domingo, 18 de setembro de 2016

MÔNICA - FORÇA - o preto repentino em seu mundo vermelho e azul...

Olá.
Os tempos ainda se encontram bicudos, mas precisamos estar atentos para encontrar pequenos raios de sol saindo de trás das nuvens cinzentas.
Um desses raios de sol acaba de aparecer em nossas vidas um tanto sem graça: saiu, agora em agosto de 2016, um novo álbum do selo Graphic MSP, a já consagrada série de álbuns que reinterpreta os personagens de Maurício de Sousa para o público maduro.
E quem “puxa o carro” desta vez é a personagem “carro-chefe” de toda a linha (desculpem, não resisti aos trocadilhos).
Hoje, então, vamos falar de MÔNICA – FORÇA.
NOTÍCIAS RECENTES...
Aos que chegaram agora, acho que vou ter de lembrar quantos e quais foram os álbuns anteriores do selo Graphic MSP, iniciativa dos Estúdios Maurício de Sousa, do editor Sidney Gusman (do site Universo HQ) e da editora Panini, que vem levantando a moral dos quadrinhos brasileiros, já que os autores envolvidos são agora importantes nomes da “indústria”...
A série, até agora, tem três “levas” de álbuns. São os seguintes:
1ª LEVA:
- Astronauta – Magnetar, de Danilo Beyruth e Cris Peter – outubro de 2012;
- Turma da Mônica – Laços, de Vítor e Lu Cafaggi – maio de 2013;
- Chico Bento – Pavor Espaciar, de Gustavo Duarte – agosto de 2013;
- Piteco – Ingá, de Shiko – novembro de 2013.
2ª LEVA:
- Bidu – Caminhos, de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho – agosto de 2014;
- Astronauta – Singularidade, de Danilo Beyruth e Cris Peter – dezembro de 2014;
- Penadinho – Vida, de Paulo Crumbim e Cristina Eiko – maio de 2015;
- Turma da Mônica – Lições, de Vítor e Lu Cafaggi – julho de 2015;
- Turma da Mata – Muralha, de Artur Fujita, Roger Cruz e Davi Calil – setembro de 2015;
- Louco – Fuga, de Rogério Coelho – novembro de 2015.
3ª LEVA:
- Papa-Capim – Noite Branca, de Marcela Godoy e Renato Guedes – abril de 2016.
MÔNICA – FORÇA é o 12º álbum do selo Graphic MSP, e o segundo da 3ª leva de álbuns. Foram anunciados, como próximos lançamentos do selo, o terceiro álbum do Astronauta por Beyruth e Peter, e o segundo do Bidu por Damasceno e Garrocho. Mas, ao que parece, a empolgação inicial gerada pela série já está se esvaindo – cada lançamento do selo não tem mais impressionado o público, ao menos até ver os álbuns pessoalmente. E nem sabemos qual será o futuro do selo: terá mais álbuns? Entrará mais algum autor “de gaiato no navio” para tentar nos surpreender? O selo acabará depois do lançamento dos dois álbuns restantes? Ou haverá álbum de algum personagem da Turma da Mônica que ainda não foi contemplado, como a Tina e o Horácio? Algo que só iremos saber num próximo evento de quadrinhos, ali pelo mês de novembro... Sim, geralmente é ali pelo mês de novembro que chegam os anúncios de novos lançamentos dos Estúdios Maurício de Sousa, incluindo os do selo Graphic MSP... Mas, ao menos, o selo tem prestado um favor, também, aos autores envolvidos, tornando-os conhecidos e garantindo a vendagem e a procura de suas outras obras.
Enquanto isso, pelo que pude me informar através da internet, a adaptação cinematográfica, em live-action, de Turma da Mônica – Laços, está a pleno vapor. O diretor já foi escolhido – será Daniel Rezende. Lembrando que eu não faço parte da assessoria “oficial” dos Estúdios Maurício de Sousa, apenas informo aos leitores o que leio a respeito na internet. Eu faço parte, isso sim, do “boca-a-boca” na rede.

