Esta semana, uma semana depois do último capítulo, consegui elaborar um novo capítulo de meu folhetim ilustrado para adultos, MACÁRIO. Aos poucos vou fazendo ajustes no calendário de publicação da série, voltando a deixá-la com a publicação mais constante.
ATENÇÃO: leitura não recomendada para menores de 18 anos. Contém cenas de sedução de menores, insinuações de homossexualismo, sexo e voyerismo.
Ainda tinha minhas dúvidas se Eliane sabia o
que estava fazendo, ao bancar a psiquiatra, me fazendo deitar no sofá da sala e
falar de minha vida diante de outras quatro mulheres – Âmbar, Andrômeda,
Morgiana e Fifi. Mas que outra opção se tinha agora? Eram as únicas pessoas de
confiança naquele momento, e eu estava justamente precisando falar do que eu
sentia para pessoas de confiança.
- Bem, então – fui falando, enquanto Eliane escutava
e anotava, eu pausava a fala um pouco para ouvir o som do lápis passando pelo
papel – Minha mãe foi a primeira mulher que vi nua, ao vivo... e ver meus pais
transando foi o primeiro filme pornô que assisti na vida. Depois, veio a
descoberta da coleção de revistas... hã... adultas do meu pai. E depois das
fitas VHS e DVDs filmes com mulher pelada que ele tinha escondido, e que eu
aproveitava para assistir quando meus pais estavam ausentes. Quem podia
imaginar, meu pai, amante de livros e da cultura, fiel à minha mãe, também
mantinha uma coleção de pornografia escondida, eh, eh... Mas educação sexual,
propriamente dita, fui ter mesmo na escola.
- Que tipo de educação sexual? – pergunta
Eliane. – Com quem?
- Bem, primeiro tive a educação sexual normal
nos colégios, aquela que entrou no currículo escolar, meio fraquinha e que veio
meio tarde, pois aprendi mais sobre sexo com os filmes do meu pai do que com as
explicações dos professores, que falavam mais de métodos anticoncepcionais,
doenças venéreas e preservativos aprovados ou reprovados pela Igreja... a perda
de minha virgindade, propriamente dita, se deu mesmo aos dezessete anos. Bem,
tive amigos que perderam a sua aos quinze, dezesseis... Mas, até os dezessete,
sempre fui um bom menino, por assim dizer... Eu estudava normalmente, fazia as
lições, obedecia as ordens dos meus pais, mas tinha o interesse por garotas
desperto desde muito cedo. Desde que entrei na escola, eu gostava mais de estar
na companhia das meninas que dos meninos. Digo, na hora do recreio e da
educação física, eu ficava mais na companhia das meninas. Eu não era muito de
jogar futebol, ficava de fora da maioria dos jogos.
- Aham. E o que você fazia com as meninas,
Macário?
- Participava das brincadeiras delas.
Cirandas, brincadeiras de roda, locução de desfiles... De vez em quando era
convidado para a brincadeira de casinha, eu era o pai.
- Peraí. Locução de desfiles?
- As meninas da escola brincavam muito de
desfilar sobre os bancos de espera, fingindo serem misses de concurso de beleza.
Era eu que fazia a locução. Tipo: “na passarela, Miss Adelaide”, “aplausos para
a Miss Maracujá”, “e agora na passarela a candidata número 15, Miss Batata
Roxa”, essas coisas. Nunca brincou disso?
Ouvi Eliane dando uma risadinha.
- De desfile, não, eu não brincava. Mas de
médico, sim, bastante... E de médico, você brincava?
- Às vezes. Mas nada de dizer para tirar a
roupa. Além disso, eu que era sempre o paciente. Ao menos ganhava balas como
remédio.
- Puxa. E as meninas apreciavam sua
companhia?
- Claro. Eu não era o menino mais bonito, o
que fazia a meninada suspirar, eu não era um bom cantor, mas eu era o que mais
tratava bem as meninas da minha escola, ganhava a confiança delas na lábia
mesmo... Os outros meninos viviam jogando a bola para fora do campo, de
propósito, só para acertá-las, por exemplo. Alguns dos meus amigos viviam às
provocações com as meninas, tipo Clube do Bolinha contra Clube da Luluzinha. Os
que não brigavam com as meninas davam um jeito de espiá-las no banheiro,
tomando banho. Ainda era a era do buraco da fechadura, se é que você me
entende.
