Olá.
O
mês de maio foi um tanto insípido de boas energias. Quase que só tivemos
notícias ruins no Brasil: substituição de presidente, derrapadas na decolagem
do novo governo, desmontagem e remontagem do Ministério da Cultura, nenhuma
sinalização de que recuperaremos as nossas economias a curto prazo, estupro
coletivo mais uma vez dividindo a sociedade entre “civilizados” e “animais”.
Não
vou entrar na onda de ficar comentando, criticando o governo, entrando em ondas
de protestos contra a boçalidade humana. Não! Não hei de ser mais um entre
tantos cartunistas que vivem de criticar a sociedade sem resultados práticos –
ou talvez um resultado: deixar todo mundo de mal consigo mesmo, a ponto de
considerar a ideia do suicídio por um breve minuto.
E,
hoje, resolvo falar justamente de um desses cartunistas. Uma vez eu brevemente
apresentei, aqui no blog, esse cartunista. Mas hoje vou entrar em maiores
detalhes sobre a vida dele.
Com
vocês, o cartunista Guabiras, o maior cartunista do Nordeste Brasileiro!
MADE IN CEARÁ
Carlos
Henrique Santos da Costa, o Guabiras, é cearense de Fortaleza. O estado do
Ceará é notório tanto pelos atrativos turísticos quanto por ser polo exportador
de comediantes. Basta pensar em Renato Aragão, Tom Cavalcante, Tiririca, Rossicléa,
Falcão... Ah, mas temos de lembrar que o Ceará não é só comédia. O Ceará também
é terra de José de Alencar, nosso maior escritor romântico, e de Rachel de
Queirós, a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras, entre
alguns exemplos.
Bem.
Eu, que resido no “Sul Maravilha”, na expressão do saudoso Henfil – mais
precisamente, em Vacaria, RS – sou daqueles que tem em mente imagens
contraditórias do Nordeste brasileiro. Fui condicionado, por conta da mídia, a
pensar no Ceará, ou pelo menos no seu interior, como terra de seca, naquela
imagem tão propagada do Nordeste como um cenário de “western”: aridez, plantas
mortas, animais mortos, areia, sol escaldante, retirantes, exploração de
mão-de-obra barata pelos grandes latifundiários... Mas outra imagem que acabei
condicionado a pensar, outra vez pela mídia, é a parte litorânea do Estado:
mar, salinas, jangadas sob um mar de espelho... Não disse que eram imagens
contraditórias?
Eu
já meio que fui fascinado pelo Ceará. Cheguei até a esboçar um romance
ambientado por lá, no sertão cearense, quando ainda estava na escola. Sabe-se
lá se era porque era fã dos Trapalhões (e do ilustre cearense Didi Mocó
Sonrisal Colesterol Novalgina Mufumbo), ou por causa da novela da moda naquele
tempo, a Tropicaliente da Rede Globo,
mas escrevi um romance que se passava no Ceará – mesmo sem saber muito, na
verdade nada, a respeito do território. Mas essa é outra história.
Bão.
Voltemos a falar em Guabiras. O cartunista que se autointitula “o maior do
Nordeste” tem mais de 15 anos de atuação no cartunismo. Ele pode ser
considerado um dos maiores representantes do cartunismo brasileiro fora do eixo
Rio-São Paulo – onde se concentra não apenas a área editorial “grande” como o
cartunismo de um modo geral, aquele que se irradia para o restante do Brasil.
Talvez por isso, eu nunca tenha ouvido falar nele até o segundo semestre de
2015, quando encontrei amostras de seu trabalho no Facebook. O Nordeste, para
nós aqui do Sul, parece uma terra exótica, muito embora a mídia televisiva
prefira dar mais atenção a essa região através das novelas e notícias de
jornal... E os nordestinos devem pensar a mesma coisa a respeito de nós, os
gaúchos – para eles, o extremo sul brasileiro é uma terra ainda mais exótica.
Desde
1998, Guabiras atua como cartunista e ilustrador para o jornal O Povo, de Fortaleza. Também, faz um
tempo, colabora com a revista MAD brasileira (editora Panini). Também atua como
fanzineiro, lançando revistinhas produzidas e editadas por ele mesmo sob um
selo próprio, o Osama Fanzines; mas, ao modo do cartunista underground Marcatti,
este também editor com gráfica própria, vários não passam do número 1 (exceções
são, por exemplo, os fanzines Under
Crush, Marmitinha e o recente Sabacú),
tem sempre títulos pitorescos (como Pataca,
Toicim, Dedo no Olho, Marmitinha...) – e sempre fazendo uso de um humor
politicamente incorreto, crítico das mazelas da sociedade, mas reverente aos
grandes nomes do cartunismo crítico, como Angeli e Laerte; em uma linguagem
coloquial e nordestina “da gema”; e regado a cerveja e comida gordurosa,
temperada com uma overdose de pimenta. Não são raras as vezes em que Guabiras
cita seu prato favorito, a panelada nordestina (o altamente calórico cozido de
vísceras de bode) em seus cartuns e tiras. E isso sei de ler os cartuns dele.
