Nessa semana que passou, chegou às bancas o quarto número do gibi DIDI E LILI GERAÇÃO MANGÁ, da editora Escala.
Para quem pegou o bonde andando, informação rápida: DIDI E LILI é o quinto gibi protagonizado pelo eterno trapalhão Renato Aragão, o Didi. Desta vez, ao lado de sua filha Lílian, Didi vive aventuras ao estilo mangá, semelhantes a Turma da Mônica Jovem e Luluzinha Teen.
Na edição deste mês, temos duas histórias, produzidas pelo Estúdio Franco de Rosa que produziu os três números anteriores. O problema é que, desta vez, o mestre Arthur Garcia não participou desta edição - e foi por causa dele que adquiri os outros números.
As duas histórias foram desenhadas por Alexandra Mattos. E, francamente, não gostei muito, pois o traço de Alexandra, apesar de ser de certa forma bonito, é evidentemente bastante apressado, o que comprometeu a qualidade.
Na primeira história, Lili no País das Maravilhas, escrita por Franco de Rosa e desenhada por Mattos, com cores de Antônio Lima, fica evidente o oportunismo. Aproveitando a comoção gerada pelo novo filme de Alice, produziu-se uma história em que Lili, durante uma tarde de tédio ao lado do Didi, segue um coelho rosa e acaba caindo no País das Maravilhas. Lá, encontra o palácio das portas, o gato risonho, o Chapeleiro Louco (com a cara do Didi) tomando chá com a Lebre Maluca e o Dormidongo e, é claro, a Rainha de Copas (também com a cara do Didi). Misturando Trapalhões com a Alice de Walt Disney (muitos personagens coadjuvantes são A CARA dos personagens concebidos por Disney), e com a colorização hor-ro-ro-sa do Antônio Lima, a historinha ficou simplesmente medonha! Dá medo até de ler!
A segunda historinha, Lili e o Aluno Novo, escrita e desenhada por Alexandra Mattos, com cinzas de Neuza de Carvalho, salva a edição. Numa imitação de shoujo mangá, Lili vive um anseio típico da idade, presente nas histórias anteriores: o interesse por garotos bonitos. O garoto desta edição é um aluno novo da escola, que ela conheceu durante as férias; porém, até o final, paira a dúvida: será que o que Lili sente pelo garoto é recíproco? E Lili não está só: ela divide esses anseios com a amiga Juju. É a melhor historinha da edição. Um típico shoujo mangá. Só a arte é que compromete a historinha.
E a capa, acima, foi desenhada por Adauto Silva, o melhor capista da editora Júpiter II! Difícil acreditar, uma vez que o estilo é muito diferente do que estamos acostumados a ver e não tem assinatura - só mesmo lendo os créditos ao final da edição para acreditar.
Bem, a opinião deste post é pessoal. Não querendo comprometer o trabalho honesto da Editora Escala, que está incentivando o quadrinho nacional. Só fazendo votos para que a qualidade do gibi melhore na próxima edição. Ah, e que o Arthur Garcia volte! Se ele tivesse desenhado a primeira história da edição, o estrago com certeza teria sido menor!
Para quem quiser conferir, o preço de R$ 4,90 foi mantido!
NIGHTSY BY RAFAEL
Há algum tempo atrás, o Rogério Martins, vulgo Nights Yoru (http://www.nightsy.com/) publicou, no blog dele, mais duas tirinhas de seu personagem, o Nightsy, produzidas por mim.
A primeira foi produzida em duas partes. As duas fazem parte de uma série, o Nightsy Vaudeville. Dois atos de um "show" de mágica do Nightsy e seus amigos. Em breve, teremos mais!
Agradecendo desde já ao Nights Yoru por ter publicado minhas tirinhas no blog dele. Quando olho de novo estas tirinhas, fico pensando que este talvez não seja meu melhor trabalho. Ah, para mim o desenho é uma necessidade quase fisiológica. Se fico sem desenhar, não fico em paz.
Agradecendo desde já ao Nights Yoru por ter publicado minhas tirinhas no blog dele. Quando olho de novo estas tirinhas, fico pensando que este talvez não seja meu melhor trabalho. Ah, para mim o desenho é uma necessidade quase fisiológica. Se fico sem desenhar, não fico em paz.
Até mais!
2 comentários:
A sua crítica não produz nada. O trabalho da Alexandra está ótimo. Penso que você deveria rever seus conceitos.
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