Passaram-se outros 15 dias sem dar notícias, e, quando dou, é apenas para trazer mais um episódio de meu folhetim ilustrado para adultos, MACÁRIO.
É no que dá querer insistir em publicar na internet uma série de fantasia adulta em pleno ano eleitoral... mas o que posso fazer? Apenas levar a coisa até o fim.
ATENÇÃO: leitura não recomendada para menores de 18 anos, terminantemente não recomendada para menores de 18. Contém cenas de consumo de bebidas alcoólicas e de sexo (o que estava fazendo falta nesta série - confessem, é a parte favorita de vocês desta série, as cenas de sexo...).
Foi um susto quando se ouviram batidas fortes
à porta da frente. E um susto maior quando, atendida a porta, estava ali Andrômeda,
a vampira, de cara feia.
Os Dinossauros que Sorriem, grupo do qual
Flávio Dragão fazia parte, estavam tentando me convencer a me juntar a eles, a
me tornar um deles. Eles haviam me salvado de dentro de um córrego sujo,
permitido que eu tomasse banho no banheiro deles, me emprestado roupas, me
feito preparar uma “poção” para eles, na forma de drinques, e agora estavam
tentando me fazer juntar a eles... quando Andrômeda apareceu de repente.
Evidente que ela não estava feliz.
- Andrômeda?! – exclamou Flávio.
- O que está havendo aí?! – ela perguntou. –
O que vocês estão fazendo com o Macário?!
- Andrômeda! – exclamou Jussara. – Nós não
estávamos fazendo nada!! Não estávamos!!!
- Nós podemos explicar, Andrômeda... – falou
Delano.
- Hã... entre, Andrômeda. – convidou Sulídea.
Convidada, Andrômeda entrou. Vampiros
geralmente só entram em casas alheias quando convidados.
- Repito: o que vocês estão fazendo com o
Macário?! – insistiu Andrômeda. – Por que ele está vestindo o casaco de vocês?!
E... além do mais, um casaco que ficou muito grande nele?! Aliás, toda roupa
dele... – Ela parecia confusa ao me ver com aquelas roupas emprestadas, as
mangas do casaco e das calças remangadas – Macário, foi você quem encolheu os
as roupas que estão grandes demais em...?
- Andrômeda! – eu falei. – Essas roupas foram
emprestadas...
- O Macário passou por poucas e boas a
algumas horas atrás, seja razoável com ele, Andrômeda – falou Sulídea – Não é
verdade, Macário? Você não foi encontrado sob circunstâncias atípicas?!
- At... Sim, Andrômeda, é verdade. –
respondi, com sinceridade.
Mas a expressão de Andrômeda não se alterou.
Ela parecia pouco disposta a acreditar no que estava presenciando. E menos
ainda ao ver as garrafas de bebida, os objetos de cozinha e os restos de limão
em cima da mesa.
- Vocês estiveram... bebendo? – ela
perguntou.
- Não, Andrômeda. Digo, não é da forma que
você deve estar pensando, é apenas a nossa poção diária para manter a aparência
humana! – exclamou Flávio Dragão. – Só pedimos ao Macário que a preparasse para
nós hoje. Você sabe que...
- Andrômeda, você sabia... que eu estava
aqui?! – perguntei, interrompendo Flávio.
- Encontrei você por acaso, Macário. –
respondeu Andrômeda. – Ouvi sua voz vindo da casa. Minha intenção na realidade
era... hã... era falar com o Flávio sobre uns assuntos, e encontro você...
Macário, você não tinha de estar no seu apartamento a esta hora da manhã?
- É... é uma longa história, Andrômeda. –
respondi. – Aliás, eu já ia mesmo voltar para meu apartamento. Eu... – e, me
virando para os Dinossauros: – Obrigado, pessoal, por tudo. Pelo banho, pelas
roupas... E por terem me tirado do esgoto.
