Hoje, volto a falar de quadrinhos. E, infelizmente, estamos na Quaresma, às vésperas de receber um novo Papa, tornando o álbum do qual vou falar um assunto um tanto, digamos assim, inapropriado.
Mas como este blog não tem religião por pano de fundo, e eu não costumo usar religião para debater os assuntos os quais costumo fralar, não importa. Embora estejamos na Quaresma, vou entrar no terreno do demônio.
O álbum de hoje é um lançamento recente, de um gênero o qual os brasileiros há quase um século são craques.
O álbum de hoje é o recente ZUMBIS E OUTRAS CRIATURAS DAS TREVAS.
Trata-se de uma antologia, lançada agora no início de 2013, pela editora Kalaco, reunindo vários autores de quadrinhos nacionais, entre veteranos e representantes da nova geração, fazendo histórias de terror. Histórias de várias épocas.
Bem: antes de tudo, é melhor que se diga o quanto antes: o álbum tem duas opções de capa. Ambas acima e abaixo mostradas. Não se engane, porque o conteúdo é o mesmo. Uma das capas é de Paulo Nery (a de cima), a outra é de João Pirolla (a de baixo).
Ultimamente, os zumbis estão na moda. Já superaram até os vampiros em nível de popularidade. Os monstros putrefatos, comedores de carne humana, na verdade nós como iremos ser dentro de nossos túmulos, estão fazendo um sucesso nunca antes visto. Teria sido por causa do fenômeno The Walking Dead? Se bem que os zumbis, na verdade, estão presentes na cultura pop não desde que George Romero iniciou sua famosa cinessérie, mas desde que as lendas haitianas sobre reanimação de cadáveres começaram a circular, no início do século XX. Atualmente, não há como escapar: o mundo há de acabar em um apocalipse zumbi, e nós vamos adorar.
Bão. O álbum é interessante não apenas por, como já dito, reunir uma grande quantidade de nomes conhecidos, pouco conhecidos e desconhecidos dos quadrinhos brasileiros fazendo histórias de terror; mas também porque reúnem histórias de diversas épocas, recentes e antigas, raridades e experimentações, bem-humoradas e pessimistas, com boas doses de sexo, violência, corpos dilacerados, sangue e vísceras. E também contos, poesias, reportagens e tudo o que pode interessar não apenas aos fãs das mídias de terror, como aos fãs de quadrinhos brasileiros, no geral.
Bem, os zumbis dominam esta edição, em diversas situações, assolando pequenas cidades, grandes centros urbanos, provocando acidentes, zumbis robustos, decepados, africanos, comandados, renascidos, enfim, zumbis para todos os gostos; mas também há espaço para lobisomens, vampiros, bestas-feras e outras criaturas sombrias, em histórias onde os seres humanos quase sempre se dão mal.
Mas o álbum, de 240 páginas, antes de tudo, tem alguns defeitos: é impresso em papel-jornal, com capa mole cartonada (dando assim ao álbum a aparência de uma revista semanal japonesa, onde as séries populares de mangá são publicadas semanalmente – sabia que é possível encontrar as “listas telefônicas de quadrinhos” pra vender aqui no Brasil?), sem índice, com poucas indicações de quando cada história foi publicada, sem biografia dos autores envolvidos, misturando épocas e tendências, alguns erros de diagramação de texto, alguns nomes esquecidos no índice, uma pequena falta de equilíbrio entre os autores – alguns deles comparecem com mais de uma história, alguns só com ilustrações que mal dão meia página.
Em alguns casos, dá para se saber se alguma das histórias é antiga, basta procurar a assinatura do autor, onde geralmente está escrito o ano de produção das histórias. Mas, na maior parte dos casos, não dá para saber em qual publicação, qual revista de qual editora, ela apareceu antes, se ela já pareceu antes.
