domingo, 31 de julho de 2011

Animação: QUEEN'S BLADE - parte 1

Olá.
Hoje, volto a falar de anime. E já faz algum tempo que eu queria falar desse anime, mas só recentemente voltei a assisti-lo.
A produção japonesa da qual vou falar hoje é uma das mais polêmicas dos últimos tempos, por isso é bom fazer algumas considerações iniciais antes de partir para a análise.
Em primeiro lugar, é bom apontar algumas diferenças entre o hentai, ou pornográfico, e o ecchi, ou quase-hentai. Isso porque esse anime costuma ser classificado como hentai por alguns sites, quando na verdade é um ecchi, ou “mostruário de calcinhas”, como eu gosto de chamar.
O ecchi e o hentai são estilos dirigidos primordialmente ao público adulto masculino. No ecchi há muita nudez e seminudez feminina, além das pródigas poses sensuais e “constrangedoras”. Por algum motivo, os japoneses gostam disso, seja o que as tais garotas estão fazendo nas HQ, nas telas ou nos livros. Já o hentai contém tudo isso, mas acrescido de sexo explícito e closes genitais. Entenderam?
Bem. O anime em questão se chama QUEEN’S BLADE. E ele é um ecchi – e dos mais safados já produzidos. Mas alguns sites e blogs insistem em classificar esse anime como um hentai. Tá, tá certo que as personagens são quase todas mulheres gostosas, usam trajes, digamos assim, sumários, e esses mesmos trajes são destruídos ou rasgados em combate, deixando os seios delas à mostra – e “otras cositas más” – porém esse anime não pode ser classificado como hentai porque NÃO CONTÉM SEXO EXPLÍCITO. Mas chega muito perto de ter, é claro.
Bem. Agora, o anime.

QUEEN’S BLADE (numa tradução aproximada, “a lâmina da rainha”), surgiu de um modo muito diferente da maioria das animações japonesas: a série surgiu de um jogo de RPG, produzido a partir de 2005, pela empresa japonesa Hobby Japan, que publica a revista homônima, especializada em miniaturas de personagens (os chamados “garage kits”), jogos de RPG, etc. Esse sistema de RPG é diferenciado do tradicional: para jogar, é preciso apenas o livro da personagem da preferência do jogador, onde já constam os dados sobre ela. Existe um livro para cada personagem, e todos são recheados de ilustrações “sensuais”, pois o jogo tem por personagens guerreiras gostosas – mas isso já é bastante comum em qualquer RPG, todos os personagens femininos de qualquer sistema de RPG têm corpos esculturais. O caso é que QUEEN’S BLADE leva esse conceito a patamares maiores, por isso a série é muito criticada, e classificada como diversão “para nerds gordos e virgens”. Não é verdade, de certa forma?
Bem. Mas o fato é que QUEEN’S BLADE ganhou, com o sucesso que fez no Japão, uma série de light novels (romances ilustrados), um jogo de videogame (Queen’s Blade: Spiral Chaos), alguns mangás, uma coleção de garage kits e uma série de anime, em 2009, produzido pelo estúdio ARMS (o mesmo da franquia Ikkitousen). O anime tem, até o momento, duas temporadas de 12 episódios cada uma, e mais uma série de seis OVAs – sem contar os curtas que acompanham a versão em blu-ray das duas primeiras séries. È, caras, o estúdio ARMS já é especialista nesse tipo de anime. Hoje vou falar da primeira série, a que ”abre os trabalhos” e mostra a que veio.
