sábado, 3 de março de 2012

CLUBE DO BOLINHA - eu ontem fui à festa lá!

Olá.
Ontem (na última postagem), falei sobre as edições do mês de Luluzinha e Bolinha clássicos, que chegaram às bancas nos últimos dias do mês de fevereiro. E não vieram sozinhos!
Também chegou às bancas mais um número especial dos quadrinhos clássicos dos personagens. Desta vez, o mestre de cerimônias é o Bolinha. Eis aqui o especial CLUBE DO BOLINHA!

Esta é a terceira edição especial da coleção lançada pela editora Pixel Media (selo do grupo Ediouro). Anteriormente, a editora lançou os especiais com as histórias de Alcéia e Meméia (outubro de 2011) e com as histórias natalinas (novembro de 2011), que se diferem dos almanaques de férias (julho de 2011 e janeiro de 2012) por serem em formatinho (13,5 x 19), como os gibis convencionais.
Bem. As historias deste especial se passam no clubinho, exclusivo para meninos. O barracão de madeira com a inscrição na parede (Menina não entra) se tornou um símbolo do machismo nos quadrinhos, e, no Brasil, a expressão "Clube do Bolinha" denomina as associações exclusivamente masculinas - locais onde só homens se reúnem, embora tenham mulheres doidas para entrar.
Bem. É natural que, em criança, os meninos sejam misóginos, ou seja, queiram excluir as meninas de seu círculo de amizades. Vários quadrinhos retratam essa fase onde os hormônios ainda não atuam com tudo. Mas a mais simbólica foi a forma como John Stanley e Irv Tripp começaram a retratar, a partir de 1945 (data em que a personagem chegou aos gibis) essa fase nos quadrinhos da Luluzinha.
Para se associar ao Clube do Bolinha, é preciso ser menino, corajoso e odiar meninas. Mas é preciso, todo mês, pagar uma taxa - um dólar no original americano, um real na nova tradução - para permanecer associado. Entre as atividades do associado, incluem-se sacanagens diárias às meninas, demonstrações de machismo infantil e contendas constantes com a terrível Turma da Zona Norte, donas do clube rival. O presidente varia: inicialmente, o presidente era o Juca - e em várias histórias da fase inicial, ele ainda é o presidente. Porém, Bolinha conseguiu, posteriormente, assumir a presidência - apesar de ele ser o mais atrasado com as prestações do clube, numa época em que um dólar era muito dinheiro para uma criança.
Outra curiosidade: o clube nem sempre teve apenas os quatro membros mais conhecidos, Bolinha, Carequinha, Juca e Zeca. Em outras histórias, o clubinho já chegou a ter mais membros - e, vez por outra, o Alvinho aparece como um deles.
É claro que, na parte de atormentar as meninas, os meninos nem sempre se dão bem, ainda mais com a Luluzinha, a menina mais inteligente que já apareceu. E ela e a Aninha estão doidas para entrar para o clube. Até quando os meninos conseguirão mantê-las fora?
Bem. A presente edição tem oito hitorinhas. São elas:
Dia de Eleição, onde vigorava um estranho sistema de eleição do presidente do clubinho - quem é o mais corajoso - e Bolinha decide dar um golpe para impedir a reeleição do Joca; O novo membro é a estreia, na coleção, do matusquela Vovô Fracolino, o avô do Carequinha, que se comporta feito uma criança - e o neto quer associá-lo ao clube, mas ele terá de passar pelo crivo do Bolinha e do Juca; A Coruja Maldita mostra que Bolinha é o membro mais inteligente do clube, mais uma vez, quando ele resolve resgatar a mascote do clube - uma coruja empalhada - das mãos da Turma da Zona Norte; em O Cão de Guarda, Bolinha tenta, sem muito resultado, uncluir um novo amigo guloso no clubinho; Dia de Pagamento mostra que, quando é o dia de pagar a prestação do clube, a turma não perdoa o Bolinha; e O Melhor Homem do Clube traz a turminha sendo desafiada pela Turma da Zona Norte - mas quem terá coragem ou esperteza suficienntes  para enfrentá-los? Bolinha, é claro!
Este gibi não acompanha o livrinho de passatempos que veio com os dois especiais. Sabiamente, parece que a Pixel Media resolveu parar de distribuir esse suplemento deveras supérfluo nas revistinhas.
Dese modo, o gibi está nas bancas pelo preço módico de R$ 3,10. Complete sua coleção!
Para encerrar, mais uma ilustração maluca. Certa vez, baseado numa historinha antiga do Bolinha onde ele banca um ninja, eu imaginei uma série de artes marciais que tinha personagens com a cara do Bolinha e sua turma. Os meninos do clubinho seriam retratado, na série, da seguinte forma: o Bolinha, como um lutador de sumô; o Carequinha, como um monge shiaolin (quase um Kuririn, do Dragon Ball); o Juca, como um guerreiro com um bastão; e o Zeca como um street fighter, armado com cassetetes - quase um lutador baderneiro.
Para quem faz do machismo uma bandeira de guerra, nada como um descarregamento de testosterona. Mas de brincadeira, é claro!
E aguardem mais novidades!

Até mais!

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