domingo, 17 de maio de 2015

HOMENS DO AMANHÃ ou how the pop was won

Olá.
Hoje, vou falar de livro. De um dos livros fundamentais sobre o mundo das histórias em quadrinhos. Apesar de ser um livro relativamente recente, praticamente todos os especialistas de HQ, amadores ou profissionais, recomendam, pois trata de temas relevantes da cultura pop mundial. Queiram ou não, toda nossa cultura atual foi formatada nos moldes dos Estados Unidos da América – e é o modelo estadunidense que nos vem à cabeça quando falamos de super-heróis e relacionados.
Well. Vou falar, então, de HOMENS DO AMANHÃ, de Gerard Jones.
HOMENS DO AMANHÃ – GEEKS, GÂNGSTERES E O NASCIMENTO DOS GIBIS foi publicado em 2004, nos EUA, e ganhou edição brasileira em 2006, pela editora Conrad.
Seu autor, Gerard Jones, é roteirista veterano de HQ. Nascido em 1957, escreveu roteiros para as editoras Marvel e DC – mais identificado, entretanto, com a DC Comics. Para essa editora, escreveu títulos como El Diablo (1989), Sombra (1989), Lanterna Verde, fase pós Crise das Infinitas Terras (1990), Liga da Justiça (1994) e Batman e Robin – Filho Afortunado (1999). Além disso, foi responsável pela adaptação para inglês de diversos mangás japoneses. Mas foi como teórico que deu sua maior contribuição para o mundo das HQ, quando, em 2004, publicou este HOMENS DO AMANHÃ, que lhe valeu, no ano seguinte, o prêmio Eisner de Melhor Livro Relacionado a Quadrinhos. Ele colabora para publicações como a Harper’s e o New York Times, como pesquisador da cultura pop, faz parte (não sei se ainda faz parte, mas é o que consta) do Programa de Estudos Comparativos de Mídia do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e realiza palestras em universidades. Outro livro seu que ganhou edição brasileira foi Brincando de Matar Monstros – Por Que as Crianças Precisam de Fantasia, Videogames e Violência de Faz-de-Conta, também pela editora Conrad.
Well. Em 448 páginas, Jones conta, ou tenta contar, a história do nascimento do mercado editorial de quadrinhos dos EUA, e de como ela espalhou pelo mundo a onda dos super-heróis. De como o formato comic book (como os gibis são chamados nos EUA) se impôs sobre o tradicional modelo tira de jornal como sinônimo de HQ. E essa história envolve gangsterismo, trapaças, destruição de carreiras e doses de fantasia escapista. O livro conta como se deu a ascensão da cultura geek nos EUA.
Hoje, ser geek – antigamente chamado de nerd – é ser, digamos assim, “in”: entender de quadrinhos, séries, filmes e outros itens de cultura de massa – aquele tipo de mídia que você assiste com prazer nos canais de TV a Cabo – conta pontos nas atuais conversas. Antigamente, era tabu: como alguém que aprecia ficção científica publicada em papel-jornal, gibis de super-heróis e outras “bobagens infantis” iria contribuir para a sociedade capitalista? Por que aqueles caras perdem seu tempo lendo essas bobagens ao invés de tratar das espinhas no rosto, arranjar uma namorada, comprar seu próprio carrão e ir paquerar na lanchonete drive-in mais próxima? Por que esses caras perdem tempo vendo essas “debilóides” séries de TV ao invés de assistirem documentários sobre a cultura indígena da América Latina ou coisa assim? Bem, esses caras é que iam ajudar a moldar o mundo como a gente hoje conhece. Se super-heróis hoje são campeões de bilheteria, o mérito é todo dos carinhas gordos e virgens que escreviam, publicavam e liam a literatura de baixo valor literário – a chamada literatura pulp. E saibam, quem ainda não sabe, que personagens populares, como Tarzan, Sombra e Conan, saíram dos livrinhos publicados em papel-jornal, e só depois ganharam os quadrinhos.