Personagens?
Yes, ele tem. Seus três personagens mais conhecidos são: o coelho punk e
barra-pesada Jhown William Rói Rói, praticamente um contraponto aos bichos
fofos tão amplamente divulgados; o escatológico Zé de Aurim, um maloqueiro
feioso, fedorento e do qual poucos, em sã consciência, gostariam de se
aproximar; e... o próprio Guabiras, em um retrato pessoal ao estilo Angeli em Crise. E tendo por companhia a
família: os filhos Luís Henrique e Lívia, e a namorada Sílmia. Guabiras se
retrata como um ser humano desleixado: beberrão, fã de cultura pop, pai meio
irresponsável, pobretão, com motivos de sobra para depreciar a si mesmo. Mas se
permitindo fazer viagens por lugares imaginários, com o uso ou não de álcool no
sangue, seja substituindo protagonistas de filmes, seja contatando
alienígenas...
Os
cartuns de Guabiras podem ser classificados em duas categorias: com desenhos de
próprio punho, no estilo cartunesco, mas reconhecível – e os mais antigos tem
letras e cores feitos à mão; e as fotomontagens em cima de imagens de
divulgação da cultura pop – ah, as maravilhas proporcionadas pelo domínio dos
programas de edição de imagens. Se eu não tivesse feito cursos fracos...
Seu
blog principal, e o que recebe atualizações constantes: https://blogdoguabiras.blogspot.com.br/.
Ele, até o momento em que escrevo, nunca parou de desenhar e divulgar seu
trabalho. E, vindo de um blog do quase extremo sul do Brasil, olhem só até onde
seu trabalho chegou... Digo, eu não leio a atual fase da MAD, mas ainda bem que
temos internet...
O cartum acima foi extraído da internet, "emprestado" do blog. Ah: e o título da postagem é um trocadilho com o refrão da canção Guajira, sucesso do grupo Yerba Buena.
ALGUNS EXEMPLOS DESSE NORDESTE DE
ESCRACHO...
Well.
Recentemente, Guabiras disponibilizou a alguns fãs alguns de seus fanzines para
download. E é sobre essas amostras de seus serviços à humanidade – para que ela
aprenda de vez a lição, ou não, ao se verem em um espelho tão distorcido, porém
pleno em verdade – que vou falar agora. Confiram, em ordem de lançamento:
FORTALEZA – SEM DÓ, NEM PIEDADE
Lançado
em novembro de 2009.
Nesse
fanzine, muito pessoal, altamente detalhado, propositadamente poluído de tantas
imagens e textos e sem dar descanso para o leitor, Guabiras tece um retrato
altamente crítico e destrutivo de sua cidade natal, numa espécie de guia
turístico distorcido. Fortaleza, na visão de Guabiras, praticamente é uma
cidade feita para gringo ver, onde as mazelas sociais são constantes, os tipos
humanos que ali circulam assumem várias tribos, mas nenhuma identidade comum, o
povo vive de seguir modas estrangeiras – isso quando consegue viver – e não se
diferencia nada do eixo Rio-São Paulo em matéria de sordidez. Ilustrado com o
humor feroz e característico como tem de ser. Então, cuidado, depois de ler
esse fanzine, se você resolver passar suas próximas férias em Fortaleza... 16
páginas, totalmente colorido.
PATACA! # 0
Lançado
em março de 2010.
