quinta-feira, 18 de setembro de 2014

SÃO JORGE de Danilo Beyruth - Eu andarei vestido e armado com suas armas...

Olá.
Hoje, volto a falar de quadrinhos. E hoje, escolhi um lançamento recente, de um autor brasileiro que atualmente é uma verdadeira celebridade. Tudo graças ao apoio de uma grande editora.
Danilo Beyruth, o nome dele, de quem já falei anteriormente. Ele se tornou conhecido nacionalmente com as histórias, publicadas inicialmente em fanzines, do herói Necronauta. Depois, veio a estonteante aventura Bando de Dois, que lhe deu ainda mais glória. E, após participações esporádicas em álbuns e antologias, Beyruth entregou o belíssimo álbum Astronauta– Magnetar, primeiro álbum do estonteante projeto Graphic MSP, que lhe deu mais glória ainda. Magnetar, com efeito, se tornou o álbum mais associado ao autor paulista.
E agora, em 2014, ele entregou mais um projeto: SÃO JORGE. Em dois volumes.


O HOMENAGEADO
Os álbuns são mesmo o que o título entrega: a história de Jorge da Capadócia, ou melhor, São Jorge, um dos santos mais cultuados da Igreja Católica. Mas o que surpreende é a forma como Beyruth conta a história do cavaleiro. Mas antes, vamos rememorar algumas coisas sobre o personagem – rememorar, sim, pois creio que o que falarei a seguir todo devoto, ou mesmo quem acompanhou a novela Salve Jorge, de 2012, da Rede Globo, já sabe.
São Jorge, nascido na região da Capadócia, atual Turquia, no século III d. C., provavelmente no ano 275. Filho de pais cristãos, era um dedicado militar do exército do imperador romano Diocleciano (284 – 305). Como todo bom santo católico, Jorge sofreu em uma época em que o cristianismo era uma religião perseguida. Envolvido em intrigas da corte de Diocleciano, acabou preso e torturado por se recusar a obedecer às ordens do imperador de prestar cultos aos deuses romanos. Preferiu sofrer a renegar a fé cristã. Por isso, acabou sendo decapitado no ano 303. Em 491, foi canonizado.
Acabou se tornando santo padroeiro de diversos países, sendo o mais lembrado a Inglaterra. Embora a luta para conservar suas convicções tenha sido admirável,  São Jorge é mais lembrado pela sua lendária luta contra um dragão. Essa lenda possui diversas versões, já que os feitos do cavaleiro eram passados, principalmente, pela tradição oral. Mas a história é cheia de significados, já que o tal dragão seria uma representação do demônio, segundo a tradição cristã. Mas todas as versões possuem uma raiz comum: na região de Cyrene, na Turquia, um dragão ameaçava continuamente a população, e exigia vítimas em sacrifício. Em certa ocasião, a vítima escolhida foi a filha do rei de Cyrene. Porém, quando o dragão estava prestes a pegar a princesa amarrada a uma pedra, eis que Jorge aparece, e, armado com uma lança e uma espada, luta bravamente com o dragão e o mata. Pode ser resumido assim.
Tá, mas e a famosa associação do santo com a lua? Na raiz católica, um não tem nada a ver com o outro. Essa associação vem da umbanda, a religião afro-brasileira. Os negros que chegaram no Brasil Colonial na condição de escravos trouxeram também os seus deuses, os orixás; porém, como os negros não podiam professar livremente sua fé em um território católico, a solução foi associar os deuses africanos com santos católicos – o chamado sincretismo. Desse modo, São Jorge foi associado à figura de Ogum, o orixá guerreiro. Ogum, como entidade masculina, retirava sua força de elementos femininos da natureza, e a fonte de poder do orixá é a lua. Por isso, a associação entre São Jorge e a lua. Dizem, inclusive, que as manchas lunares formam a imagem do santo. E os populares ainda dizem que São Jorge, seu cavalo e seu dragão vivem na lua – ideia aproveitada em muitas historinhas, inclusive humorísticas.