A INTÉRPRETE
MÔNICA – FORÇA tem texto e arte de Bianca Pinheiro, uma das grandes revelações dos quadrinhos nacionais, embora seu tempo de estrada seja relativamente curto em relação aos outros autores que colaboraram com o selo. O anúncio de que ela cuidaria do álbum solo da Mônica foi feito com grande estardalhaço no Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) de Belo Horizonte, em novembro de 2015. Apesar da desconfiança inicial – já que haviam sido os irmãos Cafaggi quem haviam “cuidado” da personagem, até o momento, na coleção – Pinheiro conseguiu cumprir o seu papel e nos entregou um belo trabalho. Já volto a esta parte.
Bianca Pinheiro nasceu no Rio de Janeiro, Capital, em 1987, mas até hoje está radicada em Curitiba, Paraná. É formada em Artes Gráficas pela UFTPR e possui pós-graduação em Histórias em Quadrinhos pela Opet.
Ela começou a publicar webcomics em 2012, através do blog A Vaca Voadora, hoje fora do ar (seus trabalhos podem ser vistos, atualmente, em seu Tumblr [http://bianca-pinheiro.tumblr.com/]). Foi mais ou menos nesse mesmo ano que, em forma de webcomic, Pinheiro iniciou sua série mais famosa, Bear, a saga de uma menina perdida e seu amigo urso. Bear foi compilada em três álbuns publicados pela editora Nemo: o primeiro saiu em 2014; o segundo e 2015; e o terceiro, em agosto de 2016, mais ou menos junto com este MÔNICA – FORÇA. Bear ainda está sendo produzida, e em breve seus álbuns devem ser publicados na França.
Em 2014, também, de forma independente, Pinheiro lança o álbum de terror Dora. Agora, em setembro de 2016, Dora foi relançado, pela editora Mino, aproveitando o ensejo dos novos trabalhos.
Em 2015, além de Bear volume 2, Pinheiro lança o álbum Meu Pai é um Homem da Montanha, também do gênero terror e também de forma independente, feito em parceria com o marido, Gregório Bert. Ainda em 2015, Pinheiro ganha o Prêmio HQ Mix de Novo Talento – Roteirista.
Em fevereiro de 2016, ela é convidada para participar da Feira Internacional do Livro de Gotemburgo. No momento em que escrevo, ela deve estar lá agora, enquanto está cuidando de novos projetos.
Como podem ver, os meses de agosto e setembro de 2016 foram de céus de brigadeiro para Pinheiro: três álbuns em tão curto espaço de tempo! Bear volume 3, MÔNICA – FORÇA e Dora – relançamento! E não é pouco o que ela é capaz...
Ah: Bear também tem um Tumblr próprio, onde os episódios podem ser lidos. http://bear-pt.tumblr.com/.