Talvez
o melhor do fanzines desta leva. Uma seleção variada de cartuns, de quadrinhos
e de textos raivosos. Com o subtítulo Quadrinhos
e influências, praticamente revela muito da mente do autor. Os destaques
ficam para: a série de textos ilustrados com fotomontagens Zé de Aurim – O Cara!, mostrando a suposta influência do maloqueiro
dos dentes podres sobre personalidades do pop mundial (veja mais a respeito do
personagem adiante); Luís Henrique
Demolition, uma pequena coletânea de tiras com o filho mais velho – e
baderneiro – do cartunista, uma espécie de Denis, o Pimentinha cearense; O Último Quac do Ano!, possivelmente a
melhor história longa do autor – quase totalmente artesanal, com hachuras e
letras feitas à mão, e algumas inserções de fotomontagens by Photoshop,
contando, com diálogos à rodo e uma arte meio poluída de tão detalhada, como
Guabiras conseguiu descolar um jantar – e um “rango”, sexualmente falando – na
casa de uma patricinha muito dengosa e faladeira; A Origem do Jhown William Rói Rói, mostrando, em um traço meio
tosco, o passado e o presente violentos do coelho punk e barra-pesada, em um
mundo de animais antropomórficos e nada infantil (mais detalhes sobre Rói Rói
adiante); e o texto A Cozinha do Inferno,
Guabiras tecendo comentários sobre a boa e velha comida de boteco – ou
melhor, nem sempre boa. Quem não conhece o mundinho sórdido de Guabiras, tem em
Pataca um bom passaporte. 34 páginas,
capa colorida e miolo preto e branco.
TOICIM!
Lançado
em setembro de 2010.
Cartuns
e tiras – talvez o mais “família” dos fanzines desta leva. Guabiras se detém no
mundo ao seu redor, seu próprio cotidiano, para compor o conteúdo deste
fanzine, de humor um pouco mais simplório, e mais “pop”. Lembranças do passado
do cartunista (com as participação especial da então garota descontrolada do
showbiz Britney Spears), a convivência com os filhos Luís Henrique e Livinha
(nas sequências Marte Ataca! e Confusão Grande), uma observação das
tendências da modernidade de então (Eu não
me Acostumo com esse Mundo Moderno – as tiras ainda são do tempo dos apogeus
do Orkut e do Messenger!), histórias de tipos humanos que se adaptaram (mal) à
modernidade (A Culpa é do Aquecimento
Global), e uma sátira à violência nas favelas de Fortaleza (Manibura Sitiada – quié, acha que esse
tema é “privilégio” do eixo Rio-São Paulo?).
E ainda tem cartuns clássicos... 20 páginas, totalmente colorido.
CRIATURAS NOCIVAS # 1
Lançado
em agosto de 2014.
Uma
edição inteirinha dedicada ao personagem Jhown Willian Rói Rói. Um personagem
que, a princípio, havia sido engavetado, até que, encorajado por um amigo,
Guabiras não apenas concluiu sua história de origem, como também deu-lhes
continuação. Rói Rói está longe de ser um coelhinho desses de merchandising:
violento, beberrão e pegador. Fruto de um meio ambiente, de animais
antropomorfizados, onde impera a violência gratuita, a barbárie e a bagaceira
vestida com braceletes de metal, correntes enormes e jaquetas de couro. Ao
melhor estilo das HQ underground dos anos 1970 e 1980 – Guabiras também é fã do
ultraviolento Ranxerox, dos italianos
Tamburini e Liberatore. Rói Rói não tem medo de nada nem de ninguém – se
deixar, ele devora um Alien (aqueles mesmo, da cinessérie, os das mandíbulas
projetáveis) no jantar. Inclui não apenas a história de origem, produzida por
Guabiras entre 2009 e 2010, A Origem do
Jhown William Rói Rói (publicado no já citado fanzine Pataca) onde somos apresentados ao mundinho sórdido de Rói Rói,
como também tiras com momentos de seu dia-a-dia, preocupado apenas com o que
vai comer ou beber à noite, ou em tirar, com violência, quem atravessa seu
caminho. Para pegar um pouco mais leve, há uma sequência de tirinhas mostrando
Rói Rói aprontando na infância. E uma contribuição especial dos amigos: algumas
páginas com Rói Rói, em cartuns e ilustrações, interpretado por outros artistas
cearenses – Tiago Amora, Pedro Turano, Anarco Pato, Rafael Limaverde, Carlus
Campos e Clayton Rebouças. 36 páginas, capa colorida, miolo preto e branco. Em
maio de 2016, Guabiras lançou o segundo número de Criaturas Nocivas, com HQs de Zé de Aurim.
OS PIORES CARTUNS DO GUABIRAS
Lançado
em maio de 2015.
Uma
seleção de cartuns do autor. Os temas são os mais variados: do humor mais
inocente, a partir de piadas conhecidas e trocadilhos, ao mais escrachado,
pegando pesado com o leitor; satirizando figuras históricas, personagens do pop
mundial do passado e do presente, alienígenas, a natureza, filmes, objetos do
cotidiano... e o próprio Guabiras. Os cartuns são separados por temas: cartuns
simples, cartuns em forma de tiras, rascunhos (e mantendo as linhas dos
cadernos), charges, fotomontagens. Outro cartão de visitas do cartunista! 40
páginas, totalmente colorido.
