Depois de um breve período de férias de fim de ano, estou de volta às atividades. Nos blogs da rede Rafelipe, digo, porque o retorno às aulas será em fevereiro. Ainda estou livre, desimpedido e com dinheiro de sobra, ou quase.
Como em todo início de ano, me dou ao trabalho de divulgar um pequeno balanço de atividades e acontecimentos do ano que passou. 2014 não foi um ano fácil.
Sem mais delongas, o balanço pessoal de 2014. Veja se você se identifica com algum dos fatos descritos abaixo...
Pontos positivos de 2014:
- Consegui manter meu emprego, depois de um tempo de expectativa e de apreensão quanto ao futuro;
- Troquei a CPU do computador;
- Consegui uns trabalhos de desenho, entre remunerados e não-remunerados, os quais informarei vocês em breve;
- Publiquei mais trabalhos em revistas - este ano teve Quadrante X!;
- Montei dois quebras-cabeças gigantes do Romero Britto;
- Fui à praia ao final de 2014 - novamente em Cidreira, RS;
- Escrevi e desenhei bastante;
- Restabeleci contato com pessoas que andavam sumidas - dou os detalhes mais tarde;
- Comprei muitos livros, revistas e gibis, a minha paixão que só cresce;
- Renovei minha carteira de motorista;
- Quitei mais cedo algumas dívidas;
- Ganhei um smartphone de presente de aniversário.
Pontos negativos em 2014:
- Depois de um começo do ano letivo razoável, meu período de serviço como professor piorou na aproximação do final do ano - motivo: os alunos incomodativos, é claro;
- Perdi um tio, agonizante depois de anos de um estúpido vício em álcool;
- Presenciei a humilhação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, aqui no Brasil, e as eleições mais constrangedoras da história republicana até agora;
- Presenciei, através das redes sociais da internet, o surgimento de uma face obscura do brasileiro - com a comoção das eleições e da Copa, o brasileiro se revelou preconceituoso, homofóbico, fundamentalista religioso, com pendor para a extrema-direita, o militarismo que conduziu ao Regime Militar de 1964 - 1985 e pronto para transformar o Brasil em uma distopia tipo a Panem de Jogos Vorazes;
- Presenciei o mesmo pendor para o extremo-direitismo por parte de alguns quadrinhistas e divulgadores de quadrinhos brasileiros;
- Fui espinafrado pela internet por conta de coisas que escrevi no blog - pior que era gente que eu costumava admirar por seu trabalho pelos quadrinhos brasileiros;
- Tive alguns problemas financeiros, e só fui salvo por conta de um empréstimo e de um pagamento inesperado.
O que espero para 2015? Para começar, que não seja um ano ruim na economia, na sociedade, na ecologia, na vida. Tomara que o citado pessoal que anda pendendo para o extremismo perceba a tempo que as coisas não são assim. Que não é com discurso de ódio e um suposto "caminho certo a seguir", que pode não ser agradável a todo mundo, que iremos construir o nosso melhor futuro.
No mais, o que mais espero é manter-me empregado, com o apoio das pessoas que conhecem e admiram meu trabalho, e não passar por outra crise financeira. Trabalho e dinheiro no bolso é a palavra de ordem! Acompanhados de saúde e boa convivência com as pessoas em redor.
Não nos decepcioneis, 2015.
Para encerrar, hoje não vai ter desenho. Ou melhor, vai, mas não em papel.
Nas minhas últimas férias em Cidreira, RS, tive uma ideia meio maluca enquanto mergulhava no mar: fazer desenhos na areia, com meus personagens e personagens alheios. Assim, pegar um palito fino, riscar na areia mais úmida e compacta como se fosse papel - e, com o devido cuidado que exige uma ilustração sem esboço, desenhar personagens.
Bom início de 2015 aos leitores!
Até mais!
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