NOSSA QUERIDA BAIXINHA, GORDUCHA E DENTUÇA...
Praticamente, não foi difícil para Pinheiro fazer uma HQ da Mônica em linguagem mais madura: os quadrinhos de Maurício de Sousa fazem parte de sua formação, e ela é fã dos personagens até hoje.
Segundo Maurício de Sousa, na introdução do presente álbum, a ideia de MÔNICA – FORÇA partiu do editor Sidney Gusman, em 2014, que veio com a ideia geral para uma história da Mônica, e que Maurício resolveu encampar em forma de álbum da série Graphic MSP, visto que, para os leitores mais jovens, o tema é forte. Demorou cerca de um ano até a ideia de Gusman ser entregue a Bianca Pinheiro, que por sua vez nos entrega, em um estilo infantil e estilizado, puxando para o mangá, lembrando os traços simpáticos da minha “ídola” Samanta Floor, uma história sobre intrigas familiares, sob a ótica de uma menininha de sete anos.
Mônica é uma personagem que dispensa apresentações. Aparecida nas tiras do Cebolinha em 1963, e que ganhou seu próprio gibi em 1970, pela editora Abril, passando depois pela editora Globo e, atualmente, em publicação pela Panini.
Quem acompanha suas histórias conhece uma de suas maiores características: a coragem. Todos sabem que a menina tem uma força que, em muitos momentos, costuma ser exagerada. A menina dos dentes da frente pronunciados, do vestido vermelho, dos cabelos em forma de cacho de banana e com seu coelhinho azul de pelúcia, Sansão, sempre a tiracolo, faz jus ao título de “dona da rua do Limoeiro”: ela sabe enfrentar qualquer desafio, na base da coelhada, ou da esperteza. Claro que, em vários momentos, ela demonstra fragilidade frente aos desafios que aparecem – não são raras as histórias em que a menina enfrenta monstros sem medo, mas no fim ela morre de medo de um ratinho ou de uma baratinha – mas consegue virar o jogo no fim. Que o diga o ambicioso Cebolinha, sempre tentando tomar da menina o título de “dono da rua”, como se isso fosse a coisa mais importante do mundo para ele. Também não são raras as histórias em que parece que o “plano infalível” da vez do menino vai ser bem-sucedido, a Mônica se deixa enganar pela armação, mas aí o Cascão, geralmente, acaba pondo tudo a perder, e a Mônica termina distribuindo sopapos nos meninos.
Outra coisa que a Mônica não admite é que as pessoas só enxerguem, e ressaltem, seus, digamos assim, defeitos físicos. Ou seja, ela detesta que digam que ela é baixinha, dentuça e gorducha. E também que caricaturem-na dessa maneira nos muros, como faz o implicante Cebolinha e seu “escudeiro” Cascão. E nem que fiquem tentando pegar o seu “amuleto”, o coelhinho Sansão, sem que façam nós em suas orelhas. Curiosidade: assim como o gato da Magali, Mingau, Sansão foi batizado após um concurso para os leitores, em 1983.
Demorou um pouco até que a personagem também ganhasse seu próprio bicho de estimação, igualando-se ao Cebolinha, que tem o cachorro Floquinho, à Magali, que tem o gato Mingau, e ao Cascão, que tem o porquinho Chovinista. Como o Sansão é de pelúcia, não vale. Foi em 1994, nos gibis, que apareceu o Monicão, o cachorro que é a cara de sua dona – levando ao pé da letra o que dizem por aí, que às vezes os bichos de estimação são a cara de seus donos. Monicão tem participação no presente álbum.
Quanto aos pais da Mônica, os Sousa, principais motores do presente álbum, estes foram fruto de uma longa construção e evolução. A mãe, Luísa, apareceu pela primeira vez em 1968, e não foi nos quadrinhos, mas na TV – ela fazia parte, junto com a Mônica e o elefante Jotalhão, do clássico comercial do extrato de tomate Elefante, da Cica, o que também iniciou a trajetória do elefante verde como garoto-propaganda. Ela apareceria nas tiras, e depois nos gibis, em 1970. Com o tempo, a mãe ganhou um novo desenho do rosto, e só depois ganharia nome. O pai, seu Sousa, embora tenha sido criado mais ou menos na mesma época do gibi, demorou um pouco mais para aparecer – sua aparência permaneceu um mistério até uma HQ de 1975, quando seu rosto foi revelado, com traços que lembravam os de Maurício de Sousa. E, como todo mundo sabe, Maurício criou a Mônica baseada em sua filha na vida real. 
Bem, como eu ia dizendo, Mônica é conhecida primordialmente pela sua coragem, que a afasta de outras personagens femininas das HQ, em geral frágeis e indefesas. Ela resolve seus problemas, na maior parte das vezes, com o uso da força; mas, em MÔNICA – FORÇA, a dentucinha precisa encarar um desafio que não pode ser resolvido da maneira de sempre...

O TAL DESAFIO
No início do álbum, Mônica é caracterizada como descrito acima: resolvendo outro problema com Cebolinha e Cascão na base da coelhada, no esperto plano-sequência da “câmera” da HQ se afastando do local dos acontecimentos, do planeta, do sistema solar, e depois voltando à Rua do Limoeiro, os meninos no chão, a menina conversando com a amiga Magali enquanto desfaz os nós nas orelhas do Sansão. Um dia normal, que é quebrado abruptamente quando aparece o tal desafio: sua casa deixou de ser um lar.
É que, de repente, os pais da menina se desentendem, e não param de brigar. E ela acaba presenciando o momento em que os pais discutem agressivamente. A partir daí, com a iminência de uma separação dos pais, o clima de casa fica pesado. As refeições, com a família reunida, são carregadas de tensão – os pais evitam discutir na frente da filha, mas amarram a cara um para o outro. Acham sempre algum motivo para implicar um com o outro. E a tensão fica mais forte por conta de um elemento aparentemente sem importância, mas que logo faz o enredo ganhar força: a torneira da cozinha que não para de pingar.
Claro que tal clima de tensão constante deprime Mônica, que muitas vezes acaba caindo em sua cama, triste. Afinal, é algo que, de repente, expõe sua fragilidade. O desentendimento dos pais é algo que não pode ser resolvido com o simples uso da força, como é de seu feitio. Isso fica evidente em um diálogo entre Mônica, Magali e a descolada Denise. Aliás, Mônica é incapaz de dividir suas inquietações com as amigas, mais interessadas em suas pequenas alegrias particulares. Até mesmo deixa de reagir a uma provocação de Cebolinha e Cascão. O único ser vivo que parece compreender a tristeza da menina é o cachorro Monicão, em vários momentos junto à personagem.
Tentar conversar com os pais, então, fica difícil. Ambos se recusam a falar um com o outro, olhar um para o outro. Apenas por uns poucos momentos, ela consegue vislumbrar os pais menos tensos, e é sempre quando a Mônica está a sós ou com um, ou com o outro – como na cena em que Mônica e a mãe separam fotografias antigas juntas. As refeições, com os três juntos, são silenciosas, mas carregadas de tensão.
A única proteção com a qual a menina pode contar é a do seu “amuleto”, Sansão, que não sai de seus braços. A companhia do coelhinho é quem lhe dá alguma força para enfrentar a adversidade presente. Pelo menos um problema ela resolve enfrentar a seu modo: a torneira pingando, que a incomoda durante o sono. E, possivelmente, com a sua iniciativa, venha um segundo benefício...
A trama de MÔNICA – FORÇA é bem simples, tem poucos textos, e, como consequência, a leitura é rápida – não leva mais que 15 minutos para devorarmos o álbum inteirinho. Mas o álbum, como o título indica, é cheio de força, e acerta em cheio o leitor. Tanto pelo belíssimo traço de Bianca Pinheiro – apesar do traço dos personagens destoar um pouco daquele o qual os leitores já estão acostumados – como pela tensão na história, com momentos de genuína emoção e dor. A autora encontra um modo muito especial e altamente significativo para traduzir em imagens, e numa paleta de cores bastante viva e levemente sombria, toda a tensão de uma casa em desarmonia. O ambiente tomado por raios negros simbolizando as brigas do pais, e, em uma cena de pesadelo, Mônica enfrentando um monstro negro formado por esses mesmos raios; a cena em que, durante uma das discussões dos pais, a mãe dispara: “a verdade é que nunca fizemos nada de bom juntos”, e a Mônica, presenciando o diálogo, pergunta de soslaio: “nada?”; a bem construída cena da mesa de jantar que simboliza a tensão presente entre os pais da dentucinha (o pai pede a Mônica para passar o saleiro, sendo que este está ao lado da mãe e distante da mão da menina; aí Mônica levanta da cadeira e pega o saleiro para passar para o pai); e o outro elemento de tensão representado pela torneira que pinga, que enche o cenário de onomatopeias, as tentativas tanto da mãe e do pai, por eles mesmos, tentarem consertá-la aos resmungos, e a iniciativa de Mônica em consertá-la, mesmo sem saber do resultado positivo. Talvez melhor não adiantar o que acontece, mas talvez o leitor já possa saber, de antemão, que há de ser um final feliz.
Desentendimentos entre os pais costumam ser sempre um drama para as crianças. Talvez, por isso, sabiamente, Maurício deixou para contar essa história numa Graphic MSP, não nos gibis de linha. Os elementos presentes da HQ já rendem um belo estudo para os especialistas em quadrinhos – e possivelmente, Bianca Pinheiro será um nome que dificilmente sairá das rodas de conversa pelos próximos meses. Ela soube ocupar perfeitamente o espaço que lhe coube nas 84 páginas (incluindo capa) do álbum, sem exagerar demais nas referências, nem em outra coisa que pudesse derrubar sua qualidade.
Atentem também para alguns segredos escondidos na HQ: há referências a aventuras conhecidas da Mônica, como por exemplo, a fantasia de ratinha rosa; um desenho na parede e uma fotografia que remetem a Turma da Mônica – Lições, dos irmãos Cafaggi, mostrando que as histórias acontecem em um mesmo universo; até o urso de Bear pode ser visto na HQ – Pinheiro não perdeu uma chancezinha de fazer uma propaganda subliminar de seu próprio universo quadrinhístico. E, como um brinde aos leitores, um código de QR Code para que possam assistir o momento em que Bianca Pinheiro foi anunciada como autora do álbum.
O álbum inclui os elementos obrigatórios: introdução de Maurício de Sousa, páginas de bastidores, histórico dos personagens, biografia da autora e posfácio de escritora e jornalista Flávia Gasi.
Em versões capa dura (R$ 34,00)  e cartonada (R$ 23,00). Imperdível.

