terça-feira, 23 de julho de 2019

MACÁRIO - Capítulo 64: "Retrato do sedutor quando jovem"

Olá.
Esta semana, uma semana depois do último capítulo, consegui elaborar um novo capítulo de meu folhetim ilustrado para adultos, MACÁRIO. Aos poucos vou fazendo ajustes no calendário de publicação da série, voltando a deixá-la com a publicação mais constante.
ATENÇÃO: leitura não recomendada para menores de 18 anos. Contém cenas de sedução de menores, insinuações de homossexualismo, sexo e voyerismo.



Ainda tinha minhas dúvidas se Eliane sabia o que estava fazendo, ao bancar a psiquiatra, me fazendo deitar no sofá da sala e falar de minha vida diante de outras quatro mulheres – Âmbar, Andrômeda, Morgiana e Fifi. Mas que outra opção se tinha agora? Eram as únicas pessoas de confiança naquele momento, e eu estava justamente precisando falar do que eu sentia para pessoas de confiança.
- Bem, então – fui falando, enquanto Eliane escutava e anotava, eu pausava a fala um pouco para ouvir o som do lápis passando pelo papel – Minha mãe foi a primeira mulher que vi nua, ao vivo... e ver meus pais transando foi o primeiro filme pornô que assisti na vida. Depois, veio a descoberta da coleção de revistas... hã... adultas do meu pai. E depois das fitas VHS e DVDs filmes com mulher pelada que ele tinha escondido, e que eu aproveitava para assistir quando meus pais estavam ausentes. Quem podia imaginar, meu pai, amante de livros e da cultura, fiel à minha mãe, também mantinha uma coleção de pornografia escondida, eh, eh... Mas educação sexual, propriamente dita, fui ter mesmo na escola.
- Que tipo de educação sexual? – pergunta Eliane. – Com quem?
- Bem, primeiro tive a educação sexual normal nos colégios, aquela que entrou no currículo escolar, meio fraquinha e que veio meio tarde, pois aprendi mais sobre sexo com os filmes do meu pai do que com as explicações dos professores, que falavam mais de métodos anticoncepcionais, doenças venéreas e preservativos aprovados ou reprovados pela Igreja... a perda de minha virgindade, propriamente dita, se deu mesmo aos dezessete anos. Bem, tive amigos que perderam a sua aos quinze, dezesseis... Mas, até os dezessete, sempre fui um bom menino, por assim dizer... Eu estudava normalmente, fazia as lições, obedecia as ordens dos meus pais, mas tinha o interesse por garotas desperto desde muito cedo. Desde que entrei na escola, eu gostava mais de estar na companhia das meninas que dos meninos. Digo, na hora do recreio e da educação física, eu ficava mais na companhia das meninas. Eu não era muito de jogar futebol, ficava de fora da maioria dos jogos.
- Aham. E o que você fazia com as meninas, Macário?
- Participava das brincadeiras delas. Cirandas, brincadeiras de roda, locução de desfiles... De vez em quando era convidado para a brincadeira de casinha, eu era o pai.
- Peraí. Locução de desfiles?
- As meninas da escola brincavam muito de desfilar sobre os bancos de espera, fingindo serem misses de concurso de beleza. Era eu que fazia a locução. Tipo: “na passarela, Miss Adelaide”, “aplausos para a Miss Maracujá”, “e agora na passarela a candidata número 15, Miss Batata Roxa”, essas coisas. Nunca brincou disso?
Ouvi Eliane dando uma risadinha.
- De desfile, não, eu não brincava. Mas de médico, sim, bastante... E de médico, você brincava?
- Às vezes. Mas nada de dizer para tirar a roupa. Além disso, eu que era sempre o paciente. Ao menos ganhava balas como remédio.
- Puxa. E as meninas apreciavam sua companhia?
- Claro. Eu não era o menino mais bonito, o que fazia a meninada suspirar, eu não era um bom cantor, mas eu era o que mais tratava bem as meninas da minha escola, ganhava a confiança delas na lábia mesmo... Os outros meninos viviam jogando a bola para fora do campo, de propósito, só para acertá-las, por exemplo. Alguns dos meus amigos viviam às provocações com as meninas, tipo Clube do Bolinha contra Clube da Luluzinha. Os que não brigavam com as meninas davam um jeito de espiá-las no banheiro, tomando banho. Ainda era a era do buraco da fechadura, se é que você me entende.