- E você não espiava...
- Sim, espiava também, mas eu conseguia ser
mais discreto. Eu nunca fui pego em flagrante, felizmente. Não peça maiores
detalhes, pois espiar meninas em momentos, digamos, comprometedores, é uma
aventura para qualquer um. Mas também não posso dizer que não aprendi por
tentativa e erro – no caso, os erros dos outros.
- Como assim?
- Tinha muitos amigos meus que praticavam,
hum, voyeurismo, mas acabavam se dando mal. Tipo, tentavam espiar as vizinhas
trocando de roupa pela janela do quarto ou tomando banho de sol no jardim, e
acabavam sendo descobertos, aí era só correria quando a menina gritava. A
partir do que eles contavam, e do que eu pude ver, de longe, é que fui
aprendendo a melhor forma de espiar garotas sem ser visto.
- E os outros meninos?
- Bem, digamos que eu e meus amigos fomos uma
turma de taradinhos. Dos dez aos quinze, essa idade é f(...). Fomos afetados
pela erotização precoce da mídia, tipo É o Tchan, Tiazinha... Quando um amigo
trazia uma revista de mulher pelada pra gente olhar, nos acotovelávamos,
tomávamos a revista da mão dos outros... Mas sempre fui o mais sortudo, e o
mais discreto, e o mais... estrategista na arte da conquista.
- Mas a sua virgindade não foi perdida aos
dezessete?
- Foi, mas até lá eu fazia o tipo Don Juan,
mais paquerar do que querer... aquilo com as garotas. Meu amadurecimento sexual
foi feito de forma progressiva. Primeiro a fase dos beijinhos roubados e flores
arrancadas dos jardins, depois a fase do dançar coladinho nos bailes, para só
depois passar para a fase do... hum... treinamento em colocar camisinha. Calma
que eu chego lá.
- Vai no seu ritmo, Macário, mas vá falando
mais. A sua mãe foi a primeira mulher que você viu nua... e as outras garotas?
Quando começou a vê-las peladas ao vivo, e de perto?
- Foi um longo e tortuoso aprendizado. Venho
de uma cidade de tamanho médio, de interior, até que era fácil esconder
segredos, sabe, se fosse uma cidade menor, quase uma vila... Bem, na minha
cidade havia um rio, onde foi construído um balneário. Não ficava perto de
casa, mas constantemente meu pai levava a família para passar um sábado ou
domingo lá. E, claro, muita gente nadava naquele balneário público. E,
naturalmente, garotas de biquíni. A primeira experiência de seminudez de
garotas alheias. Algumas de minhas colegas de escola frequentavam o balneário,
e acabava sendo inevitável a fascinação provocada por... bem, no dia-a-dia, a
gente se acostuma tanto de ver nossas amigas vestidas, com o corpo bastante
coberto, aí, em momentos como esse, admirar essas mesmas amigas em traje de
banho é outra forma de vê-las. Inevitável querer provoca-las dentro e fora da
água, sabe, espirrar água nelas, belisca-las debaixo d’água... E eu lembro bem
que, aos doze anos, a garota que melhor ficava de biquíni era a Laura. Essa se
desenvolveu melhor que as outras. Aos doze anos já tinha peitinhos bem
desenvolvidos. E mantinha uma cintura fina... Não era à toa que era a mais
cobiçada da escola, antes de sua mudança para uma cidade maior, um ano depois.
Pelo menos, era a mais cobiçada da minha classe. Na mesma escola tinha outras
com condições de competir com ela e até vencê-la. Mas eram as adolescentes,
claro. Frutos proibidos para nós, os pirralhos. Ah, mas com a Laura eu já
consegui dançar coladinho. Não foi fácil convencê-la, mas em se tratando do
Macário...
- Sei. Mas e essas tais adolescentes, não lhe
interessavam?
- Como não? Principalmente uma vizinha que eu
tinha, a Tássia. Quando eu tinha doze, ela estava com dezessete, e quando
lembro daquela bunda... Ela montava uma piscina no jardim para ela e os irmãos
brincarem. Ela tomava sol no jardim, estendida de bruços sobre a esteira,
aquela bundinha para cima... E eu ficava escondido no meu quarto... Fingia que
fazia o dever da escola, mas quando a minha mãe virava as costas... Mas ninguém
nunca me via na janela, eu aprendi a montar um periscópio com caixas de leite e
espelhos, a Tássia nem notava.
