Hoje, terça-feira, entra no ar mais um capítulo de meu folhetim ilustrado para adultos, MACÁRIO. E, bem, o que tenho a dizer é basicamente isso. A periodicidade dos episódios continua atrapalhada, eu sei...
ATENÇÃO: leitura não recomendada para menores de 18 anos. Contém cenas de utilização de carcaças de animais para fins decorativos.
Milagre, não teve nada que perturbasse meu
sono.
Foi o que eu pensei no instante em que
acordei.
Porque, se aconteceu alguma coisa enquanto eu
dormia, eu não lembrava de nada.
Só caí na cama e deixei o sono dominar este
pobre corpo cansado.
Era nítido o que eu sonhava nas tardes
anteriores (lembrem-se, eu durmo durante a manhã e parte da tarde, e estudo e
trabalho na outra parte da tarde e à noite), fosse portal mental ou o
subconsciente comum. Mas naquela tarde, foi diferente.
Não me lembro de ter sonhado com nada!
Só abri os olhos no momento que meu
despertador tocou, às quatro da tarde.
Estranhei que aquela noite tivesse sido tão
tranquila.
A menos que... o que eu estava vivendo
naquele momento fosse um sonho.
Olho em volta, ainda um pouco grogue. É,
parecia o meu quarto, do novo apartamento, que eu estava dividindo com Luce.
Aí que fiquei apreensivo. Cheguei a me
encolher na cama, agarrar minhas pernas, ficar alguns instantes em posição
fetal, enquanto decidia se saía da cama ou não.
E se algo acontecesse no momento em que eu
pusesse o pé fora da cama? Por exemplo, uma mão feminina agarrar meu pé por
baixo da cama? Sim, pode ter uma mulher escondida embaixo da minha cama nesse
momento, esperando me atacar. Fazendo como a Fifi, invadindo meu quarto via
portal mental. Talvez a Âmbar estivesse esperando embaixo da minha cama, sob a
forma de louva-a-deus...
Resolvo, ainda em cima do colchão, olhar
embaixo da cama.
Não, nada nem ninguém.
Só aí desço da cama.
Ah, Macário, o que você está pensando
exatamente? Está ficando com medo de mulher?! Se fosse o tentáculo de um polvo
a sair de baixo da sua cama, você ficaria realmente apreensivo, não?
Não, mas eu ainda não estava seguro. Tudo
estava tranquilo demais. Essa tranquilidade – nem um barulho vindo do corredor
– tem de indicar que na verdade eu estava sonhando, e que algo maluco ia
acontecer naquele momento. Eu estava sentindo até o cheiro do sexo.
Tem uma garota dentro do meu roupeiro!! É
isso!!!
Devagar, me aproximo do roupeiro.
Devagar, pego nos puxadores das portas.
E, bruscamente, abro as portas.
Nada.
Nada ali dentro que estivesse respirando, ou
se mexendo. Só as minhas roupas.
Acho que estou ficando paranoico.
Mas espere. E se estivesse atrás da cortina
da janela?!
Não, nada indicava que houvesse alguma coisa
atrás da cortina, nenhum volume. Mesmo assim, resolvo espiar...
Nada.
Nada atrás da cortina, além da janela.
E se estivesse na janela, esperando para
entrar quando eu a abrisse?!
Abro a janela, de supetão.
Nada.
Nada respirando ou se mexendo diante da minha
janela. Sequer um inseto. E os passarinhos que aproveitavam o sol da tarde
estavam distantes da minha janela, eram pontos pretos no céu.
A única coisa que entrou pela janela do meu
quarto foi a luz do sol, que chegou a doer no meu olho. Depois que me acostumei
a claridade, eu pude ver com mais clareza. Uma tarde colorida e sem nuvens. Que
em poucas horas ia escurecer, e já dava os devidos sinais – alterações na
tonalidade do azul, na direção das sombras dos edifícios, etc.
Respiro fundo. Dou um sonoro suspiro.
Oras, no que eu estava pensando?! Eu estava
no quinto andar de um edifício. Para invadir meu apartamento pela janela, só se
alguém pudesse voar.
Olho para trás: será que um louva-a-deus ou
um morcego não entraram voando enquanto estava distraído olhando para o céu?!