RANKING PESSOAL
E agora, divulgo o meu ranking pessoal de preferência dos álbuns do selo Graphic MSP, levando em conta fatores como roteiro, arte, impacto... Cada leitor tem o seu, este é o meu.
1º - Mônica - Força
2º - Turma da Mônica – Lições
3º - Papa-Capim – Noite Branca
4º - Louco – Fuga
5º - Turma da Mônica – Laços
6º - Bidu – Caminhos
7º - Piteco – Ingá
8º - Penadinho – Vida
9º - Chico Bento – Pavor Espaciar
10º - Astronauta – Magnetar
11º - Astronauta – Singularidade
12º - Turma da Mata – Muralha.
É isso aí: MÔNICA – FORÇA teve o potencial suficiente para se tornar o melhor álbum da série Graphic MSP na preferência pessoal! Superou, desse modo, Turma da Mônica – Lições, empurrando os outros álbuns mais para baixo. De algum modo, a posição dos outros álbuns não se alterou.
Agora, vamos aguardar qual será o próximo álbum que virá: Astronauta 3 ou Bidu 2, ou algum outro que entrará de “penetra”, tal como foi Louco - Fuga? Empolgar os leitores, possivelmente não irá empolgar, mas espero que não nos decepcionem.

PARA ENCERRAR...
Sem ter mais o que colocar para acompanhar este álbum, lanço mão das mais recentes tiras da minha Mônica, a Letícia. Estas aqui fazem parte do mais recente – e polêmico – arco de tiras da personagem. Falem a verdade...
Recentemente, Letícia superou a marca de 800 tiras publicadas em seu blog. Confiram as mais recentes, com personagem novo e tudo, em https://leticiaquadrinhos.blogspot.com.br/.
E, por hora, ficamos por isso mesmo. Aguardemos novidades.

Até mais!

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