana.
Na
ocasião, Popeye, que havia sido
introduzido na tira Thimble Theater em
1929, vivia o auge de seu sucesso. Os desenhos animados dos estúdios Fleischer
viriam em 1933, fazendo a fama do marinheiro caolho e de braços disformes ir à
estratosfera. Sagendorf prestou assistência para Segar até a morte deste, em
1938, de leucemia – e de forma precoce. Nessa altura, Segar já havia
estabelecido grande parte do cânone da mitologia do marinheiro nos quadrinhos –
os desenhos animados estabeleceram outros cânones, como, por exemplo, a
presença constante do rival do marinheiro, Bluto, que Segar só havia usado uma
vez em seu período na tira. O gosto do marinheiro por espinafre também foi
outro cânone estabelecido pelos desenhos, não por Segar – os continuadores da
obra dele é que tornaram, nos quadrinhos, o uso de espinafre mais constante.
Mesmo assim, Popeye, de uma forma ou de outra, contribuiu para o aumento nas
vendas de espinafre nos EUA, a ponto de agricultores da cidade de Crystal City,
estado do Texas, EUA, lhe dedicarem uma estátua, erigida em 1937.
Por
ter sido o mais próximo do criador do personagem, Sagendorf seria a escolha
natural para assumir a tira, porém, a King Features Syndicate, a empresa
proprietária de Popeye, considerou-o jovem demais para assumir a série, por
isso Sagendorf acabou preterido. Por algum tempo, Doc Winner, desenhista
curinga da empresa, assumiu as tiras do personagem até 1939, quando foram
nomeados como continuadores do personagem a dupla Tom Simms (roteiros) e Bill
(Bela) Zaboly (desenhos), que acabariam desvirtuando os conceitos estabelecidos
por Segar.
Sagendorf
finalmente assumiu as tiras de Popeye em 1959, após a saída de Simms e Zaboly,
e devolveu Popeye às premissas originais de Segar. Assumiu as tiras diárias e
as páginas dominicais. Ele ainda deu sobrevida a dois outros personagens
criador por Segar, o cidadão comum John Sappo e seu inquilino, o cientista
maluco Prof. Caracol – ambos faziam parte da tira topper (complementar de pé de página) de Thimble Theater, The Five-fifteen ou Sappo, na época em que os suplementos de quadrinhos nos jornais
eram publicadas em formato tabloide, e sobrava espaço na página dominical para
ser completado com uma outra tira do mesmo autor.
Entretanto,
nessa tira complementar, Sagendorf limara a esposa de Sappo, a megera Myrtle –
que seria ressuscitada nas HQ roteirizadas por Langridge. Deu meio que por
entender que Sappo e Myrtle se separaram, ficando na casa apenas ele e Prof.
Caracol. Mais tarde, o cientista maluco seria incorporado ao universo de
Popeye, alugando um quarto em sua casa.
E Sagendorf
continuou nesse ritmo de trabalho até 1986, quando parou de fazer as tiras
diárias, por problemas de vista, e continuou apenas com as dominicais, que
continuou produzindo até sua morte, em 22 de setembro de 1994, em Sun City,
Flórida, EUA. Nos anos 1980, as tiras foram assumidas pelo polêmico Bobby
London, que acabou demitido em 1992, obrigando a KFS a reprisar as tiras de
Sagendorf nos jornais até 1994, quando o desenhista Hy Eisman assumiu.
