sábado, 20 de março de 2010

Livro: LUA NOVA

Olá.
Continuando a série especial sobre o fenômeno Crepúsculo, criação da americana Stephenie Meyer. Hoje falaremos do segundo livro da série, LUA NOVA.

Desta vez, novos personagens são introduzidos na trama, e velhos personagens anteriormente apresentados ganharam uma importância extra.
No primeiro livro da série, somos apresentados ao incrível destino de Bella Swan, mais uma vez narrando a história, uma garota "normal", que acaba se apaixonando por Edward Cullen, um vampiro "vegetariano" que, assim como seus familiares, se alimenta apenas de sangue de animais.
Namorar um vampiro, no entanto, é algo bastante arriscado. Ela quase acabou sendo morta quando um vampiro nômade a perseguiu e, após ferí-la com gravidade, a mordeu. Felizmente, Edward e os Cullen conseguiram salvá-la do pior. E, como para salvar a garota Edward teve de mordê-la também e sugar o veneno (segundo Meyer, os vampiros são venenosos como serpentes: se o veneno contido nos vampiros atingir todo o corpo, é aí que uma pessoa pode ser transformada em vampira), a tentação representada pelo sangue de Bella agora é o de menos para o garotão. Se no primeiro livro Edward fez de tudo para se conter, agora ele pode curtir sua amada numa boa. No entanto, Bella já planeja desde já se tornar vampira também, no momento mais adequado.
Isso porque um dos maiores medos da garota é justamente envelhecer - isso levando em conta que Edward está paralisado, eternamente, nos dezessetes anos, desde 1918, quando Carlisle Cullen, seu "pai", o mordeu.
No início do livro, Bella, apesar de o namoro com o vampiro prosseguir firme e forte, não deseja comemorar seu aniversário de dezessete anos. Porém, os Cullen tem planos diferentes: resolvem fazer uma festa de aniversário para ela, na casa deles. Tudo vai bem na festinha, até que a garota, acidentalmente, corta o dedo, e acaba descontrolando Jasper, o "irmão" de Edward, que tenta mordê-la. Na confusão que se segue, Bella se fere gravemente, mas é curada por Carlisle.
No entanto, a coisa fica complicada: Edward, temendo pela segurança da amada, toma uma difícil decisão: resolve se separar dela. Os Cullen saem da cidade de Forks - Carlisle teria sido chamado para atuar em outra cidade. Edward também apaga todos os vestígios de sua passagem pela cidade - exceto as lembranças de Bella, que é imune ao poder que o vampiro tem de ler mentes.
A separação causa grande sofrimento à garota. Ela leva meses para se recuperar do choque, mas leva uma vida normal ao lado do pai, Charlie. Para superar a perda de seu grande amor, ela resolve se aproximar de outra pessoa, um amigo querido: Jacob Black.

