Esta semana, a Editora Escala soltou nas bancas mais uma edição de DIDI E LILI GERAÇÃO MANGÁ!
O gibi, que confirma-se como bimestral, é a quinta HQ estrelada pelo Trapalhão Renato Aragão, o Didi - e, desta vez, ao lado de sua filha Lívian, a Lili. Em versão mangá, o gibi foi produzido pelo estúdio Franco de Rosa.
As duas historinhas que compõem a presente edição têm os seguintes créditos: roteiros de Franco e Maria Cecília Amaral de Rosa; desenhos de Arthur Garcia (oba!); Arte-final de Antônio Lima; e cinzas e cores de Wanderley Felipe (vulgo Vanderfel). Flertando com a fantasia, as duas histórias ganharam bastante com a arte, mas perderam um pouco com os roteiros.
A primeira história, O Soldadinho de Chumbo, adapta para o universo de Didi o clássico conto infantil de Hans Christian Andersen. Didi, durante uma corrida matinal, encontra um soldadinho de chumbo, de uma perna só, e o leva para casa. Lá, o soldadinho vê Lili ensaiando passos de balé e, naturalmente, se apaixona. À meia-noite, hora em que os brinquedos ganham vida, o soldadinho vai procurar Lili e... bem, quem conhece a clássica historinha, já conhece mais ou menos o que vai acontecer. Porém, o final é diferente e feliz. E essa historinha é interessante por causa da arte: Garcia, Lima e Vanderfel fizeram a combinação de páginas coloridas e preto-e-branco - metade da historinha é colorida, mas o início e o final são em preto-e-branco. Mas, infelizmente, alguns trechos que soam meio falsos - como o golpe que o gatinho de Lili dá no soldadinho, atirando-o pela janela - e a diagramação caótica e pouco convincente comprometem o conjunto da historinha.
Desse último defeito também sofreu a segunda historinha, Lili e o Boto Cor de Rosa. Na trama, Lili e sua amiga Jandira, na piscina de um clube, conhecem um belo rapaz (é o clássico clichê desse gibi: nas histórias solo de Lili, ela sempre se apaixona e se envolve com rapazes bonitos, e que geralmente não são o que parecem - aqui, a regra é seguida à risca). Porém, com poucas informações sobre ele - como o de ele ter ficado muito tempo debaixo d'água e ele ter vindo de Belém do Pará - , Lili e Jandira já desconfiam que o rapaz seja o boto cor-de-rosa, um animal da Amazônia que, segundo a lenda, sai da água transformado em um belo rapaz para conquistar as moças. Eles resolvem tirar a prova numa festa na piscina do clube... Se a historinha foi pobre em roteiro e perdeu na diagramação, salva-se o fato de que foi o Arthur Garcia quem desenhou - e, dentre todos os desenhistas da série, ele é o melhor. E ele ainda insere aí as tradicionais expressões exageradas dos mangás. Outra menção honrosa: Lili e sua amiga Jandira aparecem em traje de banho! Era um elemento que faltava nesse gibi - Lili de biquíni!
Porém... Na edição anterior, foi anunciado que haveria um concurso de talentos, ao estilo do Chacrinha. Porém, essa "continuação" da edição anterior não aconteceu aqui. Esqueceram ou apenas ignoraram?!
A capa é de Franco de Rosa e Arthur Garcia - mas é, de novo, uma montagem com cenas internas do gibi! Qualé a desses caras, hein?! Tão com preguiça de desenhar capa também?!
Para quem quiser conferir, o preço de R$ 4,90 continua - e bem visível na capa, se vocês ainda têm dúvida!
Para encerrar, uma ilustração especial. Já que se falou em boto cor-de-rosa, essa lenda amazônica que as moças da Região Norte usam para justificar casos de gravidez misteriosa e indesejada, resolvi desenhar o bicho - conforme ilustrou Arthur Garcia - ao lado de outra lenda amazônica, a Iara. E sabem, modéstia a parte, até eu me surpreendi com o resultado final. Só queria que o scanner tivesse colaborado mais, porque o original foi colorido a lápis de cor e o escaneamento tirou um pouco desse brilho. E isso que eu desenhei com todo o cuidado... Buá!
Até mais!
Até mais!
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