Neste mês, precisamente no dia 25 de junho, faz dois anos que perdemos o rei do pop, Michael Jackson.
E, justamente hoje, atrasado, por conta de algumas coisas que aconteceram, resolvi postar uma homenagem a este artista (tenho de postar, afinal neste blog há um marcador que diz "Michael Jackson": clicando nele, acessam-se os outros posts que fazem referência a ele). São fatos que ajudaram a mudar o rumo dos planos que eu tinha para hoje.
Devido a uma oportunidade que tive, hoje então vou falar de um dos produtos mais icônicos da carreira de Michael Jackson: o filme MOONWALKER.
O musical estrelado e co-dirigido por Jackson foi lançado em 1988, dentro da turnê Bad World Tour. Nos créditos, consta que MOONWALKER foi dirigido por Colin Chilvers. Mas também dirigem o filme Michael Jackson, Will Vinton, Jim Blashfield e Jerry Kramer. O roteiro do surrealista musical também foi co-escrito por Jackson, tendo como principais redatores David Newman e Dale Baldin. O filme também foi adaptado, na mesma época, para videogame. Por conta da morte de Michael, o filme foi relançado em DVD ainda em 2009.
Lembrando, entretanto, que este não foi o único longa-metragem onde Michael Jackson atuou: em 1978, ele participou do filme The Wiz, de 1978, uma versão de O Mágico de Oz onde Jackson atuou como o Espantalho.
MOONWALKER é um registro do rei do pop ainda em seu auge. Nos anos 80 é que Jacko ainda podia desfrutar de seu trono, antes de se envolver nos já consagrados escândalos. É quase que um grande apanhado de sua carreira, um material promocional. Ou, em outras palavras, um enorme videoclipe.
Não que faça alguma diferença, afinal foram os videoclipes que alavancaram a carreira de Michael. Cada clipe que o astro pop lançava era uma verdadeira superprodução, cheia de coreografias e efeitos especiais. MOONWALKER, entretanto, leva o conceito à décima potência: praticamente todas as sequências do filme, em separado, são verdadeiros clipes. A diferença é que todos esses clipes são interligados por uma história.
Aliás: MOONWALKER faz referência ao famoso passo onde Michael caminha para trás. Mas o termo ganha novo sentido por conta do contexto da historinha.
Bem.
O filme começa com um registro de um show ao vivo: Michael Jackson abre MOONWALKER cantando Man in the Mirror, diante de uma multidão histérica. Essa sequência parece ser uma colagem de seus registros dos shows, visto que, a cada mudança de cena, Michael está usando uma roupa diferente, embora esteja (aparentemente) cantando a mesma canção.
A seguir, temos um apanhado de trechos de clipes e músicas de Jackson, desde os tempos do Jackson 5, quando ele cantava ao lado dos irmãos. Mas esses trechos, em alguns momentos, foram reinventados: eles aparecem sendo exibidos dentro de televisores que viram naves, pedaços de cristal, gotas de água, jukeboxes... mas são os mesmos que já vimos em algum momento. Aí, estão trechos de Music and Me, ABC, Blame the Groove, Don't Stop You 'Til Get Enough, Dirty Diana, Thriller, Billie Jean, Human Nature... tudo, até chegar a Bad, o hit do momento.
Também Bad foi reinventado: a sequência foi recriada, tendo crianças no lugar de Michael e seus dançarinos. O Michael criança foi interpretado por Brandon Quintin Adams, que dançava tal qual o adulto!!!
Após essa sequência, o menino, após passar por uma cortina de fumaça, vira adulto novamente. E, ainda nos trajes de Bad, Michael é perseguido por fãs ensandecidos. Começa, desse modo, a sequência de abertura do clipe de Speed Demon. Os tais fãs aparecem de duas formas: há os humanos e há os animados, ou seja, bonecos de massinha animados em stop motion. E, numa perseguição estilo desenho animado, Michael, para poder escapar de fãs, paparazzis e até de dois caubóis frustrados porque Jacko interrompeu a filmagem de um faroeste, se disfarça como um grande coelho de animação e foge numa bicicleta que vira uma possante motocicleta. E, no final, Michael acaba dançando com o coelho! Muito legal.