Eliane deu outra risada.
- Que malandragem.
- Eu não falei que era estrategista?
- Com a Tássia você nunca dançou?
- Não. Já cheguei a mandar umas cartinhas,
deixa-las debaixo da porta, mas ela se mudou com a família quando fiz treze
anos. Nunca fiquei sabendo o que ela achou das cartas.
- E eram só essas duas, essa Laura e essa
Tássia, que...?
- Não. Tinha mais gente interessante de minha
convivência. Fiquei famoso quando consegui tirar uma garota lá do segundo ano
do Ensino Médio para dançar em um baile. Eu estava no sétimo ano do
Fundamental. E ela era mais alta do que eu, e tinha seios grandes.
- Uh-la-lá.
- É tanta coisa para lembrar, mas... Bom, dentre
tantas pessoas interessantes, inclusive tinha um grupinho de meninas... elas
formavam um time de futebol feminino. Eram bonitas porém duronas. Não era à toa
que as brigas com os meninos eram constantes, e elas venciam a maioria das
partidas. Pois bem: além do balneário que eu falei, haviam outros locais onde
se podia nadar, escondidos nos matagais que circundavam minha cidade, com
alguma sorte eles não são encontrados sujos, poluídos. Esse grupo de meninas
havia descoberto um lago de água limpa escondido no meio de um desses matagais,
justo o que ficava mais perto da minha casa. E iam nadar ali. Eram umas seis,
sete meninas. Elas achavam que ninguém sabia onde ficava esse lago, mas eu dei
um jeito de descobrir onde era o lago secreto delas, decorei até os dias e
horários que elas iam, assim podia me planejar. E o pior é que elas nadavam
nuas. Nuas!
- Uau. E nunca descobriram você?
- Nunca. Porque eu conseguia me camuflar no
mato em redor. Descolei uma daquelas lonas camufladas do exército, bastava cobri-la
de folhas, me enrolar nela e pronto, eu me mimetizava numa boa. Inclusive eu
havia ganho de presente um binóculo. Como o tal lago ficava cercado de árvores,
nada dava errado. Ah, e nunca dividi esse segredo com ninguém, podia só eu
espiar aquelas safadas. Esse segredo ficava só para mim. E só eu sabia que, de
vez em quando, elas também se bolinavam e se beijavam... brincavam de
lesbianismo, eh, eh... Adolescência é f(...).
- Mas você nunca falou com esse grupo?
- Falei, sim. Não podia confessar que eu as
espiava no local secreto delas. Elas achavam que eu era o menino de confiança.
Havia ganho fama com o hábito de brincar mais com as meninas que os meninos na
escola, achavam que eu era de confiança, entende? Eu conseguia esconder minha
vida paralela de obsessão por garotas por trás de uma fachada de bom estudante.
Podia ter usado o que descobri delas para fazer alguma chantagem, mas nunca
usei. Mas elas dançavam comigo nas festas. Elas que me tiravam para dançar. Eu
fazia torcida para o time delas nos jogos, como eu disse, eu era o que tratava
melhor das meninas. E eu fui o primeiro beijo que elas deram num menino. Não
todas ao mesmo tempo, cada uma se encontrou comigo em separado. Mas você
entendeu. Eu era o Don Juan. E digo mais, como elas também pagavam sorvetes, e
às vezes eu que pagava, tomei muito sorvete nessa brincadeira.
- Aham. Foi desses episódios então que veio
seu gosto por mulheres?
- Desses e de outros episódios. Teve outro
episódio que foi bastante... significativo. Quase arruinei minha reputação
quando esse episódio veio à tona. O dia em que uma garota ficou nua diante de
mim, por vontade própria.
- Hmmm... Já está ficando interessante. Foi
quando você perdeu a virgindade?
- Não. Foi antes. Eu cheguei aos quinze anos
na ocasião. A menina se chamava Medéia. Também era uma vizinha de casa, digo,
ela passou a morar na casa da Tássia, e eu notava que ela tinha uma quedinha
por mim, como várias outras meninas. Aconteceu assim: um dia eu cheguei em
casa, e estava chovendo; mal fechei o guarda-chuva e tirei as galochas, fui
direto ao banheiro, e quando abri a porta, lá estava ela trocando de roupa.
