Olá.
O dia das eleições já passou. Já escolhemos os nossos representantes. Ou melhor, ainda não.
Mais uma vez, temos Segundo Turno para Presidente da República. Ficará agora entre Dilma Rousseff, nossa atual presidente, e Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais. Contrariando pesquisas, Marina Silva ficou de fora da disputa. De novo.
Em alguns estados, ainda haverá Segundo Turno para governador do Estado. É o caso do meu, o Rio Grande do Sul. Se vocês moram em estados onde o candidato a Governador mais votado alcançou 50% de votos mais 1, no mínimo, vocês podem se considerar afortunados, porque dia 26 de outubro só precisarão digitar dois números; nos outros, onde os mais votados tiveram menos de 50% mais 1, teremos de digitar quatro números. Mas, de qualquer modo, todos os brasileiros aptos ao voto deverão comparecer às urnas pela segunda vez. Rá, rá, rá. Mais um comprovantezinho da última eleição que vocês deverão apresentar, junto com a cópia do título de eleitor, quando forem ingressar na faculdade, no serviço público...
Bem, já elegemos nossos deputados e senadores. Agora resta saber se eles não vão decepcionar a gente. Vamos saber só a partir de janeiro de 2015 se desta vez o brasileiro aprendeu a lição e votou direito. E se os eleitos não vão deixar se corromper por negociatas escusas, pelos interesses das grandes corporações ou coisas do tipo. Entretanto, as vozes descontentes ainda não vão se calar tão cedo. Já ouvi gente, hoje, que afirma que o governo do PT foi a pior coisa que aconteceu ao Brasil (somando os governos Dilma e Lula), que o Bolsa Família precisa terminar, pois na verdade fez mal para a economia brasileira, e que o que realmente tirou o Brasil da miséria foi o Plano Real, criação de Fernando Henrique Cardoso, que foi presidente pelo PSDB... Foi o que eu ouvi, não estou dizendo que concordo com isso tudo. Tendo algum avanço notável, do qual possamos tirar nossa parte, por que haveria de falar mal do governo? Mas também só não falo bem do governo porque faço parte de um dos setores mais defasados dos últimos tempos, o da Educação. Como alguém pode se sentir feliz em um país de gente que, além de se assumir semi-analfabeta funcional, e ainda por cima sorrindo, não tem educação suficiente para respeitar os mais velhos, o meio ambiente, não usar celular na sala de aula e no cinema, ou pelo menos puxar a descarga depois de usar o banheiro público?!
A triste verdade, amigos, é que o Brasil, ultimamente, está sendo terreno propício para o florescimento dos discursos de ódio, dos radicalismos, dos extremismos, dos racismos, das homofobias, dos fundamentalismos religiosos... Ninguém mais se respeita.
Disso eu trato em outra ocasião. Por hora, não vou tirar a alegria de quem teve seu candidato vencedor, nem a esperança de quem acha que desta vez tudo há de ser melhor.
Hoje, fiz um novo cartum, baseado numa ideia já usada. Resolvi atualizar um cartum antigo, deixando-o mais explicado. O antigo está aí em cima. Embaixo, a atualização. A ideia é a seguinte: quem já não aguenta mais ouvir os jingles e os discursos repetitivos dos candidatos? Só esse bater na mesma tecla dos candidatos já pode ser encarada como uma forma de sadismo por parte deles - quem tem mente sensível é quem vai pagar por mais esse ato de perversidade: a possibilidade de um jingle de campanha, repetido de cinco em cinco minutos dos rádios e na TV, tocar na cabeça dos eleitores pelo resto da vida, e causar-lhes neuroses. Tipo, ainda surgirem os candidatos puxando nossos pés à noite, pedindo votos que nem adianta mais dar...
Vocês não precisam dar crédito a este arremedo de comentarista, eu não sou o Alexandre Garcia. Não estou querendo estragar o dia de ninguém, então...
Até mais.
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