- Hã... não tem de quê, Macário. – respondeu
Flávio, com um sorriso amarelo. – Precisando de algo, você sabe onde nos
encontrar.
- Depois a gente devolve as suas roupas, viu,
Macário? – falou Rosauro. – E você devolve as minhas.
- Volte para uma visita, pelo menos, Macário.
– falou Jussara, com uma expressão de tristeza.
- Sua mochila está ali na cadeira. – falou
Sulídea. – E ali tem um par de sapatos. Acho que os sapatos do Delano servem em
você.
Peguei minha mochila na cadeira que estava no
canto próximo à porta da rua. Ali também estava um par de tênis. Experimentei:
ficavam um pouco apertados, mas serviam. Enquanto isso, Andrômeda me olhava
incrédula.
- Banho? Roupas? Esgoto... Achado no...? –
ela balbuciou.
E, a seguir, ela passou a mão no meu ombro e
disse:
- Venha, Macário, eu levo você para seu
apartamento. No caminho você me conta o que aconteceu de fato.
- Você... vai mesmo me levar para meu
apartamento, Andrômeda? – perguntei. – Não vai me levar para outro lugar?
- Como assim, outro lugar? Você tem muito a
explicar, meu jovem...
Ela me encarava com a severidade de uma mãe
que flagrou seu filho em uma travessura. Mas também notei que seu olhar estava
levemente ébrio, como se tivesse bebido. E ela nem estava no bar na madrugada
anterior.
E saímos os dois da casa, sob os olhares meio
surpresos, meio decepcionados dos Dinossauros que Sorriem. Não fosse a interferência
de Andrômeda, talvez eles tivessem mesmo me convencido a me juntar à gangue.
E eu já me imaginando com a cabeça raspada, o
“smile” esculpido na nuca. O que meus pais iriam dizer?
Andrômeda estava a pé. Mas meu apartamento
não estava longe. Não precisamos andar muito, mas foi tempo suficiente para eu
contar tudo o que acontecera naquela noite, desde a hora que saí do bar. Meu
“rolê” com os Animais de Rua, a luta com os Carniceiros, de como fui parar no
córrego sujo, e como vim parar na casa dos Dinossauros que Sorriem.
Enquanto isso, já sentia o incômodo nos pés
por conta do sapato apertado. Os dedões já doíam. Sem falar na cueca que
escorregava dentro da calça – ela também fora emprestada do Rosauro.
Felizmente, ainda não havia gente nas ruas. Pelo
jeito, ainda não estava no horário dos estudantes e dos trabalhadores saírem de
casa para seus afazeres – o contrário da minha rotina. Os carros passavam
depressa. Sem a peruca rosa, Andrômeda chamaria a atenção pela cabeleira
prateada. E, pelo jeito, o sol não a afetava.
Ela ouvia minha história e fazia caretas de
incredulidade. Cada trecho da narrativa era pontuado por um “ah”, “oh”, “é?”,
coisas assim.
Quando, afinal, chegamos na porta do
apartamento, é que Andrômeda se manifestou.
- Oh, céus. Verdade, tudo o que você me
contou?
- Verdade, Andrômeda. Verdade. – falei,
cabisbaixo, com a certeza de que estava encrencado.
- Não me sai da cabeça que há dedo do Luce
nessa história... Claro que há. – avaliou Andrômeda, de cenho franzido.
- Não pode ser, Andrômeda. Ao que parece, os
Animais de Rua me chamaram espontaneamente. Você acha que foi o Luce quem
passou a eles a... sugestão?
- Quem sabe... mas ele agora está sumido. Ele
sequer voltou para casa.
- E você... hoje eu não vi você no bar.
- Hoje eu não fui mesmo, Macário. Estava
ocupada com alguns... assuntos particulares.
Por que eu sentia que ela estava, na verdade,
dissimulando?
- Assuntos particulares... E... Bem, vai
entrar comigo?
