Olá.
Que dias de glória: não tivemos de esperar muito! Cerca de apenas duas semanas depois que, com atraso, o número 9 chegou às bancas, o número 10 de Miracleman já está nas bancas! A editora Panini Comics acertou o cronograma depois de dar um susto nos leitores, e já colocou à disposição mais um número da saga do super-herói inglês que, agora, está sob a tutela da Marvel Comics. É ela que, nos EUA, está relançando a clássica saga do super-herói inglês criado por Mick Anglo, e reinventado nos anos 1980 por Alan Moore, digo, "Escritor Original". E isso é tudo a se saber por enquanto - se vocês acompanham o blog, nem preciso me dar ao trabalho de explicar tudo de novo, desde o início, certo?
MIRACLEMAN 10
Lançado entre setembro e outubro de 2015.
Esta é a segunda edição seguida a trazer apenas um episódio da saga do Miracleman por "Escritor Original". O restante do gibi soa como puro enchimento de linguiça - só extras para ocupar o restante das 52 páginas (contando capa), visto que o episódio principal só tem 16. Mas tudo bem, é Miracleman, é "Escritor Original", e é o fim do livro dois, A Síndrome do Rei Vermelho. Na próxima edição, começa o terceiro volume. Well. O episódio principal, Jogos Mentais (Miracleman 10, dezembro de 1986) fecha o segundo ciclo das aventuras do Miracleman deixando pontas a serem atadas no terceiro livro - e os desenhos são de Rick Veitch e John Ridgway. Nesse episódio, são contadas três histórias paralelas: na primeira, os misteriosos irmãos que, na edição anterior, visitaram o catatônico Jonathan Bates no hospital, estão tentando localizar superseres através de telepatia. A busca deles, por quem quer que seja, passa pelo consultório de uma misteriosa e (aparentemente) pacata médica, que desaparece de modo espetacular, e vai até o local dos acontecimentos das edições anteriores - o esconderijo do finado Emil Gargunza na América do Sul. E o grande mistério que fica para a próxima edição: quem são esses misteriosos irmãos telepatas cujos diálogos não parecem fazer sentido? O final deixa claro que não são humanos... Na segunda trama paralela, Miracleman, na identidade de Mick Moran, e sua mulher Liz, após voltarem da "excursão" na América do Sul, e levando consigo a filha recém-nascida (a vida, como vista na edição anterior, se manifestou em um momento de ternura perturbadora), tenta se adaptar à vida de pai. A menina recebe nome: Winter. E Liz alterna momentos de depressão e de alegria, diante do bebê, que se desenvolve muito rápido e, além disso, tem muito apetite. E, na terceira trama - a mais breve - Jonathan Bates e Kid Miracleman, presos no corpo catatônico do menino, têm um embate. Do lado de dentro, o garoto consegue uma vitória contra seu alter-ego maligno; do lado de fora, Jonathan consegue despertar. Para a próxima edição, fica a dúvida: quem assumirá o controle do corpo? De perturbador, nesta edição, só a presença constante de cadáveres em decomposição, em vários locais, e os ferimentos de Mick na batalha contra o Miracledog, que permaneceram em seu corpo (eles sumiram quando o herói voltou a se transformar em Miracleman). E, infelizmente, Rick Veitch e John Ridgway não foram os melhores desenhistas da série até o momento, em comparação com os anteriores - Gary Leach, Alan Davis e Chuck Austen. No seguimento, as páginas de bastidores: 23 páginas com os rascunhos a lápis do apresentado capítulo, feitos por Leach, e algumas páginas arte-finalizadas por Ridgway. Ao menos, dá para comparar os textos em inglês com a versão traduzida, e ver que, no trabalho de tradução, a equipe da Panini Comics fez um excelente trabalho. E, encerrando, em quatro páginas em preto e branco, o segundo episódio de Marvelman e o Grande Mistério de Gargunza, saga produzida durante a fase clássica do herói, ainda chamado Marvelman, com roteiro e arte de Mick Anglo. Em Gargunza Ocupa Seu Tempo (Marvelman 73, janeiro de 1955), o cientista louco, a serviço do governante da Boromânia, conclui seu invento: um engenho para desmotivar pessoas em todo o mundo, e, assim, possibilitar o domínio mundial sem esforço. Gargunza consegue escapar de Marvelman, quando este vai procurá-lo na Boromânia; e, depois, vai instalar seu engenho na América do Sul, implicando tomar as terras de uma tribo indígena. Enquanto isso, Mick Moran, então menino e alter-ego de Marvelman, sai, junto com um repórter, atrás de uma pista do paradeiro de Gargunza, que pode ser uma armadilha... Segundo episódio de uma saga em seis partes que, até o momento, não fez muito sentido. Completam o gibi ilustrações pin-up de Joe Quinones, Mico Suayan, Leinil Yu, Gerardo Alanguilan e Laura Martin (estes três últimos que foram os responsáveis pela capa de Miracleman # 1, edição recente). A capa acima é de Rick Veitch.
Depois do que aconteceu entre setembro e outubro, só nos resta rezar: para que o próximo número de Miracleman saia no tempo certo (nos estimados 30 dias), e que, principalmente, continue sendo publicado! Agora que a série está finalmente chegando ao tão aguardado clímax!
Este gibi, felizmente, ainda não foi afetado pela crise econômica: continua a R$ 7,50.
Para encerrar, ilustração minha. Desta vez, em momento de calmaria, como foi o presente número: um retrato da família Moran, tendo em primeiro plano a pequena Winter. E aguardem: segundo informações, ela terá importância no decorrer da nova saga do herói. E, bem, reconheço, desenhada dessa maneira, faz parecer que Winter é um menino, e não uma menina; mas essa é a aparência próxima da que ela aparece na HQ. Ah: atentem também para as letras dos blocos...
Acendam suas velas ao Grande Desenhista do Universo para que nada atrapalhe a vinda de Miracleman às bancas!
Até mais!
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