Não. Não entrou nada no meu quarto. Exceto...
Olho para a parede acima da minha cama: levo
um susto. Havia uma aranha ali. Uma enorme aranha negra!
Mas não é possível. Não conheço nenhuma
garota capaz de se transformar em aranha, e...
Espere.
A aranha estava completamente imóvel...
dentro de um círculo que parecia ser de vime trançado.
Chego mais perto para ver: o que estava
pendurado em cima da minha cama era um objeto. Eu estava reconhecendo o objeto:
parecia ser um apanhador de sonhos, como o que eu usava no pescoço. E, de fato,
era: tinha três penas, a argola de vime com uma teia trançada. O diferencial
era aquela enorme aranha negra, da metade do tamanho da minha mão. E, ao que
parece, aquela aranha não estava viva. E não estava mesmo; estava embalsamada.
Como foi que aquela coisa foi parar ali?!
Me passou pela cabeça: ah, só pode ser coisa
do Luce. Mas que brincadeira besta. Para quê ele pendurou aquela coisa em cima
da minha cama enquanto eu estava dormindo?!
Incrível também eu não ter visto aquele
objeto no instante que eu acordei. Teria levado um grande susto assim que eu
abrisse os olhos. Mas algo me dizia para eu não tirar aquele objeto da parede
agora. Ah, mas vou pedir explicações ao Luce, sim.
Dou outro suspiro antes de fechar o vidro da
janela.
A convivência com os Monstros estava me
deixando paranoico.
Bem, fora esse susto, o dia continuava
tranquilo.
Quando o meu dia começa tranquilo assim, eu
agora estranho.
As garotas haviam me prometido que nada ia me
perturbar até o final da semana. Só que na madrugada anterior eu fiz uma
verdadeira e nítida viagem pelo mundo dos sonhos, primeiro vendo meus
conhecidos em situações de sexo; depois, vendo eu mesmo em situações de sexo.
Ainda não consigo esquecer o momento em que me vi transando com minha mãe. Foi o
momento mais traumático. E as garotas, a fim de me tirar dessa situação,
invadiram o apartamento e, quando acordo, as encontro dormindo. Não teve sexo,
mas não teve tranquilidade.
Mesmo apreensivo, o corpo tremendo (ainda não
me recuperei totalmente do susto com a aranha), me vesti.
E abri, devagar, a porta do quarto.
O apartamento estava silencioso. Nenhum
barulho, além dos vindos das ruas, abafados pelas janelas fechadas. Sons de
carros passando, uma buzina.
Resolvo dar uma olhada pelos cômodos.
Nada no banheiro. Vazio de seres vivos
(exceto eu).
No depósito, nada que estivesse se mexendo. A
menos que aqueles órgãos em compota que o Luce guarda naquela caixa pudessem
abrir os vidros por dentro e sair andando... mas que bobagem.
Abro uma fresta da porta do quarto de Luce.
Ele estava ali, e só ele. Dormindo profundamente, ele sim dormindo o sono dos
justos, despreocupadamente, enquanto a violência rondava no mundo, e Macários
tomavam grandes sustos com aranhas gigantes. E ainda tendo uma visível ereção
sob o cobertor. Crápula.
Bem, era só ele. Mas eu ainda tinha de
encontrar provas de que havia uma terceira pessoa naquele apartamento, além de
Luce e de mim.
Na cozinha, ninguém – à primeira vista.
Na sala, as únicas coisas que me olhavam eram
os quadros nas paredes, incluindo o meu retrato. Ainda assim, olhei atrás do
sofá. Nada.
Me senti tentado a ligar a televisão – quem
sabe o alguém escondido não estivesse dentro da tevê, e saísse no momento em
que fosse ligada? Não, não ia lhe dar esse gosto. Vou para a cozinha preparar
café.
Ninguém na geladeira ou nos armários.
Mas ainda estava perturbado. Ficava olhando
para os lados de trinta em trinta segundos, enquanto eu esquentava a água na
chaleira e depois passava o café pelo coador, direto para o bule – quem sabe
Luce não aceitaria um café amargo ao acordar, depois na noitada que teve com o
Marto Galvoni. Fico pensado nas garotas, que experimentaram o meu café.