- E você não espiava...
- Sim, espiava também, mas eu conseguia ser mais discreto. Eu nunca fui pego em flagrante, felizmente. Não peça maiores detalhes, pois espiar meninas em momentos, digamos, comprometedores, é uma aventura para qualquer um. Mas também não posso dizer que não aprendi por tentativa e erro – no caso, os erros dos outros.
- Como assim?
- Tinha muitos amigos meus que praticavam, hum, voyeurismo, mas acabavam se dando mal. Tipo, tentavam espiar as vizinhas trocando de roupa pela janela do quarto ou tomando banho de sol no jardim, e acabavam sendo descobertos, aí era só correria quando a menina gritava. A partir do que eles contavam, e do que eu pude ver, de longe, é que fui aprendendo a melhor forma de espiar garotas sem ser visto.
- E os outros meninos?
- Bem, digamos que eu e meus amigos fomos uma turma de taradinhos. Dos dez aos quinze, essa idade é f(...). Fomos afetados pela erotização precoce da mídia, tipo É o Tchan, Tiazinha... Quando um amigo trazia uma revista de mulher pelada pra gente olhar, nos acotovelávamos, tomávamos a revista da mão dos outros... Mas sempre fui o mais sortudo, e o mais discreto, e o mais... estrategista na arte da conquista.
- Mas a sua virgindade não foi perdida aos dezessete?
- Foi, mas até lá eu fazia o tipo Don Juan, mais paquerar do que querer... aquilo com as garotas. Meu amadurecimento sexual foi feito de forma progressiva. Primeiro a fase dos beijinhos roubados e flores arrancadas dos jardins, depois a fase do dançar coladinho nos bailes, para só depois passar para a fase do... hum... treinamento em colocar camisinha. Calma que eu chego lá.
- Vai no seu ritmo, Macário, mas vá falando mais. A sua mãe foi a primeira mulher que você viu nua... e as outras garotas? Quando começou a vê-las peladas ao vivo, e de perto?
- Foi um longo e tortuoso aprendizado. Venho de uma cidade de tamanho médio, de interior, até que era fácil esconder segredos, sabe, se fosse uma cidade menor, quase uma vila... Bem, na minha cidade havia um rio, onde foi construído um balneário. Não ficava perto de casa, mas constantemente meu pai levava a família para passar um sábado ou domingo lá. E, claro, muita gente nadava naquele balneário público. E, naturalmente, garotas de biquíni. A primeira experiência de seminudez de garotas alheias. Algumas de minhas colegas de escola frequentavam o balneário, e acabava sendo inevitável a fascinação provocada por... bem, no dia-a-dia, a gente se acostuma tanto de ver nossas amigas vestidas, com o corpo bastante coberto, aí, em momentos como esse, admirar essas mesmas amigas em traje de banho é outra forma de vê-las. Inevitável querer provoca-las dentro e fora da água, sabe, espirrar água nelas, belisca-las debaixo d’água... E eu lembro bem que, aos doze anos, a garota que melhor ficava de biquíni era a Laura. Essa se desenvolveu melhor que as outras. Aos doze anos já tinha peitinhos bem desenvolvidos. E mantinha uma cintura fina... Não era à toa que era a mais cobiçada da escola, antes de sua mudança para uma cidade maior, um ano depois. Pelo menos, era a mais cobiçada da minha classe. Na mesma escola tinha outras com condições de competir com ela e até vencê-la. Mas eram as adolescentes, claro. Frutos proibidos para nós, os pirralhos. Ah, mas com a Laura eu já consegui dançar coladinho. Não foi fácil convencê-la, mas em se tratando do Macário...
- Sei. Mas e essas tais adolescentes, não lhe interessavam?