Fora os defeitos citados, ZUMBIS E OUTRAS CRIATURAS... oferece um excelente panorama da publicação nacional de quadrinhos de terror. Não é à toa que somos, desde os anos 50, experts no gênero. Claro, as histórias brasileiras de terror têm como parâmetro os quadrinhos de terror dos EUA e da Europa – só muito recentemente conhecemos os quadrinhos japoneses de terror, muito mais assustadores e violentos. O modelo brasileiro de histórias de terror assusta sem abusar demais da violência explícita ou do pessimismo extremo – é como nos filmes de terror produzidos antes dos anos 90, com baixo orçamento e efeitos especiais mais pobres.
O álbum começa com duas páginas de quadrinhos de Vítor Barreto, com um já tradicional despertar de mortos-vivos, para só depois partir para o texto introdutório de Antero Leivas, redator de cultura pop das revistas da editora Minuano. No texto Zumbis – Quem São? Para Onde Vão?, Leivas faz um breve resumo da onda dos zumbis no cinema e nos quadrinhos.
A primeira história da antologia é das antigas: Criaturas da Noite, de Mozart Couto (texto e arte) e E. I. Kohatsu (letras), publicada em 1987. Na aventura, a mais longa da antologia (32 páginas), um bando de mortos-vivos aterroriza uma cidade onde uma série de eventos juvenis está ocorrendo. O despertar dos cadáveres se dá quando um estranho artefato de magia negra é encontrado, despertando o interesse de um especialista e o pavor de um grupo de jovens – uma repórter, seu namorado, o filho de um coveiro, um roqueiro e uma modelo. A história se desenvolve de um modo bem interessante, mas derrapa no final, que possivelmente poucos vão entender.
A seguir, uma aventura recente: Próxima Estação, de Daniel Esteves (roteiro) e Al Estefano (arte). Esta aqui é bem escrita e desenhada: é o apocalipse zumbi, sempre visto pelos olhos de uma testemunha. O ponto de vista do leitor é o grande forte da HQ, que termina de modo inesperado, bem ao gosto das histórias de suspense.
A seguir, Antônio Lima comparece com O Poder de N’Zambi, uma história sobre a possível origem do mito dos zumbis no continente africano. Segundo relatos, os mortos podem voltar à vida através da ação de toxinas extraídas de certos tipos de peixe – é a técnica usada pelos feiticeiros vodus do Haiti, terra de origem do mito, segundo as observações de especialistas. Ora, como o Haiti também recebeu escravos vindos da África, os métodos dos feiticeiros haitianos podem ter sua origem na África. O que importa aqui é que a arte de Antônio Lima é bem feita, contrastando um pouco com o texto irregular.
A seguir, Raphael Fernandes, atual editor brasileiro da revista MAD (texto) e Rodolfo Zalla (arte) comparecem com Mortos-Vivos nos Porões da Ditadura, mostrando que os métodos dos agentes da repressão da Ditadura Militar Brasileira podem ser mais terríveis do que a história conseguiu registrar. Infelizmente, por se tratar de uma história recente (de 2012), a arte do mestre Rodolfo Zalla está muito relaxada, num efeito de inacabado nos traços dos personagens. É compreensível, o velho mestre já se encontra em idade avançada.
Em seguida, outra recente: Três Balas, de Gian Danton (texto) e Walmir Amaral (arte), o relato de uma grande amizade destruída por uma estranha epidemia de zumbificação. Numa arte detalhada, porém caricatural como em um gibi infantil, um texto pessimista.
Continuando, A Canção de Eva Jones, de Franco de Rosa (texto), Sebastião Seabra (desenhos) e Iório (arte-final), erotismo e violência se integram quando é contada a ascensão de uma demônia nascida nos arredores da cidade, sustentada por sexo e sangue. Não se engane com o rostinho e o corpão dessa mulher... podemos classificar esta história, também, como uma história de vampiros, que apesar de pouco presentes na antologia, não deixam de serem mortos-vivos.