O livro de Gerard Jones parte de um episódio isolado que ia mudar muita coisa no mundo editorial estadunidense a partir dos anos 70: quando, em 1975, um certo Jerry Siegel, um miserável funcionário dos correios, numa noite de setembro de 1975, decide escrever um comunicado à imprensa. Esse Jerry Siegel era o criador de um personagem popular: ninguém menos que o Superman. E ele havia perdido o seu personagem para a editora que a publicava, uma certa National Periodical, também conhecida como DC Comics. E o comunicado à imprensa era para colocar a público o modo como ele perdeu o personagem, e ele e seu parceiro de criação Joe Shuster ficaram na miséria, enquanto um certo Jack Liebowitz e uma companhia chamada Warner Communications – que engloba a DC – ficaram ricos devido a uma trapaça desumana. Na época em que Siegel resolveu colocar a história a público, Superman – o Filme, o “padrão-ouro” dos atuais filmes de super-heróis, estava em produção.
Desse episódio, o livro conta como se deu a formação do mercado editorial estadunidense. E ela começou com a comunidade judaica que migrou para os Estados Unidos, fugindo da onda antissemita que estava assolando a Europa no final do século XX. Muitas famílias judias criaram-se nos EUA, mais especificamente na superpopulosa Nova York de então, em condições difíceis de vida – miséria, trabalhos pouco honrosos, superlotação de cortiços. E desse ambiente saem vários dos personagens do livro. Em comum, havia o fato de que esses judeus não se identificavam com a condição judaica: não praticavam, ou deixavam de praticar os preceitos religiosos do “povo escolhido” – e tinham outros interesses, dentro de uma América multicultural e cuja sociedade capitalista oferecia diversos caminhos para um rapaz se dar bem.
Um desses caminhos era o banditismo. As crianças criadas “nas ruas”, em meio a assaltantes, prostitutas, escroques, enfim, o “escol da capadoçagem” (aprendi esta expressão quando fazia meu TCC de História na UFSM), acabavam sendo absorvidas, ou colaborando, direta ou indiretamente, com o gangsterismo do período da Lei Seca (1922 – 1933), a Lei que proibia a fabricação e comércio de bebidas alcoólicas. É dessa vertente que sai um dos principais “pais fundadores” do moderno mercado editorial estadunidense: o romeno Harry Donenfeld, vindo aos EUA ainda na infância. Donenfeld, amigo do famoso gângster Frank Costello, suspeito de ter colaborado com o tráfico de bebidas e que gostava mais de farra do que de cuidar da família – estava para se casar com a amante que mantinha por anos quando um misterioso acidente doméstico tornou o antes loquaz empresário um velho doente e sem memória – um dia resolve legalizar seus negócios, antes escusos, como editor de revistas, a partir da gráfica comprada de seus irmãos. Mas, antes de descobrir o negócio dos comic books, as revistas que editava eram as de contos policiais e com imagens de mulheres nuas. E tinha como braço-direito o ucraniano Jack Liebowitz, seu contador: um cara mais regrado que seu amigo, cuja formação se deu no mundo do sindicalismo socialista – o qual, posteriormente, ele iria virar as costas. De início, Liebowitz tinha dúvidas se era bom negócio fazer negócios com um pornógrafo, mas logo as afinidades se constroem. Ambos da efervescente Nova York, o “quintal particular” de muitos gângsteres e políticos de pouca confiança.