Quando tínhamos nos dado conta, eu estava
abrindo a porta de meu apartamento, e Andrômeda me acompanhava. No fim,
entramos juntos. Fecho a porta. Sento no sofá, e tiro aqueles sapatos
apertados. Ah, que alívio. Finalmente, em um lugar onde eu realmente podia me
sentir seguro.
- Eu sabia, Macário, – falou Andrômeda – que
eu não posso tirar os olhos de você.
Se Andrômeda me permitisse, eu já ia me
retirar para o quarto, tirar aquela roupa incomodamente grande para mim, e me
jogar na cama, que era onde eu deveria estar há horas.
- Mas eu posso me cuidar, Andrômeda. Não se
preocupe. Eu...
- Macário, você não entende. Você agora está
lidando com coisas com as quais você não está acostumado. Não é tão simples
lidar com as criaturas noturnas, Macário. Pense em tudo o que lhe aconteceu
desde o dia em que o Luce te atacou. Em tudo o que você sofreu.
- Eu não esqueço disso, Andrômeda. Mas... eu
estou vivo, não? Até agora, eu saí vivo disso tudo!
- Até agora, Macário. Até agora. Mas o quanto
essa sua sorte irá durar, Macário... Aah, Macário...
Andrômeda chorava. E me abraçou.
- Eu realmente não posso mais tirar os olhos
de você, Macário... os outros estão aproveitando para tentar comer o seu
fígado... e eu prometi que nada de ruim iria lhe acontecer... Ooh, aquela
Fifi... e... e aquela Jussara... e... e... aquele Luce... aquele... aquele...
Todos, todos, só querendo se aproveitar de você... ooohh...
Ela começou a me apertar, como se eu fosse um
bicho fofo.
Ela
quer sexo, me alertou uma voz em minha mente.
- Andrômeda, você está bem? – falei, sentindo
um hálito de álcool.
- Não, Luce. Digo, Macário. – Ah, agora eu
tinha certeza que a mente dela estava confusa, que ela devia estar bêbada, de
alguma forma. – Eu não estou bem. Eu devia ter ido ao bar hoje, ao invés de...
de lidar com aqueles meus... meus assuntos.
- Que assuntos, mulher?!
- Oh, Macário, não é nada que envolva você.
Ou os outros. Mas eu devia ter ido para o bar, se eu soubesse que... que...
- Andrômeda, eu...
- Era só o que faltava, Macário! Você ter
sido convidado a revirar lixo! Você ter tido de lutar com os Carniceiros,
aqueles cães perigosos! Você ter sido jogado em um esgoto! Aliás, ainda há um
cheiro de esgoto vindo de você... E você ainda ter de preparar drinques em
plena manhã! Oras, eu sei que a tal da poção dos Dinossauros foi apenas
desculpa para beber às seis da manhã!
- Hum? – ergui a sobrancelha.
- Acha que eu não sei disso, Macário? Eu
também lido com magia, e sei que a poção que transforma dragões em humanos não
leva álcool! Ou... não, leva, sim, mas... mas bem pouquinho, menos que a dose
contida na antiga receita do Biotônico Fontoura... e... aah, tem algo errado
nisso aí... eu...
Agora eu que estava confuso. Andrômeda estava
agindo tão irracionalmente quanto Morgiana, naquele dia que eu fui sequestrado
pelos Animais de Rua.
- Insisto, Andrômeda. Você está bem? Não
consumiu alguma substância?
- N-não, Macário, eu estou bem. Eu... Foi
álcool, eu... bem, eu bebi em casa, Macário. Foi só uma garrafa de vinho... Uma
garrafinha pequenininha de vinho... Mas eu vomitei tudo depois...
- Vinho, Andrômeda?!
- Ai, Macário, eu estava frustrada. Frustrada
por causa daquele... daquele dia. Foi... foi ontem que eu... Ontem que...
- Ontem, quando nós duas estivemos aqui. –
falou uma voz atrás de nós.
