terça-feira, 5 de março de 2013

Gasparzinho, Riquinho e Brasinha - as piores do mês

Olá.
Hoje, continuo falando sobre os gibis clássicos da Pixel Media, selo do grupo Ediouro, deste mês.
Já chegaram às bancas os gibis clássicos dos personagens da Harvey Comics. Gasparzinho, Riquinho e Brasinha. E, confesso, fiquei decepcionado, pois este mês escolheram as histórias mais mal boladas para preencher as revistas: roteiros malfeitos, soluções muito fáceis para resolver as tramas, histórias que acabam rápido. Até mesmo as crianças que lerem as histórias destes gibis vão sentir, apesar de não ser exigência em gibis infantis historinhas muito bem escritas. Poucas historinhas se salvam em cada gibi, infelizmente. Produzir gibis mensalmente, visando mais o mercado que a qualidade, dá nisso: uma hora, a qualidade cai, apesar do esforço dos roteiristas e desenhistas. Está certo que as histórias desses gibis foram produzidas há anos atrás, mas a regra acima citada é universal. Vale para quadrinhistas de todos os estilos, de todas as épocas.

Bem, eis aqui os destaques do mês dos respectivos gibis:
GASPARZINHO no. 8 começa com a história em três partes Robinho Hood, quando o fantasminha camarada, saindo de casa para arejar a cabeça da conversa mole de seus tios malvados, acaba ajudando um jovem e pouco talentoso salteador das florestas (uma paródia do célebre aventureiro Robin Hood) a recuperar o trono de um reino usurpado por um tirano mais mal-humorado do que malvado; em O Robô Bobo, Luísa, a bruxinha boa, recebe uma ajuda inesperada - e um tanto inoportuna - em suas tarefas domésticas; em A Raposa Maneira, o travesso Lelo, no intuito de impressionar a namoradinha Alva, decide praticar, ao seu modo, um esporte aristocrático e não muito recomendado em tempos de politicamente correto, a caça à raposa; em A Bruxa Malvina, Miudinho, o bom gigante, acaba caindo na conversa de uma bruxa malvada, que lhe promete uma forma de conviver melhor com os habitantes de Mimosópois (Tiny Town - decidam-se, tradutores da Pixel: vão manter os nomes dos lugares e personagens em inglês ou em português?!); e, em outra história em três partes, O Maior Chato do Mundo, Gasparzinho convive com um tipinho que faz quem ouve sua conversa dormir, em uma trama tão chata quanto o próprio personagem, que nem chato aparenta ser. Completam a revista histórias curtas com o Gasparzinho e com o Trio Assombro.
RIQUINHO no. 8 traz este mês: O Menino Número 1, onde o menino mais rico do mundo, que há de se tornar o primeiro menino astronauta também, tenta escapar da publicidade indesejada que o cerca; em Banda Inteira, a esperta Tininha resolve montar uma banda com seus amiguinhos, mas a organização da mesma vai ser mais difícil do que ela esperava; em Vida de Cachorro, Brotoeja, a menina das bolinhas, vai ter problemas quando seu cachorro Malhado decide ir à escola com ela; em Uma Aventura no Pântano, Riquinho vive mais uma aventura com seus amigos Sardento e Pee-wee, encontrando riquezas onde menos esperam; em Todos a Bordo, a gordinha Bolota e seu quase-namorado Geraldo vivem uma desastrada aventura no mar; em A Criada que era o Mordomo, Duarte, o mordomo perfeito, conta a Riquinho o mais constrangedor episódio de sua carreira; em Pescaria Atrapalhada, Tininha e seu pai vivem... hã... o título já diz tudo; em Tio Zuum!, Brotoeja vive outra aventura na companhia de outro de seus parentes excêntricos - e novamente se sai melhor do que ele; e, em Espírito Esportivo, o invejoso Reginaldo tenta pegar Riquinho em suas pegadinhas, num enredo clássico tipo "o feitiço vira contra o feiticeiro". Completam o gibi histórias curtas de Bolota, Brotoeja e Riquinho.
Já em BRASINHA no. 3 as histórias são as seguintes: Selva de Lata, onde o diabinho boa-praça, acusado injustamente de aprontar com uma bruxa, é amaldiçoado a diminuir de tamanho; em A Terra da Música, Brasinha, incomodado com uma música que não o deixa dormir, invade um mundinho de instrumentos musicais vivos e que sabem brigar; em O Teste do Pavio, a fadinha Noelita tenta irritar Brasinha só para testá-lo, mas ele não se deixa enganar tão fácil; em Eu Mais Eu, o diabinho, só para se distrair, entra acidentalmente numa experiência científica (de um tempo em que a fissão nuclear era novidade) e acaba dividido em dois; em O Fracote, Brasinha resolve ajudar um garoto medroso a se sobressair em um território de valentões, em um enredo clássico de bullying, quando o termo ainda nem era usado; em A Lanterna Mágica, querendo iluminar sua caverna, Brasinha encontra uma lanterna de onde sai um gênio meio duvidoso; em Verão para Todos, o diabinho resolve eliminar todas as estações do ano, exceto o verão, sem pensar nas consequências; em Alguém Viu o Beto?, Miudinho, o bom gigante, literalmente percorre o mundo atrás de um garotinho perdido; e em O Espelho do Feiticeiro, Brasinha acaba se envolvendo com um feiticeiro que pode se transformar em qualquer coisa. Completam o gibi histórias curtas com Brasinha e Miudinho.
E cadê o Zezinho, o pato-bebê gigante?! Ou ele não teve histórias em quadrinhos próprias?!
Cada gibi continua saindo a R$ 3,10. Espero que no próximo mês escolham histórias mais bem-elaboradas dos arquivos da Harvey.
E, se não me engano, este mês tem o gibi do Recruta Zero - o almanaque dos personagens da King Features reveza, mês a mês, com o do Popeye. Espero que não nos decepcionem desta vez.
Para encerrar, ão tendo outra coisa para colocar, olhem aqui outra sequência de tiras de Letícia, em continuação do arco mais recente da personagem. Agora sim, preciso me descabelar pra resolver essa trama complicada. Mas cadê o ânimo pra tal?! De todo modo, continuem acompanhando o desenrolar da situação em http://leticiaquadrinhos.blogspot.com.br/.
É isso aí, por hora. Espero que as coisas não demorem a se ajeitar.
Até mais!

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