Esse personagem apareceu no primeiro livro, e teve pouca importância até o momento. Descendente da nobreza dos índios quileutes residentes em La Push, arredores de Forks, o personagem é o mais simpático de todos os livros: divertido, irônico e entusiasmado, ele faz contraponto à Bella e aos vampiros da série, que são muito sérios e parecem ter pouco senso de humor. Jacob cuida de seu pai, Billy, que é amigo de Charlie e usa cadeira de rodas para se locomover. Sabendo que o hobby de Jacob é a mecânica - foi ele quem restaurou a picape vermelha que Bella usa como meio de condução - , Bella decide comprar duas motocicletas sucateadas e levar para Jacob restaurar, em segredo. Simplesmente para se aproximar do jovem índio.
No entanto, o fato dos Cullen terem saído da cidade não quer dizer que o sobrenatural tenha saído da vida de Bella. Laurent, um dos vampiros nômades que apareceram no primeiro livro - de onde saiu James, o vampiro que perseguiu Bella e foi morto pelos Cullen - reaparece, sozinho, e adverte: Victoria, a terceira nômade e amante de James, está louca por vingança, e quer matar Bella também. No entanto, de um primeiro contato amigável, Laurent começa a perseguir Bella, mas é salva por um estranho bando de lobos gigantes, que matam o vampiro.
Enquanto isso, notícias de que um estranho animal está matando pessoas na floresta em redor de Forks estão mobilizando a polícia - sobretudo Charlie.
Bella também começa a ter desconfiança quanto a Jacob, cujo comportamento começa a se alterar com o passar dos dias e quando ele começa a andar com o bando liderado por Sam Uley, um amigo deste. O garoto, que perto de Bella era quase um garotinho - ele é um ano mais novo que ela - , de repente começa a ganhar altura, massa muscular e seu comportamento começou a se alterar, de um garoto simpático e carente de afeição para um rapagão extremantente autoconfiante e convencido. Juntando as pistas que aparecem à sua frente, Bella conclui: Jacob, assim como Sam e seus amigos, é um lobisomem. Ou melhor, acabou se tornando um.
No entanto, seguindo a regra da licença poética, Meyer constrói lobisomens totalmente diferentes da lenda milenar: para começar não são licantropos, ou seja, híbridos de homem e lobo, mas simplesmente homens que se transformam em lobos gigantes, que mantém a consciência humana e podem se comunicar entre si através da mente; e não necessitam da lua cheia para se transformarem, basta um estado crescente de raiva - mais ou menos, como ocorre com o Incrível Hulk. Na forma humana, os lobisomens ganham altura, força e envelhecem mais lentamente.
A descoberta choca Bella: em princípio, ela começa a achar que Jacob é assassino, e o bando de Sam são os animais selvagens que estão matando pessoas; no entanto, Jacob consegue esclarecer que os lobisomens não são assassinos, que só reapareceram na tribo quileute porque os vampiros, seus inimigos naturais, estão violando seu território. Aliás, os lobisomens desprezam os vampiros, que consideram ter cheiro desagradável e são chamados pejorativamente de "sanguessugas".
Mas é claro que mesmo essas descobertas chocantes ainda não surtiram efeito para retirar de Bella as lembranças que tem de Edward. Toda vez que a garota se mete em alguma encrenca, em que possa se ferir, ela ouve a voz do vampiro. Mas a pior loucura feita por Bella foi mergulhar de um penhasco para o mar: ela só não morre porque foi salva por Jacob, mas ela acaba tendo uma visão de Victoria, sua algoz.
Aí, de repente, Alice, a "irmã" de Edward que pode prever o futuro, retorna a Forks para dar notícias de Edward a Bella. Aí começa mais uma parte de suspense na trama: Edward se encontra na Itália, e pretende se confrontar com um clã de vampiros, os Volturi, que defendem as tradições vampíricas e podem executar qualquer pessoa que perturbe a tranquilidade. O clã é composto pelos vampiros Aro, Caius e Marcus e um bando de "vigilantes", vampiros cuidadosamente escolhidos por seus poderes especiais quantificáveis.
O ápice da aventura será na cidade de Volterra, lar dos Volturi, para onde Bella e Alice se dirigem para salvar a vida de Edward... Como será que a garota se sairá quando estiver frente a frente com os Volturi?
Este segundo livro é um pouco melhor que o primeiro. Só um pouco. Tem mais humor e emoção. A presença de Jacob quebra um pouco a sisudez presente nos personagens. E mesmo Alice começa a mostrar que é a mais simpática dos Cullen. A análise psicológica de Bella é a matéria primordial. E a morte ronda ainda mais a vida da garota, e ameaça não largá-la assim tão fácil. No entanto, Stephenie Meyer continua demonstrando que não é a mais primorosa das escritoras. Ainda falta mais humor e ironia, e o romance ainda é a tônica - a ênfase da série ainda reside no amor. A trama continua meio complicada, e o ritmo não é de todo ágil, mas dando para entender o básico, está ótimo.
E o final deixa claro que um triângulo amoroso está formado. Portanto, aguardem muito mais conflito na terceira parte da série.
Na próxima postagem, a sair em breve, a terceira parte da narrativa, ECLIPSE.

EXPLICAÇÃO DAS ILUSTRAÇÕES
Procurei desenhar o Jacob tal como aparece nos filmes: no primeiro, ele aparece ainda de cabelos compridos, antes da transformação em lobisomem (mas acho que a roupa não tem nada a ver: ele ficou parecendo mais um pescador que um índio...); e, na segunda, de cabelo curto, e deixando claro que será o rival à altura de Edward.
Qualquer reclamação, deixem um comentário ou e-mail para: rafaelgrasel@yahoo.com.br.
Até mais!

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