Queen’s Blade – Rurou no Senshi (As guerreiras andarilhas), ou, como podemos chamar, Queen's Blade - parte 1, faz a “introdução” ao mundinho sexual e mutcholoco das guerreiras gostosas. Nesse anime, fanservice é o que não falta: seios saltando, bundas expostas, armaduras que mais mostram do que protegem, calcinhas aparecendo, insinuações de zoofilia, pedofilia e incesto, etc, etc, etc. Se não tivesse tudo isso, poderia ser apenas uma série sobre as guerras de um mundo medieval. Por isso, é não recomendável para menores de 18 anos, mulheres e cardíacos. E vê-se de cara o porquê de o anime nunca vai ser exibido no Brasil. Ainda bem que temos a internet, não é? E na internet, vocês sabem, está tudo liberado.
Esqueci alguma coisa? Ah, sim, a história.
QUEEN’S BLADE se passa em um mundo medieval “padrão”, com humanos, elfos, anjos e outras raças comuns nesse tipo de mundo. E esse mundo possui um estranho sistema de governo: ele é governado por uma rainha, que é escolhida, a cada quatro anos, em um grande torneio – o Queen’s Blade do título. Nesse torneio, mulheres maiores de 12 anos simplesmente lutam com outras guerreiras pelo direito de disputar o trono com a atual rainha, que vive na capital, Gainos. E vale tudo nesse torneio: uso de armas e a vitória por nocaute ou por rendição do adversário. E as lutas são sempre julgadas por anjos, que descem dos céus e evocam os círculos de batalha – e as lutas são transmitidas a toda a população do mundo através de esferas transparentes que sobrevoam os céus. Mais ou menos como uma transmissão esportiva qualquer.
As personagens, agora. E em ordem da aparição nesses primeiros 12 episódios.
Embora seja grande o número de personagens nesta série, dá para apontar pelo menos uma ou duas heroínas. E uma delas é a personagem principal, a jovem Leina (ou Reina, dependendo da pronúncia). Ela é filha de um nobre feudal, mas está cansada de ficar presa na propriedade de seu pai – decide, então, abandonar a vida de princesa que antes levava e andar pelo mundo, buscar uma razão para viver. Mas, no início, ela nunca consegue o que quer. Ela é sempre capturada e levada para casa.
Bem. No início do anime, a primeira guerreira que cruza seu caminho é uma demônia chamada Melona, que usa um babydoll cor de rosa, têm orelhas de coelho, uma aparência de boneca e solta leite ácido pelos seios, cobertos apenas por um tufo dos cabelos. E que possui a capacidade de mudar de forma (por isso, é conhecida como "A Assassina de Mil Faces"). Na luta, Leina leva a pior: tem suas roupas dissolvidas, e teria sido morta se não fosse salva por uma guerreira selvagem chamada Risty, uma ruiva de porte altivo, roupa muito sumária e, além disso, uma ladra (daí o apelido, “A Bandida do Deserto”).
Risty leva Leina de volta para casa, visando a recompensa pela garota. Porém, ela dá de cara com as duas irmãs da mocinha: a arrogante Elina, uma militar loira, mimada e cujo traje se resume a um biquíni metálico (e que possui uma espécie de atração incestuosa pela escultural Leina, sua irmãzinha), e a violenta Claudette, a Generala da Tempestade, meia-irmã de Leina, uma ruiva que possui a capacidade de manipular os raios – por isso, é a grande favorita do torneio. Em vez de ser recompensada, Risty acaba presa, e Leina é conduzida ao seu quarto, triste da vida porque as pessoas querem definir o seu destino por ela.
Porém, Risty foge da prisão, saqueia o tesouro do Conde Vance (o sobrenome de Leina, Elina e Claudette é Vance), e, ao passar pelo quarto de Leina, deixa para ela uma espada e uma armadura – a armadura da família, que pertencia à falecida mãe da menina. Tudo bem, mas o caso é que a armadura mal cobre a frente do corpo de Leina, sequer o seu minúsculo fio-dental, e só é completa com um luva e as botas metálicas. Mas a armadura vem em boa hora, porque Melona invade o quarto de Leina, pronta para matá-la porque a menina chamou a demônia de monstro – enquanto isso, Claudette caça Risty pelo castelo.