A seguir, outra história humorística: O Apocalipse Quase Zumbi ou: Nem Romero Foi Tão Longe, de Antero Leivas (texto), Arthur Garcia e Antônio Lima (desenhos), Wanderley Felipe (Cinzas) e Daniel de Rosa (letras e retículas), é discutida, por dois jovens em um cinema, a seguinte questão: é tão fácil quanto parece produzir um filme de zumbis? A resposta dos autores: parece, mas não é.
A seguir, Charles (texto e arte), em um clima permanente de tensão, traz, em Sobreviventes, um futuro onde, para se proteger dos zumbis, é preciso respeitar o toque de recolher – não por causa dos zumbis, mas por causa dos vivos.
Em seguida, Novaes, com Vingança, numa arte caricatural cheia de hachuras, relata como escravos podem se rebelar, de forma sangrenta, de seus senhores. O final inesperado parece muito forçado. Participação especial do saudoso encantador de mortos vivos, Michael Jackson.
Continuando, Pirata!, de José Aguiar (da tira Folheteen), outra recente, não é apenas uma critica do autor ao abuso de clichês do terror e aos personagens “copiados” de personagens famosos, mas ao mesmo tempo é uma homenagem ao célebre Dylan Dog, o investigador do pesadelo, o célebre personagem de terror da editora italiana Bonneli Comics.
A história de José Aguiar precede o artigo de Júlio Schneider, Os Zumbis de Dylan Dog, onde é contada um pouco da história do personagem criado por Tiziano Sclavi, em 1986, e como este se relaciona com os mortos vivos (ou, como ele chama, o "povinho de poucas palavras"), principalmente em seus embates com seu arquiinimigo, o cientista louco Dr. Xabaras.
Em seguida, voltamos aos quadrinhos com A Sombra, de Férrez (texto) e Franco de Rosa (arte). Numa homenagem ao roteirista Ronaldo Antonelli, é feita uma crítica ao tratamento dado aos artistas nacionais e quadrinhos.
A seguir, três artigos consecutivos, ilustrados com um desenho de Eduardo Schlosser (de Zé Gatão). O primeiro artigo, O Primeiro Drácula Ninguém Esquece, de Franco de Rosa, precede a história que vem a seguir; o segundo, Toni Rodrigues, Mestre do Terror (também de Rosa), é um breve perfil sobre um dos mais célebres roteiristas brasileiros de histórias de terror; e o terceiro, Nas Trilhas dos Zumbis, de Guilherme de Martino, fala das famosas trilhas sonoras de filmes de terror.
O citado primeiro artigo de Franco de Rosa é para apresentar a história a seguir: A Volta do Drácula, de Júlio Shimamoto. A história foi produzida em 1957, publicada no gibi Almanaque Contos de Terror da editora La Selva, e é considerada a primeira história brasileira protagonizada pelo célebre vampiro de Bram Stoker. Na trama, um curador de uma loja de antiguidades viaja até uma cidade da Alemanha em busca de uma pintura rara, e acaba se envolvendo com uma bela mulher e seu excêntrico tio... não precisa dizer mais nada. A arte de Shimamoto ainda é mais clássica, sem o estilizado que iria caracterizar sua obra mais para a frente. Uma pequena raridade.
Ainda dentro do universo de Drácula, a sequência é literária: um poema de R. F. Luchetti, Cântico – As 3 Vampiras por Jonathan Harker, com ilustrações de Fábio Moraes. No poema, é evocado um dos episódios mais lembrados da saga de Bram Stoker, o momento em que o corretor imobiliário protagonista do romance conhece as noivas de Drácula.