- Como não? Principalmente uma vizinha que eu tinha, a Tássia. Quando eu tinha doze, ela estava com dezessete, e quando lembro daquela bunda... Ela montava uma piscina no jardim para ela e os irmãos brincarem. Ela tomava sol no jardim, estendida de bruços sobre a esteira, aquela bundinha para cima... E eu ficava escondido no meu quarto... Fingia que fazia o dever da escola, mas quando a minha mãe virava as costas... Mas ninguém nunca me via na janela, eu aprendi a montar um periscópio com caixas de leite e espelhos, a Tássia nem notava.
Eliane deu outra risada.
- Que malandragem.
- Eu não falei que era estrategista?
- Com a Tássia você nunca dançou?
- Não. Já cheguei a mandar umas cartinhas, deixa-las debaixo da porta, mas ela se mudou com a família quando fiz treze anos. Nunca fiquei sabendo o que ela achou das cartas.
- E eram só essas duas, essa Laura e essa Tássia, que...?
- Não. Tinha mais gente interessante de minha convivência. Fiquei famoso quando consegui tirar uma garota lá do segundo ano do Ensino Médio para dançar em um baile. Eu estava no sétimo ano do Fundamental. E ela era mais alta do que eu, e tinha seios grandes.
- Uh-la-lá.
- É tanta coisa para lembrar, mas... Bom, dentre tantas pessoas interessantes, inclusive tinha um grupinho de meninas... elas formavam um time de futebol feminino. Eram bonitas porém duronas. Não era à toa que as brigas com os meninos eram constantes, e elas venciam a maioria das partidas. Pois bem: além do balneário que eu falei, haviam outros locais onde se podia nadar, escondidos nos matagais que circundavam minha cidade, com alguma sorte eles não são encontrados sujos, poluídos. Esse grupo de meninas havia descoberto um lago de água limpa escondido no meio de um desses matagais, justo o que ficava mais perto da minha casa. E iam nadar ali. Eram umas seis, sete meninas. Elas achavam que ninguém sabia onde ficava esse lago, mas eu dei um jeito de descobrir onde era o lago secreto delas, decorei até os dias e horários que elas iam, assim podia me planejar. E o pior é que elas nadavam nuas. Nuas!
- Uau. E nunca descobriram você?
- Nunca. Porque eu conseguia me camuflar no mato em redor. Descolei uma daquelas lonas camufladas do exército, bastava cobri-la de folhas, me enrolar nela e pronto, eu me mimetizava numa boa. Inclusive eu havia ganho de presente um binóculo. Como o tal lago ficava cercado de árvores, nada dava errado. Ah, e nunca dividi esse segredo com ninguém, podia só eu espiar aquelas safadas. Esse segredo ficava só para mim. E só eu sabia que, de vez em quando, elas também se bolinavam e se beijavam... brincavam de lesbianismo, eh, eh... Adolescência é f(...).
- Mas você nunca falou com esse grupo?
- Falei, sim. Não podia confessar que eu as espiava no local secreto delas. Elas achavam que eu era o menino de confiança. Havia ganho fama com o hábito de brincar mais com as meninas que os meninos na escola, achavam que eu era de confiança, entende? Eu conseguia esconder minha vida paralela de obsessão por garotas por trás de uma fachada de bom estudante. Podia ter usado o que descobri delas para fazer alguma chantagem, mas nunca usei. Mas elas dançavam comigo nas festas. Elas que me tiravam para dançar. Eu fazia torcida para o time delas nos jogos, como eu disse, eu era o que tratava melhor das meninas. E eu fui o primeiro beijo que elas deram num menino. Não todas ao mesmo tempo, cada uma se encontrou comigo em separado. Mas você entendeu. Eu era o Don Juan. E digo mais, como elas também pagavam sorvetes, e às vezes eu que pagava, tomei muito sorvete nessa brincadeira.
- Aham. Foi desses episódios então que veio seu gosto por mulheres?
- Desses e de outros episódios. Teve outro episódio que foi bastante... significativo. Quase arruinei minha reputação quando esse episódio veio à tona. O dia em que uma garota ficou nua diante de mim, por vontade própria.
- Hmmm... Já está ficando interessante. Foi quando você perdeu a virgindade?
