sexta-feira, 25 de março de 2011

GUNS N' ROSES - Você precisa ser minha, minha doce criança

Olá.
Hoje, vou falar de CD.
A algum tempo atrás, no segundo semestre do ano passado, eu adquiri um CD que me deixou feliz de fato - não apenas por ser uma coletânea de uma banda muito famosa, mas porque esta coletânea continha todas as músicas que eu gosto dessa banda.
Lógico que eu estou falando de uma das bandas de rock mais influentes dos anos 80 e 90: os GUNS N' ROSES.
Da longa carreira dessa banda, uma parcela - e a melhor, na minha opinião! - está contida na coletânea que vocês estão vendo: a Greatest Hits, lançada por volta de 2004, mas facilmente encontrável nas lojas - a coletânea foi relançada na ocasião da turnê de 2010, que passou pelo Brasil - e sob a chancela da gravadora Geffen Records, que gravou todos os discos da banda.

Fundada em 1985, a banda teve várias formações, e seus integrantes fizeram jus ao lema "sexo, drogas e rock n' roll". Mas, polêmicas à parte, o Guns n' Roses foi uma banda realmente influente. Para dizer exatamente o que foi o Guns n' Roses para o rock, faço uso das palavras usadas pelo meu colega Fabrício Parzianello, o Bício, do Quadrinhos S. A., de Santa Maria (RS), que publicou este texto, junto com uma caricatura dos músicos, na revista Quandrante X # 5, de 2005:
"O Guns n' Roses recuperou o jeito espontâneo que o rock havia perdido, a urgência em dizer as coisas na hora com sua batida vibrante!
A técnica, desta vez, estava junto com a inspiração e intuição, refazendo do rock and roll um jeito de ser. (...)"
Pois é. O Guns n' Roses, carro-chefe da gravadora americana Geffen Records, pode ser tomado como o melhor exemplo de rock produzido nos anos 80 e 90. Com letras fortes, uma batida realmente balançante, melodias guturais e solos de guitarra hipnotizantes, do tipo que nos fazem sentir o que é o verdadeiro rock. Sem falar que o Guns foi uma das bandas que melhor fez uso dos videoclipes (geração MTV na veia!) para divulgar suas músicas. Sinto muito pelas bandas de hoje em dia, que tocam nas rádios, que sequer sabem fazer um solo de guitarra decente.
Como eu disse, foram várias as formações da banda, tendo em comum apenas o vocalista e fundador, Axl Rose, uma das maiores "gargantas" do rock. Seus timbres agudos e ensurdecedores são a alma do Guns n' Roses. Atualmente, ele anda numa fase experimentalista, largando de mão a velha fórmula "rock de garagem", como ele atestou no mais recente disco, Chinese Democracy, que foi duramente massacrado pela crítica - e isso que o disco foi lançado depois de cerca de quinze anos após o elogiado The Spaghetti Incident?, de 1993! Mas, ainda assim, será que aquela indústria de refrigerantes que prometeu dar uma latinha grátis de refri para cada americano se o novo CD do Guns saísse já começou a cumprir o prometido?
Bem. Muitos concordam que a fase áurea do Guns n' Roses foi mesmo entre os anos 1985 e 1990, quando a banda tinha a seguinte formação: Axl Rose (vocais), Izzy Stradlin (guitarras), Duff McKagan (baixos), Slash (guitarras) e Steve Adler (bateria). Mais tarde, Adler foi substituído na batera por Matt Sorum, e entrou Dizzy Reed nos teclados - o único que excursiona com Axl Rose até hoje. E assim foram várias formações, com seus integrantes originais entrando e saindo.
Mas muitos concordam também: nunca houve guitarrista como Slash. Ele também compõe, com seus indefectíveis solos de guitarra, a alma da banda. E o que dizer de seu visual, que permite a ele ser identificado de longe?! Slash atualmente é guitarrista da banda Velvet Revolver. Recentemente, chegou às livrarias brasileiras a sua autobiografia.
Bem. Não gostaria de me estender muito esquadrinhando a carreira do Guns n' Roses em detalhes. Para mais informações, e tudo o mais (como clipes, letras de músicas e imagens), eu recomendo a vocês o site Guns n' Roses Brasil. Ali tem tudo sobre a banda! Visitem: www.gunsnrosesbrasil.com/.