Ah: São Jorge foi tema de muitos livros, canções... A mais famosa é a do cantor brasileiro Jorge Ben Jor. E a sua oração é uma das mais rezadas para quem busca proteção física e espiritual contra más influências (“Eu andarei vestido e armado com as armas de Jorge, para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos possam ter para me fazer o mal. Armas de fogo meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem ao meu corpo chegar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar”...).
Ah: São Jorge foi contemporâneo de outro santo popular no Brasil, Santo Expedito. Ambos, Jorge e Expedito, viveram e foram martirizados durante a administração de Diocleciano. Mas sobre o Santo das Causas Urgentes a gente falará em outra ocasião.
A imagem do santo,acima foi pintada pelo pintor brasileiro Martinelli - uma das imagens mais divulgadas no Brasil.
A festa em homenagem a São Jorge é 23 de abril, data de sua execução. Danilo Beyruth nasceu em 23 de abril de 1973 – logo, não foi coincidência que seu projeto seguinte seja a sua versão da vida do santo.

OS ÁLBUNS
A espera pelo novo projeto de Beyruth, desde Magnetar, não foi muita: cerca de um ano e sete meses. Devido ao sucesso do primeiro álbum da série Graphic MSP, Beyruth pode viabilizar este projeto pela editora Panini, que publicou Magnetar. Outro autor beneficiado pelo sucesso de seu trabalho no selo Graphic MSP foi Vítor Caffaggi, que, após o sucesso de Turma da Mônica – Laços, passou a lançar os álbuns de seu personagem Valente pela Panini.
O primeiro volume de SÃO JORGE, Soldado do Império, apareceu em maio de 2014. E, quando pensávamos que teríamos de esperar pelo menos um ano até o segundo volume sair, eis que a segunda parte da história, A Última Batalha, apareceu em agosto... de 2014! Enquanto isso, Beyruth está aprontando Astronauta – Singularidade, continuação de Magnetar, para ser lançado no final de 2014.
Bão. SÃO JORGE conta a história do santo. Mas, ao contrário de outros quadrinhos de orientação cristã, a versão de Beyruth foca mais no homem e menos no santo. Apoiado em cuidadosa pesquisa histórica, SÃO JORGE mistura realidade histórica e mito, focando na aventura e mais no homem que no santo.
Em se tratando de Beyruth, é claro que SÃO JORGE apresenta as características observadas em seus trabalhos anteriores: um desenho realista, porém estilizado, detalhado nas figuras próximas, simplificado nas figuras distantes; violência que chega a ser arrepiante; ângulos cinematográficos e quadros construídos como se fossem o storyboard de um filme, dando um aspecto de cinema à aventura; páginas duplas com efeito de pôster; sequências de ação construídas em muitas páginas com poucos quadrinhos e desenhos amplos; um roteiro de intrigas bem construído; referências escondidas a quadrinhos e cultura pop; e grandes doses de sangue. Em dois álbuns em preto, branco e cinza, a história dividida em quinze capítulos. Um espetáculo dirigido a adultos, que não ficaria nada mau se fosse adaptado para o cinema.
As principais reclamações da crítica especializada foram quanto às dimensões dos álbuns – cada um, com 124 páginas, contando capa, tem tamanho 21 x 16, pequeno em relação a Bando de Dois e Magnetar. Essa redução no tamanho afeta também o letreiramento, pois os textos ficaram com letras muito pequenas. A suposta dificuldade na leitura, entretanto, não reduz os méritos do álbum, cujos desenhos apresentam um grande trabalho de pesquisa para reconstituir o mundo do personagem, na Capadócia do século III d.C..
Em nenhum momento do álbum, é explícita a ideia de Jorge como um santo, mas como um homem que desafiou as convenções de sua época, e inclusive o próprio demônio, para se manter fiel a seus ideais. No caso, o cristianismo. Sua fé nos ideais cristãos não é a dos discursos dos pregadores religiosos, mas a guiada pelos seus ideais de certo e errado, de justo e injusto. Se Jorge da Capadócia soubesse que sua religião passaria de perseguida a perseguidora, e que muitas atrocidades seriam feitas em seu nome...