- Não. Foi antes. Eu cheguei aos quinze anos na ocasião. A menina se chamava Medéia. Também era uma vizinha de casa, digo, ela passou a morar na casa da Tássia, e eu notava que ela tinha uma quedinha por mim, como várias outras meninas. Aconteceu assim: um dia eu cheguei em casa, e estava chovendo; mal fechei o guarda-chuva e tirei as galochas, fui direto ao banheiro, e quando abri a porta, lá estava ela trocando de roupa. Estava chovendo, como eu disse, e a Medéia havia se abrigado em casa, ficou trancada fora da casa dela e havia se molhado, minha mãe a abrigou, mas esqueceu de avisar. Bem, a Medéia ia tomar banho e esqueceu de trancar o banheiro, aí, abri a porta de sopetão e acabei flagrando ela só de calcinha, prestes a tirá-la... Foi um susto tanto para ela quanto para mim. Por pouco minha mãe não nos flagrava. Tive de pedir mil desculpas depois que ela saiu do banho.
- Mas ela não havia se exibido...?
- Calma, já chego lá. Bem, a primeira vez que a vi nua, digo, quase nua, foi acidental. Mas aí, uns três dias depois, foi ela quem me procurou para tirar satisfações do episódio. Tentei me desculpar de novo, mas aí a coisa tomou um outro rumo: foi ela quem propôs se eu não gostaria de vê-la nua, desta vez totalmente. Claro que aceitei. Mas a condição era que eu também me exibisse nu para ela. Ela disse que havia me flagrado dia desses fazendo xixi em um muro e visto o meu pinto, e agora queria vê-lo mais de perto também, e...
- E você ficou nu na frente dela...?
- Fiquei. E ela cumpriu o que prometeu. Tirou toda roupa diante de mim. Eu também tirei a roupa. Mas não consegui esconder o pinto... sabe... a Medéia era uma garota bonita, tinha corpo de bailarina. Ah, cara, nem daquele tufo de pelos pubianos que ela tinha eu esqueci. Se ela queria mais alguma coisa além de ver um garoto nu, nem deu tempo: bem nessa hora minha mãe nos flagrou, abriu a porta do quarto de sopetão. Desta vez ela nos flagrou. Levei o maior sermão. Só não foi pior porque a Medéia confessou que a ideia foi dela. Ela só ficou proibida de me ver depois disso.
- Uau.
- Esse episódio foi significativo. Claro que foi. Mas, como eu disse, quase arruinou minha reputação quando veio à tona. Os boatos começaram a correr, claro que foi a Medéia quem espalhou a história, fosse por mim ficaria em segredo. Minha mãe até me mandou para um psicólogo para ser diagnosticado. Mas consegui provar que não era um viciado em sexo.
- Uau.
- Mas não foi a única vez que uma garota se exibiu pelada diante de mim, não. A Medéia contou o episódio para as amigas dela, e as linguarudas depois espalharam para o restante do pessoal do colégio. Fui parabenizado pelos meus amigos meninos, afinal, consegui fazer uma menina ficar pelada na minha frente; mas as meninas passaram dias me virando as costas, me chamando de pervertido, de tarado, de nojento... mas outras meninas logo se interessaram pelo episódio, pelo que a Medéia contou, o suposto boato de que eu era bem dotado.
- Mas você é, Macário. – Âmbar deixou escapar.
- Modéstia à parte, mas lembre-se que eu tinha quinze anos. Pois bem, a segunda que tirou a roupa só pra mim foi a Ondina, de outra turma. Ela que me puxou para um vestiário vazio e quis me ver pelado em troca de vê-la nua. E até que foi proveitoso, porque ela era gostosa, mais que a Medéia. Era do time da ginástica colegial. Mas não passou disso: “só olhar, viu?”. Foram só uns dois minutos antes dela se vestir. Mas valeram por dias. E, felizmente, não terminou em escândalo, essa sim era garota de palavra, não espalhou.
- Que loucura.
- Daí depois foram três outras meninas que procuraram o safado aqui. Não foi bem a mesma coisa: elas me chamaram foi para jogar strip pôquer.
- Strip pôquer?!