Levamos um susto. Ali estava Âmbar! Trajando
um roupão – o meu! E, pelo jeito, só o roupão, sem nada por baixo. E estava
sorridente ao me ver. Com um semblante de sono, como se tivesse acordado
naquele instante. E, estranhamente, Andrômeda não se alterou, não se irritou ao
ver a “rival”.
- Oi, Macário. Oi, Andrômeda. – ela
cumprimentou.
- Â... Âmbar! – exclamei. – Mas... Mas o
que...
- Desculpe, Macário, você deixou a janela do
banheiro aberta. E, você sabe... Minha forma de louva-a-deus. Conseguiu achar
ele, Andrômeda? Que bom.
- Como assim...?
No momento em que eu ia formular mais uma
pergunta, meu pé esbarra em alguma coisa que fez um barulho de sino. Olho para
o chão: era uma garrafa vazia. De bebida, se não estou enganado, de vinho.
O chão estava cheio de garrafas de vinho
vazias, jogadas a esmo. E, num canto, uma caixa de engradado, só com uma
garrafa.
- Ei! Que garrafas todas são essas?! – fui
perguntando. – O que está... Como é que vocês entraram aqui?!
- Eu já disse, Macário, a janela do seu
banheiro. – falou Âmbar, ébria. – Você esqueceu aberta. Aí... usei também a
cópia da chave da sua porta para deixar a Andrômeda entrar...
- Chave da... Como?!
Andrômeda ficou vermelha.
- É que... Macário, se nos permitir
explicar...
- Deixe que eu falo, amiga. – Âmbar se
aproximou de mim. – Naquele dia, que você foi surrado pelo Luce, sabe... e você
estava desacordado... e acordou na mansão dela, no quarto dela... essa aí,
sabe... ela também aproveitou e tirou uma cópia de suas chaves para poder
entrar na sua casa, sabe?! Ah, ah...
- Cópia da...?! – fiquei incrédulo.
- Mas, Macário, era só para o caso de uma...
uma emergência, Macário... – justificou-se Andrômeda, vermelha. – Para o caso
de... de... de você estar correndo perigo, e...
- Mas, Âmbar, o que você está fazendo com meu
roupão?! – exclamei, desviando o assunto. – Esse roupão é meu!
- Eu sei, Macário. Tem o seu cheiro, aliás. –
e Âmbar aspirou a gola do roupão, e suspirou. – É que nós duas estávamos
esperando você. Aliás, você reparou que nós não fomos ao bar hoje, não reparou?
- Reparei, mas...
- Macário, é que nós... – começou Andrômeda.
– É que nós...
- É que nós duas, Macário – interferiu Âmbar
– não aguentamos esperar até o fim da semana, como tínhamos acordado... Ooh,
Macário, por favor, entenda... nós não conseguimos parar de pensar em você...
- Macário, eu confesso... – Andrômeda começou
a chorar – Nós duas não fomos para o bar porque planejamos fazer uma surpresa
para você. Uma noitadinha, antes da sua mudança...
- Noitadinha?!
- Noitadinha, Macário. Antes de você se
mudar.
Como?! Elas sabiam que...?
- Mudar?! Como assim, mudar?! Do que é que
vocês...?!
- Achava que eu não ia descobrir, seu
malandro?! – falou Andrômeda. – É claro que eu sei que o Luce vai querer que
você divida um apartamento com ele! Tive meu modo para descobrir isso, sabe?!
- Mas, Macário! Por que você concordou em
dividir apartamento... com o Luce?! – pergunta Âmbar.
- Eu... hã... mais alguém já sabe?! O... O
Luce pediu para não contar para...
- Não. Só nós duas sabemos. Por enquanto. –
Andrômeda sorriu. – Só quatro pessoas sabem dessa mudança. O Luce decerto não
queria que EU soubesse disso, mas eu acabei descobrindo por meios próprios,
sabe? Só porque todo mundo agora sabe onde você mora, e vão começar a procurar
você. Aquelas suas garotas humanas, os outros Monstros... Você, Macário, se
tornou visado.