Estava chovendo, como eu disse, e a Medéia havia se abrigado em casa, ficou
trancada fora da casa dela e havia se molhado, minha mãe a abrigou, mas esqueceu
de avisar. Bem, a Medéia ia tomar banho e esqueceu de trancar o banheiro, aí, abri
a porta de sopetão e acabei flagrando ela só de calcinha, prestes a tirá-la...
Foi um susto tanto para ela quanto para mim. Por pouco minha mãe não nos
flagrava. Tive de pedir mil desculpas depois que ela saiu do banho.
- Mas ela não havia se exibido...?
- Calma, já chego lá. Bem, a primeira vez que
a vi nua, digo, quase nua, foi acidental. Mas aí, uns três dias depois, foi ela
quem me procurou para tirar satisfações do episódio. Tentei me desculpar de
novo, mas aí a coisa tomou um outro rumo: foi ela quem propôs se eu não
gostaria de vê-la nua, desta vez totalmente. Claro que aceitei. Mas a condição
era que eu também me exibisse nu para ela. Ela disse que havia me flagrado dia
desses fazendo xixi em um muro e visto o meu pinto, e agora queria vê-lo mais
de perto também, e...
- E você ficou nu na frente dela...?
- Fiquei. E ela cumpriu o que prometeu. Tirou
toda roupa diante de mim. Eu também tirei a roupa. Mas não consegui esconder o
pinto... sabe... a Medéia era uma garota bonita, tinha corpo de bailarina. Ah,
cara, nem daquele tufo de pelos pubianos que ela tinha eu esqueci. Se ela
queria mais alguma coisa além de ver um garoto nu, nem deu tempo: bem nessa
hora minha mãe nos flagrou, abriu a porta do quarto de sopetão. Desta vez ela
nos flagrou. Levei o maior sermão. Só não foi pior porque a Medéia confessou
que a ideia foi dela. Ela só ficou proibida de me ver depois disso.
- Uau.
- Esse episódio foi significativo. Claro que
foi. Mas, como eu disse, quase arruinou minha reputação quando veio à tona. Os
boatos começaram a correr, claro que foi a Medéia quem espalhou a história,
fosse por mim ficaria em segredo. Minha mãe até me mandou para um psicólogo
para ser diagnosticado. Mas consegui provar que não era um viciado em sexo.
- Uau.
- Mas não foi a única vez que uma garota se
exibiu pelada diante de mim, não. A Medéia contou o episódio para as amigas
dela, e as linguarudas depois espalharam para o restante do pessoal do colégio.
Fui parabenizado pelos meus amigos meninos, afinal, consegui fazer uma menina
ficar pelada na minha frente; mas as meninas passaram dias me virando as
costas, me chamando de pervertido, de tarado, de nojento... mas outras meninas
logo se interessaram pelo episódio, pelo que a Medéia contou, o suposto boato
de que eu era bem dotado.
- Mas você é, Macário. – Âmbar deixou escapar.
- Modéstia à parte, mas lembre-se que eu
tinha quinze anos. Pois bem, a segunda que tirou a roupa só pra mim foi a
Ondina, de outra turma. Ela que me puxou para um vestiário vazio e quis me ver
pelado em troca de vê-la nua. E até que foi proveitoso, porque ela era gostosa,
mais que a Medéia. Era do time da ginástica colegial. Mas não passou disso: “só
olhar, viu?”. Foram só uns dois minutos antes dela se vestir. Mas valeram por
dias. E, felizmente, não terminou em escândalo, essa sim era garota de palavra,
não espalhou.
- Que loucura.
- Daí depois foram três outras meninas que
procuraram o safado aqui. Não foi bem a mesma coisa: elas me chamaram foi para
jogar strip pôquer.
- Strip pôquer?!
- Bem, essas três eram as mais safadas da
escola. Eram três remanescentes daquele time de futebol que eu espiava nadando
nuas; o resto mudou de cidade. E mesmo assim não pararam com as brincadeiras
safadas. Não era à toa que elas eram
conhecidas como as Três Safadas – viviam fazendo jogos de humilhação com os
meninos, só pra rir da cara deles depois. Eu sabia muito mais segredos delas
que o restante do colégio porque elas continuavam se reunindo no mesmo
laguinho, convidavam novas amigas, e eu ainda guardava minha lona camuflada.
