Hoje, volto a falar de livro. E, mais uma vez, também retorno à série de postagens sobre o fenômeno Crepúsculo. Digo, já que recentemente pude ter contato com mais um material da série.
Há cerca de um mês, chegou aos cinemas a primeira parte da versão cinematográfica de Amanhecer, o último livro da série. É a chance dos fãs verem na tela o desfecho das aventuras de Bella Swann, a garota sortuda mais azarada da literatura, e de seu namorado e agora marido, o vampiro Edward Cullen.
Mas hoje não vou falar de Amanhecer – o Filme, já que nem tenho como ir ao cinema. Eu disse que hoje ia falar de livro, e assim trago até vocês mais um subproduto da série.
Após o fim “oficial” da série, a autora Stephenie Meyer surpreendeu o público, em 2010, com o lançamento de mais um livro do seu universo particular de vampiros. Não era uma continuação da série, como muitos pensavam, mas uma história relacionada ao terceiro livro da série best-seller, Eclipse.
Este livro é diferente dos demais já lançados. Primeiro, porque o significado da capa é o mais fácil de interpretar dentre todos os livros (ele já é entregue no próprio título); segundo, porque é relativamente mais curto; e terceiro, porque o personagem-narrador é um personagem secundário da série, mas que teve alguma importância.
O livro – lançado em 2010 no Brasil pela editora Intrínseca, que publicou todos os livros da série – se presta a apresentar aos leitores um ponto de vista diferente de um dos episódios cruciais da série – no caso, o ataque do bando de vampiros recém-criados.
Quem leu Eclipse, sabe: a vampira Victória, uma das nômades, para se vingar de Bella e da família Cullen – que matou o seu companheiro, o vampiro James – resolve criar um exército de vampiros, que começa um devastador ataque na cidade de Seattle. O exército dos chamados vampiros recém-criados, junto com a vampira, é eliminado depois que os vampiros Cullen e os lobisomens quileutes – entre os quais está incluído Jacob Black, a terceira vértice do triângulo amoroso com Bella e Edward – fazem uma aliança temporária.
A personagem título deste volume, Bree Tanner, apareceu em um dos capítulos de Eclipse (e também no filme homônimo) – foi a única sobrevivente entre os recém-criados, que só não foi morta porque se rendeu, e teve uma chance de começar uma nova vida – Carlisle Cullen, o patriarca da família, cogitou adotá-la. Porém, Bree acaba sendo morta pela guarda Volturi, que vai a Forks investigar as atividades ilegais dos vampiros.
Bem. Os fãs da série já sabem o fim da história de BREE TANNER, naturalmente. O que o livro oferece como novidade é o ponto de vista da personagem acerca do episódio. E a narrativa se estrutura em tempo real, através do fluxo de pensamentos da recém-criada, antes de sua execução.
E, através de BREE TANNER, também conhecemos os detalhes da vida de um recém-criado, uma espécie de vampiros caracterizada pelo comportamento instável e pela sede de sangue. E, claro, da própria Bree Tanner.Sabemos, através da narrativa da personagem, que Bree era uma menina de cerca de quinze anos, que vivia nas ruas – ela fugira de casa para escapar do pai violento. E que fora enganada por Riley, o capanga recém-criado de Victória, que atraiu a garota em troca de um hambúrguer, e a transformou em vampira.
Bree, junto com um bando de recém-criados, vive uma nova vida como vampira. Tendo de sugar sangue humano, esconder os corpos das vítimas, sendo discreta em seus ataques, guiando-se apenas pelo instinto, e, principalmente, evitando a luz do sol. Nessa última parte, Riley a instrui que, se sair ao sol, corre o risco de morrer queimada – só mais tarde ela descobre que o sol, na verdade, faz sua pele brilhar. E ela faz essa descoberta ao lado de Diego, um recém-criado tão atormentado quanto ela, e que se mostra um amigo – o único com quem ela consegue se entender. Essa descoberta se faz dentro de uma caverna submersa, onde Diego cava um buraco e deixa a luz entrar. Diego também faz uma espécie de pacto de amizade com Bree. E eles também tem um rápido vislumbre de um diálogo entre “ela”, a criadora do exército de recém-criados (eles só conhecem Victória como “ela”), e estranhos seres – que os leitores deduzem serem os Volturi.
A vida de recém-criado, para Bree, é uma vida de incertezas e de decepções. Para os outros vampiros não: alguns dos recém-criados não são nada discretos em seus ataques, têm tendência a se exibirem e, não raro, ficam se matando uns aos outros. As mutilações são freqüentes. E eles se refugiam em casas abandonadas.
Os recém-criados são divididos em bandos, muitas vezes rivais – os líderes de dois dos principais bandos são Raoul e Kristie.
E ainda só ouvem mentiras, proferidas pelo “instrutor”, Riley. Quer dizer, Riley é apenas um intermediário entre os recém criados e “ela” - portanto, é Victoria que mente, e Riley só repassa as instruções dela para os seus "peões". Ele também ilude os recém-criados com promessas de domínio total de Seattle, se eles conseguirem eliminar os vampiros de “olhos amarelos” que possuem “uma humana de estimação”. E leva, rapidamente, os recém-criados para o sol, mostrando o brilho de suas peles.
Mas a maior dor de Bree Tanner é saber que Diego teria sido morto muito antes do ataque. A grande batalha entre os recém-criados e os Cullen é um verdadeiro momento de desespero para a garota - ela praticamente já sabe que a batalha contra os "de olhos amarelos" está perdida. Ela precisa descobrir onde está a verdade em tudo o que presencia. Porém, quando se depara com ela, já é tarde demais.
E também vislumbramos as ações dos principais personagens da série – Carlisle, Esme, Alice, Jasper, Bella e Edward – através do ponto de vista de Bree. É claro que Bree não sabe os nomes deles – e o nome de Edward sequer é mencionado – e só descobre-os depois.
O final, como disse, todos sabem. É o capítulo 25 de Eclipse sob o ponto de vista de Bree, que trata de sua execução pela Guarda Volturi – sua tortura por Jane e seu desmembramento por Felix.
Bem. BREE TANNER se estrutura em um único capítulo corrido, sem divisões. O fluxo de pensamentos de Bree Tanner é caótico. Porém, a personagem é cativante, e o charme do livro é o seu ponto de vista. Além disso, o livro éo mais curto da série – 190 páginas – que podem ser lidas em um só fôlego. Não que seja muito emocionante. Porém, Stephenie Meyer consegue ampliar os horizontes de seus fãs.
É claro que, para entender BREE TANNER em sua totalidade, é preciso um conhecimento prévio do universo Crepúsculo. Mesmo sabendo o fim, o leitor pode se surpreender.
EXPLICAÇÃO DAS ILUSTRAÇÕES
Desta vez, resolvi desenhar, além da própria Bree Tanner, os personagens Felix e Jane, da guarda Volturi. E é claro que procurei fazê-los conforme aparecem nos filmes – Bree é interpretada por Jodelle Ferland; Felix, por Daniel Cudmore (o Colossus da cinessérie X-Men); e Jane, por Dakota Fanning.
O personagem mais difícil foi o Felix, já que não haviam muitas referências dele em minhas mãos – só um retrato do ator que o interpreta no cinema. Com a Jane, foi mais fácil. Já no caso da Bree, bastou procurar na internet. Mas eu a fiz com as roupas sujas, claro, já que um recém-criado nem pode se dar ao luxo de tomar um banho.
Em breve: se conseguir, resenharei Eclipse, o filme, já que é o material mais à mão da franquia que existe no momento.
Até mais!
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