segunda-feira, 11 de março de 2013

Postagem 666

Olá.
Este blog chegou a um momento bastante assustador.
Esta postagem é a de número 666. Não é de nenhuma marca alcançada.
É a postagem com o chamado número da besta. E em plena Quaresma!
Por isso, resolvi bancar o profano, e postar aqui algumas imagens que evocam o... vocês sabem.
Mas calma, não vou ser tão radical assim.
O diabo marcará sua presença, mas da forma mais sutil que eu consegui.
Começando com este desenho.


MOMENTO 1 - Jekyll and Hyde
Chamando a atenção para o fato de que todos somos bons e maus. Segundo um antigo ditado viking, "nenhum homem é tão bom que esteja livre de todo o mal; nem tão mau a ponto de nada valer". Todos nós temos nossos momentos de anjo, todos nós temos nosso momento de demônio. Todos somos propícios a fazer ou um ato de caridade, ou alguma maldade de vez em quando. Ajudar uma velhinha a atravessar a rua, puxar a trança da coleguinha de aula; jogar o copinho do sorvete na lixeira, deixá-lo largado num cantinho da vitrine da loja; plantar uma árvore, dar um pontapé num cachorro; secar a louça para sua mãe, não visitá-la no asilo quando ela estiver internada, solitária, dependente. Etcétera, etcétera.
Mas a dúvida é: qual dos lados é mais forte na sua vida, o do anjo ou o do demônio? Qual dos lobos dentro de si você alimenta, o bom ou o mal?

MOMENTO 2 - Matemática dos infernos
Gente: enquanto estava pensando sobre o momento em que eu teria de escrever a postagem 666, me veio a ideia de brincar com a calculadora, testando as possibilidades presentes nos cálculos com o número 666.
Anotei tudo nos desenhos abaixo. Talvez vocês tenham alguma dificuldade de leitura, pois, na pressa, escrevi a esferográfica, vermelha e azul. Mas dá pra ler, não é?
Pois é. Quem diria que o número da besta estaria embutido de curiosidades. Mas por que o número 666 apresenta essa particularidade com o número 182, um número que, aparentemente não tem nada a ver com nada? E seus múltiplos, menos cotados ainda? Não sei. Sou professor de História, não de matemática.
Brinque com sua calculadora, a de casa ou a do computador. Eu não estou brincando. Não que isso mude alguma coisa na matemática, mas pode ser que hajam mais resultados curiosos se continuarmos multiplicando 666 por outros números.
Não venha chiar, você que não curte matemática na escola. Esta ciência pode ser mais divertida do que você imagina. Mais profana do que sagrada, mas ainda assim divertida.

MOMENTO 3 - Sagrado e profano
Finalmente, algumas ilustrações.
Não é muito propício colocar anjos e demônios de namoro. Pode pegar mal com a bancada evangélica leitora deste blog. Mas calma...
É apenas gente fantasiada. O carnaval já acabou, eu sei, mas me ocorreu a ideia de fazer uma pequena irreverência com a questão do profano e do sagrado. Por que não ir à uma festa a fantasia com trajes de anjo e o (a) seu (sua) namorado (a) em trajes de demônio?
Não creio que demônios sejam todos portadores do mal. Às vezes, o pecado pode ser mais simpático que a virtude. Não tenho intenção de chocar famílias. Eu apenas quis desenhar garotas sensuais, de certa forma.

CONSIDERAÇÔES FINAIS
Não é muito apropriado brincar com essas coisas na Quaresma, ainda mais na véspera do Conclave para eleger um novo Papa.
Mas eu quis colocar meu demônio pra fora, mais uma vez.
Deus me perdoe. E faça com que meu humilde blog, depois dessa, não fique amaldiçoado.
Só torço que, quando o mundo acabar, o além se torne uma coisa só, anjos e demônios juntos numa mesma confraternização. Não faria sentido buscarmos o entendimento entre os homens aqui na Terra, se no céu e no inferno não houver algo assim também. Ainda recordo o final do especial de Fim de Mundo, de 1999, do humorístico A Praça é Nossa. Nada de céu, nada de inferno. Nada de apenas bem, nada de apenas mal.
Nós, humanos, não somos perfeitos. Somos bons e maus. Anjos e demônios dividindo um mesmo espaço. (A ilustração acima já foi publicada aqui no blog, vou publicá-la de novo para ilustrar novamente meus pensamentos).
Deus me perdoe mais uma vez. Andei lendo tanta coisa de terror mais de uma vez este ano, que minhas crenças ficaram todas misturadas. Mas antes de tudo, sou iluminista. Não excessivamente religioso, não excessivamente mau. Não acredito no dedo do demônio sendo o maior responsável pelas desgraças na nossa vida, conforme pregam as igrejas evangélicas. Acredito que parte das desgraças seja apenas azar. Sou apenas alguém que tenta não deixar que as forças do mal se apoderem do meu corpo. Acho que ando lendo muitas histórias em quadrinhos com "bons demônios" ou "anjos caídos" com problemas existenciais. Me pego às vezes cantarolando aquela velha canção do Asa de Águia: "Na casa do Senhor não existe Satanás, Xô Satanás, Xô Satanás..."
Deus me perdoe mais uma vez. Os leitores também. 
Se o blog passar esta postagem, acreditem em milagres.
Até mais!

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