De uma forma meio difícil de entender, Leina consegue vencer Melona - simplesmente tapando seus seios e fazendo-os incharem até explodirem - , e foge mais uma vez do castelo, na companhia de Risty – não pergunte como. E Leina acaba conhecendo a realidade que antes ignorava – a pobreza da população que deveria ser protegida pelo pai. Risty é uma das poucas guerreiras que lutam no Queen’s Blade por uma causa nobre – ela sustenta um orfanato em ruínas com o produto de seus roubos. E, meio a contragosto, a bandida aceita a companhia de Leina na sua jornada – enquanto isso, o Conde e Claudette organizam mais uma expedição para resgatar a menina.
Aí, conhecemos a segunda heroína da série, Tomoe. A sacerdotisa peituda – e a que usa mais roupa na série, o que não impede que, em muitos momentos ela as tenha rasgadas e o belo corpo à mostra – vive numa nação chamada Hinomoto, uma espécie de Japão feudal, mas que está atolado com a corrupção dos nobres locais. Tomoe é a escolhida para representar sua nação no Queen’s Blade, no Ocidente, e tem o direito de usar uma espada sagrada, porém, um dia antes de sua partida, o templo onde ela vivia é atacado pelos ninjas de Hinomoto (uma cilada dos nobres), e destruído – Tomoe é a única sobrevivente. E ela tem a compahia, em sua jornada, de Shizuka, uma ninja renegada, de cabelos brancos, um enfeite com chifres na cabeça e roupas negras que mal cobrem seu “corpinho” branquinho. Shizuka, menos relutante que Tomoe, mostra a sacerdotiza algumas das “maravilhas” do Ocidente, como o sorvete e os trajes de banho.
Ah, sim, eu ia esquecendo: as garotas estão sendo acompanhadas, de perto, por uma anjinha chamada Nanael, que possui cabelos azuis, uma asa menor que a outra, um vestidinho bem curtinho – vez por outra, sua calcinha de bolinhas azuis fica bem visível – é arrogante e irritante até a tampa. Como é um dos anjos escolhidos para julgar o Queen’s Blade, ela precisa sair por aí e procurar guerreiras em luta.
Voltemos a Leina. Na cidade que faz fronteira a seu reino, Leina e Risty acabam sendo roubadas, e, para ganhar dinheiro, Leina se inscreve em uma arena de lutas. Porém, acaba caindo em uma armadilha, perpetrada por uma mercenária chamada Echidna, uma elfa muito safádia, que usa uma cobra – e viva! – como biquíni. Além de ser molestada por Echidna, Leina quase leva a pior – e, quando consegue sair, descobre que foi abandonada por Risty, que a traiu num conluio com a elfa – que fora contratada por Claudette para capturar Leina.
Leina, entretanto, consegue fugir – e, a partir daí, o objetivo de sua jornada é encontrar Risty, e pagar uma dívida de honra com a ladra. A partir daí, Leina passa a ser conhecida como “A Guerreira Vagante”, apelido colocado por Nanael.
Mas a viagem não é tão fácil. Primeiro, ela se envenena com um cogumelo – mas é salva por Nanael, que só faz esse “ato de caridade” a fim de forjar uma luta com Claudette, que está procurando a garota na floresta. Uma vez que as duas se encontram, Leina e Claudette têm uma luta terrível – Leina acaba derrotada e caindo de um precipício, apesar de ter sido salva por Claudette, que tem grandes ciúmes da garota – a Generala é tratada pelo Conde mais como uma criada que como uma filha, apesar de sua fidelidade irrestrita.
Leina, até uma altura, apanha muito mais do que bate, e chega a ser até desacreditada no torneio – a qual ela se recusa a participar. Mas, depois de um certo tempo, ela vai “evoluindo”, e reunindo forças para reagir a esse mundinho hostil onde todos querem matá-la – ou talvez estuprá-la. Entretanto, Leina é uma das personagens menos carismáticas dos animes.