- Bem, essas três eram as mais safadas da escola. Eram três remanescentes daquele time de futebol que eu espiava nadando nuas; o resto mudou de cidade. E mesmo assim não pararam com as brincadeiras safadas.  Não era à toa que elas eram conhecidas como as Três Safadas – viviam fazendo jogos de humilhação com os meninos, só pra rir da cara deles depois. Eu sabia muito mais segredos delas que o restante do colégio porque elas continuavam se reunindo no mesmo laguinho, convidavam novas amigas, e eu ainda guardava minha lona camuflada. Bem, as Três Safadas ficaram sabendo da história da Medéia e quiseram fazer jogo comigo. E eu nem sabia jogar pôquer. Ah, mas elas não contavam que eu aprendi o jogo bem depressa, as combinações vencedoras... Elas só me explicaram uma vez como o pôquer funcionava, mas consegui entender tudinho. E ainda por cima eu estava no meu dia de sorte. No fim, consegui tirar toda a roupa delas antes de perder a minha.
- Credo.
- Mas não rolou nada. Elas me expulsaram da casa depois que tiraram as calcinhas. Mas aí comecei a ganhar fama positiva depois que essa história veio à tona. Digo, só os professores e os pais que não podiam saber, então procurávamos tratar desses assuntos com discrição, na encolha. Passei longas horas conversando sobre sexo com meus pais... Vários amigos me parabenizaram: “uau, você conseguiu ganhar das Três Safadas no strip pôquer, como foi possível, cara?” “Elas são gostosas, não são?” “Diz aí, aquela que corta o cabelo bem curto tinha mesmo a p(...) bem peluda, não tinha?” Como se eu tivesse feito justiça para com aqueles que tinham caído nas garras delas. Teve um que faltou dois dias de aula de tão humilhado que havia sido por elas... O que posso dizer é que, depois desse episódio, elas sossegaram um pouco o facho.
- Loucura.
- Bem, mas de repente, todas as meninas queriam comprovar se eu era ou não bem dotado, conforme disseram. Várias meninas começaram a dar um jeito de me arrastar para o quarto delas só para me ver pelado. Nunca rolava nada, era só uma troca de apreciação de corpos. Comecei a me sentir um prostituto... Ter de ficar nu só para poder ver strip teases particulares. Mas eu também deixava claro: “só olhar, sem tocar”. Foi assim até aquele dia... O momento finalmente chegou.
Olhei momentaneamente para Eliane. Pude ver que ela mordia os lábios. E olhei para as outras garotas, que também não podiam esconder a excitação. Já esperavam pela melhor parte da narrativa mordendo os lábios.
- Havia ganho fama de garanhão e de sedutor por causa do episódio do strip pôquer. Mas não tinha rolado nada... até que a Hilde, que era a garota mais bonita do colégio então, não conseguiu resistir. E o pior, o que ela tinha de bonita, também tinha de... má fama. Não tanto quanto as Três Safadas. Ela havia entrado no colégio há apenas um ano, e já havia terminado três namoros. Bem... o colégio havia promovido uma festa. E aí, como de costume, eu tirava várias garotas para dançar. No bolso, uma camisinha, porque eu já tinha um pressentimento. E os outros meninos desenvolveram inveja de mim, do sortudo Macário, que tirava todas as meninas para dançar, e elas gostavam. Levou um tempo, mas fiquei de boa com todas outra vez. Bem, naquela noite, a Hilde foi quem me tirou para dançar. Ela quis bater papo comigo, até então nunca havíamos conversado, ela sabia pouco de mim, assim como eu sabia pouco sobre ela, ela não era fácil de espionar. E eu fui me deixando levar... Dezessete anos, essa idade é f(...). Ela me tirou da festa à francesa. Ouviu falar da minha fama de bem-dotado e quis comprovar. Em troca, vocês sabem.
- E rolou?!
- Como não ia rolar? Principalmente porque a Hilde era peituda. Não pude evitar a ereção... e ela não conseguiu resistir. Achei que ia ser das outras vezes, que ela ia se vestir imediatamente depois, mas foi diferente... Não quis só olhar, já foi pegando no meu p(...). “Mostre o que sabe fazer”, ela disse. “Fazer o quê?”, perguntei. “Como é? Você nunca... Transou?”, ela disse. “Hã... eu nunca fiz isso...”, confessei. Ela ficou confusa... Como assim, o rapaz viu várias meninas peladas, elas o viram pelado, e ele continuava... virgem?! “Ah, não é possível... Vamos, venha cá que eu vou te mostrar umas coisinhas...”, ela disse. E, no fim... Fiz minha estreia. Fiz bem em ter trazido aquela camisinha. Foi a primeira vez que toquei em uma menina pelada... que chupei um seio... Que senti o “bernardo” se apertando contra a barriga de uma garota... Que eu mexi na b(...) de uma garota... Que eu enfiei o...!