- Todos só querem você, Macário. –
complementou Âmbar. – E nós não queríamos perder nosso lugar, sabe?!
- Por isso pensamos em vir aqui, passar a
noite com você... Oh, Macário, vai que aquele velhaco do Luce resolva dar um
jeito de cortar o nosso acesso a você... Por isso, Macário... pensamos em vir
aqui, fazer uma surpresinha... Nós duas entramos em um acordo para poder
aproveitar a noite com você, e... Ooh, Macário, sentimos muito se a gente
invadiu a sua casa sem autorização, mas é que...
- E, Macário, por onde você andou?! –
pergunta Âmbar. – Estivemos esperando há horas, e você sumiu... A Andrômeda
saiu à sua procura...
- É que... eu... – tentei falar, mas fui
interrompido.
- Sim, Macário... eu saí à sua procura, e...
- E, pelo jeito – desviei o assunto, olhando
para as garrafas no chão – também aproveitaram para beber... no meu
apartamento, não foi?!
As duas se entreolharam, sem jeito.
- Bem, sim... – falou Âmbar. – Fui eu quem
trouxe o vinho para dar uma amaciada... uma caixa... mas... mas... mas eu acho
que exagerei um pouco... e ela também...
E, de fato, o roupão estava manchado de
vinho.
- Confesso, Macário – continuou Andrômeda,
chorando – Foi aqui que eu bebi... enquanto você não chegava, nós resolvemos
beber, e conversar, e... olha só... tinha doze garrafas na caixa, e... e, olha,
só sobrou uma... a gente exagerou, porque você demorou... e... Eu saí à sua procura,
Macário e você me contou que viveu uma aventura com a turma da Fifi, e depois
com a turma do Flávio... e que caiu em um esgoto, e...
- E chega em casa, parecendo um espantalho...
com essas roupas todas folgadas! – avalia Âmbar. – Ai, Macário, isso não
combina com você!
- Eu... a... vou ter de contar tudo de novo o
que houve, meninas?! – falei, indignado. – E, aliás, com que direito...?
- Isso não importa mais, Macário. – falou
Andrômeda. – Importante é que, agora, você está são e salvo, em seu apartamento.
E na nossa companhia.
- Vamos, Macário. Você adora nossa companhia.
– insinuou-se Âmbar. – Você quer muito passar a noite com a gente, né?! Você quer
isso tanto quanto nós, não quer?!
- Meninas, por favor... – tentei impedir que
elas avançassem sobre mim. – Eu passei por poucas e boas durante a noite, quase
fui morto... não dormi nada até agora, e vocês ainda querem sexo?! E ainda por
cima invadem minha casa e...?
- Sim, Macário, somos umas safadas... e
merecemos ser punidas... – falou Âmbar.
- Não somos honestas... e merecemos ser
punidas... – falou Andrômeda.
- Sei que estamos trapaceando, que quebramos
acordos, mas... ora, Macário, pare de se fazer de durão, eu sei que você quer a
gente... como é que no sonho você não se vexou a... Ah!
E Âmbar abriu o roupão, e o deixou cair no
chão. Como eu desconfiava: ela estava agora completamente nua!
Por seu turno, Andrômeda puxou o longo
vestido dos ombros e o fez cair no chão. Ela não estava usando nada por baixo:
também ficou nua.
Oh, meu...
Eu não tinha como escapar daquela loucura...
duas gostosas nuas diante de mim, agora elas apelaram... eu seria louco se as
repelisse agora...
Mas, depois de tudo pelo que passei esta
noite, eu estava agora cansado, querendo dormir, e o dia amanhecia lá fora,
e... e...
- Como é, Macário? – falou Âmbar, oferecendo
os seios. – Venha.