Bem, as Três Safadas ficaram sabendo da história da Medéia e quiseram fazer
jogo comigo. E eu nem sabia jogar pôquer. Ah, mas elas não contavam que eu
aprendi o jogo bem depressa, as combinações vencedoras... Elas só me explicaram
uma vez como o pôquer funcionava, mas consegui entender tudinho. E ainda por
cima eu estava no meu dia de sorte. No fim, consegui tirar toda a roupa delas
antes de perder a minha.
- Credo.
- Mas não rolou nada. Elas me expulsaram da
casa depois que tiraram as calcinhas. Mas aí comecei a ganhar fama positiva
depois que essa história veio à tona. Digo, só os professores e os pais que não
podiam saber, então procurávamos tratar desses assuntos com discrição, na
encolha. Passei longas horas conversando sobre sexo com meus pais... Vários
amigos me parabenizaram: “uau, você conseguiu ganhar das Três Safadas no strip
pôquer, como foi possível, cara?” “Elas são gostosas, não são?” “Diz aí, aquela
que corta o cabelo bem curto tinha mesmo a p(...) bem peluda, não tinha?” Como
se eu tivesse feito justiça para com aqueles que tinham caído nas garras delas.
Teve um que faltou dois dias de aula de tão humilhado que havia sido por
elas... O que posso dizer é que, depois desse episódio, elas sossegaram um
pouco o facho.
- Loucura.
- Bem, mas de repente, todas as meninas queriam
comprovar se eu era ou não bem dotado, conforme disseram. Várias meninas
começaram a dar um jeito de me arrastar para o quarto delas só para me ver
pelado. Nunca rolava nada, era só uma troca de apreciação de corpos. Comecei a
me sentir um prostituto... Ter de ficar nu só para poder ver strip teases particulares. Mas eu também
deixava claro: “só olhar, sem tocar”. Foi assim até aquele dia... O momento
finalmente chegou.
Olhei momentaneamente para Eliane. Pude ver
que ela mordia os lábios. E olhei para as outras garotas, que também não podiam
esconder a excitação. Já esperavam pela melhor parte da narrativa mordendo os
lábios.
- Havia ganho fama de garanhão e de sedutor
por causa do episódio do strip pôquer. Mas não tinha rolado nada... até que a
Hilde, que era a garota mais bonita do colégio então, não conseguiu resistir. E
o pior, o que ela tinha de bonita, também tinha de... má fama. Não tanto quanto
as Três Safadas. Ela havia entrado no colégio há apenas um ano, e já havia
terminado três namoros. Bem... o colégio havia promovido uma festa. E aí, como
de costume, eu tirava várias garotas para dançar. No bolso, uma camisinha,
porque eu já tinha um pressentimento. E os outros meninos desenvolveram inveja
de mim, do sortudo Macário, que tirava todas as meninas para dançar, e elas
gostavam. Levou um tempo, mas fiquei de boa com todas outra vez. Bem, naquela
noite, a Hilde foi quem me tirou para dançar. Ela quis bater papo comigo, até
então nunca havíamos conversado, ela sabia pouco de mim, assim como eu sabia
pouco sobre ela, ela não era fácil de espionar. E eu fui me deixando levar...
Dezessete anos, essa idade é f(...). Ela me tirou da festa à francesa. Ouviu
falar da minha fama de bem-dotado e quis comprovar. Em troca, vocês sabem.
- E rolou?!
- Como não ia rolar? Principalmente porque a
Hilde era peituda. Não pude evitar a ereção... e ela não conseguiu resistir. Achei
que ia ser das outras vezes, que ela ia se vestir imediatamente depois, mas foi
diferente... Não quis só olhar, já foi pegando no meu p(...). “Mostre o que
sabe fazer”, ela disse. “Fazer o quê?”, perguntei. “Como é? Você nunca...