Todas as garotas começaram a corar. Estavam a ponto de soltar gritinhos excitados.
- E até que eu fui bem. Tinha em mente as noites que espionei meus pais transando, como faziam naqueles filmes... Ela gostou. Ficou feliz. Terminou com um “está aprovado, garotão”. E mais... foi ela quem me apresentou ao maravilhoso mundo da safadeza. Ela foi minha primeira amiga de sexo. Porque não foi uma única vez com ela... Foram os cinco meses mais intensos da minha adolescência. As camisinhas passaram a fazer parte da lista de coisas com as quais gastava a mesada. Ao menos até descobrir que nos postos de saúde distribuíam camisinhas de graça.
- Hmmmmm...
- Depois daquela noite... foi como se tivesse soltado um monstro há muito preso dentro de mim. A Hilde despertou meu lado lobo. Ficamos cinco meses juntos, até ela mudar de colégio de novo. E ela se foi rindo da minha cara... Eu fui só mais um para ela. Mas ainda tinha peixe nesse mar... Já que havia descoberto o sexo, as coisas agora iam mudar. Chega de nudez de graça: a partir de agora, quem quiser me ver pelado, vai ter de deixar eu também... sabem. A partir dali, meus galanteios também resultavam em sexo. A Ondina voltou a me procurar, e desta vez rolou... A Medéia deu um jeito de voltar a falar comigo, e desta vez rolou... E ela aprendeu a fazer sexo oral. Só as Três Safadas que nunca mais me procuraram.
- E depois...?
- Claro que não era todo dia, toda vez. Eu precisava estudar. Precisava entrar na faculdade. Durante algum tempo o sexo era uma recompensa pelos meus esforços. Tinha muita menina que pedia ajuda nos estudos só para me arrastar para o quarto delas e... Ah, mas eu deixava claro que primeiro os deveres, depois a diversão. E...
- Bem, bem. Acho que o resto é possível adivinhar sem precisar que você conte... Essa vida seguiu até a formatura e depois pela faculdade. Mas diz só mais uma coisa: você nunca se apaixonou por alguma dessas meninas?
- Hã... não. Digo, não sei se era mesmo paixão o que eu sentia. Eu sentia atração pelas meninas, o que certamente é diferente. Acho que elas se apaixonavam por mim, mesmo sabendo quem eu sou... Digo, fiquei muito mal depois do fim do relacionamento com a Hilde, e depois que a Medéia declarou que não havia mais nada entre nós, que ela se apaixonou por outro... Mas acho que nunca senti o desejo de ficar com uma menina para o resto da vida, se é isso que você quer dizer.
- Aham. Bem, Macário, já dá para dizer que o sexo ocupa parte importante de sua vida. Já fizemos a devida busca pelas raízes dessa obsessão. Mas ainda tem a outra parte antes de dar um diagnóstico... O momento em que você passou a trocar o dia pela noite. Dormir de dia, levar a vida à noite. Daí podemos concluir o seu perfil básico.
E Eliane me mostrou o bloco de anotações cheio de escritos em uma caligrafia muito fina e apertada, quase ilegível.
- Quando comecei a trocar o dia pela noite? Bem... – já fui começando a falar, mas aí...
- Também quero saber. Conta, meu amor. Conta mais dessas suas histórias sexuais...
Era uma voz masculina. Todos nos viramos para olhar.
Sim, ele mesmo.

Luce estava parado junto à porta do apartamento. Havia acabado de chegar... ou não?

Aguardem o próximo capítulo.
Até aqui, como está ficando? Está bom? Ruim? A qualidade das ilustrações  diminuiu? Devo continuar neste ritmo? Fazer alterações? Parar? Manifestem-se nos comentários!
Até mais!

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