- Epa! – exclamou Andrômeda. – Eu que vou
primeiro, viu?! Foi nosso acordo! Se eu o achasse, eu ia primeiro!
- Ah, está bem, sua chata. Mas depois sou eu.
E, ah, Macário... não se preocupe que nós também trouxemos camisinhas junto com
o vinho. Vamos para o seu quartinho?
- Não, amiga, vamos começar aqui na sala
mesmo...
Comecei a balbuciar palavras desconexas.
Aquelas duas me enfeitiçavam. Não havia como resistir. Se antes ambas tentassem
me seduzir vestidas, eu teria mais êxito... mas elas resolveram tirar a roupa
diante de mim...
- Vamos tirar essa roupa que não fica nada
bem em você, Macário...
E eu não consegui fazer nada para impedir. As
duas, rapidamente, tiraram minha roupa emprestada, me deixando totalmente nu, a
ereção bem visível. Andrômeda não perdeu tempo: já caiu de boca no meu p(...).
Oh, não, Andrômeda, não passe essa língua
bifurcada no meu... oh, please, não... Isso não...
- Mmmmm... Mmmmm... – Andrômeda gemia com a
boca cheia.
Acabei caindo sentado no sofá. Enquanto isso,
Âmbar avançava na minha boca, me beijando, me estimulando.
- Mmmmm... Mmmmm... – gemia Âmbar, com a boca
cheia.
Oh, céus, que coisa louca...
Minha madrugada terminava em sexo...
A primeira foi no sofá, mesmo. Andrômeda,
depois de um minuto me estimulando, só colocou a camisinha em mim e já sentou
no Bernardão... e eu me ocupando em apertar seu corpo contra o meu, em apertar
contra mim aqueles peitões maravilhosos, em sentir aquela pele macia diante de
mim...
- Aahhh, Macário... Aahhh, finalmente estou
sentindo seu p(...) dentro de mim... De verdade... na nossa dimensão...
- Ooh, Andrômeda...
- Sou uma p(...)... Uma piranha mentirosa... Uma
monstraaahhh... Se eu fosse humana de verdade, seria pior... Aaahhhhh...
Depois, foi a vez de Âmbar, ainda no sofá,
depois de cinco minutos em que Andrômeda gozou, e desabou no chão, arfante. Mas
eu não gozei ainda... Não deu nem tempo de trocar a camisinha. Aquela ninfa
gulosa não quis perder tempo...
- Aaaooohhh... Aah, Macário... Agora sim,
estou sentindo... aahhh... É como naquele dia, no portal mental... é-é-é-é tão
gostoso quanto...
- Âmbar... aahhh...
- Sou mesmo uma p(...)... uma tremenda p(...)
sem coração... uma vaca que só pensa em sexo... aaahhh, eu sinto muito, Macário...
aahhh, você não merecia isso, mas eu... mas eu... EEEEEUUUUUUUUUUU...
Aquela gostosa também tinha pele tão macia, e
seios tão... tão... e estava perfumada... aquela safada deve ter tomado banho
no meu banheiro enquanto eu não estava aqui para... aahhhhh...
AAAARRRGH...
Não deu nem dois minutos para EU gozar e
encher a camisinha. Acabei derrubando Âmbar no chão, em cima de Andrômeda.
- Oh, Macário... mas já?! – Âmbar arfava, e
não parecia satisfeita.
- Ai, Âmbar... foi tão intenso, e eu já
estava excitado, e eu... – eu estava arfante, e me sentindo fraco, já.
- Vamos Macário, você pode se recuperar... –
ela cantarolou, já mexendo em meu p(...), tirando a camisinha. – Não pense que
acabou, benzinho...
- Vamos para a cama, agora... – manifestou-se
Andrômeda. – Para a CAMA...
- Eu estive cochilando na sua caminha até
agora, Macário... – falou Âmbar, que, apesar das unhas compridas, conseguira
dar o nó na camisinha, sem furá-la. – Seu colchão é tão duro... como é que você
aguenta...
- Não sou rico como você... – falei, arfante.
– Não tenho dinheiro para comprar um colchão mais confortável...
- Pare de reclamar, Âmbar. – falou Andrômeda.
– Uma cama é uma cama. E eu sei que você já dormiu em camas desconfortáveis,
também... você só passou a dormir no macio depois do casamento de sua irmã...
eh, eh...
- Como se caixões fossem mais confortáveis
que colchões... – falou Âmbar, emburrada.
- Oohhh... – gemi – Não consigo me mexer...
Quanto mais andar até a cama...
- Nós te levamos até lá, Macário...
E as duas acabaram me guindando para o meu
quarto, Andrômeda pegou meus pés, Âmbar meus braços, e fui levado para o quarto
como se eu fosse uma maca.
E, ali, a festinha continuou. Âmbar foi me
estimulando, com a boca agora, para poder continuar de onde parou. Daí, foi só
colocar mais uma camisinha e...
- Aah, Macáriooohhh...
- Oohhh, Âmbar...
- É tão gostosssssooohhhhh...
- Oohhh, você é tão gostosa... que pele...
que seios... que bunda...
- Ei, Macário! E eu, não sou gostosa também?!
– protestou Andrômeda.
- Aah, Andrômeda, você é gostosa também...
que ciúme bobo é esse?! Vocês duas são tão gostosas...
- Hhmmm... e nós somos as SUAS gostosas,
Macário?! Não tem outra garota?!
- Tem tantas, mas... oohhh, que ciumeira é
essa agora?! Não faz sentido... vocês tiveram o que queriam, né?! Eu!!! Deem-se
por satisfeitas, suas... suas...
- Suas, sim... oohhh... nós não prestamos...
- Somos pessoas horríveis... aliás, nem
pessoas somos...
- Somos piranhas...
- Somos p(...)s...
- Somos tão baixas e vis...
- Somos o pior tipo de cromossomo XX que a
natureza já gerou...
- E merecemos ser punidas...
- Merecemos ser tratadas como p(...)s...
- Merecemos... merecemos...
- AAAAAAAAHHHHHHHHH...
Eu me esqueci de tudo enquanto aquelas duas
gostosas faziam de tudo comigo. Ooh, isso tinha que ser sonho... esses
acontecimentos todos tem de ser fruto do portal mental... era isso, eu estava
no portal mental... Eu estive sonhando desde que saí do bar... e lá estavam
Âmbar e Andrômeda f(...) comigo... E o asqueroso mulherengo aqui se deixando
levar...
Isso tudo não está certo...
Luce não cumpriu o que prometeu... ele disse
que ia garantir que não iam invadir minha mente enquanto eu estivesse dormindo
hoje...
E Fifi não cumpriu o que prometeu... ela
disse que eu estaria em casa antes do amanhecer, e...
Ooohhhhhhh...
Quanto tempo será que passei nessa?!
Aquelas duas fogosas vão me matar...
Ooh, quantas vezes eu já gozei...? Quantas
camisinhas enchi?!
Oh, parem, por favor, assim eu não vou
aguentarrrrrr...
Acordo, afinal. Nu.
Estava vivo?!
Mas eu não estava no meu quarto... Será que
era mesmo o meu quarto?
E de quem serão esses olhos que me observavam
na escuridão diante de mim?!
Próximo episódio daqui a 15 dias. Pelo menos, isso está garantido até meu humor melhorar.
Até aqui, como está ficando? Está bom? Está ruim? Qualidade do texto e das ilustrações caiu? Continuo? Paro?
Deixem uma opinião!
E, por enquanto, é isso.
Aguardem novidades. Vou tentar movimentar pelo menos o mês de agosto, com mais postagens.
Até mais!
2 comentários:
Muito bom.
Na minha listagem de blog está constando o seu como se não fosse atualizado a uma ano, não sei por que.
Postar um comentário