Estúdio Rafelipe: DIDI E LILI GERAÇÃO MANGÁ No. 5

sábado, 25 de dezembro de 2010

DIDI E LILI GERAÇÃO MANGÁ No. 5 - Preces atendidas!

Olá.

Já estamos perto do final do ano 2010. Não foi um ano assim tão bom, mas também não foi um ano tão ruim.

Estava preocupado: para postar alguma coisa nesse final de ano, poderia achar que só iria postar a mensagem natalina que preparei para este ano. Mas eis que a editora Escala resolve colocar nas bancas, esta semana, o quinto número de DIDI E LILI GERAÇÃO MANGÁ!

Este novo número do quinto gibi protagonizado pelo trapalhão Renato Aragão - desta vez em formato mangá e ao lado de sua filha Lívian - deu uma melhorada com relação ao anterior. Muitos já devem ter lido: praticamente detonei o quarto número.

Mas, desta vez, as preces foram atendidas: Arthur Garcia voltou a desenhar para o gibi! É o traço deste artista que garante a qualidade do gibi. Porém, pena que ele desenhou a história mais fraca da edição.

Bem, vamos por partes.

Quem acompanhou os números anteriores, sabe que o gibi apresenta geralmente três histórias: uma delas é colorida e as outras preto-e-branco. A edição número cinco apresenta duas histórias.

A primeira, Didi e Lili em O Baile de Máscaras, foi desenhada por Garcia (que também assina a ilustração da capa vista acima); o roteiro é de Franco de Rosa (coordenador do Estúdio Franco de Rosa, o realizador do gibi), a arte-final é de Antonio Lima e as cores são de Neuza de Carvalho. Nela, Lili pede a Didi para que arranje um convite para um baile de máscaras promovido na Ilha de Malas; após Didi conversar com seu amigo, Luciano Buck (o "avatar" do apresentador Luciano Huck dentro do gibi), Lili vai ao tal baile, e cruza com uma porção de garotos usando máscaras de atores e cantores famosos. Mas, na hora de tirar a máscara, um dos convidados revela ser... Sylvester Stallone!!! O final da história é sem pé nem cabeça, mas foi um modo de puxar a orelha de alguém: pelo jeito, ainda estamos ressentidos com Stallone e suas declarações sobre o Brasil, à época de lançamento de seu mais recente filme: "Lá você pode atirar nas pessoas, explodir coisas que eles ainda dizem: 'obrigado! E aqui está um macaco para você levar para casa!'". Também não é pra tanto! A referência ainda foi bem explícita...

A segunda história, Lili e o Dragão, foi escrita por Luciano Serafim e Álvaro Omine, desenhada por Omine, arte-finalizada por Antonio Lima e reticulada por Neuza de Carvalho (é a história em preto-e-branco da edição). Nela, Lili vai passar as férias nas montanhas, e tem por companhia um belo rapaz (que naturalmente aguça os sentimentos de Lili) e duas crianças sapecas. Após uma organização meio atabalhoada do acampamento, ao perseguir um esquilo que lhe mordeu, Lili, junto com o rapaz, entra em um estranho vale, que diz a lenda pertencer aos dragões. Lili conhece a lenda dos dragões - sobre três povos, um que vivia sobre a proteção dos dragões, e os outros dois disputando um lagar sagrado que o primeiro guardava - e, a seguir, encontra um filhote de dragão, ao qual acaba se afeiçoando. Esta historinha é a melhor da revista. Apesar do roteiro cheio de tropeços e com trechos difíceis de entender, a arte é a melhor: bem ao estilo mangá - e Omine não dispensa, e até capricha nas expressões exageradas dos personagens de mangá. Já a lenda do povo dragão é totalmente em estilo Super-Deformed (SD), o estilo de desenho que "achata" personagens de mangá, transformando-os em anões. Ficou totalmente diferente de todas as histórias já produzidas!

Por tudo isso, DIDI E LILI No. 5 é a melhor edição até agora já produzida!

E façamos mais preces para que a próxima edição seja ainda melhor! De preferência, com roteiros melhores!

POR FALAR EM PUXAR ORELHAS...

Nestes últimos dias, os excelentíssimos deputados federais aumentaram o próprio salário. E, desta vez, a sociedade brasileira não teve como impedir mais essa molecagem. O governo Lula já está terminando e eles já começaram a se esprovalecer...

É, prende um gato atrás vem outro.

E eis aqui duas charges toscas (feitas sem esboço) demonstrando a indignação com o fato.

Já que Franco de Rosa puxou a orelha do Stallone em DIDI E LILI 5, eu aqui aproveito para puxar a orelha... dessa sociedade brasileira, que naquele dia estava mais preocupada com a saída do Internacional de Porto Alegre do Mundial de Clubes, derrotado pelo Mazembe! Ainda que tenha sido com atraso...