UM POUCO DE HISTÓRIA
SÃO JORGE se passa entre os anos de 297 a 303. Na época, a região da Turquia integrava o vasto império pertencente a Roma, que ocupava quase todo o continente europeu, parte do norte do continente africano e significativo naco do continente asiático. Na época, o império romano era governado pelo imperador Diocletianus (ou Diocleciano), que governou de 284 a 305. À época, o império romano passava por uma crise – os melhores tempos do império já haviam passado, tempo áureo que começou no reinado de Otávio Augusto (27 a.C. – 14 d.C.) e terminou no reinado de Cômodo (180 – 192). Diocletianus, para resolver a crise do império, resolve dividi-lo em duas partes – uma oriental, e outro ocidental. Ele estabeleceu o que se chamou de tetrarquia: havia na prática dois imperadores, governando uma parte do império; e cada um dos dois imperadores teria outro sob seu comando, o que fazia com que o império romano tivesse quatro imperadores. Desse modo, Diocletianus tinha como coimperador César Galerius; e o outro imperador, César Constantius Clorus, tinha como coimperador Augustus Maximinianus. O sistema funcionou bem por um tempo; mas, após a saída de Diocleciano, que retirou-se do poder por problemas de saúde em 305, a tetrarquia entrou em crise, pois os imperadores disputaram o poder entre si, sem vencedor claro.
E, naquela época, o cristianismo ainda era uma religião perseguida. As perseguições aos cristãos, como a História registra, começaram durante o governo do imperador Nero (54 – 68), que conseguiu fazer com que a culpa pelo incêndio de Roma (ano 64) fosse jogada nos cristãos, cujo culto crescia graças às ações dos apóstolos de Jesus Cristo, mas que passou a ser feito em segredo. Os romanos eram politeístas, acreditavam em diversos deuses, e às vezes os próprios imperadores se declaravam deuses. O cristianismo se opunha ao culto aos deuses romanos e ao imperador (e as adesões de opositores do poder de Roma era grande por isso), por isso os cristãos eram perseguidos e, quando pegos, eram torturados, jogados às feras no Circo Máximo e no Coliseu... enfim. Diocleciano decretou a última grande perseguição aos cristãos a partir de 303, que se estendeu por quase dez anos. Apenas com o governo do imperador Constantino (306 – 337) é que as perseguições aos cristãos chegam ao fim, quando, em 313, ele assina o Édito de Milão, que concede liberdade de culto aos cristãos. Em seguida, Teodósio, em 391, declara o cristianismo a religião oficial do Império Romano.

A TRAMA DOS ÁLBUNS
O primeiro álbum, Soldado do Império, começa com uma bucólica cena em Cyrene que termina em tragédia: uma monstruosa e estranha criatura destrói a casa e mata a família de uma garota chamada Vera. A moça, única sobrevivente do ataque, é a segunda personagem mais importante da história – mas, devido ao trauma sofrido pela perda da família, ela fica muda.
Só muitas páginas depois é que o leitor vislumbra a figura de Jorge, o cavaleiro e o mais destacado soldado das tropas de Diocletianus. O capítulo seguinte mostra uma intensa batalha entre exércitos: Diocletianus e Galerius rumam com suas tropas para Alexandria, no Egito, conter um levante liderado pelo regente da região, Domitius Domitianus. O ambicioso Galerius, que mais tarde seria o grande responsável pelo martírio de Jorge, pretende usar essa batalha para cairt novamente nas graças de Diocletianus e assegurar seu posto de sucessor do Imperador.
No choque entre exércitos, Beyruth cria cenas emocionantes, onde vislumbramos lanças e gládios se chocando, entrando na cabeça dos soldados, cortando partes de corpos de forma arrepiante. Só aí que, no calor da batalha, surge o tribuno Jorge, armado e com um pequeno crucifixo amarrado ao pulso. Quando o exército de Galerius é instado a retroceder ao avanço das tropas de Domitianus, Jorge aparece para encorajar os soldados, e a certo momento empala, com sua lança, um cavaleiro pela cabeça. E, no fim, as tropas romanas conseguem ganhar a batalha. Porém, Jorge não parece muito certo se a luta valia a pena – afinal, eram soldados do império romano contra soldados do império romano.