Voltando aos quadrinhos, Antônio (Toni) Rodrigues (texto) e Rodolfo Zalla (arte) comparecem com Zumbi – Nocaute no Último Round. Produzida em 1987, ainda dos tempos do Estúdio D-Arte (que Zalla dirigia junto com Eugênio Colonnese), este sim é o Rodolfo Zalla como conhecemos e amamos: um traço limpo, bem acabado e envolvente, na saga de um boxeador negro, morto por um mafioso após ganhar uma luta, que é reanimado por uma feiticeira vodu para buscar vingança contra seu assassino. Comparem com a primeira história da antologia, e vejam quanta diferença.
Em seguida, outro artigo. Fábio Moraes assina O Terror de Jayme Cortez, sobre o método de trabalho do artista luso-brasileiro, mestre das narrativas de terror, tanto quanto Zalla, Shimamoto e Colonnese. E, no segmento, duas histórias escritas e desenhadas por Cortez: na primeira, Conte Sua História Macabra, um pequeno conto de terror sobre um profanador de túmulos; e, depois, Latir para a Lua, de 1984, onde Cortez quadriniza, de forma psicodélica, a canção Bark to the Moon, de Ozzy Osbourne. Comparem os estilos das duas histórias: qual é o melhor Cortez, o clássico ou o mais moderno?
Outro artigo na sequência: Heitor Pitombo, em Zumbis nas HQs, traz um panorama sobre as mais recentes investidas dos mortos-vivos nas HQ, principalmente os das editoras Marvel e DC.
Em seguida, outro clássico. Lycanthropus, de 1986, produzida por Deodato Borges (texto) e Deodato Filho, o futuro Mike Deodato Jr. das editoras Marvel e DC (arte). Com uma arte caótica e semi-realista, como se as figuras tivessem sido desenhadas em cima de fotos, é contada a assustadora história de um jovem que carrega dentro de si a maldição de ser um lobisomem. E a trama envolve ainda o médico que o acompanha desde que nasceu e um policial vidrado em histórias de terror, o único que pode deter a matança da criatura. O Deodato Filho dos anos 80 era visualmente muito mais ousado que o futuro Mike Deodato Jr.
Em seguida, Morte Vudú, de João Costa (texto), Bené Nascimento, o futuro Joe Bennett da DC Comics (arte) e Daniel de Rosa (letras), o relato de um homem que resolve investir tudo em uma vingança pelo assassinato de sua mulher. Infelizmente, se ele perder o controle da feitiçaria, ele é quem acabará pagando.
Na sequência, o anárquico Márcio Baraldi traz, em A Noite dos Mortos-Vivos, uma aventura cômica de seu personagem Roko-Loko. Infelizmente, a impressão em cinza prejudicou a qualidade da historinha, originalmente colorida. Participação especial do Padre Quevedo.
A seguir, a segunda maior história da antologia (28 páginas): A Epidemia dos Zombies, de Paulo Fukue. Produzida provavelmente em 1969, trata da assustadora história de um médico e sua bela filha que vão a uma cidade do interior da Inglaterra, conservadora e supersticiosa, investigar estranhos acontecimentos envolvendo mortos-vivos, mortes misteriosas e magia negra, perpetrada por um excêntrico morador do local. Bem, a arte de Fukue, realista, é belíssima, mas o roteiro é um tanto confuso, e poucos vão conseguir entendê-lo na totalidade.
O artigo seguinte é A Saga do Ogro, de Fernando Moretti, onde é relatada a história do aclamado curta-metragem de animação dirigido pelo goiano Márcio Júnior, de 2001, baseado numa história de Toni Rodrigues e Júlio Shimamoto (incluindo um breve perfil deste). E, a seguir, vem a assustadora história O Ogro, publicada originalmente em 1984, na revista Calafrio no. 27. Na história de um cavaleiro medieval que decide enfrentar uma assustadora criatura, Shimamoto já utiliza a sua famosa técnica de claro-escuro, em ilustrações pintadas com tinta branca sobre papel preto. Tudo para dar o tom obscuro e a atmosfera caustrofóbica do conto. A técnica, inclusive, foi reproduzida no curta-metragem.