OS VINGADORES DA MESSEJANA
Lançado
em setembro de 2015.
O
mais pop dos fanzines! Guabiras imaginando, com muitas fotomontagens, como
seria a vida dos Vingadores da Marvel Comics se eles vivessem em um bairro
popular de Fortaleza – sim, o conteúdo foi elaborado a partir da comoção com a
franquia cinematográfica Marvel. A maior parte dos cartuns e tiras é composta
de fotomontagens a partir de imagens de divulgação de filmes, mas há amostras
de tiras de próprio punho do cartunista, trazendo as aventuras – ou seriam
desventuras? – do supergrupo composto por Capitão Favela (Capitão América),
Mirim do Martelo (Thor), Rúque (Hulk), Zé Latinha (Homem de Ferro), Natasha
Tripa (Viúva Negra) e outros heróis. Ou melhor, mais malandros que heróis. Eles
vivem situações do cotidiano da maioria dos mortais cearenses: jantando
panelada (por serem super-heróis, eles sim conseguem resistir ao peso desse
prato!), ouvindo música “dor de corno”, bebendo, paquerando (inclusive o Hulk,
enrabichado por uma famosa estátua de sereia de um parque e Fortaleza!), pulando
catraca de ônibus, circulando pelas feiras populares... Tudo em uma linguagem
coloquial e nordestina até o talo. Guabiras demonstra aqui competência com os
programas de computador. Participações especiais de Loki, Homem Aranha, Stan
Lee e Thanos. 28 páginas, totalmente colorido.
GUIA ILUSTRADO DO ALCOOLISMO # 1
Lançado
em novembro de 2015.
Totalmente
estrelado pelo próprio Guabiras. Em tiras, cartuns e ilustrações de diversas
épocas – inclusive alguns republicados em outros fanzines desta leva – Guabiras
nos fala de sua convivência com a bebida alcoólica e a esbórnia. Há a presença
da família – Luís Henrique, Lívia e Sílmia – como ele faz, ou fazia, para se
livrar da ressaca no dia seguinte, sua (má) comparação com os super-heróis,
metendo-se entre filmes e provocando a maior confusão... E Guabiras se retrata
assim, uma versão masculina e respirável da Rê Bordosa do Angeli – se ele
aceitar essa comparação – sem banheira e sem evocar a Deus a cada ressaca. 16
páginas, capa e miolo em preto e branco.
ZÉ DE AURIM – O SER SUPREMO DO TRASH No.
UM
Lançado
em novembro de 2015.
Uma
seleção de HQs e tiras estreladas pelo nosso querido maloqueiro cearense! Zé de
Aurim é praticamente um alienígena em seu meio: feio, com os dentes podres, a
roupa sempre suja – e cheia de insetos peçonhentos – e o nariz sempre
escorrendo, Zé de Aurim dorme nas ruas e está sempre tentando descolar uma
refeição à custa da caridade alheia, mas é otimista, feliz, gozador e, se
deixar, não perde a chance de zoar com a cara de seu interlocutor. Um tumor
cancerígeno ambulante! E o personagem mais famoso de Guabiras. Tanto que, em
várias histórias, ele ainda aparece “anunciando” produtos alimentícios de
qualidade altamente duvidosa. O fanzine começa com a longa e altamente
elaborada Apenas Dando um Rolé, já um
clássico do autor. Nessa história, somos praticamente apresentados ao “pus seco
da pereba viva”: depois de filar um almoço na casa do Guabiras e “se divertir”
com uma coleção de revistas de mulher pelada velhas, Zé de Aurim, após uma
confusão, acaba trombando com policiais violentos e acaba preso, mas sai da
cadeia graças à sua crise de gases – seu “superpoder”. E o fanzine ainda inclui
tiras e fotomontagens. Praticamente complementa tudo o que foi apresentado até
agora a seu respeito. O recente fanzine Criaturas
Nocivas # 2 é dedicado a esse cara. 14 páginas, totalmente preto e branco.
MALDITOS SPOILERS # 1
Lançado
em novembro de 2015.
Totalmente
feito de fotomontagens – ou melhor, fotos de divulgação de filmes com balões de
fala. A ideia do fanzine é trazer personagens de filmes célebres revelando a
outros personagens as tramas de outros filmes célebres. A graça do fanzine é:
ver as cenas, tentar adivinhar de que filme é a foto, e tentar adivinhar de que
filme os personagens estão falando. Ah: o autor não fornece as respostas no
fim. Quem for cinéfilo mesmo é quem vai entender as piadas – não é para
qualquer leitor, não. 24 páginas, totalmente colorido.