Uma intriga palaciana está se formando nos bastidores do poder: Galerius sente crescer a admiração do imperador por Jorge, e já começa a armar contra ele, afinal, uma possível elevação de Jorge ao cargo de general ameaça os planos de Galerius. O principal ardil para os planos de Galertius é o fato de Jorge ser cristão. Apesar de ter suas reservas com o avanço do cristianismo, Diocletianus não quer prescindir de um excelente soldado como Jorge – além disso, o pai do tribuno era amigo do Imperador. Mas os senadores romanos também já temem que a ascensão de Jorge na hierarquia militar possa influenciar na difusão da fé cristã no Império.
Corta para outro episódio em Cyrene, quando uma tropa de soldados romanos, ao atravessar um lago da região, acaba atacado pelo monstro. Momentos depois, um pescador acaba pegando, no rio, o que sobrou da tropa: um braço humano mastigado.
Em seguida, assistimos uma discussão entre Diocletianus e Galerius em Nicomédia, na Turquia. Galerius convence Diocletianus a aprovar uma lei que exige que todo soldado ofereça um sacrifício nos templos dos deuses romanos, como prova de fidelidade ao Imperador – como forma de conter a influência dos cristãos na máquina governamental – e a enviar Jorge para uma missão em um local distante, a fim de não causar problemas no império.
Desse modo, Jorge é enviado para Cyrene, investigar os rumores de que um dragão está causando tumulto na região, devorando animais e gente na calada da noite e ameaçando o tráfego em um rio da região. Detalhe: apenas ele, sem maiores reforços. O governante de Cyrene põe Jorge a par da situação, e pede a intervenção do tribuno na situação, a fim de impedir que a filha do governante, como quer a população, seja oferecida como sacrifício ao monstro. Junto com o governante e a princesa de Cyrene, está Vera, a sobrevivente.
Enquanto isso, as coisas ficam pretas para os cristãos: o templo de Júpiter em Nicomédia é incendiado – não se sabe por quem. Diocletianus se convence que os cristãos foram os culpados, por isso resolve baixar um decreto declarando os cristãos inimigos do Estado romano.
Rumando para o lago onde vive a criatura, Jorge é atacado. Aqui é que o álbum atinge o clímax. E, para tornar a história historicamente verossímil, Beyruth usou de imaginação: o dragão que Jorge combate não é bem um dragão, mas um gigantesco crocodilo, de tamanho descomunal, muito ágil e inteligente. Nas primeiras investidas, Jorge nem consegue ferir o monstro, e acaba levando um golpe de cauda que o joga longe. É aqui que o primeiro álbum termina: no clímax.
No início do segundo álbum, A Última Batalha, Jorge, ferido, está jogado em uma floresta, com um galho de árvore atravessado no corpo – felizmente, não atingiu nenhum ponto vital. O cavaleiro refugia-se em uma casa abandonada, e, lá, enquanto se recupera dos ferimentos, forja uma lança mais resistente para usar contra o crocodilo. Ele volta rapidamente ao rio para buscar equipamentos, deixados pela outra patrulha, e reencontra seu único companheiro – o cavalo que o acompanha na batalha.