Transou?”, ela disse. “Hã... eu nunca fiz isso...”, confessei. Ela ficou
confusa... Como assim, o rapaz viu várias meninas peladas, elas o viram pelado,
e ele continuava... virgem?! “Ah, não é possível... Vamos, venha cá que eu vou
te mostrar umas coisinhas...”, ela disse. E, no fim... Fiz minha estreia. Fiz
bem em ter trazido aquela camisinha. Foi a primeira vez que toquei em uma
menina pelada... que chupei um seio... Que senti o “bernardo” se apertando
contra a barriga de uma garota... Que eu mexi na b(...) de uma garota... Que eu
enfiei o...!
Todas as garotas começaram a corar. Estavam a
ponto de soltar gritinhos excitados.
- E até que eu fui bem. Tinha em mente as
noites que espionei meus pais transando, como faziam naqueles filmes... Ela
gostou. Ficou feliz. Terminou com um “está aprovado, garotão”. E mais... foi
ela quem me apresentou ao maravilhoso mundo da safadeza. Ela foi minha primeira
amiga de sexo. Porque não foi uma única vez com ela... Foram os cinco meses
mais intensos da minha adolescência. As camisinhas passaram a fazer parte da
lista de coisas com as quais gastava a mesada. Ao menos até descobrir que nos
postos de saúde distribuíam camisinhas de graça.
- Hmmmmm...
- Depois daquela noite... foi como se tivesse
soltado um monstro há muito preso dentro de mim. A Hilde despertou meu lado
lobo. Ficamos cinco meses juntos, até ela mudar de colégio de novo. E ela se
foi rindo da minha cara... Eu fui só mais um para ela. Mas ainda tinha peixe
nesse mar... Já que havia descoberto o sexo, as coisas agora iam mudar. Chega
de nudez de graça: a partir de agora, quem quiser me ver pelado, vai ter de
deixar eu também... sabem. A partir dali, meus galanteios também resultavam em
sexo. A Ondina voltou a me procurar, e desta vez rolou... A Medéia deu um jeito
de voltar a falar comigo, e desta vez rolou... E ela aprendeu a fazer sexo
oral. Só as Três Safadas que nunca mais me procuraram.
- E depois...?
- Claro que não era todo dia, toda vez. Eu
precisava estudar. Precisava entrar na faculdade. Durante algum tempo o sexo
era uma recompensa pelos meus esforços. Tinha muita menina que pedia ajuda nos
estudos só para me arrastar para o quarto delas e... Ah, mas eu deixava claro
que primeiro os deveres, depois a diversão. E...
- Bem, bem. Acho que o resto é possível
adivinhar sem precisar que você conte... Essa vida seguiu até a formatura e
depois pela faculdade. Mas diz só mais uma coisa: você nunca se apaixonou por
alguma dessas meninas?
- Hã... não. Digo, não sei se era mesmo
paixão o que eu sentia. Eu sentia atração pelas meninas, o que certamente é
diferente. Acho que elas se apaixonavam por mim, mesmo sabendo quem eu sou...
Digo, fiquei muito mal depois do fim do relacionamento com a Hilde, e depois
que a Medéia declarou que não havia mais nada entre nós, que ela se apaixonou
por outro... Mas acho que nunca senti o desejo de ficar com uma menina para o
resto da vida, se é isso que você quer dizer.
- Aham. Bem, Macário, já dá para dizer que o
sexo ocupa parte importante de sua vida. Já fizemos a devida busca pelas raízes
dessa obsessão. Mas ainda tem a outra parte antes de dar um diagnóstico... O
momento em que você passou a trocar o dia pela noite. Dormir de dia, levar a
vida à noite. Daí podemos concluir o seu perfil básico.
E Eliane me mostrou o bloco de anotações
cheio de escritos em uma caligrafia muito fina e apertada, quase ilegível.
- Quando comecei a trocar o dia pela noite?
Bem... – já fui começando a falar, mas aí...
- Também quero saber. Conta, meu amor. Conta
mais dessas suas histórias sexuais...
Era uma voz masculina. Todos nos viramos para
olhar.
Sim, ele mesmo.
Luce estava parado junto à porta do
apartamento. Havia acabado de chegar... ou não?
Aguardem o próximo capítulo.
Até aqui, como está ficando? Está bom? Ruim? A qualidade das ilustrações diminuiu? Devo continuar neste ritmo? Fazer alterações? Parar? Manifestem-se nos comentários!
Até mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário