domingo, 10 de julho de 2016

Outro desabafo de aniversário...

Olá.
No momento em que escrevo, dia 10 de julho de 2016, estou completando 32 anos de idade.
Sim, me encontro na temida crise de meia-idade, com a sensação de que ainda não consegui fazer nada relevante.
Chego aos 32 anos com incertezas sobre minha vida e o mundo.


Com a impressão de que o mundo quer que eu seja truculento, violento, malvado.
Com a impressão - e espero nisso estar equivocado - que o brasileiro não quer paz: quer sangue.
É compreensível, já que esperamos demais por mudanças que signifiquem benefícios para nosso povo.
E, em vez disso, o que nos dão?
Corrupção, violência, estupro, desvio de dinheiro, saúde e educação em frangalhos, grandes eventos como "pão e circo", corrupção.
E, como consequência, o brasileiro começa a externar os preconceitos e a tendência à violência e ao domínio através do medo que, desconfio eu, está entranhado nos genes dos descendentes dos descobridores.
Talvez desejem o retorno do Brasil Colonial.
Não!
Da idade da pedra como um todo.
O mundo estava muito melhor quando não tinha mentes racionais, só tinha animais selvagens, dedicados apenas a caçar seu alimento, a sobreviver sem pensar no amanhã, a procriar.
Não tinha natureza destruída, alterações climáticas, águas poluídas; só floresta, só rios correnmdo, só geleiras que só derretem nos verões...

Queria, sim, poder viver sem que me cobrem uma atitude.
Se ao menos eu tivesse certeza se minhas atitudes - e tenho procurado viver de forma "correta" e "honrada", como concebem os pacifistas - realmentew estão fazendo a diferença na vida de tantas pessoas.
Se ao menos eu pudesse saber se as pessoas querem mesmo ouvir o que estou dizendo, o que tenho para dizer de importante, se minha mensagem não fosse mais uma entre tantas mensagens similares, daquelas que falam a mesma coisa, mas com palavras diferentes...

Sei que esta mensagem, como todas as mensagens que escrevi até agora, não vai significar nada aos leitores.
Mas é um desabafo de alguém na meia-idade, que vê fecharem diante de si as portas das oportunidades.
Chego aos 32 anos imaginando que tem feito de tudo para me barrar.
Alguns "estranhos" certamente fizeram minha caveira para as pessoas influentes, e estas, secretamente, estão fechando as portas das oportunidades de tornar meu trabalho reconhecido.
Sério: muita coisa que fiz até agora - e nunca cheguei a relatar - não tiveram resultado conhecido.
Não sei para onde foram textos que escrevi e desenhos que fiz, que confiei a outras pessoas, e até agora nem sei se foram usados para algo, se vão ser usados para algo.
E o que escrevo na internet?
Nem sei se está realmente fazendo diferença na vida das pessoas.
Nem sei se há gente realmente lendo este blog - e, quiçá, esta postagem.
Mas tenho de desabafar, continuar largando garrafas no oceano na esperança que alguém encontre e leia.
32 anos...

Nem sei se vocês, inclusive, entenderam o que escrevi.
Tem realmente alguém lendo?
Oi?

Ladeando esta postagem, alguns pensamentos rápidos rabiscados no papel, como traduções de tudo o que eu queria dizer.
E mais poderia dizer, mas não ficarei roubando tempo dos meus 17 leitores - se forem mesmo 17, ou mais, se não seria, na realidade, um ou dois leitores.
Eles tem mais o que fazer...
E eu também tenho.
Tenho de terminar os textos, as tiras e as ilustrações para a próxima postagem do blog.
Preparar minha próxima garrafa para jogar ao oceano.
E isso é tudo.
Até mais.

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