Voltemos a Leina. Ela sobreviveu à queda do precipício, mas vai parar no palácio de Amara, uma espécie de Egito Antigo, no meio do deserto. Esse reino em ruínas é governado por uma princesinha chamada Menace, a personagem que, depois de Echidna, usa menos roupa em toda a série (ela só usa umas jóias, um biquíni listrado e uma estola, que ela usa como chicote). Obstinada a reerguer o seu império outrora destruído, ela (um tipo de múmia) e Setra, o cetro vivo (que tem a forma de um gato e é bastante tarado) lutam para arregimentar escravos – Menace gosta mesmo é de sombra e água fresca. Ela chega a controlar a vontade de Leina, até que o seu palácio é invadido por Tomoe e Shizuka, que, por possuírem um mapa desatualizado do reino, andam feito baratas tontas pelas terras. Após uma batalha atabalhoada – onde Tomoe consegue fazer com que Leina volte à consciência – a sacerdotiza e a ninja conseguem escapar das garras de Menace.
Leina escapa da morte de novo, e vai parar, junto com Nanael – não perguntem como – em uma floresta de elfos. Lá, Leina conhece – e salva a vida – de uma menina meio-elfa chamada Nowa, simpática e alegre, mas que não usa roupa de baixo. Naquele momento, Nowa, que tinha dificuldades para encontrar seu lugar entre os preconceituosos elfos, mas que defende a natureza com unhas e dentes, em companhia de seu macaquinho de estimação, Ruu, estava sendo atacada por uma demônia chamada Airi, que usa um uniforme de empregadinha doméstica, uma foice, e cujo único interesse é sugar a energia vital dos seres vivos à sua volta – uma espécie de vampira, portanto, e cujas roupas somem quando ela perde energia. Salvando a vida de Nowa, Leina, que é ferida em combate, também conhece a treinadora da meio-elfa, a elfa Alleyne, intransigente, de cabelos brancos e que vive atribuindo notas às ações de sua discípula – e que, ao contrário de Nowa, usa roupa de baixo.
Nowa é a escolhida para representar os elfos no Queen’s Blade – muito mais uma desculpa para expulsá-la da floresta. Leina chega até a defendê-la.
Enquanto isso, Nanael é encarregada de espionar as atividades da misteriosa Bruxa do Pântano – que não aparece na série – uma entidade que se opõe ao Queen’s Blade. E, aqui, descobrimos que Melona, Menace a Airi estão juntas, servindo a tal Bruxa. Ou seja, quando pensamos que Melona morreu depois de sua luta contra Leina, lá está ela, viva – e louca por vingança. Nanael não cumpre direito a sua missão, e acaba enfrentando as três demônias. Mas é condenada pela sua superior, a Arcanjo, a uma missão: escoltar Leina. E recebe, como missão adicional, um vidrinho com leite sagrado, que não pode ser derramado – caso o vidrinho fique vazio, Nanael será mandada para o inferno.
Os anjos da série, aliás, são diferentes dos anjos cristãos: são calculistas e não se importam com os humanos. E, no fundo, os superiores de Nanael só querem um motivo para jogar Nanael no inferno, já que a anjinho não é um modelo de anjo – nem para nós.
Enquanto isso, Tomoe e Shizuka, enquanto descansavam em uma fonte termal, são atacadas por Elina – que também está à procura de Leina – e por Irma, uma mercenária a serviço da rainha, que vive em crise existencial e usa um traje – digamos – sumário. Na batalha para salvar Shizuka das garras de Irma, Tomoe chega até a ter de tirar a roupa. Ah, sim, esqueci: Tomoe costuma se sair melhor em suas lutas quando está defendendo algo ou alguém em perigo.
Peraí, já estou quase acabando.