Bem, agora falemos da coletânea.
Distribuída no Brasil pela Som Livre, esta coletânea reúne o melhor da fase áurea dos Guns n' Roses, desde primeiro disco importante, Appetitie for Destruction, de 1987, até The Spaghetti Incident?, de 1993. São catorze músicas. E só as melhores. Os fãs podem sentir falta de alguns sucessos da banda, mas certamente não iam caber todas as músicas importantes. As catorze faixas já são de bom tamanho para esquadrinhar a história da banda - muito embora nem todas as faixas estejam em ordem cronológica.
Do primeiro disco, Appetitie for Destruction, que mostrou ao mundo a que a banda realmente veio, saíram as faixas 1, 2 e 4, respectivamente, e simplesmente: Welcome to the Jungle (que já nos acordes iniciais já anuncia o estilo do Guns), Sweet Child o' Mine (o grande sucesso, sem tirar nem pôr!) e Paradise City. A faixa 3 é uma calmaria em meio à tempestade: Patience, do disco GN'R Lies (1988), é uma das mais belas canções compostas por Axl Rose e companheiros, e também uma das ideais para se ouvir em um fim de tarde ensolarado.
Aí, chegamos às faixas inclusas nos discos de maior sucesso da banda, Use Your Illusion I e II, ambos de 1991. Do disco 1, foram extraídas as faixas 8, 9 e 10, respectivamente: Don't Cry Original (uma das mais belas baladas do grupo ganhou em tempos recentes uma nova versão da letra, mas nada supera o impacto da primeira versão), November Rain (a mais longa e épica faixa) e Live and Let Die (um poderoso cover de Paul McCartney). Já do disco II, foram extraídas as faixas 5, 6, 7 e 11, respectivamente: Knockin' on Heaven's Door (um belíssimo cover de Bob Dylan), Civil War (canção pacifista e de grande impacto), You Could Be Mine (que entrou na trilha sonora do filme O Exterminador do Futuro II, e cujo clipe contou com a participação do ator principal da película, Arnold Schwarzenegger) e Yesterdays (uma faixa nostálgica, tão envolvente quanto Patience).
De The Spaghetti Incident?, foram extraídas outras duas excelentes, mas todas covers, as faixas 12 e 13: Ain't It Fun (hino punk, cover da banda Dead Boys), e Since I Don't Have You (o melhor exemplo de rock balada, cover da banda dos anos 50 The Skyliners. Bailinho de garagem!).
Já a faixa 14 não entrou em um disco da banda: Sympathy for the Devil, um ótimo cover de um grande sucesso dos Rolling Stones, foi inclusa na trilha sonora do filme Entrevista com o Vampiro, de 1994.
Como eu disse, só os melhores sucessos! Muita gente pode sentir falta de outros sucessos, como One in a Million (de GN'R Lies), mas a coletânea é de fazer fãs e gente que ainda não conhece a banda realmente felizes. Principalmente porque Slash faz sua guitarra gritar em todas as faixas!
Depois de ouvir uma sessão de Guns n' Roses, fica a vontade de gritar: VIVA O ROCK N' ROLL!
Para quem não tem condições de encontrar os discos originais, eis aqui, então, uma coletânea que nos faz entrar de cabeça no universo Guns.
E, para encerrar em clima de rock, hoje vou postar duas ilustrações.
A primeira, é a de um punk roqueiro (você conhece o tipo), que eu chamei de Rock Zilla. Fiz esta ilustração para a Expo Rock, a exposição promovida pelo Quadrinhos S. A., de Santa Maria, pelo Dia Mundial do Rock.
E a segunda é o retorno de uma ideia maluca: certa vez, postei aqui uma ilustração - uma caricatura do Slash na forma de um coelho. Bem, já que falamos de Guns hoje, resolvi fazer uma nova ilustração do Slash Rabbit (como eu chamei). Não ficou tão boa quanto a original, mas valeu a intenção. Eu acho.
E aos jovens, faço uma recomendação: aprendam a ouvir boa música. Pelo menos, uma banda que não fique fazendo só esse pop melódico e descartável, que não use franjinha nem óculos maiores que a cara, e que de preferência saibam dar um solo de guitarra decente!
Até mais!

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