sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O retorno de Geandré

Olá.
Certa vez, escrevi um post falando sobre o cartunista Geandré - na ocasião, falei da raridade editorial O IMPEACHMENT, revista de cartuns sobre os eventos que culminaram com a queda do presidente Fernando Collor.

Pois bem. Esta semana, recebi por e-mail, de um leitor que assina Márcia Bassanelli / Nova Fórmula de Assessoria, algumas informações adicionais sobre o cartunista. Como na época em que escrevi sobre o post não haviam informações disponíveis na internet sobre Geandré, repasso essas informações agora. Meua agradecimentos à Marcia Bassanelli; é mais uma página da história das HQ nacionais recuperada, e agora disponível ao público!
A charge abaixo também foi extraída da revista O IMPEACHMENT:


SOBRE Geandré
Nasceu em Santos, em 1951. Estreou em A Tribuninha, suplemento infantil de A Tribuna em Santos, aos 12 anos de idade e profissionalmente aos 16 anos, sendo colaborador de diversos veículos: Ultima Hora, O Dia, Jornal da Tarde, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, Vogue, IstoÉ, Playboy, Claudia, Nova, O Pasquim, MAD, Visão, Status, Senhor, Planeta, Você S/A, Diário de S. Paulo, Primeira Mão, DCI, Icaro e outros. Seu início profissional em São Paulo se dá no polo editorial do bairro do Brás, em publicações de anedotas e cartuns, pin ups, especializadas em programas e bastidores de TV, passatempos. Morando na Europa colaborou com publicações em Paris, Barcelona, Madrid, Zurique, Agencia Tusquet-Oslo, Copenhagen, Berlim. Realizou exposições em São Paulo, Ribeirão Preto, Curitiba (Brasil), Tóquio, Barcelona, Montréal e Paris. Trabalhou ainda em publicações house organ de empresas como Banco Itaú, Siemens, Cica, Sadia, Embraco, 3M, Chapecó, Banespa, BMF, Dow Química, Tortuga Zootécnica.
É o único artista brasileiro a ter trabalhos expostos no TALLER DE PICASSO, primeiro atelier de Picasso instalado em Barcelona.
É autor dos livros Ovelha Negra, Qual é a Graça, Faz me rir, Os Marketing Comics, Almanaque Collorido, O Impeachment, Os Gênios, As Malaguetas, E a vida continua (Álbum). Autor das tiras Os Gênios / Editora Abril. É co-autor de outros títulos: Leãozinho (com Caetano Veloso), O homem que espalhou o deserto (Ignácio de Loyola Brandão), Chatô (áudio livro de Fernando Morais).
Prêmio Abril de Jornalismo, Prêmio Internacional do Salão de Humor de Berlim e FUJI FILM COPA NA FRANÇA. Participou do filme “Origens do Andamento” no Festival Internacional de Animação de Lucca (Itália).
Seu trabalho faz parte do acervo do Museu de Caricatura(Basel/Suiça).
Foi editor do único jornal de cartoons no Brasil, Ovelha Negra. Percussor do Cartoon na Televisão brasileira, onde em 1975 apresentava seus cartuns no programa “TV Cartum” (TV Cultura – SP). Seus trabalhos ainda aparecem em pôster, calendários e agendas. Lançou o primeiro titulo editorial do mercado de licenças de marcas no Brasil: Licensing, jornal dirigido a agências de licenciamento e empresas licenciadas.
Desenvolveu oficinas de criação para o Centro Cultural Banco do Brasil (São Paulo), SESC e SESI(São Paulo). É produtor do CD O Caminho das Artes. Foi ilustrador de textos de Chico Anísio, Plínio Marcos, Lucilia Diniz, Amaury Jr., tendo colaborado também com área didática das editoras Saraiva, Contexto, FTD e Global Editora.
Trabalhando na grande imprensa teve como editores: Carlos Heitor Cony, Claudio Abramo, Ruy Castro, Samuel Wainer, Mauricio Kubrusly, Murilo Felisberto, Juca Kfouri, Ignácio de Loyola Brandão, Tarso de Castro, Jorge da Cunha Lima, Miriam Paglia Costa, Nello Ferrentini.
Acaba de ser editado o seu último livro: Um Bonde Cheio de História, pela Editora Aquariana.

“O humor é uma percepção súbita do conhecimento humano que capta com criatividade o poder de transferir aos outros sua veia sensorial.”
“O dia em que não rimos é o dia mais perdido da vida.”
“Quando vejo uma criança sorrir, aí sim, acredito que nem tudo está perdido!

A PROPOSITO DE GEANDRÉ...
“Pelo menos em matéria de humor nossa imagem no exterior é boa” - Jaguar, sobre exposição de Geandré em Paris
“Seus cartuns confirmam que a criatividade não deve ter limites e sim disciplina” - O Estado de São Paulo, a respeito do livro QUAL É A GRAÇA?
“Raros os cartunistas que conseguem a proeza como Geandré de publicar em 20 revistas por mês” - Veja, numa matéria sobre a situação do humor gráfico no Brasil em 1976
“Para nós foi uma grande surpresa encontrar no seu humor uma constante busca de inovação em traço e cor e experimentando muitas linguagens de humor” - Taller de Picasso, no catalogo da galeria em mais uma exposição em Barcelona.
“Geandré não é dado a intelectualismo fácil e é profundamente ligado ao cotidiano brasileiro” - Alcy, sobre o livro Ovelha Negra
“Geandré destrói, através de um humor fino, os valores levantados por uma sociedade competitiva.” - Folha de S.Paulo, editoria da Ilustrada.
“Com Ovelha Negra, o trabalho de Geandré passa a desenvolver um lado social mais atuante” - Moacy Cirne, critico de arte.
“Santos é uma cidade muito bonita mas tímida. Devia fazer que nem um de seus filhos, o Geandré que saiu dela para exibir seu trabalho pela Europa” - Ziraldo, em entrevista a A Tribuna de Santos.
“Um grande organizador de sonhos” - Jorge da Cunha Lima, jornalista, publicitário e ex- secretário de cultura do Estado de São Paulo
“Geandré não tem o que provar nada a ninguém” - Da Costa, cartunista
“Um mestre” - J. Bosco, Miram, Solda por citações.
“Além do grande artista,é um cara extremamente simples e leal com os amigos” - Fausto, cartunista.
“O traço de Geandré possui um encanto que vem precisamente da feiúra” - Luciano Ramos, crítico de arte e professor de comunicação da USP
“Participando de perto e entrando na loucura em engrenagens violentas, o humor de Geandré é um documento de grande valia para a história” - Alvaro de Faria, escritor

Para encerrar: uma charge já publicada no jornal Conta Corrente, do sindicato dos bancários de Santa Maria, RS, em junho de 2007. Até mais!

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