Leina, na companhia de Nanael, vai parar em uma vila nas montanhas, a Cidade do Bosque, e solicita a uma fabricante de armas chamada Cattleya que conserte sua espada. Cattleya, uma aparentemente delicada senhora cuja altura e cujos seios não são maiores que seu coração, tem um filho, o adorável Rana, e entra no Queen’s Blade para encontrar o marido desaparecido. Na sua estada na casa de Cattleya, Leina reencontra Echidna.
Mas Cattleya é atacada por Ymir, a Princesa do Aço, uma menininha anã com um vestidinho bastante suspeito – parecendo uma bonequinha de cabelo cacheado – e que porta um enorme machado e uma manopla. Arrogante e com pavor de cobras – o seu encontro com Echidna não é feliz – Ymir só quer testar as suas armas contra as de Cattleya. A vitória da senhora só é assegurada graças a Leina. Enquanto isso, Nanael, que tem o seu leitinho quase todo derramado, arma um plano para enganar os superiores.
Mas, depois de tantos percalços, Leina finalmente consegue encontrar Risty – que nesse momento está viajando junto com Tomoe e Shizuka em direção à capital do reino. Porém, Leina ainda não está pronta para lutar contra a Bandida. Assim, ela pede a Echidna para treiná-la. E esse treinamento se faz de um modo bastante safado – Leina precisa cobrir o corpo com cera quente!
Porém, Risty acaba sendo vencida por Claudette, antes que Leina possa lutar com a Bandida. E a garota, que naquele momento decide, enfim, participar do Queen’s Blade, precisa enfrentar de novo a meia-irmã para assegurar a liberdade. Mas isso ainda não é o fim, porque Melona, Menace e Airi também querem uma revanche...
E tem outras personagens, mas que eu ao cito aqui porque suas aparições são meteóricas, e só são relevantes na segunda temporada.
Bem. O anime tem uma animação primorosa, um visual bonito, uma trilha sonora que combina com o momento (a música de abertura é bonita) e demonstra que a industria da animação japonesa continua a todo vapor. Mas uma história tão interessante foi desperdiçada em um roteiro muito pífio, acéfalo, cheio de idas e vindas, erros de continuidade (em alguns trechos, a armadura de Leina, por exemplo, é destruída, porém alguns trechos adiante está inteira de novo), personagens pouco simpáticos, que investem mais no visual que no psicológico; closes constantes e demorados nas “partes interessantes” das personagens, sejam peitos, bundas ou entre as pernas (devidamente cobertas, é claro); e a crítica social embutida no texto não convence. Mas, nas entrelinhas, podemos vislumbrar, além dos peitos e bundas à mostra, uma história de autosuperação, na figura de Leina, uma menina fraquinha, mas bastante obcecada em sobreviver e encontrar seu destino. Pena que nem isso convença muito. E, no fim, QUEEN’S BLADE é só mais uma série de animação erótica, que reafirma as principais taras dos japoneses: peitos enormes, roupinhas de boneca, pedofilia implícita. Diversão para as noites solitárias.
Em suma: Rurou no Senshi chega muito perto de ser uma porcaria. Porém, é preciso vê-la porque dessa primeira temporada depende a segunda, Gyokuza no Tsugu Mono, que é melhor que a primeira. Mas da segunda temporada, falaremos numa próxima postagem, provavelmente no próximo fim-de-semana.
Para quem quiser conferir, há muitos sites que oferecem a série para baixar. E há versões com legendas de diferentes fansubbers – as principais são as do fansubber Punch e a do Anime no Sekai (a melhor versão).
Recomendo então os seguintes sites: o Anime House (http://an-house.net/) e o Sakura Animes (www.sakuraanimes.com/).
Para encerrar, eu fiz uma ilustração meio matada da heroína da série, Leina. Não ficou muito fiel à original, mas eu fiz o melhor que pude. Buá!
Em breve: a segunda temporada do anime, Queen’s Blade: Gyokuza o Tsugu Mono.
Até mais!

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