sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O mundo "encantado" do circo

Olá.
Semana passada, mais precisamente no sábado, fiz uma coisa que há muito tempo eu não fazia: fui ao circo.
É: um circo chegou à cidade. E minha mãe e eu resolvemos ir, já que agora temos carro e não precisamos depender de carona para ir e vir. E de carro podemos ir para onde quiser à noite.
Foram eu, minha mãe, minha tia, minha irmã e meu sobrinho mais velho.
Já faz pouco mais de dez anos que eu não ia a um circo. Foi um momento único - mas não muito satisfatório.
Aqui no Estado do Rio Grande do Sul, a lei não permite que se façam apresentações circenses com animais. Logo, o elenco do circo era humano. Palhaços, malabaristas, equilibristas e até um globo da morte. Ajudantes de palco com trajes um tanto sumários.

As apresentações dos equilibristas é que foram as melhores. Por um instante, fiquei com medo de que um erro pudesse resultar em tragédia. Mas eles fizeram suas apresentações naturalmente, como muitas vezes já fizeram: um cara que se equilibrava sobre cilindros (pena que, quando ele foi se equilibrar sobre cinco cilindros, ele ficou apenas dois segundos; não valeu, portanto); uma mulher que se pendurava pelo cabelo; um homem que se apresentava suspenso sobre panos; e um que andava de monociclo na corda bamba. Senti falta dos trapezistas; nos outros circos que eu fui, tinha trapezistas - e até palhaços que se metiam a trapezista, mas que sempre caíam na rede.
Falando em palhaços, particularmente, esses que tinha no circo não foram muito engraçados. Eram apresentações comuns, como as que a gente vê sempre; mas os intérpretes dos palhaços não eram assim tão bons.
O malabarista que se apresentou era bom.
O grande momento foi o globo da morte: três motoqueiros girando em uma esfera de metal. Aí, entrou uma quarta moto; e uma quinta. Cinco motos em um espaço que dava apenas para três! Mas até que deu certo. A apresentação foi um sucesso.
Mas senti falta das contorcionistas. Senti falta dos trapezistas. Senti falta dos animais - pelo menos um cavalo adestrado. E a posição onde eu estava sentado, nas arquibancadas, não era a das melhores. Além do traseiro dolorido, minha mãe e minha tia não gostaram muito da apresentação. Mas o meu sobrinho foi de novo esta semana ver o circo.
Acho que, para me sentir mais satisfeito, preciso ir mais ao circo.
Quem sabe o próximo circo que vier à cidade seja ainda melhor. Este, eu diria que... deu pro gasto.
E minha mãe não conseguiu comprar o brinquedinho luminoso que ela queria para presentear meus sobrinhos...

Os desenhos que ilustram este post são, evidentemente, de um malabarista e de um palhaço. São as evocações que faço deste mundo encantado que é o circo - ainda que mambembe, é um circo. Sempre que pensamos em palhaço, pensamos em circo - e vice-versa. Mas houve um tempo em que o circo era um lugar mais glamuroso, mais circo mesmo...
Para encerrar, mais três tiras de Letícia.
Confiram a série desde o início em http://leticiaquadrinhos.blogspot.com/ - estas aqui embaixo são tiras inéditas. E estas podem também ser lidas em www.quadritiras.com.br.
Até mais!

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