Mas, no momento em que Jorge, já armado, se encaminha para buscar reforços na cidade, populares de Cyrene amarram uma moça à uma grande pedra do lago para oferecer como sacrifício ao monstro. Aparentemente, é a princesa de Cyrene, mas, pouco depois, é revelado que se trata de Vera, vestida com as roupas da princesa, oferecida no lugar desta. A batalha entre Jorge e o crocodilo é emocionante. O cavaleiro conta, além de suas armas, com a destreza de seu cavalo na corrida. Por pouco, o crocodilo não pega Jorge, que consegue ferir a criatura com a lança. A batalha é dura, mas Jorge consegue vencer, em sequências de grande suspense: algumas páginas com vários quadrinhos, terminando num grande quadro de duas páginas. Ah: esqueçam o Jorge de armadura medieval que vocês se acostumaram a ver nas igrejas e nos terreiros de umbanda (imagem construída na Idade Média, onde os referenciais para construção de armaduras eram outros); como o mote é a reconstrução histórica, Jorge usa uma autêntica armadura romana, do império romano. Logo, sua proteção contra o crocodilo é mínima. E esqueçam também o estandarte: a bandeirola branca com uma cruz vermelha estampada, que aparece em muitas imagens do santo, só começou a ser adotada séculos depois.
Mas a luta de Jorge não chegou ao fim. Ao voltar para Nicomédia, levando Vera consigo, fica sabendo do decreto de Diocletianus, e, sem intenção de obedecer à ordem de sacrificar um animal no templo romano, se entrega; antes, entrega seu crucifixo para Vera. Jorge tem uma conferência com Galerius, que, além de instá-lo para que cumpa a ordem, já que esta vem do Imperador, tenta suborna-lo com benefícios para que renuncie à fé cristã. Porém, Jorge, recusando, se entrega para ser preso.
Na prisão, Jorge passa por terríveis torturas – e seu destino é acompanhado, de perto, pela jovem Vera, que circula pelas ruas de Nicomédia e pula muros, cercas e foge de guardas para ver Jorge em sua cela, alquebrado. Ali, o cavaleiro tem uma visão: um crocodilo falante, representando o demônio, aparece para tenta-lo, demovê-lo da fé cristã. Quando Jorge parece sucumbir ao discurso do crocodilo, eis que Vera praticamente salva-o das tentações do demônio, ao devolver-lhes o crucifixo. Enquanto isso, a prisão de Jorge é comentada em toda Nicomédia.
Na audiência final com Diocletianus, Jorge demonstra total confiança na fé e na verdade, e joga umas verdades ao imperador. Mas o final... todo mundo já sabe. Mas ao leitor ainda resta descobrir o que acontece com a jovem Vera no final da história – mas adianto que, mesmo muda, a garota adquire a mesma determinação do soldado, determinação que marcará sua vida dali em diante. Seria, portanto, a primeira seguidora do futuro santo.
Beyruth, no fim, escapa da hagiografia (biografia de santo) convencional. A fé de Jorge, no fim, seria não tanto no Deus cristão, mas na verdade, na justiça, na certeza de que não estava lutando as batalhas certas, pelo lado certo. O homem justo veio primeiro, o santo veio depois. A hagiografia mais anticlerical já vista no Brasil.
Desde Bando de Dois, o público leitor de Beyruth não via imagens mais impactantes como as de SÃO JORGE. Há cenas ainda mais arrepiantes que as da batalha que abre a história, como a que um pássaro tem sua barriga aberta e suas vísceras são examinadas por um vidente; ou a parte em que o pescador tira do rio o braço mastigado; ou a ainda mais impactante cena onde, durante a “conversa” com Jorge, o crocodilo-demônio abre a própria barriga e dela saem cobras, aranhas e outros animais peçonhentos.
SÃO JORGE também não dispensa pequenas brincadeiras visuais. A mais importante é uma aparição dos personagens Asterix e Obelix, de Goscinny e Uderzo, numa rápida cena do segundo álbum.
Cada um dos álbuns pode ser encontrado nas bancas e livrarias por R$ 19,90. Mas cuidado: procure direito nas gôndolas de gibis porque, pelo tamanho diminuto, pode ser confundido com um mangá qualquer. Para os leitores que acreditam que ideais cristãos são mais do que os padres e pastores falam.
Para encerrar, uma ilustração: minha própria interpretação de São Jorge. Com o crocodilo no lugar do dragão. Sei que poderia ter sido melhor que isso, mas fiz o que pude, juro que fiz.

Até mais!

Nenhum comentário: