O mundo acompanhou apreensivo, na semana que passou, o resgate dos mineiros presos numa mina de cobre em Copiapó, no deserto do Atacama, no Chile. Um resgate impressionante, visto a situação em que se encontravam os 33 homens presos a mais de 700 metros de profundidade, desde agosto. Nesta quarta feira, os 33 mineiros foram retirados de lá através de uma cápsula de salvamento.
Felizmente, tudo acabou bem - apesar do improviso nos planos, nada deu errado - , e daqui para a frente as coisas podem ser diferentes no mundo da mineração.
Só o que me deixou meio "encucado" foi a superexposição da mídia ao episódio. Tá, está certo que o resgate provocou uma comoção mundial. Porém, a mídia brasileira precisava dar notícias do resgate de cinco em cinco minutos? As notícias mais importantes do momento, como por exemplo as das eleições, ficaram praticamente em segundo plano! Estou falando da cobertura dos noticiários nos dias 12 e 13 de setembro, quando nos principais jornais davam notícias do resgate entre uma notícia e outra - muitas vezes desnecessariamente.
Não basta o que os homens sofreram nesses mais de dois meses... agora que saíram, ainda precisam sofrer com a perseguição da mídia internacional, querendo uma exclusiva com cada um deles?! É muito! Eles não podem descansar depois de tudo o que aconteceu?!
Esta foi a impressão que tive ao ver a cobertura jornalística do resgate. E que expresso na HQ tosca abaixo, feita sem esboço com caneta azul.
E podem esperar: Hollywood vai produzir o filme sobre o resgate. É só uma questão de tempo.
Não sei se me expressei bem. O que escrevi foi apenas uma opinião. A mídia poderia ter tido parcimônia ao cobrir o resgate: não precisavam dar notícias de cinco em cinco minutos, eclipsando todas as outras notícias. Tá, o público já sabia como ia ser o resgate, quantos homens estavam na galeria que desabou, etc., etc., etc. Não precisavam repetir, repetir, repetir, como se fôssemos debilóides que esquecem tudo no segundo que passou, feito a peixinha do Procurando Nemo.
DIREITO DE RESPOSTA
Devo ter irritado muitos fãs quando resenhei o gibi Didi e Lili Geração Mangá no. 4. Vejam o que um leitor comentou:
★$ Naиđ♂ N£яi $★ disse...
A sua crítica não produz nada. O trabalho da Alexandra está ótimo. Penso que você deveria rever seus conceitos.
Olha, quando escrevi a resenha, eu só estava expressando minha opinião pessoal. E minha opinião pessoal diz que as historinhas da edição 4 desenhadas pela Alexandra Mattos são muito fraquinhos, como se ela tivesse desenhado às pressas.
Mudar meus conceitos eu posso mudar, Sr. Nando Neri (assim, por extenso, para melhor enfatizar). Mas eu te recomendo: Aprenda a ler Histórias em Quadrinhos e saiba reconhecer um bom artista quando vê!
E não mudo minha opinião a respeito do traço da Alexandra Mattos. Espero mesmo que o Arthur Garcia desenhe a próxima edição de Didi e Lili.
Pode ser que a crítica não produza nada como você disse. Ms eu sei ser mais exigente com relação a quadrinhos. Talvez seja porque, este ano, encontrei pouca coisa que realmente prestasse em matéria de livros e HQs. Eu quero é mais!
Sei que depois dessa, vou perder leitores. Irritei muita gente. Mas o que quero demonstrar é que eu possuo autocrítica, não engulo facilmente tudo o que vejo.
Até mais!
Um comentário:
Olá, Rafa!
Estou do teu lado. Tens razão: quando falamos em quadrinhos temos que ser exigente pois é justamente essa falta de "exigência" dos leitores que faz com que quadrinhos ainda leve o rótulo de "literatura de baixo calão".
Se existisse mais escritores como Alan Moore e Neil Gaiman os quadrinhos já seria visto como literatura há muito tempo.
Agora, só para não parecer que estou a te bajular, envio ao amigo, uma pequena crítica: peço que responda a cada comentário feito no teu blog. Pois quando comentamos, tentamos nos comunicar com o dono do blog, e quando não somos respondidos, as pessoas perdem a vontade de continuar comentando. Na última vez que comentei aqui, pedi ao amigo que me enviasse por e-mail todas as tiras do "Teixeirão"... Estava pensando em publicar as tiras no blog do Cruzaltino também, pois, exposição do trabalho nunca é demais, né?
que acha da idéia?
Henrique Madeira
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