Olá.
Já faz mais de um mês, amigos. Ou quase dois meses, na verdade. Isso é certo: há dois meses que o gibi do Miracleman não chegava às bancas! A edição que deveria corresponder a outubro de 2015 só agora, em dezembro de 2015, chegou às bancas. Eis um dos motivos para a angústia que paralisou o blog no mês de novembro: a ânsia de saber como continua a saga do herói reinventado por Alan Moore, digo "Escritor Original". A editora Panini Comics, atual representante brasileira da Marvel Comics - que está relançando a saga do herói publicada nos anos 1980 - está sendo pouco benevolente com os leitores, principalmente se tratando dos gibis que mais nos interessam.
Antes tarde do que nunca, certo? Então, Miracleman está aqui.
MIRACLEMAN # 11
Nas bancas em dezembro de 2015, embora no expediente conste outubro de 2015.
Começa, neste número, o terceiro livro da saga de Miracleman por "Escritor Original", Olimpo. E a arte, agora, fica a cargo de John Totleben (responsável também pela capa acima). O presente número tem apenas duas histórias, sendo uma da saga dos anos 1980, e uma do Marvelman, dos anos 1950. O episódio dos anos 1980 é Cronos (Miracleman # 1, da estadunidense Eclipse Comics, maio de 1987), primeiro capítulo de Olimpo. Após visualizarmos breves cenas de um possível futuro, uma "utopia" comandada por Miracleman, vamos acompanhando a narrativa dele, cheia de narrações em off e registrada em um livro de crônicas com páginas de metal, sobre os acontecimentos posteriores aos acontecimentos do livro Dois (A Síndrome do Rei Vermelho, gibis 5 a 10) - a descoberta do Projeto Zaratustra, o enfrentamento de Miracleman a Emil Gargunza, o nascimento de Winter, a filha do herói e de Liz Moran, mulher do alter-ego de Miracleman. Micky Moran enfim está gozando de um período de paz junto à família, cujas únicas perturbações são as flutuações de humor de Liz e o rápido desenvolvimento da filha. E Jonathan Bates, alter-ego do perigoso Kid Miracleman, já saiu da catatonia, mas não representa perigo algum (ainda) no esforço de manter o alter-ego maligno preso dentro de si. Neste capítulo, Micky Moran / Miracleman tem um encontro, nada amistoso, com os irmãos Smith - os estranhos irmãos com poderes de teleporte que estiveram, no capítulo anterior, vasculhando os locais por onde o herói passou. Em um combate em um parque de Londres, os irmãos revelam suas verdadeiras formas: os alienígenas Qys, apresentados aos leitores na edição 3, em uma aventura de seus adversários, os Ferreiros Cósmicos. Foi a partir do corpo de um Qys caído na Terra que Gargunza desenvolveu as bases do Projeto Zaratustra, que visava criar uma arma viva. Os Qys possuem a capacidade de mudar de forma conforme a conveniência - e, na luta contra Miracleman, os Smith assumem duas formas diferentes. Um deles, depois, sai da batalha para ameaçar Liz e Winter - mas, nessa hora, entra em cena uma nova personagem heróica, cuja importância ficará evidente no capítulo seguinte. Em seguida, as páginas de bastidores - com ilustrações de capa, esboços e artes-finais de Totleben. Já tem gente reclamando porque essas páginas de bastidores - praticamente o capítulo inteiro no original em inglês - ocupa boa parte do gibi, praticamente apenas "enchendo linguiça", pois a aventura principal tem, nesta edição, 16 páginas... e a parte dos bastidores ocupa 25 páginas! E o gibi tem no total 52 páginas (contando capa). Desde que o editor Paulo França assumiu a liderança do gibi, substituindo Fernando Lopes, as coisas estão ficando cada vez mais preocupantes... E, fechando o gibi, o terceiro episódio da saga Marvelman e o Grande Mistério de Gargunza, roteiro e desenhos de Mick Anglo. Em Perseguição Acirrada (Marvelman # 74, janeiro de 1955), após se livrar de um atentado contra si, Marvelman vai para a América do Sul, de penetra do avião de bandidos, atrás de Gargunza, prestes a botar seu mais novo plano em ação - um aparelho de ondas de rádio que pode deixar as pessoas inaptas a lutar. Lembrando que esta saga tem seis episódios - e, até agora, todos com quatro páginas! Completam o gibi ilustrações pin-up de Pascal Campion, Paul Renaud, Salvador Larroca e John Totleben.
O gibi continua a R$ 7,50. Ao menos, algo a respeito de Miracleman está assegurado: não há notícias de reajuste de preço!
Agora é torcer para que o próximo número de Miracleman realmente chegue às bancas - torcer para que não demore a chegar não está bastando, por si só.
Para encerrar, temos ilustração. Aqui, tento representar Miracleman enfrentando os Qys, em suas duas formas que eles assumem no capítulo. Não ficou legal, certo? Sim, reconheço que não ficou muito boa como a princípio pretendia - principalmente porque foi feita às pressas, de um dia para outro. Vamos, podem dizer. Juro que minhas intenções são as melhores possíveis.
Orações ao Grande Desenhista do Universo, irmãos, para que a saga de Miracleman no Brasil não seja interrompida!
Até mais!
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