Antes
de assumir as tiras, em 1959, Sagendorf trabalhou, sim, com Popeye. Seu
casamento com Nadia Crandall ocorreu em 1940, e, na época, Sagendorf trabalhava
no bullpen da KFS – uma divisão
interna da empresa para fazer ilustrações promocionais. Sagendorf fora
contratado, em 1946, para fazer as histórias longas dos gibis de Popeye
publicados pela Dell Comics. Inicialmente, de forma experimental, dentro da
revista teste Four Color Comics – a
mesma onde apareceram, pela primeira vez, as HQ de Luluzinha e Bolinha. Em
1948, a Dell reiniciou o gibi, agora com o título Popeye, com nova numeração, a partir do número 1, e continuou até o
número 65. Em 1962, a Dell, distribuidora dos personagens, se separa da
licenciadora dos personagens, a Western Printing; esta cria um novo selo, a
Gold Key, e continua o gibi do Popeye a partir do número 66. Aí, a KFS cria sua
própria editora, em 1967. E continua o gibi do Popeye, até o início dos anos
1970, quando a King Comics parou. Os gibis de Popeye foram encabeçados por
Sagendorf durante todas essas fases até o fim da King Comics, quando foi
substituído por George Wildman. Mas tudo bem, ele já era, nessa altura, o
titular das tiras e das dominicais nos jornais. Ah: foi nos gibis que Sagendorf
começou a “ressuscitar” os então esquecidos Sappo e Prof. Caracol, como
histórias complementares – na época, era de lei que os gibis estadunidenses de
um personagem contivessem histórias de outros personagens, além de pelo menos
duas páginas de texto, para reduzir as tarifas de postagem do correio. Não se
sabe o porquê... Mas talvez ajude a explicar o porquê da Pixel Media ter feito
os gibis do Recruta Zero e do Popeye na forma de almanaque de personagens,
completando os espaços com tiras de Hagar, Zezé & Cia, Zé Fumaça, Touro
Sentado, Crock...
Em
1954, enquanto fazia as histórias para gibis, Sagendorf tenta emplacar uma
criação própria, Spur Line, tira de
curta duração distribuída por outro syndicate, a Associated Press.
Sagendorf,
embora tenha sido o desenhista que trabalhou mais tempo com Popeye, nunca ficou
rico com o personagem de seu ex-chefe: ele vivia modestamente de salário da
KFS, sem direito à porcentagem das vendas das tiras que outros autores
recebiam. Sagendorf só começou a ver dinheiro, mesmo, a partir de 1979, quando
escreveu e publicou o livro Popeye: The
First Fifty Years (Popeye: os primeiros cinquenta anos), um livro
comemorativo ao cinquentenário do marinheiro, que inclui ainda o relato do
desenhista sobre suas experiências com o personagem. Esse best-seller garantiu
ao desenhista uma velhice mais tranquila.
Os
gibis foram encerrados no final da década de 1970, voltando em 2011, pela IDW,
com a equipe encabeçada por Langridge.
AO ÁLBUM, MARUJOS!
Bem.
POPEYE CLÁSSICO traz uma seleção de histórias dos gibis produzidas por
Sagendorf entre o fim dos anos 1940 e início dos anos 1950. Ao todo, são oito
histórias longas, e o álbum é dividido em cinco partes, com textos informativos
de Ota (no entanto, houve alguns erros de revisão em alguns textos, como na
biografia de Sagendorf, no fim do álbum, que contém graves erros). O álbum
também inclui ilustrações e capas originais dos gibis.
As
histórias trazem alguns personagens do amplo elenco da mitologia do marinheiro:
Popeye, a namorada Olívia Palito, o pequeno Gugu, o filão Dudu, a Bruxa do Mar.
Tem ainda duas histórias de Sappo e Prof. Caracol. Só o núcleo essencial; não
tem o Brutus, o Papai, o rei Blozo, Alice a Goon (até aparece um goon, mas não
é esta), Eugene o Jeep...
Na
primeira parte, está a história mais longa do álbum, A Ilha dos Fantasmas (publicada nos EUA em agosto de 1948, em Popeye # 3). É um pequeno épico – tanto
que a história abre com um mapa com a rota seguida por Popeye, Olívia e seu
amigo Bill, um coadjuvante esquecido, ao longo da aventura. Nessa história,
Popeye enfrenta um de seus maiores tabus: fantasmas, na forma dos famigerados
bonecos cobertos de lençóis brancos com furos para os olhos. Ele não gosta de
fantasmas, não por ter medo deles, mas porque não pode brigar com eles –
afinal, fantasmas, se existirem, são “apenas ar”, e não se pode socar o ar.
Bem: Popeye, após discutir com Bill sobre fantasmas – Bill foi encarregado de
levar uma carga de armadilhas de fantasmas para uma ilha, e pediu ajuda para
Popeye, mas este se recusa – chega à sua casa e encontra Olívia, que estava lá
como babá do pequeno Gugu, desmaiada, e Gugu desapareceu. Olívia desmaiara
porque havia visto um fantasma – e este levara Gugu. Outro fantasma não apenas
ameaça Popeye como lhe dá uma surra – as convicções do marinheiro evitam que
ele brigue com a alma penada. Só aí, a fim de salvar Gugu, Popeye concorda em
ir para a Ilha dos Fantasmas com Bill. Na viagem, acontece uma série de
contratempos: um grupo de fantasmas faz o barco de Popeye desviar da rota, indo
para o Polo Norte, e provoca um desentendimento entre Popeye e Bill; e Olívia,
que embarcara disfarçada de fantasma para ir até a ilha salvar Gugu, acaba
caindo em uma das “armadilhas” de fantasma que Popeye e Bill armam. Já na ilha,
habitada pelo Sr. K. Lafrio, um plantador de rabanetes que está sendo
atormentado por fantasmas, Popeye, Olívia e Bill fazem descobertas: que o filão
Dudu, disfarçado com outro nome, é o “inventor” das armadilhas de fantasma (e o
homem por trás de um plano de “extorsão” do Sr. K. Lafrio); que Gugu nem está
em perigo nas mãos dos fantasmas (pelo contrário, está até os ajudando); e que
os “fantasmas”, é claro, não são o que parecem ser. Uma história muito bem
bolada.
Na
segunda parte, duas histórias com um personagem pouco utilizado na mitologia do
marinheiro: o estranho bichinho conhecido como Zoop, criado por Sagendorf. O
excêntrico animalzinho, que voa, tem grande força e parece um boneco feito com
peças de montar, só foi utilizado duas vezes nos gibis – e as duas estão
presentes neste álbum. Na primeira, O Presente
do Tio Ben (Popeye # 4, novembro
de 1948), Olívia recebe o bicho de
presente. Popeye e Olívia tem alguns problemas com o bichinho, que é um pouco
temperamental, porém, o Zoop acaba se encantando com o pequeno Gugu, e
vice-versa. Olívia decide dar o Zoop de presente ao menino, mas, quando um
homem vem à sua casa oferecer uma fortuna pelo animalzinho, a magricela deixa
seu lado ganancioso falar mais alto e provoca um tumulto para reaver o bicho.
Mas todo mundo aprende a lição antes que o pior aconteça.
Já
na segunda, Eu sou o Prefeito! (Popeye # 8, agosto de 1949), Gugu e o
Zoop vão a uma cidadezinha do oeste americano para resolver um problema no
lugar de Popeye, que se encontra ausente, em alto-mar: o prefeito pouco
competente da cidadezinha de Boghill estuda uma lei para garantir a paz na
localidade – a proibição da venda de armas, já que uma parcela dos cidadãos não
para de atirar para todos os lados, e o barulho dos tiros incomoda os outros
cidadãos. Como principal opositor da venda de armas, está o vendedor de
munições, o brutamontes Búfalo Bronco. Como o prefeito não quer enfrentar
Bronco, ele chama Popeye para garantir o cumprimento da lei – mas, como ninguém
em Boghill conhece pessoalmente o marinheiro, Búfalo Bronco resolve se
aproveitar, e faz um capanga seu se passar por Popeye. E propõem com o prefeito
uma forma de decidir a questão: em uma luta entre Búfalo Bronco e o falso
Popeye. Mas Gugu consegue chegar a tempo para desmascarar o falso Popeye, e
manda Zoop chamar o verdadeiro; mas, enquanto o marinheiro não vem, Gugu tem de
quebrar o galho com Bronco... e como quebra!
Na
terceira parte, duas histórias com o simpático patife Dudu Pimpão, o nosso
comedor de hambúrgueres favorito – provavelmente as duas são de Popeye # 15, janeiro de 1953. Na primeira,
A Firma, Dudu convence Popeye a ser
seu sócio em um pequeno negócio: uma barraquinha de hambúrgueres. Popeye entra
com o capital, e Dudu com a parte física do empreendimento. Porém, é claro que
Dudu vai começar a consumir, ele mesmo, a mercadoria... e Popeye toma, do seu
jeito, medidas para castigar a má gestão do “sócio”.