Do outro lado, temos Jerry Siegel e Joe Shuster. Ambos também judeus, mas ambos criados em outro ambiente. Ambos da pacata cidade de Cleveland. Quando vários membros de sua família começaram a trabalhar desde cedo, Jerry Siegel ainda era “inapto”, então passava boa parte da infância em casa. De comum com Liebowitz, Siegel teve apenas a perda precoce do pai. Sua vida mudou quando ele descobriu a literatura pulp, mais precisamente os contos de uma revista chamada Amazing Stories, também editada por um judeu chamado Hugo Gernsback. Foi a partir desses contos que Siegel passou a se interessar por ficção científica – e quis se tornar escritor. Foi na escola que Siegel conheceu Shuster, que apesar do gosto pelo desenho, era, ao contrário de Shuster, fanático por exercícios físicos. Siegel também é considerado o criador dos fanzines – seus primeiros contos de ficção científica “barata”, e um esboço do Superman, foram publicados em revistas que ele próprio editava.
Os comic books nasceram em meio ao clima de pessimismo da Grande Depressão, iniciada em 1929. Foi em 1933, quando um certo Maxwell C. Gaines, um desesperado trabalhador de uma gráfica, propôs a seus chefes fazer uma publicação compilando tiras de jornal populares – a Funnies on Parade, distribuída como brinde. Aos poucos, o formato comic book – as antologias de 64 páginas, formato 17 x 26 cm – se tornou coqueluche entre editoras menores, que negociavam tiras de jornal e as editavam em revistas. É aí que entra um certo Major Malcolm Wheeler-Nicholson, que, após uma carreira conturbada, resolveu se tornar editor de quadrinhos – mas resolveu começar com material inédito para seus gibis. Devido à má gestão nos negócios, Wheeler-Nicholson, cuja editora iria dar origem à DC Comics, é obrigado a se associar à companhia de Donenfeld e Liebowitz. Até que estes o tiram no negócio, e tocam a empresa.
É nesse ponto que Siegel e Shuster, que já tinham feito alguns serviços para Wheeler-Nicholson, batem às suas portas, levando um inédito personagem. O Superman, acreditem, foi diversas vezes recusado – até hoje vemos casos de editores com pouca visão, que só descobrem o potencial de um personagem quando é tarde demais e está fazendo sucesso – até que a editora de Donenfeld e Liebowitz, então com um certo Sheldon Meyer como editor-chefe, resolveu publicar o herói numa revista nova chamada Action Comics. E o mundo mudou.
Superman se tornou a nova coqueluche nacional. Depois que o “homem da capa vermelha” apareceu, outros supertipos apareceram. A então editora National, e seus donos Donenfeld e Liebowitz descobriram um novo ganha-pão – para eles, porque Siegel e Shuster venderam sua criação por 130 dólares, e, depois de dez anos produzindo histórias – primeiro em Cleveland, depois em Nova York – não ganharam nem um centavo a mais. Ao fim do contrato com a National, Siegel e Shuster foram jogados na rua da amargura. Siegel, depois de um tempo, conseguiu uns bicos como roteirista de HQ, voltou a escrever para a National por um período, mas, no fim, acabou esquecido; Shuster, por sua vez, com problemas de visão, não teve a mesma sorte de Siegel de conseguir algum trabalho. Passou a morar de favor com familiares.
Nesse meio tempo, Siegel acumulou algumas histórias familiares. Casou-se duas vezes. O primeiro casamento foi um fracasso, já que a esposa era reprovada pela mãe do escritor, que morreu de desgosto. O segundo casamento foi mais feliz: Jolan Kovacz, futura Joanne Siegel, curiosamente, entrou na vida de Siegel apenas como modelo para a repórter Lois Lane, amada do Superman; e, casado com Siegel, ela lutou e ajudou o marido a lutar para conseguir que Liebowitz, que assumiu o comando da editora quando Donenfeld se incapacitou devido ao citado acidente doméstico, lhe desse uma parte do que era de direito pela criação do Superman, que na época já ganhara os desenhos animados, o rádio e a nascente televisão. O reconhecimento só viria nos anos 70, após muita insistência, uma campanha nacional, apoio de vários escritores e quadrinhistas... mas tudo apenas para ganhar uma pensão vitalícia da Warner/DC e assistência médica. Parece pouco, mas o episódio mudou o relacionamento entre editoras e quadrinhistas. Para melhor... ou quase.
