domingo, 9 de janeiro de 2011

O diário de um motorista

Olá.
Hoje, resolvi dividir com meus leitores uma vicissitude. Não propriamente ruim, mas um fato ao qual estou me acostumando aos poucos.

Neste mês de dezembro que passou, minha família resolveu comprar um carro. E comprou.
Eu a princípio não me senti feliz com isso. Primeiro, porque a compra do Palio vermelho, ano 1999 (o desenho acima não corresponde à realidade, tem muitos detalhes faltando, é só para vocês terem uma ideia), consumiu boa parte de minha poupança bancária. Segundo, porque vai ser uma conta a mais aqui em casa. Terceiro, porque, da minha casa, eu sou o único que tenho CNH, e portanto sei dirigir. Quarto, por causa desse fato, e SOU obrigado a dirigir aquele carro.
Faz pouco mais de um ano que tirei a CNH - se não me engano, foi em setembro de 2009. Antes de dezembro de 2010, nunca mais havia dirigido um carro desde as aulas práticas - e depois de ter passado depois de três tentativas. Fiquei destreinado desde então, e agora, depois de um ano, reaprendi a dirigir.
O difícil é se habituar a usar o carro de maneira correta e segura. Manter a atenção na estrada, saber mudar as marchas, qual marcha é a mais adequada para cada situação, saber sinalizar e virar na hora certa e, principalmente, não deixar o carro apagar. Isso pode ser fatal, principalmente se vem carro atrás.
Mas saber dirigir corretamente é só uma questão de hábito. Precisei de várias semanas de prática até conseguir me habituar a dirigir. Ainda mais com a família a bordo. Minha mãe, principalmente.
Tive como instrutores a minha irmã Joseane e o meu tio Vitório. Confesso que me senti mais seguro tendo como companhia o Vitório, que me pressionava menos. Pude fazer as coisas com calma.
Cada caminho usado para dirigir é um desafio. Gradativamente foi:
- Dirigir pelas ruas periféricas;
- Dirigir pelas avenidas e pela BR (Vacaria é atravessada pela BR 116);
- Fazer os retornos nas vias circulares dos cruzamentos (e não deixar o carro apagar aí);
- Dirigir de Vacaria até São José dos Ausentes (O caminho é cheio de morros, e às vezes é preciso mudar as marchas);
- Dirigir pelo centro da cidade, com suas sinaleiras e cruzamentos.
É: consegui ir de carro de Vacaria a São José dos Ausentes! Foi o meu maior desafio! Mas cumprido com êxito!
Porém, com tudo isso, ainda não me considero um perfeito motorista. Ainda cometo pequenas burradas com o carro, como por exemplo esquecer de trocar a marcha, deixar o carro apagar na esquina ou não ter mudado de pista antes de fazer uma curva. Mas nunca esqueci de sinalizar uma curva, nunca ultrapassei limite de velocidade nos pardais. Ainda não perdi nem um ponto na minha carteira, o que é bom.
Dirigir é divertido, mas ainda sou alvo de pressão. Agora, minha família quer ir de carro a todo lugar. E adivinhe quem tem de ir junto?
E mais ainda: é preciso cuidar bem do carro. Verificar o óleo, a água do radiador, os freios, amortecedores, suspensão, gasolina... E ainda tem o IPVA... E ainda precisa lavar, limpar...
É: enquanto eu estiver dentro de minha casa, parece que vou viver muito em função do carro. Mas que outra saída eu tenho? Não posso sair daqui.
E, enquanto isso, vou evitando de engrossar as estatísticas do trânsito... Não me resta outra coisa a não ser dirigir, dirigir e treinar.

ANTES QUE BATA A DEPRESSÃO...
Para encerrar este post, mais três tirinhas dos Bitifrendis.
Nada como uma boa praia...
Até mais!

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