Já
na segunda história, A Visita, Popeye
recebe, no meio da noite, uma curiosa visita: de um Goon da Lua. Dudu é chamado
para traduzir o que a criatura diz. Mas é ela quem faz os estragos: como o Goon
da Lua prefere comer madeira, ele começa a consumir os móveis da casa do
marinheiro... Embora não vejamos, nessa história, Dudu sendo o Dudu de sempre,
a história nem é ruim.
Na
parte 4, uma única história, com a Bruxa do Mar. Sem data, Piratas do Deserto é a história do álbum que menos faz sentido. A
começar pelo título – os vilões são apenas a Bruxa do Mar e um capanga, que
atraem o espírito-fraco Dudu, com uma tentadora proposta de experimentar
hambúrgueres, para uma armadilha – e cabe a Popeye, a única pessoa que
realmente se importa com o gorducho, ir ao deserto resgatá-lo. A armadilha que
a Bruxa do Mar arma para dar cabo do marinheiro é estapafúrdia, e o marinheiro
consegue se safar graças ao seu espinafre, à ajuda de Dudu... e a uma
deficiência de Sagendorf no timing entre a ativação da armadilha, o momento em
que Popeye come espinafre, e o momento em que ele se livra do perigo.
E,
finalmente, na quinta e última parte, as duas HQ com Sappo e Prof. Caracol.
Ambas sem data. Na primeira, o barbudo, amalucado e convencido cientista faz
Sappo de cobaia de uma de suas invenções – um cereal que alonga até demais
partes do corpo. Como consequência, Sappo acaba ficando com o pescoço comprido.
Enquanto Caracol trabalha numa maneira de arrumar o pescoço de Sappo, este dá
seu jeito, como pode, para poder sair à rua...
Na
segunda, uma ideia que não seria nada ruim em nossa realidade: Caracol
desenvolve um jeito de comprimir objetos grandes em pílulas, para facilitar o
transporte, e depois restaurá-las com um raio. Ele faz o experimento para mudar
a casa de Sappo para outro terreno. Nada ruim... se Caracol não misturar as
pílulas de cada cômodo da casa.
As
histórias, em seu conjunto, garantem minutos de diversão aos fãs de Popeye, com
sua ampla gama de movimentos dos personagens, onomatopeias por vezes exageradas
– mas todas mantidas no original – e, bem, porque são HQs do Popeye, e todo
mundo sabe como são as aventuras de Popeye. Porém, o álbum sofre um pouco com
graves problemas de impressão. A Pixel, certamente, usou material diretamente
dos gibis impressos, e não dos originais de Sagendorf, e o resultado é que
algumas páginas ficaram com borrões, pretos muito carregados, esvanecimento de
cores, sumiço de linhas... não deu tempo de tentar restaurar a arte impressa
original? E nem vou falar dos erros presentes nos textos, que não são
numerosos, felizmente, mas são graves, infelizmente...
Bem,
de todo modo, fazia falta uma publicação com material original do Popeye.
Agora, que tal começarmos a investir em álbuns com o material de Elzie Segar?
Este está fazendo ainda mais falta aos fãs de quadrinhos.
POPEYE
CLÁSSICO está nas bancas a R$ 24,90 na opção de capa cartonada. Também está
disponível na versão com capa dura, encontrada nas livrarias.
PARA ENCERRAR...
...não
tendo ideias para desenhos originais, opto por colocar para meus 17 leitores um
trecho do recente arco de tiras dos Bitifrendis, meus personagens praianos, que
há algum tempo iniciaram, no blog deles, a sexta temporada de tiras. Tal feito
foi possível pela teimosia de seu autor, e pelo apoio dos leitores.
Estas
aqui são as tiras que encerram a quinta temporada de tiras. E incluem, vocês
podem ver, uma pequena aulinha de culinária! Bateu a fome à noite? Os
quadrinhos também podem lhe dar uma dica!
E
ficamos por isso, por um enquanto. Aguardem novidades. Vejamos se o nosso
mercado de quadrinhos continuará trazendo-nos pitadas de otimismo em nossos
dias de crise econômica, horário político e Pokémon Go.
Até
mais!
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