O livro se concentra mais na sofrida trajetória de Siegel e Shuster, mas não deixa de lado outros personagens do mesmo universo. Um deles é Will Eisner, também judeu, que começou como um simples desenhista de tiras para jornal, inventou com um colega, Jerry Iger, o conceito de quadrinhos produzidos por linha de montagem, criou um suplemento de HQ para jornais, o Spirit, que reinventou a maneira de produzir HQ, e posteriormente, seria o patriarca das graphic novels. Tem Mort Weisinger, que também era um fã de pulps e amigo de Siegel, mas que se tornou um odiado editor da DC Comics – principalmente, pelo subordinado, Siegel. Tem Lev Gleasson, editor de HQ menor, cujo primeiro sucesso é um gibi produzido por uma equipe em apenas um final de semana – 64 páginas em três dias! – e um dos principais responsáveis pela popularidade das HQ de crime, moda na época. Tem o duvidoso Victor Fox, editor de triste lembrança e passado misterioso – e para o qual Eisner fez trabalhos dos quais certamente se arrependeu. Tem Bob Kane, o criador do Batman – um cara que se especializou mais em terceirizar seu trabalho, vender a própria imagem e levar todo o crédito pelo trabalho de outrem – entre estes, o roteirista Bill Finger, que escreveu as primeiras aventuras do Batman. Tem Jerry Robinson, um dos assistentes “terceirizados” de Kane, que criou o Robin e o Coringa, mas ganhou maior reconhecimento como cartunista – e foi um dos maiores aliados de Siegel na lutar para obter reconhecimento pela criação do Superman. Tem William Moulton Marston, o criador da Mulher Maravilha – inventor do polígrafo ou detector de mentiras, psicólogo que via nas HQ uma poderosa ferramenta educacional, bígamo que convivia com as duas mulheres pacificamente na mesma casa e que, ainda por cima, fez das primeiras HQ da Mulher Maravilha uma ode ao bondagismo (fetiche de amarrar parceiros). Tem ainda Maxwell Gaines, que, depois de “criar” o comic book, teria uma breve carreira como editor de super-heróis antes de criar sua própria editora – mas que era um mau pai. Tem seu filho, Bill Gaines, que assumiu a editora – a EC – reinventou as HQ de crime e de terror, e pagou caro ante a conservadora e hipócrita sociedade norte-americana. Tem Harvey Kurtzmann, que reinventou as HQ de humor com uma certa revista MAD – editada pela editora de Bill Gaines. Tem Martin Goodman, o fundador da Timely Comics – futura Marvel Comics, que também agia de modo reprovável. Tem Stan Lee, que reiventaria os super-heróis nos anos 60. Tem Jack Kirby, o “rei”, co-criador do Capitão América e do Universo Marvel, que começou como um delinquente juvenil até descobrir nos comics um novo rumo para a vida. Tem John L. Goldwater e seus parceiros, que começaram como editores de super-heróis, mas fizeram fama e fortuna com uma HQ adolescente chamada Archie, que daria novo nome à editora. E muitos personagens mais, com histórias curiosas...
Jones também relata como a Segunda Guerra Mundial beneficiou – e ao mesmo tempo prejudicou – os quadrinhos norte-americanos. Afinal, o Capitão América, por exemplo, foi um dos frutos da Segunda Guerra.
Aah, Jones também não esquece o período negro das HQ norte-americanas. Começou de forma tímida, quando um certo Sterling North vociferou na imprensa contra os comic books. Mas não foi levado muito a sério. As HQ então passaram por seu período mais eclético – com gibis de super-heróis, romance, crime, terror e guerra – até que o alemão, e também judeu, Fredric Wertham, lançou seu ataque mais pesado aos comic books, com o livro A Sedução do Inocente. Não sem ter certa razão, afinal às vezes os quadrinhistas passavam dos limites, e contava muito o fato de Wertham ser um psicólogo respeitado. Mas o que ele fez, dentre outras coisas, foi limitar em muito a criatividade das HQ estadunidenses por quase dez anos e praticamente matar a indústria. Não sem ajuda: primeiro, da própria sociedade norte-americana; segundo, do senador Estes Kefauver, que ganhou fama como oportunista, que televisionava grandes julgamentos – foi ele quem levou Frank Costello à desgraça. E foi Kefauver e Wertham quem levaram Bill Gaines à desgraça – e os gibis de terror, de quebra – mas este só não faliu porque teve uma ideia genial para salvar a MAD, sua única fonte de renda dali em diante. Terceiro, as próprias editoras que estabeleceram seu próprio código de conduta. E seguiu-se um período de água com açúcar, até que Stan Lee e seus amigos Jack Kirby e Steve Ditko muraram o modo de se fazer gibis de super-heróis – o “Marvel Way” seria padrão a ser seguido até pela rival DC Comics.
Enfim. Jones praticamente disseca os bastidores do mercado editorial estadunidense do século XX – e deste mercado dependeu, em boa parte, todo o mercado editorial mundial. O livro tem um rico caderno de ilustrações, sendo algumas citadas ao longo da narrativa, e cita todas as fontes usadas – mas a maior parte do que se refere à vida de gente como Donenfeld é baseado, segundo o autor, em especulações. Jones, inclusive, chegou a receber pesadas críticas de Joanne Siegel por conta de trechos e fontes sobre o falecido marido. Mas ficou a impressão, no entanto, que faltou alguma coisa. As referências ao Major Wheeler-Nicholson ficaram meio confusas e muito breves. Ele resumiu muito o que aconteceu no período após Superman – O Filme. Não cita as mudanças ocorridas nos anos 80 com a turma da Inglaterra – Alan Moore e amigos. Cita por cima Frank Miller e a Image Comics. O grosso do conteúdo está concentrado entre os anos 20 a 70. Compreensível, pois se fosse para falar tudo, o livro teria de ter mais páginas – digamos, umas 900, no mínimo. A capa acima parece não ter muita relação com o tema – só parece, leiam o livro para saber a relação. E, ainda por cima, a Conrad deixou escapar muitos erros de revisão no texto, como palavras grafadas incorretamente.
Mas Jones praticamente conta como a cultura geek venceu, conseguiu se dissociar do gangsterismo e formar um novo padrão mundial. Para o bem ou para o mal, e não adianta reclamar que a cultura geek estadunidense suplanta a cultura dos outros países. Não me venham com seus discursos socialistas e antiglobalizantes, vocês que sei que discursam contra o “sistema” no Facebook com seu smartphone. Liberdade é manter meu direito de escolha, poder escolher se gosto ou não do “escoteiro da América” e seus amiguinhos de cueca por cima da calça, e não esperar que outros venham me dizer, e impor o que devo gostar ou não.
HOMENS DO AMANHÃ é a fonte de pesquisa que todo entusiasta das HQ devia ter na estante. Mas eu só adquiri meu exemplar recentemente. Mas já será base para futuras pesquisas.
Para encerrar, já que falamos em super-heróis, resolvi produzir uma piadinha a partir de uma das piadas mais frequentes do universo heroístico: o porquê do Flash não conseguir ter filhos. Atualmente, alternativas tem, mas a piada da “ejaculação precoce” permanece. Quanto aos uniformes dos heróis, nem me importa se estão errados, afinal, cada desenhista interpreta os heróis pelos quais são pagos para desenhar às suas maneiras. A única liberdade que lhes resta. E eu... nem mesmo estou sendo pago por isto.
Em breve, mais quadrinhos e mais livros em pauta. Os dois juntos, ou o que vier antes.

Até mais!

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