Em seguida, Dor, de Mary Astor (texto) e Adelmo (arte), outra história de vingança de zumbis. A técnica de desenho usada por Adelmo é similar à de Shimamoto, dando à história uma aparência assustadora.
A seguir, um conto. Apaixonado Coração Apodrecido, de Antony Magalhães, ilustrado por Alexandre Jubran, imagina um futuro onde uma pessoa, sob um contrato, pode retornar da morte na forma de zumbi, e viver em sociedade. Mas não será nada fácil.
A seguir, E. C. Nickel traz Paixão Sangrenta, outra história de lobisomem. Quando um lorde decide tomar para si a mulher prometida de outro, vai precisar enfrentar as conseqüências. E os jovens enamorados separados também. O mais interessante é que a história foi produzida com as páginas em leitura na horizontal, como se fossem pôsteres – é possível que a história tenha sido feita para ser publicada em páginas duplas, mas creio que, por conta de problemas de espaço e diagramação, as páginas tiveram de ser publicadas viradas. Meio incômodo de ler, mas a arte de E. C. Nickel é muito boa.
A seguir, Sobrevivência, de Gonçalo Jr. e Carlos Alberto. Uma história assustadora com alienígenas, passada no sertão nordestino. Um casal de repórteres vai parar em uma casa abandonada no meio do sertão e se envolve com a assustadora família que vive ali, que sobrevive como pode. Assustadora é pouco.
A penúltima história da antologia, O Último Zumbi, de Franco de Rosa (texto) e Gustavo Machado (arte), imagina, numa trama sem palavras, o apocalipse, não necessariamente zumbi. A arte de Machado lembra a do decano Mozart Couto. O próprio estilo da história lembra o de Couto.
E o álbum encerra com uma página de humor de Moretti, Humorto. Bem simplezinha.
Bem, o álbum poderia ter incluído trabalhos de mais gente da velha guarda, como Eugênio Colonnese, Elmano Silva, Ota, Olendino, Ofeliano de Almeida, Gedeone Malagola... que critérios de escolha foram usados para as histórias e os autores da antologia? Além disso, porque os nomes de Deodato Borges e Mary Astor não aparecem na lista de autores da página dos créditos e na da quarta capa?
Bem, mas o álbum mostra que os brasileiros não apenas adoram quadrinhos de terror, são craques na produção dos mesmos. Os detratores dos quadrinhos brasileiros não podem chiar: leiam o álbum primeiro, tirem suas conclusões depois.
Apesar de vir de uma editora ultimamente muito prestigiada – a Kalaco de Franco de Rosa, a substituta temporária da hoje renascida Opera Graphica – a qualidade do álbum deixa um pouco a desejar, com sua impressão em papel-jornal e a capa cartonada, dando a aparência de um álbum vagabundo. Só que o álbum foi co-editado com a editora Minuano, esta bem conhecida por suas publicações em papel ordinário. Mas o preço é convidativo: R$ 39,90. Por esse preço, o que você queria, um livro com capa de pele humana?
Imperdível para quem gosta de quadrinhos de terror, quadrinhos brasileiros, ou ambos. Escolha a sua capa favorita. Se quiser comprar dois exemplares, com as duas capas, azar o seu. Não tenho nada a ver com isso.
Para encerrar, aproveitando a pegada, fiz duas imagenzinhas com zumbis como personagens. Bão, são duas imagens românticas com zumbis. Apesar de o coração dessas criaturas não bater mais, serão eles capazes de amar?
Bão, na verdade não tenho muita vivência com quadrinhos de terror. Vocês não acharam meus zumbis muito... fofinhos? Buá!
Olhando os números recentes de postagens, a terrível constatação: esta postagem é a de número 665, portanto a próxima postagem deste blog é a de número... 666!!!
Preparem seus corações! Isso poderá ser um bom sinal ou não? Em plena quaresma!!!
Na próxima postagem, então, uma pequena surpresa...
Até mais...
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