MARMITINHA
Lançados
a partir de novembro de 2015.
Dos
fanzines desta leva, é o mais longevo – teve até o momento quatro edições
lançadas. O diferencial deste fanzine, já disponibilizado anteriormente para
download gratuito, é sua apresentação: cabe ao leitor imprimir o arquivo e
montar o fanzine, que é praticamente um minigibi – metade de um gibi formatinho
tamanho A5. Nesses gibis de bolso, tem tiras inéditas, textos, cartuns,
fotomontagens e quadrinhos, vários deles refletindo o momento – quando, por
exemplo, pesquisas científicas afirmaram que as carnes embutidas causam câncer.
Grande parte do material foi publicada anteriormente no blog. Disponibilizados
em duas folhas inteiras tamanho A4, a serem impressas em uma única folha frente
e verso, montados rendem gibis de 16 páginas cada, totalmente em preto e da cor
da folha (uma edição é branca, outra rosa, outra amarela e outra azul).
O FIM ESTÁ PRÓXIMO!
Lançado
em janeiro de 2016.
Cartuns
e HQs temáticas, tendo por tema o fim do mundo – que poderia ter chegado em
2012, e não chegou. Na parte das histórias longas, os três destaques ficam
para: Mad Max Fortaleza, uma paródia
do mais recente filme da franquia Mad Max
– campeão de público e crítica – onde o combate entre forças, no mundo
pós-apocalíptico, se passa no que restou da capital do Ceará; O Livro de Aurim, uma sequência de tiras
que tenta imaginar o maloqueiro Zé de Aurim como único sobrevivente do
apocalipse terrestre – um tipo como ele, sim, seria capaz de sobreviver
incólume a uma hecatombe; e Uma Evolução
ao Contrário, o velho retrato crítico da evolução dos seres vivos,
culminando com a violência humana, o bom e velho animal desprezível. 26
páginas, capa colorida e miolo preto e branco.
VUADORA # 1
Lançado
em janeiro de 2016.
Anteriormente,
Guabiras havia lançado um número zero desse fanzine, mas resolver revisar e
ampliar a publicação. Trazendo muito do material que Guabiras publicou em seu
blog – e um pouco mais. E, como a capa revela, tem Zé de Aurim, Guabiras (na
sequência O Ratinho Ordinário da Zica
Maldita) e Jhown Willian Rói Rói (em Contatos
Alcoolizados de Terceiro Grau) em histórias até então inéditas. Além de
cartuns e pequenas HQ provocando figuras da cultura pop, como Batman, Superman,
Power Rangers e Star Wars; e, nas páginas centrais, o mini-fanzine Nata Azeda com Goiaba Podre, com
desenhos, textos e ideias diversas. Guabiras em seu estado natural: não mudou
nada desde os primeiros fanzines em matéria de humor e estilo. 24 páginas, capa
colorida e miolo preto e branco.
Ufa!
Esses então foram os trabalhos que Guabiras disponibilizou para download
gratuito. Para conhecer outras publicações e atividades do “baior cartudista do
norbeste” (em linguagem de bêbado), acessem seu blog. Link ao lado.
“ANTI-HOMENAGEM”...
Para
encerrar: não tendo muita ideia do que poderia colocar que fosse relacionado ao
mundo de Guabiras, resolvi colocar os meus personagens praianos, os
Bitifrendis, fazendo cosplay de alguns personagens dele. Sim, cosplay! Mas juro
que não bebi. O Facebook é que é minha “boleta”.
Então:
Carlão encarna Zé de Aurim (não é difícil encontrar por aí dentaduras falsas
imitando dentes ruins, tornando o cosplay mais convincente...); Sidnelson
imita, na medida do possível, Jhown William Rói Rói; Ionara tenta imitar Sílmia
(o que é arriscado, pois a moça realmente existe), e Guto posa como Luís
Henrique. Faltou alguém para encarnar a Livinha. E, ao fundo, eu, tentando
imitar o próprio Guabiras, nos termos de que, se ele pode encarnar no mundo de
seus personagens, por que eu também não?
Não
foi uma ideia muito inteligente, mas foi o que me ocorreu. Agora sim o Guabiras
vai ficar de mal comigo, se souber disso. Snif.
Acessem
o blog dos Bitifrendis para verem o que eles andam aprontando: https://bitifrendisblog.blogspot.com.br/.
E
ficamos por aqui, por hora.
Até
mais!
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