Modéstia à parte: quem sabe fazer os melhores drinques da cidade – opinião dos
Monstros – também sabe fazer um bom café.
Vejo minha imagem refletida no líquido escuro
e espumoso dentro do coador de café. E dou um suspiro. Eu parecia patético.
Ainda custo a acreditar que tudo isso não é
um sonho. Quem sabe eu não esteja sonhando que eu estava tendo um dia normal.
Um dia que há dias eu não tinha.
Para me certificar, me belisquei. Nada mudou
no ambiente.
Me belisquei diversas vezes enquanto eu
servia minha xícara e sorvia o meu café.
Não é possível tanta tranquilidade. A menos
que algo extraordinário acabasse acontecendo no instante que eu saísse do
apartamento.
Senti algo dentro da minha camiseta. E tiro
para ver: o apanhador de sonhos do índio Mateus.
Às vezes eu esquecia que ainda usava aquilo.
Agora eu tinha dois apanhadores de sonho –
mas assim que o Luce acordar, vou me livrar de um.
Meu coração, subitamente, se encheu de
tristeza em pensar que, naquele momento, o pajé Mateus e sua tribo estivessem
encarando alguma batalha contra a força opressora do homem branco, enquanto eu
estava ali, naquele apartamento, tomando café, e apreensivo porque a qualquer
momento uma mulher poderia aparecer para fazer sexo comigo...
Suspiro.
M(...) de vida. Geórgia tem razão, não passo
de um porco burguês.
Que vontade de chorar.
Mas nem tive tempo: a campainha da porta tocou.
Meu coração disparou junto.
Talvez agora!...
Me sinto apreensivo em atender a porta. Pode
ser uma delas agora!! Uma daquelas garotas devoradoras de Macários!!!
A campainha insistiu, depois de alguns
segundos.
Não, eu não vou levantar desta mesa...
Terceiro toque da campainha.
Reúno minha coragem para levantar e ir
atender a porta.
Oras, Macário, no que você está pensando?! E
daí se for uma garota?! Você é o Macário, o galã universitário!! O que tem se
for uma garota?! E daí se tiver sexo naquele horário?!
Começo a andar em direção à porta.
Campainha toca uma quarta vez. Quem quer que
fosse, evidente que não ia desistir.
Vou atender a porta. Mas, enquanto virava a
chave, apertei forte os olhos. E se de repente for...?
Quando abro os olhos...
Não, não era conhecida minha. Era uma garota,
mas não era conhecida minha. Até então.
Fazia tempo que eu sequer flertava com alguma
garota de pele escura, como aquela.
Ela tinha um jeito tímido. Mas era bonita. O
cabelo crespo preso em um coque na nuca. Trajava uma bermuda que ia até o
joelho, e uma camiseta curta, que deixava o umbigo à mostra.
- Boa tarde. – ela foi falando. – Eu sou a
vizinha do apartamento ao lado.
- Hã... boa tarde. – falei, meio sem jeito.
- Tem açúcar para emprestar? – ela disse,
estendendo uma xícara.
- Hã... claro. Aguarde um instante. – falei,
timidamente, pegando a xícara.
E, maquinalmente, vou até a cozinha, abro a
lata de açúcar e encho a xícara. Tem de ser sonho, mesmo; uma cena típica de
filmes acontecendo nesse exato momento – a vizinha vindo pedir açúcar. Isso não
acontecia nem quando eu estava no antigo apartamento. Alguma coisa ia acontecer
a partir desse episódio aparentemente banal.
- Aqui está. – falo, estendendo a xícara
cheia para ela.
- Ah. Obrigada. – ela responde, pegando a
xícara. – Acordei você?
- Hum?
- Está com jeito de que levantou agora.
- B-bem, estou de pé faz uma meia hora...
hã... estive na cama, sim, com dor de cabeça. Não pude sair para a aula, hoje.
Inventei rapidamente uma historinha para ela
não estranhar um possível hábito excêntrico.
- Ah, você cursa faculdade? Eu também. Eu me
mudei ontem para cá.
- Ahn... Ah, é?
- Pois é... Estive mexendo na mobília desde
manhã cedo. E ainda não terminei...