A sequência seguinte pode ser considerada um clipe isolado: o surrealista clipe de Leave me Alone traz, nas entrelinhas da letra e do vídeo, uma mensagem para a imprensa sensacionalista que já naquele período adorava atacar as excentricidades do popstar. Nesse clipe, Michael passeia em um parque de diversões montado em cima do corpo do próprio Michael! E, no final, Michael se levanta e destrói o parque.
Depois disso, começa a sequência principal da película: nela, Michael (para resumir) precisa proteger três crianças da perseguição empreendida por um poderoso traficante de drogas.
Nessa parte, Michael interpreta um alienígena com poderes mágicos. Ele está sendo perseguido pelo vilão Mr. Big, ou Frankie LiDeo (interpretado, de forma caricata, por Joe Pesci), um violento e mutcholoco traficante de drogas que planejava dominar o mundo. O motivo da perseguição se deve ao fato de Michael e sua amiga, a pequena Katie (Kellie Parker), ao tentarem pegar um cachorrinho que fugira, penetram nos domínios de Mr. Big e escutam seus planos.
Na primeira sequência, Michael é metralhado quando está saindo de sua casa, mas consegue escapar. Perseguido pelas ruas de uma cidade estilo anos 30 (com roupa de gangster e tudo), Michael é acompanhado de perto pelos amiguinhos, Katie, Sean (Sean Lennon, o filho do ex-beatle John Lennon) e Zeke (Brandon Quintin Adams, de novo), que temem pela sua vida. As crianças sabem que Michael adquire seus poderes mágicos no instante em que uma estrela cadente passa pelo céu. E, na primeira intervenção, Michel consegue fugir do exército de Mr. Big transformando-se em um carro futurista!
Abrigando-se a seguir em um clube abandonado (que magicamente se enche de gente), Michael inicia a melhor sequência do filme: quando, dentro do clube cheio de gangsters e outros bandidos, ele canta e dança Smooth Criminal. De terno branco e tudo! E Quintin Adams, numa sequência, tem outra chance de mostrar o que aprendeu com (ou o que ele diz que "ensinou ao") Michael.
Porém, Michael não pode escapar por muito tempo. Ele, ao saber que Mr. Big raptou Katie, entra no esconderijo do vilão. E, quando o violento traficante ameaça a vida de Katie, Michael não se contém: transforma-se em um grande robô de combate, com armas, escudos invisíveis e um poderoso grito. A seguir, o robô transforma-se em uma nave, e tem um confronto final com Mr. Big, que ameaça-o e às crianças com um grande canhão a laser. É evidente que nessa sequência, Michael tinha a intenção de alertar sobre os malefícios do uso de drogas. Porém, a sequência tem mais de divertida do que de informativa. Não que ela acrescente algum coisa à nossa experiência pessoal.
O final é arrebatador: Michael, após retornar, leva as crianças para o mesmo clube. E o filme termina com o popstar cantando uma arrebatadora versão de Come Together, dos Beatles (hum... talvez seja um dos motivos porque Sean Lennon atuou no filme).
MOONWALKER, no fim, é diversão pura. Efeitos visuais excepcionais, coreografias inigualáveis, pura poesia visual. Surrealista, no melhor sentido da palavra. É Michael Jackson como um dia foi. Como ele sempre foi.
E nada melhor que homenageá-lo do que vendo sua atuação em MOONWALKER. Mas desconto, claro, para a atuação de Joe Pesci e para a meiguice de Kellie Parker.
Lembrando também: não é difícil encontrar todas as sequências do filme no YouTube. Basta digitar o nome da faixa e pronto!
Para encerrar, resolvi hoje fazer uma ilustração meio descontraída, de alguns dos movimentos mais famosos de Michael Jackson. Não é muito, mas foi o melhor que consegui fazer. Lembrando que eu tinha outros planos pra o blog esta tarde. Buá!
Descanse em paz, Michael, esteja onde estiver!
Descanse em paz, Michael, esteja onde estiver!
Até mais!
Fonte da imagem acima: movie-list.com
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