Ah, estava explicado aquele barulho de
batidas e de rangidos enquanto eu vasculhava o depósito esta madrugada.
Aí, ficamos cerca de um minuto em silêncio,
olhando um para a cara do outro. Incomodado, resolvo quebrar o gelo:
- Ahn... Eu sou o Macário.
- Ahn... O meu é Cibele. – ela respondeu, com
a mesma timidez.
- Hn... Erhn... Foi um prazer conhece-la.
- Ahn... Eu digo o mesmo... Macário. Hm...
- Em outro momento podemos conversar melhor.
Digo... Eu tenho um compromisso agora à tarde e tenho de me vestir...
- Já passou a dor de cabeça?
- Ah, sim. Sim. Nem parece que eu acordei de
manhã com a cabeça latejando, e olha que nem beber eu bebi, onde já se viu
beber durante a semana, digo...
- Entendo... Ah... Tudo bem. Digo... Eu
também tenho muito o que fazer ainda. Estou me organizando. Desde ontem eu não
parei e... Hã... eu não conheço quase ninguém aqui.
- Se precisar de alguma coisa... Digo, se
houver oportunidade de nos conhecermos melhor e...
- Ah... Eu vou pensar em algo, sim. Ahn...
Obrigada. Muito obrigada. – ela reverenciou com um aceno de cabeça. – Até mais.
- Tchau.
E ela saiu da minha porta, que eu fecho em
seguida.
Eu estava com cara de ponto de interrogação.
Ah, cara, que cena foi essa? Uma garota vem aqui pedir açúcar e tenta entabular
um diálogo comigo... Não, isso só pode ser sonho, mesmo... Eu estava mesmo
sonhando que estava vivendo uma cena calma... Daqui a pouco algo bizarro vai
acontecer...
- Bonita, ela.
Uma voz atrás de mim me tira dos devaneios.
Olho para trás: Luce, de pé no meio da sala.
Pronto, já começou a acontecer algo bizarro.
- Luce!
- Boa tarde, Macário. Desculpe, cara, a
campainha me acordou, fui ver o que era, e vejo você aí dialogando com essa
vizinha nova... Não quis atrapalhar. – ele sorri daquele jeito odioso.
Respondo com uma careta.
- Dormiu bem? – ele torna a perguntar,
sorrindo.
- Ah... não sei.
- Como não sabe?!
- Como vou saber se não estou sonhando com
tudo isso?!
- Tudo isso o quê, Macário? Está achando que
o encontro com aquela garota... Cibele, o nome dela, certo? Me pareceu bem
real, na verdade. Claro que foi real.
- Se você diz que foi real... Bem, eu duvido.
Eu não sei mais distinguir sonho de realidade...
Luce desfaz o sorriso. Não esperava aquele
tipo de resposta, dada na real.
- Pô, Macário, desencana dessa, meu amor. Eu
estou acordado, você está acordado. Estamos todos acordados neste prédio.
- Tem... Tem certeza?
- Eu tenho. E te digo mais: aquela garota
gostou de você. Ela será a próxima a cair na sua cama, seu garanhão. Pode
apostar, ih, ih. Começa com o açúcar, e aí...
- ...
- Pô. Não me olhe com essa cara de que não
acredita em mais nada, Macário. As coisas vão melhorar no próximo encontro com
ela, vão sim. Este primeiro encontro soou deveras patético, mas até que
satisfatório para alguém que encontra uma alma gêmea pela primeira vez, mas
tudo vai ser diferente...
Ele estava criando muita expectativa. Mas não
ia entrar na dele assim, fácil.
- Eunh... Mas como vou saber se não estou
mesmo sonhando, Luce?! Porque...
- Sonhou com algo pesado, Macário? Outro
sonho pesado?
- Aí é que está, eu não sonhei com nada. Nem
sei se esse diálogo que estamos tendo, aliás, não é sonho, na verdade.
Como é difícil expressar para alguém o que
estamos realmente sentindo. Estava na cara que Luce não estava acreditando em
mim...
- Hmm... Acho que estou entendendo o que há,
agora estou entendendo, Macário.
- Está, hein?! Diz, de verdade, não minta
para mim, Lúcifer. Isto aqui é sonho ou realidade?!
- Claro que é realidade, Macário. Realidade
real.
- Euhn...
- É, eu sei, você está com a cabeça confusa.
Depois do que passou ontem, deve estar estranhando de ter passado as últimas
horas de sono com a cabeça completamente vazia... Deve ser por causa do
bloqueador.
- Bloque... ador?! Co... como...? Que blo...?
- Não notaste nada na sua cama no momento em
que acordastes, Macário?
- ?!
Aah, claro! Ele devia estar falando do
amuleto! Da aranha!
- Bem, notei, sim. Um enfeite esquisito...
Aquilo é seu, Luce?
- Estou devendo explicações, não é mesmo? Vem
comigo.
Fomos para meu quarto.
Ainda estava ali. Aquele amuleto, com a
aranha embalsamada.
- É isso aí mesmo, Macário. Um bloqueador
mental.
- Blo...
- Digamos que eu te fiz um favor, Macário,
para você poder dormir bem, sem invasões na sua mente. As garotas deram o jeito
delas, eu dei o meu. Fala a verdade, o meu jeito foi o mais eficiente...
- ...
- Bem, é um amuleto. Funciona como um
apanhador de sonhos indígena, mas tem um toque que aumenta seu poder, o que
praticamente o transforma em um bloqueador de sinal como o que usam nos
presídios (em teoria). Bem, digamos que, durante o sono, a mente funcione como
um telefone celular, recebendo sinais externos. Entende? Aí que entra o
bloqueador. Isso ajuda, por um breve período de tempo, a bloquear sua mente e
seus sonhos para que consiga dormir sem incômodos.
- Quando... quando você...
- Instalei enquanto você estava dormindo. Fiz
o menor barulho possível para não te acordar... Ah, Macário, por que está me
olhando assim?! Eu me preocupo com você também. Ainda mais depois que a menina
Eliane me fez olhar dentro da sua mente, e perceber que você estava realmente
encrencado. As garotas prometeram que ninguém ia invadir sua mente, e eu dei um
jeito, também. Eu me preocupo com você, sério.
- Eu... eu não esperava isso de você...
- Por uns três ou quatro dias, agora ninguém
vai invadir sua mente, nem você vai invadir a mente de ninguém.
- Três ou quatro...?
- Bem, o efeito durará três ou quatro dias,
até que a mandinga comece a falhar. Mas deve ser suficiente para que sua mente
não entre em colapso. Uma nova rotina está começando para ti, Macário, e não
queremos que haja problemas até lá...
- Eu... posso mesmo acreditar que você está
fazendo isso para o meu bem?
- Ah, pode ser que eu tenha mexido com sua
cabeça, que eu tenha se dado uma surra, que eu tenha te deixado com uns olhos
roxos, mas acredite, meu Macário. Estando comigo, você estará bem. Pelo menos
até minha irmã resolver colocar as garras em cima de você.
- Engraçado, parece que sua irmã é quem está
realmente preocupada comigo.
- Vamos ver quem se preocupa mais com você...
De repente, o diálogo é bruscamente
interrompido por um som de campainha. Estão tocando a campainha de novo.
- P(...), quem será num momento crucial
desses?! – Luce retruca.
- Só falta que seja sua irmã.
- Ou talvez a Cibele quem tenha voltado,
Macário! Vai, campeão, convida ela para entrar, tomar café, algo assim... – e
Luce já foi me empurrando em direção à porta.
Encabulado, abri a porta.
Mas não era Cibele. Sequer era Andrômeda.
Era... Fifi!
E estava sozinha. E parecendo apreensiva.
Estava suando, e recuperando o fôlego, sinais de que esteve correndo.
- Macário!
- Fifi?! – pergunto.
- Philomene?! – Luce retruca, atrás de mim.
- Ah. Oi, Luce. Macário. (respira) A Eliane
não está aí com vocês?
Próximo capítulo em breve. Pode ser em 7 ou 15 dias. Fiquem atentos.
Até aqui, como está ficando? Bom? Ruim? Precisa alterar alguma coisa? Mantem-se o ritmo? Paro simplesmente? Manifestem-se nos comentários!
Até mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário